Texto Bíblico: I Coríntios
11:17-30
A
Ceia do Senhor é uma experiência que estremece a alma, e mais ricas vividas
pelo cristão, por causa da profunda significação que traz.
Foi
durante a antiga celebração da Páscoa, na véspera de Sua morte, que Jesus
instituiu uma nova e significante refeição, uma “refeição de comunhão”, a qual
observamos até os dias de hoje, e que é a mais alta expressão da adoração
cristã.
É
um “sermão vivido”, relembrando a morte de nosso Senhor e ressurreição, e
vislumbrando o futuro em que retornará em Sua glória.
Ela
é uma expressão concreta do amor de Deus e da experiência de pertencer e ser
parte de uma comunidade.
A
Ceia é um convite a amizade, comunhão e intimidade com Cristo.
Estas
características não estavam acontecendo na Igreja de Corinto, pelo contrário,
estava acontecendo muitas divisões.
Com
base nisso podemos analisar neste texto, três características centrais da Ceia
do Senhor.
I.
Memorial
“Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes
o cálice, anunciais a morte do Senhor,
até que ele venha.”
(I Co. 11:26)
O que significa a
morte de Cristo?
a. Remissão de pecados
“A seguir, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu
aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue
da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados.” (Mt. 26:28)
b. Vitória sobre a morte e o pecado
“Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o
teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei.
Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus
Cristo.”
(I Co. 15:55-57)
c. Envio do Espírito Santo
“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a
fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não
pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele
habita convosco e estará em vós.” (Jo. 14:16-17)
d. Preparação da nossa morada com Deus
“Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora,
eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar.” (Jo. 14:2)
II.
Profético
A função do profeta era denunciar o
pecado.
A
mensagem da Ceia nos revela o nosso pecado e que não podemos participar da mesa
“indignamente”.
Não
podemos nos aproximar da Mesa da Comunhão sem antes se arrepender dos pecados.
Se
tomarmos da Santa Ceia em pecado seremos culpados “do corpo e sangue de
Cristo”.
Tomaremos
para si juízo, condenação.
Você
poderá dizer: Então é melhor não tomar a Ceia para não chamar para si juízo, não
é?!
A
resposta é: NÃO!
Porque
se você deixar de tomar a Ceia do Senhor você estará negando o corpo e sangue
de Cristo, a Aliança, a Salvação.
Então,
o que eu devo fazer? A partir disso temos a terceira característica da Ceia do
Senhor.
III.
Evangelístico
Evangelístico = Evangelho = Boa Notícia
(Graça)
A
Palavra diz: “Examine-se, pois, o homem a
si mesmo, e, assim, coma do pão, e beba do cálice.” (I Co. 11:28)
Examinar:
verificar, avaliar se está tudo bem ou não.
Ex:
Quando a gente vai ao médico ele manda fazer exames para diagnosticar o
problema e solucioná-lo com a terapia.
Depois
do autoexame e da constatação do pecado devemos nos arrepender.
“O que encobre as
suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará
misericórdia. Feliz o homem constante no temor de Deus; mas o que endurece o
coração cairá no mal.” (Pv. 28.13-14)
Não
dá para brincar de ser crente ou brincar com Deus, pois de Deus não se zomba.
A
Ceia do Senhor é um convite para o pecador morrer cada vez mais para o pecado e
viver cada vez mais para Cristo.
“Estou crucificado
com Cristo, logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver
que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si
mesmo se entregou por mim.” (Gl. 2:20)
O
significado do cristianismo é morrer para nós mesmos.
Alguns veem isso como medonho, oneroso e
fraco.
Algumas pessoas podem ponderar:
“Por
que desistir dos meus desejos e anseios por algo que outra pessoa exige?”
Podem
também alegar:
“Isso
é como a escravidão!”
No
entanto, não entendem que, entregar nossas vontades a Cristo, é como um pássaro
se entregar às correntes do ar ou um peixe à água.
Quando
nos entregarmos ao Senhor, Ele nos dá o poder para ser o que fomos feitos para
sermos capacitados a sermos úteis em termos eternos, capacitados a termos vida
que não é limitada aos limites mortais e abençoada pela comunhão com o Criador
como nosso Pai.
O
que é perdido nessa entrega ao Cristo que vive em nós?
Somente
o nosso egoísmo e a nossa autodestruição, causada por rebelião.
Quando
somos batizados em Cristo, compartilhamos a Sua crucificação.
Abandonamos
as coisas do passado e nascemos para uma nova vida.
Somos
outra pessoa agora, Cristo vive em nós.
O
verdadeiro desafio é fazer cumprir esta verdade em nossa vida, somos
testemunhas do Senhor e precisamos praticar as Suas obras.
A
salvação já nos foi dada pela graça, portanto nossa motivação agora é honrar, Aquele
que a si mesmo se entregou, e morreu em nosso lugar para nos salvar.
Amém!!!
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