domingo, 18 de outubro de 2015

FALAR À ALMA

“Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga ao seu santo nome. Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e não te esqueças de nem um só de seus benefícios. Ele é quem perdoa todas as tuas iniquidades; quem sara todas as tuas enfermidades; quem da cova redime a tua vida e te coroa de graça e misericórdia; quem farta de bens a tua velhice, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia.” (Sl. 103:1-5)

O Salmista mostra-nos como falar para nós mesmos e ensinar à nossa alma a se lembrar de todos os benefícios do Senhor, como Ele perdoa os nossos pecados, cura as nossas doenças, nos redime da destruição, coroa-nos com graça e misericórdia e satisfaz nossa boca com coisas boas.
Ele nos mostra de que modo proceder a fim de louvar a Deus.
Ninguém é mais influente em sua vida do que você, porque ninguém fala mais com você do que você mesmo.
É muito importante falar aos outros sobre verdades que eles não podem esquecer.
No entanto, há momentos na vida em que precisamos falar a nós mesmos.
O salmista fala com sua própria alma sobre temas que deviam estar bem vivos em sua memória.
Falaremos sobre os benefícios que a alma nunca deve esquecer.

·         Perdão
Ele é quem perdoa todas as tuas iniquidades...” (Sl. 103:3a)

O salmista fala à sua própria alma para não se esquecer do perdão divino já concedido para os seus pecados.
A certeza dessa verdade possibilita o crescimento espiritual de forma tranqüila e saudável.
A dúvida acerca do perdão de Deus traz tormento e impede a manifestação da plena paz que Cristo oferece a todos os que n’Ele crêem.
Lembrar-se, portanto, que o Senhor já concedeu perdão aos pecados antigos e continuará, graciosamente, a liberar perdão aos pecados atuais uma vez confessados, permitirá o progresso no trabalho de restauração da alma iniciado no ato do novo nascimento.
A nossa alma pode se deliciar com a realidade do perdão divino.
A conseqüência dessa consciência levará o crente a crescer também na adoração e na manifestação de sua gratidão a Deus, que concedeu-nos tão grande benefício.
Verifique na sua experiência se ainda há algum sentimento de culpa ou medo em relação à pessoa de Deus.
Aproxime-se d’Ele com inteira certeza de fé.

·         Cura
“...quem sara todas as tuas enfermidades...” (Sl. 103:3b)

A conseqüência do perdão dos pecados é a cura para as doenças físicas.
Em muitos casos vemos as enfermidades associadas à sentimentos de culpa ou amargura provenientes de pecados cometidos.
Vemos esse exemplo na cura de um paralítico: “E eis que lhe trouxeram um paralítico deitado num leito. Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Tem bom ânimo, filho; estão perdoados os teus pecados.” (Mt. 9:2)
Jesus sabia que a origem daquela paralisia era de ordem espiritual e não somente física; então, cortou o mal pela raiz perdoando os pecados dele. Como conseqüência, mandou o paralítico andar; ele estava curado.
A nossa alma precisa ser lembrada de que não deve andar sobrecarregada de tensões, medo, ansiedade ou culpa, que podem acarretar em enfermidades físicas.
O Senhor que perdoa os pecados é quem também sara todas as enfermidades.
Aproprie-se agora mesmo da cura divina outorgada por Cristo Jesus na cruz do calvário.

·         Livramento
“Quem da cova redime a tua vida e te coroa de graça e misericórdia.” (Sl. 103:4)

Aqui o salmista está falando de livramento.
Todos nós estávamos caminhando para a morte eterna, totalmente perdidos e sem nenhuma esperança.
Mas o Senhor nos coroou de graça, favor imerecido, e nos concedeu grande salvação e livramento.
Ele também nos coroou de misericórdia porque nos viu sofrendo sem rumo e se compadeceu das nossas dores.
Além do livramento da perdição eterna, são incontáveis os livramentos do dia a dia dos quais nem chegamos a tomar conhecimento.
O Senhor continua nos redimindo, livrando através do preço pago por Jesus no Calvário, a cada dia.

A nossa alma sempre precisa ser lembrada do grande livramento já providenciado pelo Senhor.
Às vezes nos abatemos pelos problemas cotidianos e chegamos a nos desanimar por causa dos mesmos, sem, contudo, nos darmos conta de que poderíamos estar numa situação muito pior se o Senhor não tivesse nos redimido da perdição eterna.
Se Ele cuidou para nós do grande e terrível problema relativo à eternidade livrando-nos do castigo eterno, como não nos ajudará quanto aos problemas menores do dia a dia?
Se você já nasceu de novo, alegre-se pelo fato de ter o seu nome escrito no Livro da Vida, segundo a promessa divina para todo o que crê em Cristo.
“Não obstante, alegrai-vos, não porque os espíritos se vos submetem, e sim porque o vosso nome está arrolado nos céus.” (Lc. 10:20)

·         Provisão Futura
“Quem farta de bens a tua velhice, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia.” (Sl. 103:5)

Aos 40 anos a águia passa por um processo de renovação radical, sem o qual a continuidade de sua vida seria impossível.
Depois de subir a um alto monte ela sofre a perda de seu bico, suas penas e suas unhas, para dar lugar a outros mais novos e mais fortes.
Depois disso, ela está pronta para, pelo menos, mais 30 anos de vida, porque sua força foi totalmente renovada.

A nossa alma precisa saber que a velhice não é sinônima de fraqueza, doença, tristeza ou solidão.
No Senhor, a nossa velhice é revigorada pelas dádivas especiais reservadas por Ele para aquele período da nossa vida.
Aprendamos a não ter medo dos dias futuros, mas a viver intensamente cada momento que Deus nos concede em Sua bondade e misericórdia.
Ele não faz distinção de idades, tantos jovens quanto velhos têm a Sua bênção.
Em cada fase da vida, em cada etapa de nossa existência, somos chamados a adorá-Lo e bendizê-Lo por tudo que Ele É, e por tudo que Ele faz.
Servir e adorar a Deus, não é coisa só de velho ou de criança, mas de todos que n’Ele crêem e que foram chamados por Sua graça.
Com o nosso Deus não há velhice espiritual pois até o velhos podem sonhar.
“E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões.” (Jl. 2:28)

Creia na provisão divina para todos os tempos da sua vida.
Descanse na mesma visão de fidelidade sobre a qual o salmista repousou.
“Fui moço e já, agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão.” (Sl. 37:25)

Não permita que sua alma conte a história de sua vida.
Deixe que sua história seja contada pelo seu espírito.
Louvando ao Senhor em todos o tempo pelos Seus feitos.

Amém!!!


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