Texto Bíblico: Mateus
9:1-8
Jesus
continuava seu ministério, anunciando o Evangelho do Reino de Deus, levando a
palavra de salvação a todos, de forma a reconduzir as pessoas a Deus.
Após
fazer vários milagres, Jesus estava em sua cidade, envolvido por uma multidão
de pessoas ávidas de ouvir a Palavra de Deus, quando um paralítico lhe foi
apresentado.
Interessante
notar que Jesus era imprevisível, Ele nunca agia da mesma forma com todas as
pessoas e em todas as situações, mas sempre fazia algo diferente.
Assim,
certa vez ele curou um leproso apenas tocando neste; outra vez, quando se
achava que Ele curaria um cego com um simples toque, Ele fez uma lama com sua
saliva e passou nos olhos do cego, mandando que se lavasse no tanque de Siloé.
Quando
se esperava um espetáculo, Jesus apenas dava uma ordem, falava uma palavra, e o
milagre acontecia; quando se pensava que Ele iria correr para curar seu amigo
Lázaro, Ele ainda ficou alguns dias onde estava, e só partiu quando Lázaro
estava morto, para, então, promover sua ressurreição.
Jesus
mais uma vez age de forma inesperada, pois conduziram perante Ele um paralítico
para que fosse curado, porém sua primeira atitude não foi de mandar o
paralítico se levantar, o que surpreendeu a todos.
Alguns
ensinamentos que Jesus nos transmite nesta passagem.
I.
DEVEMOS CONDUZIR OS
PARALÍTICOS A JESUS
O
paralítico tinha uma vida de limitação, dependia de outras pessoas para tudo.
Ele
não tinha condições de se locomover sem a ajuda de outros.
Sua
situação era humilhante, ele não via perspectivas, estava condenado.
Naquele
tempo não havia cadeira de rodas, SUS, nem muletas como vieram a existir tempos
depois, assim, o paralítico vivia em um tipo de maca e era transportado por
pessoas que se dispunham a ajudá-lo.
Se
viesse alguma ameaça, uma perseguição, o paralítico não teria como fugir, as
demais pessoas correriam, mas ele ficaria à mercê de qualquer agressão e da
morte.
O
paralítico foi levado a Jesus, alguns homens o levaram até onde Jesus estava.
Essas
pessoas acreditavam que Jesus poderia curá-lo.
É
bem provável que já tivessem presenciado os demais milagres realizados por
Jesus.
A
purificação do leproso, a cura da sogra de Pedro, a libertação de
endemoninhados, cura de enfermos, o poder manifestado sofre o mar e os
elementos naturais, a cura do criado do centurião apenas com uma ordem à
distância.
Então,
eles viram ali a única chance de libertar aquele homem do seu sofrimento.
Não
existia nenhuma possibilidade pela medicina ou qualquer outro meio. Jesus era a
única solução.
O
papel daqueles que crêem em Cristo, que compõem a Sua Igreja, é conduzir a
Cristo todos os paralíticos, lembrando que um dia nós também fomos paralíticos.
Os
paralíticos deste mundo são aqueles que estão com suas pernas amarradas pelo
pecado, que não conseguem ir a Cristo, que estão buscando uma forma de se
libertarem, ou que nem mesmo perceberam ainda que são paralíticos, pensam que
estão caminhando livremente, mas estão aprisionados e nem sabem para onde estão
indo.
Essas
pessoas, por sua condição, não têm como fugir da morte.
A
Palavra diz que o salário do pecado é a morte, e o paralítico espiritual está
condenado a morrer, porque ele não consegue, por si mesmo, correr para longe da
condenação.
Cabe
a nós, que conhecemos a Cristo, envidar esforços para que aqueles que ainda são
paralíticos espirituais cheguem até Jesus, fazendo tudo o que estiver ao nosso
alcance para isto.
Os
homens que conduziram o paralítico até Jesus não desistiram diante das
dificuldades.
Lucas
narra que eles não conseguiram levar o homem para dentro da casa onde Jesus
estava, pois havia uma grande multidão que impedia a passagem, então eles
subiram ao eirado da casa e desceram o paralítico até o meio, colocando-o
diante de Cristo.
É
bem provável que nos deparemos com dificuldades para levar pessoas a Cristo.
Mas
não podemos desistir, devemos contornar os obstáculos.
Perseverar
na oração, falar, dar testemunho com nossas vidas, amar incondicionalmente, sem
medo de ter atitudes que pareçam ser ridículas, pois o objetivo é muito elevado
e valioso.
II.
JESUS RESPONDE COM O
PERDÃO A QUEM O PROCURA
O
desejo do paralítico era andar, ser curado. Também era isto que pretendiam os
homens que o levaram até ali.
Jesus,
porém, em resposta à fé daqueles homens, concedeu ao paralítico, antes da cura
física, a cura espiritual.
Ele
liberou perdão ao homem. Jesus queria demonstrar que o maior problema do ser
humano não são os males físicos nem as coisas desta vida, mas, sim, a sua
condição diante de Deus.
O
Salvador ensinou que todo ser humano necessita, desesperadamente, do perdão de
seus pecados, pois esta é a maior doença que aflige as pessoas, visto que
promove o afastamento de Deus e conduz o pecador à morte eterna.
O
peso do pecado gera tristeza, culpa, abatimento, aprisionamento, verdadeira
paralisia espiritual, impedindo a comunhão com Deus.
Quem
ainda não recebeu o perdão de seus pecados está impossibilitado de fugir da
condenação eterna, assim como o paralítico diante de uma grande ameaça, mas uma
vez que Jesus usa de misericórdia e libera perdão, as amarras que nos impediam
de caminhar são desfeitas e conseguimos andar rumo à vida eterna, trilhando o
Caminho que Deus preparou para nossa redenção.
Da
mesma forma que o paralítico, nós fomos alcançados pelo perdão de nossos
pecados e devemos trabalhar para que outros o recebam.
O
perdão que Cristo nos dá promove nossa reconciliação com Deus, limpa nosso ser,
restaura nossa paz, possibilita nosso acesso a Deus, nos livra da culpa e do
fardo pesado que estava sobre nossos ombros.
Caminhamos
livremente com a leveza de quem tem a consciência de que recebeu a liberdade e
a condição de filhos de Deus.
O
perdão dos pecados vem acompanhado de muitas bênçãos, dentre as quais a cura
para males físicos e mentais, conforme a vontade de Deus.
Uma
vez tratado o espírito, manifesta-se em nosso ser o poder do Altíssimo,
tratando-nos nas mais diversas áreas em que haja necessidade.
O
que Jesus nos ensina é que em primeiro lugar devemos ansiar pelo perdão, pela
cura espiritual, pois de nada vale a cura física se não pudermos viver em paz
com Deus.
III.
SOMOS CURADOS PARA A
GLÓRIA DE DEUS
Quando
recebemos a cura espiritual e física, toda a glória deve ser dada a Deus.
Os
homens que levaram o paralítico até Jesus não receberam a glória por isso.
O
paralítico não foi glorificado por ter fé, mas as pessoas que a tudo
presenciaram glorificaram a Deus, sabendo que somente pelo poder d’Ele, que
atuava em Seu Filho, fora possível que aquele homem recebesse tão grande graça.
Nós
podemos e devemos conduzir as pessoas a Cristo, devemos experimentar, nós
mesmos, o perdão e a cura em nossas vidas, mas jamais podemos nos esquecer de
que Deus é que deve ser glorificado, e todos os sinais feitos por Jesus são
para que as pessoas vejam e temam ao Altíssimo, reconhecendo que d’Ele vem toda
autoridade.
Infelizmente,
nos dias atuais muitos pretendem atrair para si a glória pela ação de Deus na
vida das pessoas.
Há
os que atribuem à sua própria fé, ao seu próprio poder ou à sua situação especial
diante de Deus a ocorrência de curas e outros sinais, e com isto atraem os
olhares das pessoas, são cultuados, seguidos como se fosse o próprio Cristo,
gabam-se de um poder que não possuem.
Jesus,
sendo o Deus Filho, tudo fez para que o Pai fosse glorificado.
Ele
sempre deixou bem claro que toda a glória era devida a Deus Pai.
Isso
deve ficar gravado em nossas mentes, para que não caiamos na tentação de
reivindicar para nós uma glória que é devida a Deus.
O
ser humano está doente e precisa urgentemente de cura.
Não
se trata de doenças físicas, pois estas, na maioria das vezes, são reflexos da
doença espiritual.
As
pessoas precisam de libertação, necessitam ficar livres das amarras do pecado e
ter seus corações e mentes transformados pela Graça de Deus.
Cabe
a nós, Igreja de Cristo, promover o anúncio do Evangelho e levar as pessoas a
Cristo, para que experimentem a cura para os males do espírito e do corpo, para
que glorifiquem a Deus e lhe dediquem toda a honra devida.
Amém!!!
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