segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

DEIXADO PARA TRÁS

“E, tendo ele já doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume do dia da festa. E, regressando eles, terminados aqueles dias, ficou o menino Jesus em Jerusalém, e não o souberam seus pais. Pensando, porém, eles que viria de companhia pelo caminho, andaram caminho de um dia e procuravam-no entre os parentes e conhecidos. E, como o não encontrassem, voltaram a Jerusalém em busca dele. E aconteceu que, passados três dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. E todos os que o ouviam admiravam a sua inteligência e respostas. E, quando o viram, maravilharam-se, e disse-lhe sua mãe: Filho, por que fizeste assim para conosco? Eis que teu pai e eu, ansiosos, te procurávamos. E ele lhes disse: Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai? E eles não compreenderam as palavras que lhes dizia. E desceu com eles, e foi para Nazaré, e era-lhes sujeito. E sua mãe guardava no coração todas essas coisas. E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens.” (Lc. 2:41–52)

Como está nossa intimidade e sensibilidade com o mestre Jesus?
Muitas vezes não temos mais a presença do Senhor Jesus em nossas vidas, mas vivemos como se estivesse com Ele de uma maneira natural.

Satanás não tem mais interesse de matar a igreja: Serrando ao meio; Apedrejando; Queimando em óleo fervendo; Puxando escadaria abaixo; Jogando numa ilha para ser devorado pelas feras.
Suas estratégias receberam aprimoramentos!
Hoje é mais lucrativo ao reino das trevas matar alguém espiritualmente, impedir o relacionamento com Deus, sem tirá-la de circulação fisicamente.
Melhor para o inimigo de Deus, é ter um homem sem Deus, dentro da obra do seu Deus, do que fora dela.
Judas tinha mais utilidade para satanás dentro do ministério de Jesus do que fora dele, criticando-o!

Estas pessoas são projetadas malignamente para atrasar a igreja, são pedras de tropeço, carregada de negativismo.
“Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens.” (Mt. 16:23)
O negativismo é uma arma fundamental para vetar um projeto divino, são línguas peçonhentas!
Estas línguas peçonhentas fizeram com que Israel ficasse 40 anos andando em círculo no deserto.
Alguém, sem Jesus, realizando Seu ministério dentro da igreja tem um poder devastador em suas mãos.
E satanás sabe disso!

CARACTERÍSTICAS DE QUEM PERDEU JESUS DENTRO DA IGREJA

“Rogamo-vos, também, irmãos, que admoesteis os insubordinados, consoleis os desanimados, sustenteis os fracos, e sejais pacientes para com todos.” (I Ts. 5:14)

  1. São Insubordinados.
Outras traduções: desordeiro, insubmisso, indisciplinado ou ainda preguiçoso.
Devemos admoestar, advertir de falta, censurar, repreender com brandura; aconselhar, exortar, aconselhar, lembrar, avisar.
  1. São Desanimados.
Tem pouco ânimo.
  1. São Fracos ou doentes.
Devemos amparar os fracos, sustentar os fracos.

Por isto é a meta principal do diabo, levar o homem a cortar relações com Deus, entristecer o Espírito Santo de Deus.
O pior é que na maioria das vezes estas pessoas não percebem que perderam Jesus na caminhada, foi este o problema que a família de Jesus enfrentou.
Perder a presença de Jesus em nossas vidas é como: “Um lago que perde a fonte que o alimenta.”

Dois resultados são possíveis:
a.     O lago seca.
b.    Tornar-se-á uma água poluída, estagnada, mal cheirosa, transmitindo doenças.

O próprio Jesus entendia o valor de ter a presença continua do Pai em sua vida, sempre se afastava para estar em comunhão plena, para vencer os desafios.

Alguns exemplos práticos desta passagem:

             I.        Deixaram Jesus para trás.
“E, regressando eles, terminados aqueles dias, ficou o menino Jesus em Jerusalém, e não o souberam seus pais.” (Lc. 2:43)

Um menino Judeu, com doze anos, um adolescente tornava-se “filho da lei”, isto é quase um adulto.
Aqueles que compareciam nas festas de Jerusalém, viajavam frequentemente em caravanas, para se protegerem dos ladrões das estradas da Palestina.
Ser rico em relacionamentos na igreja, não nos isenta de perder Jesus.
Era habitual as mulheres e crianças irem à frente das caravanas, os homens iam na retaguarda e um menino de doze anos poderia ir com outro grupo.
Era uma família organizada contra Satanás.
Foi este um dos motivos que levou José e Maria a pensar que Jesus estava em um dos grupos.
Há pessoas que deixaram Jesus para trás, e acham que se ele estiver com um membro da família, está tudo bem.
Há pessoas também, que são tomadas de uma pressa, deixando Jesus para trás.
Querem acompanhar a caravana, mas não param para verificar se Jesus está no negócio, no meio, na situação.
A Pressa não é o diabo, ela é o próprio diabo.

            II.        Imaginaram que Jesus estava presente.
“Pensando, porém, eles que viria de companhia pelo caminho, andaram caminho de um dia e procuravam-no entre os parentes e conhecidos.” (Lc. 2:44)

Até que andaram caminho de um dia.
Temos que parar e não continuarmos a caminhada até que encontremos Jesus em nosso meio.
A família não notou a ausência de Jesus no inicio da viagem.
Pessoas que perdem Jesus tornam-se pessoas desligadas, governadas por todo vento que sopra.
Dizemos que Jesus está conosco, mas nossas obras já não confirmam tal afirmação.

           III.        Quando não encontraram Jesus, precisaram voltar.
“E, como o não encontrassem, voltaram a Jerusalém em busca dele.” (Lc. 2:45)

Voltar para José e Maria significava deixar o povo continuar a viagem e somente eles retornarem.
Ninguém volta conosco.
Havia o perigo de viajar sozinho.
Agora a situação ficou complicada e precisaria uma dose maior de coragem, adrenalina e decisão.
Pode haver desentendimento, desespero até, gasto excedente de energias, dinheiro e tempo.
Há pessoas que perdem Jesus por irresponsabilidade pessoal e quer colocar toda a igreja para procurar Jesus com ela.
Aqui inicia um processo diferente na vida do Casal, procurar o que ficou para trás perdido.
O Senhor convida o povo a voltar.
“Se tu voltares, então, te trarei, e estarás diante da minha face; e, se apartares o precioso do vil, serás como a minha boca; tornem-se eles para ti, mas não voltes tu para eles.” (Jr. 15:19)
Este foi o convite do Deus de Israel, para que o povo fosse vitorioso.

          IV.        Após três dias, acharam Jesus no Templo.
“E aconteceu que, passados três dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os.” (Lc. 2:46)

Demoraram dois dias para encontrar Jesus, pois um dia foi gasto em viagem de retorno.
Talvez procurassem Jesus primeiramente no Pátio, onde também havia o ensino da palavra.
Pessoas buscam Jesus nos pátios, aprendem nos pátios, neste lugar não há profundidade no relacionamento com Ele.
Precisam entrar no lugar da intimidade, no santo dos santos.
Muitas vezes procuramos Jesus em tantos lugares e o último é na igreja, na comunhão com os irmãos, no discipulado, na reunião nas casas, no centro da vontade de Deus.
Há pessoas substituindo o relacionamento com Ele pelo trabalho, pelos prazeres deste mundo, pela diversão, etc…
“Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele Dia.” (Hb. 10:25)

            V.        E todos os que o ouviam se admiravam.
“E todos os que o ouviam admiravam a sua inteligência e respostas.” (Lc. 2:47)

Outras pessoas pararam para ouvir Jesus, mas não o seu povo.
O próprio Jesus aprendia naquele momento com os doutores, ele preocupava-se em atualizar a sua vida em sabedoria e conhecimento.
Outras pessoas se admiravam.
Seu povo se esqueceu do seu Senhorio e sua missão terrena.
Quantas vezes buscamos o Jesus provedor de pão a peixe, o Jesus que cura, em vez de buscar aquele que dá a vida eterna.
“Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna.” (Jo. 6:47)

          VI.        Quando o viram, maravilharam-se.
“E, quando o viram, maravilharam-se, e disse-lhe sua mãe: Filho, por que fizeste assim para conosco? Eis que teu pai e eu, ansiosos, te procurávamos.” (Lc. 2:48)

Seus pais queriam que Jesus os seguisse.
Como Igreja que somos, muitas vezes queremos que Jesus nos siga e não que nós o sigamos.
“E, depois disso, saiu, e viu um publicano, chamado Levi, assentado na recebedoria, e disse-lhe: Segue-me.” (Lc. 5:27)
Queremos condicionar Jesus aos nossos programas, nossas festas, nossos prazos!
Como ficamos em relação à palavra: “Vinde após mim e eu vos farei pescadores de homens”

         VII.        Por que é que me procuráveis?
“E ele lhes disse: Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?” (Lc. 2:49)

Ele estava dizendo: Minha família deve saber onde eu estou.
Ele estava dizendo: Muitas pessoas me procuram não como Deus, mas como Criado.
Esta pergunta Ele faz à Igreja: Porque me procuras?

        VIII.        E eles não compreenderam as palavras que lhes dizia.
“E eles não compreenderam as palavras que lhes dizia.” (Lc. 2:50)

A Igreja que perde Jesus não compreende o que ele diz.
Quando uma Igreja perde Jesus, ela não entende a missão de Jesus, assim como seus pais não entendiam. Não conseguimos entender a visão do Reino, os princípios, os porquês.
Quando uma Igreja perde Jesus, ela perde o foco.
Jesus passa a ser apenas o filho do José e da Maria.

“E desceu com eles, e foi para Nazaré, e era-lhes sujeito. E sua mãe guardava no coração todas essas coisas.” (Lc. 2:51)
Guarde tudo isto em seu coração.
Ele era o filho de Deus, mas era submisso.
Estamos num tempo de filhos insubmissos, filhos de Deus insubmissos, filhos insubmissos a pais e mães, discípulos insubmissos ao discipulador, à liderança.
Tudo isto está nos afastando do Senhor.
Talvez estejamos nestas situações perante o Senhor, não sabendo o seu tempo, sua maneira de falar e principalmente não temos mais sua comunhão.
Ele está aqui, onde a igreja se reúne.
Procure desesperadamente por Ele, para encontrá-Lo, para entendê-Lo.

Amém!!!



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