“No ano da morte do
rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de
suas vestes enchiam o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha
seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas
voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR
dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. As bases do limiar se
moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça. Então, disse eu: ai
de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um
povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos!
Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que
tirara do altar com uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que
ela tocou os teus lábios; a tua iniquidade foi tirada, e perdoado, o teu
pecado. Depois disto, ouvi a voz do
Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me
aqui, envia-me a mim.” (Is. 6:1-7)
Um
dos maiores exemplos de adoração que encontramos na Palavra de Deus está em
Isaías.
Este
texto nos revela atitudes que devemos ter quando estamos diante de Deus: Ter
temor de Deus, reconhecer o pecado, ser sincero com Deus e dar atenção somente
a Deus.
I.
Temor de Deus:
Algo
que nos chama a atenção nesta visão de Isaías é a maneira como os anjos se
comportavam diante do Senhor.
“Serafins estavam por
cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os
seus pés e com duas voava.” (Is. 6:2)
Por
que os serafins cobriam seus rostos e pés, se eles são seres santos, que
ministram louvor a Deus sem cessar?
Os
serafins cobriam os rostos porque não estão acostumados com a glória de Deus e
não se acham dignos de olhar para o Senhor.
Os
serafins tapavam os pés como um sinal de reverência e respeito diante de Deus.
Esta
passagem nos ensina o quanto devemos ter reverência na presença de Deus, pois
os próprios serafins, que são seres santos e puros, temem a Deus a ponto de se
acharem indignos de estarem em Sua presença.
Claro
que temos liberdade para adorar a Deus, mas muitas vezes deixamos de nos
admirar com a presença de Deus.
Tratamos
a Deus como um ser comum e depois não entendemos por que não conseguimos mais
sentir a presença do Senhor.
Um
exemplo disso é a falta de reverência que apresentamos inúmeras vezes quando
chegamos na igreja antes de um culto ou celebração.
Quantas
vezes entramos na casa de Deus e corremos para conversar com os irmãos ou
afinar os instrumentos e só vamos falar com Deus quando o culto já começou.
A
primeira coisa que devemos fazer ao chegar à casa de Deus é orar pedindo
misericórdia ao Senhor!
II.
Reconhecer o pecado:
No
instante em que Isaías percebe que está diante de Deus, ele, imediatamente,
reconhece e confessa o seu pecado.
Às
vezes achamos que confessar pecados e adorar a Deus não está relacionado, mas
isso não é verdade.
Muito
pelo contrário, o arrependimento está intimamente ligado à adoração.
Se
nosso coração não estiver quebrantado, estaremos apenas louvando a Deus da boca
para fora.
Não
adianta nada chegarmos à igreja e começarmos a louvar, erguer as mãos e
glorificar a Deus, se estamos cheios de pecados não confessados.
III.
Sinceridade na
presença de Deus:
Ser
sincero com alguém é falar a verdade, não esconder nada e se mostrar como você
é.
Quase
sempre temos vergonha de falar para Deus quem nós somos de verdade.
Queremos
aparecer limpos e puros diante do Senhor, mas esquecemos que é Ele quem nos
limpa e purifica.
Precisamos
chegar a Deus sujo e mostrar a Ele nossa sujeira, para que Ele possa nos lavar
e, aí sim, estaremos limpos.
Foi
exatamente o que Isaías fez!
Ele
mostrou a Deus quem ele era: “… sou um
homem de lábios impuros…”
Deus
conhece o nosso coração, por isso não devemos esconder nossas falhas diante d’Ele.
Pode
parecer difícil, mas temos que chegar para Deus e falar: “Senhor, eu sou um
invejoso”, ou “Meu Deus, eu sou uma fofoqueira.”
Seja
qual for o nosso erro, devemos declará-lo para Deus, pois só depois que Isaías
assumiu a sua falha é que ele foi transformado.
Ser
sincero com Deus também é ser simples.
Isaías
podia ter dito muitas palavras bonitas ao Senhor, mas ele foi simples e
expressou o que realmente estava em seu coração: “Ai de mim, estou perdido!” (Is. 6:5a)
Diante
da grandeza de Deus, não adianta querermos falar bonito e tentar impressionar a
Deus.
Deus
quer simplicidade e sinceridade e não palavras bonitas.
Também
temos que dizer a Deus aquilo que queremos realmente.
Ser
sinceros quando pedimos algo a Ele.
Não
minta para Deus!
Por
exemplo, se você quer aprender a tocar guitarra muito bem, peça para Deus te
ensinar a tocar muito bem!
Não
fique dando uma de modesto para Deus, pois Ele, mais do que ninguém conhece o
seu coração.
IV.
Dar atenção somente a
Deus:
Quando
Isaías recebeu aquela visão de Deus, ele viu muitas coisas: viu os serafins,
viu as colunas de o templo tremer, viu a fumaça que encheu o lugar…
Mas
quando ele avistou o Senhor, sentado sobre seu trono, ele não deu atenção a
mais nada, apenas ao Senhor!
Tanto
que ele afirmou: “Ai de mim, estou
perdido! Porque sou um homem de lábios impuros e habito no meio de um povo de
impuros lábios: e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!” (Is. 6:5)
O
profeta poderia ter relatado todas as outras coisas que tinha visto, mas o que
tomou toda a atenção dele foi a visão do Deus Todo-Poderoso!
Foi
depois de ver a Deus é que Isaías se reconheceu como pecador.
Temos
que dar mais atenção à Deus do que às bênçãos d’Ele!
Direcione
toda a sua atenção ao Senhor, assim como fez Isaías.
Diante
dessas atitudes de adoração de Isaias o Senhor envia um serafim.
“Então, um dos
serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com
uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus
lábios; a tua iniquidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado.” (Is. 6:6)
Devia
ser uma dor terrível a que sentiu o profeta Isaías quando o anjo de Deus tocou
os seus lábios com a brasa viva e incandescente, tirada do altar de Deus que é
um Fogo Consumidor.
“Porque
o nosso Deus é fogo consumidor.” (Hb. 12:29)
Contudo,
também deve ter sido um grande alívio e extrema alegria quando sentiu que era
uma nova criatura, liberta da iniquidade e purificada do seu pecado e com a
capacidade exclusiva de ver o Senhor dos Exércitos.
A
brasa viva tirada do altar é um símbolo do Espírito Santo, que purifica os
nossos pecados, que reduz a escórias e cinzas as nossas iniquidades e nos faz
nova criação em Cristo Jesus, com a capacidade de estarmos em Cristo para o
louvor da Sua glória.
Vale
a pena sofrer o toque da brasa viva para sentirmos a bênção de estarmos na
família de Deus.
A
todos quantos O receberam deu-lhes a graça de serem filhos de Deus, que crêem
no Seu Nome e são purificados pelo Seu Espírito.
Você
não tem que ser um grande cantor ou músico para ser um grande adorador.
Mesmo
estando em um corpo, ou como um indivíduo, abra o seu coração e adore ao Senhor
com todo o seu ser.
Isto
é o que Ele está pedindo.
Amém!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário