segunda-feira, 5 de outubro de 2015

CRISTO VIVE EM MIM

Texto Bíblico: Gálatas 2:16-20

Paulo comenta o episódio ocorrido com Pedro, que parecia querer voltar às práticas da lei dada a Moisés, como se sofresse de um retrocesso na fé.
Pedro estava sentado à mesa com os gentios, algo que era proibido pela Torá, ao perceber a chegada de Tiago e da liderança da Igreja de Jerusalém, se afastou por temer os seus concidadãos Judeus Cristãos.
Por isso ele foi duramente repreendido por Paulo, porque Pedro estava levando outros à hipocrisia, fazendo outros Crentes abandonarem a verdadeira liberdade em Cristo Jesus.
É por isso que Paulo diz que: ”Quando, porém, Cefas veio a Antioquia, resisti-lhe face a face, porque se tornara repreensível.” (Gl. 2:11)
Foi isso que Paulo fez.
Paulo diz que Pedro levou outros a dissimulação, Pedro levou outros Crentes ao fingimento, Pedro levou outros Crentes à hipocrisia.

·         Salvação pela fé.
“Sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado.” (Gl. 2:16)

Os judeus que tinham sido salvos sabiam que não havia salvação na lei.
A lei condenava á morte àqueles que fracassavam em obedecê-la perfeitamente.
Isso trouxe maldição sobre todos, porque todos romperam seus sagrados preceitos.
O Salvador é aqui apresentado como o único objeto da fé.
Paulo recorda Pedro de que "até mesmo nós judeus" chegamos à conclusão de que a salvação é pela fé em Cristo, não pela guarda da lei.
Como podia agora Pedro colocar gentios sob a lei?
A lei dizia ás pessoas o que deviam fazer, mas não lhes dava o poder para fazer.
A lei foi dada para revelar o pecado, não para ser uma salvadora.

·         Justificação em Cristo.
“Mas se, procurando ser justificados em Cristo, fomos nós mesmos também achados pecadores, dar-se-á o caso de ser Cristo ministro do pecado? Certo que não!” (Gl. 2:17)

Paulo e Pedro e outros tinham buscado a justificação em Cristo e somente nele.
As ações de Pedro em Antioquia, porém, pareciam indicar que ele não estava completamente justificado, mas que precisava voltar à lei para completar sua salvação.
Se assim for, Cristo não é um Salvador perfeito e suficiente.
Se vamos a Ele para ter nossos pecados perdoados, porém depois precisamos ir a algo mais, acaso Cristo não se torna um ministro do pecado ao falhar cumprir suas promessas?
Se por um lado professamos depender de Cristo para a justificação, e por outro voltamos à lei, que só pode nos condenar como pecadores, será que estamos agindo como cristãos?
Podemos esperar a aprovação de Cristo com uma conduta assim que, na prática, faz dele um ministro de pecado?
A resposta de Paulo é um indignado "De modo algum!".

·         Aquilo que destruí.
“Porque, se torno a edificar aquilo que destruí, a mim mesmo me constituo transgressor.” (Gl. 2:18)

Pedro havia abandonado todo o sistema legal pela fé em Cristo.
Ele tinha repudiado quaisquer diferenças entre judeus e gentios quando se tratava de encontrar o favor de Deus.
Agora, ao recusar comer com os gentios, ele está reconstruindo o que havia destruído.
Fazendo assim, ele se revela como um transgressor.
Ou ele estava errado por trocar a lei por Cristo, ou está errado agora por trocar Cristo pela lei!

·         Transgressão da  Lei.
“Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo.” (Gl. 2:19)

A pena pela transgressão da lei é a morte.
Como pecador, transgredi a lei, portanto, ela me condenou a morrer.
Mas Cristo pagou por mim a pena da lei transgredida ao morrer em meu lugar.
Assim, quando Cristo morreu, eu morri.
Ele morreu para a lei no sentido que atendeu a todas as suas justas demandas, portanto, em Cristo, eu também morri para a lei.
O cristão morreu para a lei, ele já não tem mais nada a ver com ela.
Será que isso significa que o crente está livre para transgredir os Dez Mandamentos como bem entender?
Não, ele vive uma vida santa, não por medo da lei, mas por amor daquele que morreu por ele.
Os cristãos que desejam se colocar sob a lei como um padrão de comportamento não entendem que isso os coloca sob a maldição da lei.
Além do mais, eles não podem tocar a lei em um ponto sem que sejam responsáveis por cumpri-la integralmente.
A única maneira de podermos viver para Deus é estando mortos para a lei.
A lei jamais poderia produzir uma vida santa, e Deus nunca teve a intenção de que ela fizesse isso.
Ele determinou o caminho de santidade.

·         Identificado cm Cristo.
"Logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim." (Gl. 2:20)

O crente está identificado com Cristo em sua morte.
Cristo não só foi crucificado no Calvário, mas nós fomos crucificados ali também, em Cristo.
Isto significa o nosso fim como pecador aos olhos de Deus.
Isto significa o nosso fim como alguém que busca merecer a salvação ou consegui-la por nossos esforços. Isto significa o nosso fim como filho de Adão, como um homem sob a condenação da lei, um fim de nosso velho e irremediável “eu”.
O velho e mau "eu" foi crucificado, ele já não pode reivindicar um lugar em nossa vida diária.
Isto é verdadeiro no que diz respeito à posição que ocupamos diante de Deus, e deveria ser verdadeiro no que diz respeito ao nosso comportamento.
O crente não deixa de viver como uma personalidade ou como um indivíduo, mas aquele que é visto por Deus como tendo morrido não é o mesmo que vive.
“Não sou mais eu quem vive, mas Cristo vive em mim.”
O Salvador não morreu por nós para que nós sigamos vivendo nossa vida como bem entender.
Ele morreu por nós para que de agora em diante Ele possa viver Sua vida em nós.
A vida que agora vivemos neste corpo humano, nós vivemos na fé do Filho de Deus.
Fé significa dependência.
O cristão vive em contínua dependência em Cristo, ligado a Ele, permitindo que Cristo viva sua vida em nós.
Assim a regra de vida do crente é Cristo, não a lei.
Não é uma questão de se esforçar, mas de confiar.
Ele vive uma vida santa, não por medo do castigo, mas por amor ao Filho de Deus, que o amou e a si mesmo se entregou por ele.

O verdadeiro desafio é fazer cumprir esta verdade em nossa vida, somos testemunhas do Senhor e precisamos praticar as Suas obras.
A salvação já nos foi dada pela graça, portanto nossa motivação agora é honrar, Aquele que a Si mesmo se entregou, e morreu em nosso lugar para nos salvar.
Cristo vive em mim!

Amém!!!


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