“Quando te assentares
a comer com um governador, atenta bem para aquele que está diante de ti; mete uma faca à tua garganta, se és homem
glutão.
Não cobices os seus delicados manjares,
porque são comidas enganadoras. ” (Pv. 23:1-3)
Comer
e beber vinho são coisas poderosas.
Lobistas,
políticos, vendedores e outros usam isto para superar as inibições e
resistências dos seus reais objetivos.
Você
conseguiria resistir se a carreata de um presidente lhe oferecesse carona para
comer no restaurante mais caro da cidade?
Salomão
advertiu o seu filho a respeito do poder perigoso e sedutor de sair para comer
e beber luxuosamente com um homem que deseja lhe corromper e prejudicar.
O
homem não se deve deixar tentar por manjares colocados à mesa de grandes
governantes.
O
objetivo não é causar-lhe prazer e sim colocar à prova sua educação ou até
mesmo trazê-lo para junto de si, a fim de que possam dele se aproveitar quando
necessário.
·
As Fortes tentações
exigem severas resistências.
“Quando te assentares a comer com um governador, atenta
bem para aquele que está diante de ti .” (Pv. 23:1)
O
contexto é o de um governante manipulando um homem com uma extravagante
refeição.
Tais
refeições nem sempre são bênçãos.
Uma
boa comida e a quantidade dela podem levar um homem a entregar-se à embriaguez
ou à glutonaria, soltar os lábios ou inibições diante do governante, ou
comprometer suas convicções aos pedidos do governante.
Se
uma excelente refeição lhe tenta, você deve se proteger e controlar a sua
luxúria tomando as mais severas medidas.
·
As Fraquezas por
muita comida.
“Mete uma faca à tua
garganta, se és homem glutão.” (Pv. 23:2)
Se
numa situação de muita comida você se lembrar das suas fraquezas por tais
coisas, você deve minimizar o seu apetite.
Temos
aqui uma figura de linguagem enfatizando a necessidade de severa resistência à
tentação.
Você
deve comer com cautela, como se você tivesse uma faca na sua garganta.
Você
deve reprimir o comer, como se você tivesse debaixo de uma pena de morte!
É
a linguagem de mortificação usada por Paulo, fazer morrer a carne e a sua
concupiscência.
“Fazei, pois, morrer
a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo
maligno e a avareza, que é idolatria; por estas coisas é que vem a ira de Deus
sobre os filhos da desobediência.” (Cl. 3:5-6)
·
A Cobiça pelos
manjares.
“Não cobices os seus
delicados manjares, porque são comidas enganadoras.” (Pv. 23:3)
Quando
você estiver considerando as tentações dos alimentos, lembre-se de Daniel.
Ele
era um cativo num pais estranho e colocado num programa intensivo de preparação
para ser um conselheiro do rei Nabucodonosor.
“Determinou-lhes o
rei a ração diária, das finas iguarias da mesa real e do vinho que ele bebia, e
que assim fossem mantidos por três anos, ao cabo dos quais assistiriam diante
do rei. Entre eles, se achavam, dos filhos de Judá, Daniel, Hananias, Misael e
Azarias. O chefe dos eunucos lhes pôs outros nomes, a saber: a Daniel, o de
Beltessazar; a Hananias, o de Sadraque; a Misael, o de Mesaque; e a Azarias, o
de Abede-Nego.”
(Dn. 1:5-7)
Mas
Daniel considerou cuidadosamente o cardápio e escolheu rejeitá-la para a honra
do seu Deus.
“Resolveu Daniel,
firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que
ele bebia; então, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não
contaminar-se.”
(Dn. 1:8)
E
você conhece o resultado!
Daniel
foi promovido a um posto acima dos seus pares.
“Ora, a estes quatro
jovens Deus deu o conhecimento e a inteligência em toda cultura e sabedoria;
mas a Daniel deu inteligência de todas as visões e sonhos. Vencido o tempo
determinado pelo rei para que os trouxessem, o chefe dos eunucos os trouxe à
presença de Nabucodonosor. Então, o rei falou com eles; e, entre todos, não
foram achados outros como Daniel, Hananias, Misael e Azarias; por isso,
passaram a assistir diante do rei. Em toda matéria de sabedoria e de
inteligência sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez vezes mais doutos
do que todos os magos e encantadores que havia em todo o seu reino. Daniel
continuou até ao primeiro ano do rei Ciro.” (Dn 1:17-21)
Será
que situações tentadoras com alimentos assim só são encontradas na Bíblia?
Claro
que não.
Mas
aqui na terra está cheio destas situações.
§ Os homens de negócios
enchem os seus clientes com finas refeições?
§ Os políticos fazem
isso com seus constituintes?
§ Os lobistas fazem
isto com os políticos?
§ Os advogados exploram
as testemunhas?
§ Os vendedores atraem
os compradores?
§ As mulheres, por
acaso, são seduzidas depois de um maravilhoso jantar fora?
O
perigo ainda existe!
Muita
Atenção!
O
Senhor Jesus ensinou uma lição semelhante de autonegação a respeito da tentação
de um homem ao ver uma mulher atraente.
Se
um homem é tentado a desejar sexualmente uma mulher ou mulheres em geral numa
determinada situação, ele deve se afastar daquela tentação.
Quão
sério deve ser esse seu esforço?
Ele
deve arrancar o seu olho direito ou decepar a sua mão direita.
“Ouvistes que foi
dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher
com intenção impura, no coração, já adulterou com ela. Se o teu olho direito te
faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos
teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno. E, se a tua mão
direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca
um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno.” (Mt. 5:27-30)
Assim
como o nosso provérbio, esta é uma figura de linguagem para que haja o
exercício de uma severa resistência à tentação.
Não
significa que devemos, literalmente, arrancar os olhos, decepar a mão ou passar
a faca nos nossos pescoços.
A
piedade nos ensina que devemos evitar qualquer coisa que conduza à tentação.
“Mas revesti-vos do
Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas
concupiscências.”
(Rm. 13:14)
Paulo
estava comprometido em manter os apetites do seu corpo sob controle.
“Mas esmurro o meu
corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu
mesmo a ser desqualificado.” (I Co 9:27)
Davi
não permitia que se colocasse qualquer coisa má diante dos seus olhos, e ele
procurava evitar as iguarias dos ímpios.
“Não porei coisa
injusta diante dos meus olhos; aborreço o proceder dos que se desviam; nada
disto se me pegará.”
(Sl. 101:3)
Um
homem bom nem se dá ao luxo de ter amigos tolos.
“Deixai os insensatos
e vivei; andai pelo caminho do entendimento.” (Pv. 9:6)
Isto
é o que se chama de temperança, uma vida piedosa de autonegação.
Você
conhece os seus apetites?
Você
conhece os pecados que o assedia facilmente?
Você
tem que colocar uma faca naqueles apetites e recusá-los eliminando qualquer
ocasião em que possam se apresentar, mesmo que a perda daquelas coisas seja tão
custosa ou dolorosa quanto o perder um olho ou uma mão.
Jesus
chamou isto de levar a sua cruz diariamente, e isso era necessário para ser Seu
discípulo.
“Dizia a todos: Se
alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e
siga-me.”
(Lc. 9:23)
Um
banquete vai acontecer quando os eleitos de Deus sentarão com o Governante de
tudo.
É
chamado o banquete matrimonial do Cordeiro.
Eles
não terão que colocar uma faca à garganta nessa incrível festa.
Suas
carnes de luxúrias terão desaparecidas para sempre, e o Anfitrião da refeição
será a pureza e a verdade em pessoa.
“Alegremo-nos,
exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja
esposa a si mesma já se ataviou, pois lhe foi dado vestir-se de linho
finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de
justiça dos santos. Então, me falou o anjo: Escreve: Bem-aventurados aqueles
que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E acrescentou: São estas as
verdadeiras palavras de Deus.” (Ap. 19:7-9)
Não
haverá mais tentação para pecar novamente.
Devemos
guardar os nossos corpos sob controle para ganharmos a corrida em que nos
inscrevemos.
O
nosso Senhor não tinha um lugar para colocar a Sua cabeça.
Você
não precisa de nada que tenha cinco estrelas!
Nós
não precisamos fazer um aprovisionamento para a nossa carne, pois já estamos em
grande risco sem que haja necessidade de a estimularmos ainda mais.
Amém!!!
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