“E, tendo ele já doze
anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume do dia da festa. E, regressando
eles, terminados aqueles dias, ficou o menino Jesus em Jerusalém, e não o
souberam seus pais. Pensando, porém, eles que viria de companhia pelo caminho,
andaram caminho de um dia e procuravam-no entre os parentes e conhecidos. E,
como o não encontrassem, voltaram a Jerusalém em busca dele. E aconteceu que,
passados três dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores,
ouvindo-os e interrogando-os. E todos os que o ouviam admiravam a sua
inteligência e respostas. E, quando o viram, maravilharam-se, e disse-lhe sua
mãe: Filho, por que fizeste assim para conosco? Eis que teu pai e eu, ansiosos,
te procurávamos. E ele lhes disse: Por que é que me procuráveis? Não sabeis que
me convém tratar dos negócios de meu Pai? E eles não compreenderam as palavras
que lhes dizia. E desceu com eles, e foi para Nazaré, e era-lhes sujeito. E sua
mãe guardava no coração todas essas coisas. E crescia Jesus em sabedoria, e em
estatura, e em graça para com Deus e os homens.” (Lc. 2:41–52)
Como
está nossa intimidade e sensibilidade com o mestre Jesus?
Muitas
vezes não temos mais a presença do Senhor Jesus em nossas vidas, mas vivemos
como se estivesse com Ele de uma maneira natural.
Satanás
não tem mais interesse de matar a igreja: Serrando ao meio; Apedrejando;
Queimando em óleo fervendo; Puxando escadaria abaixo; Jogando numa ilha para
ser devorado pelas feras.
Suas
estratégias receberam aprimoramentos!
Hoje
é mais lucrativo ao reino das trevas matar alguém espiritualmente, impedir o
relacionamento com Deus, sem tirá-la de circulação fisicamente.
Melhor
para o inimigo de Deus, é ter um homem sem Deus, dentro da obra do seu Deus, do
que fora dela.
Judas
tinha mais utilidade para satanás dentro do ministério de Jesus do que fora
dele, criticando-o!
Estas
pessoas são projetadas malignamente para atrasar a igreja, são pedras de
tropeço, carregada de negativismo.
“Ele, porém,
voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de
escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são
dos homens.” (Mt.
16:23)
O
negativismo é uma arma fundamental para vetar um projeto divino, são línguas
peçonhentas!
Estas
línguas peçonhentas fizeram com que Israel ficasse 40 anos andando em círculo
no deserto.
Alguém,
sem Jesus, realizando Seu ministério dentro da igreja tem um poder devastador
em suas mãos.
E
satanás sabe disso!
CARACTERÍSTICAS DE
QUEM PERDEU JESUS DENTRO DA IGREJA
“Rogamo-vos, também,
irmãos, que admoesteis os insubordinados, consoleis os desanimados, sustenteis
os fracos, e sejais pacientes para com todos.” (I Ts. 5:14)
- São
Insubordinados.
Outras traduções:
desordeiro, insubmisso, indisciplinado ou ainda preguiçoso.
Devemos admoestar, advertir
de falta, censurar, repreender com brandura; aconselhar, exortar, aconselhar,
lembrar, avisar.
- São
Desanimados.
Tem pouco ânimo.
- São
Fracos ou doentes.
Devemos amparar os
fracos, sustentar os fracos.
Por
isto é a meta principal do diabo, levar o homem a cortar relações com Deus,
entristecer o Espírito Santo de Deus.
O
pior é que na maioria das vezes estas pessoas não percebem que perderam Jesus
na caminhada, foi este o problema que a família de Jesus enfrentou.
Perder
a presença de Jesus em nossas vidas é como: “Um lago que perde a fonte que o
alimenta.”
Dois
resultados são possíveis:
a.
O
lago seca.
b.
Tornar-se-á
uma água poluída, estagnada, mal cheirosa, transmitindo doenças.
O
próprio Jesus entendia o valor de ter a presença continua do Pai em sua vida,
sempre se afastava para estar em comunhão plena, para vencer os desafios.
Alguns
exemplos práticos desta passagem:
I.
Deixaram Jesus para
trás.
“E, regressando eles, terminados aqueles dias, ficou o
menino Jesus em Jerusalém, e não o souberam seus pais.” (Lc. 2:43)
Um
menino Judeu, com doze anos, um adolescente tornava-se “filho da lei”, isto é
quase um adulto.
Aqueles
que compareciam nas festas de Jerusalém, viajavam frequentemente em caravanas,
para se protegerem dos ladrões das estradas da Palestina.
Ser
rico em relacionamentos na igreja, não nos isenta de perder Jesus.
Era
habitual as mulheres e crianças irem à frente das caravanas, os homens iam na
retaguarda e um menino de doze anos poderia ir com outro grupo.
Era
uma família organizada contra Satanás.
Foi
este um dos motivos que levou José e Maria a pensar que Jesus estava em um dos
grupos.
Há
pessoas que deixaram Jesus para trás, e acham que se ele estiver com um membro
da família, está tudo bem.
Há
pessoas também, que são tomadas de uma pressa, deixando Jesus para trás.
Querem
acompanhar a caravana, mas não param para verificar se Jesus está no negócio,
no meio, na situação.
A
Pressa não é o diabo, ela é o próprio diabo.
II.
Imaginaram que Jesus
estava presente.
“Pensando, porém, eles que viria de companhia pelo
caminho, andaram caminho de um dia e procuravam-no entre os parentes e
conhecidos.”
(Lc. 2:44)
Até
que andaram caminho de um dia.
Temos
que parar e não continuarmos a caminhada até que encontremos Jesus em nosso
meio.
A
família não notou a ausência de Jesus no inicio da viagem.
Pessoas
que perdem Jesus tornam-se pessoas desligadas, governadas por todo vento que
sopra.
Dizemos
que Jesus está conosco, mas nossas obras já não confirmam tal afirmação.
III.
Quando não
encontraram Jesus, precisaram voltar.
“E, como o não
encontrassem, voltaram a Jerusalém em busca dele.” (Lc. 2:45)
Voltar
para José e Maria significava deixar o povo continuar a viagem e somente eles
retornarem.
Ninguém
volta conosco.
Havia
o perigo de viajar sozinho.
Agora
a situação ficou complicada e precisaria uma dose maior de coragem, adrenalina
e decisão.
Pode
haver desentendimento, desespero até, gasto excedente de energias, dinheiro e
tempo.
Há
pessoas que perdem Jesus por irresponsabilidade pessoal e quer colocar toda a
igreja para procurar Jesus com ela.
Aqui
inicia um processo diferente na vida do Casal, procurar o que ficou para trás
perdido.
O
Senhor convida o povo a voltar.
“Se tu voltares,
então, te trarei, e estarás diante da minha face; e, se apartares o precioso do
vil, serás como a minha boca; tornem-se eles para ti, mas não voltes tu para
eles.”
(Jr. 15:19)
Este
foi o convite do Deus de Israel, para que o povo fosse vitorioso.
IV.
Após três dias,
acharam Jesus no Templo.
“E aconteceu que, passados três dias, o acharam no
templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os.” (Lc. 2:46)
Demoraram
dois dias para encontrar Jesus, pois um dia foi gasto em viagem de retorno.
Talvez
procurassem Jesus primeiramente no Pátio, onde também havia o ensino da
palavra.
Pessoas
buscam Jesus nos pátios, aprendem nos pátios, neste lugar não há profundidade
no relacionamento com Ele.
Precisam
entrar no lugar da intimidade, no santo dos santos.
Muitas
vezes procuramos Jesus em tantos lugares e o último é na igreja, na comunhão
com os irmãos, no discipulado, na reunião nas casas, no centro da vontade de
Deus.
Há
pessoas substituindo o relacionamento com Ele pelo trabalho, pelos prazeres
deste mundo, pela diversão, etc…
“Não deixando a nossa
congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e
tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele Dia.” (Hb. 10:25)
V.
E todos os que o
ouviam se admiravam.
“E todos os que o
ouviam admiravam a sua inteligência e respostas.” (Lc. 2:47)
Outras
pessoas pararam para ouvir Jesus, mas não o seu povo.
O
próprio Jesus aprendia naquele momento com os doutores, ele preocupava-se em
atualizar a sua vida em sabedoria e conhecimento.
Outras
pessoas se admiravam.
Seu
povo se esqueceu do seu Senhorio e sua missão terrena.
Quantas
vezes buscamos o Jesus provedor de pão a peixe, o Jesus que cura, em vez de
buscar aquele que dá a vida eterna.
“Na verdade, na
verdade vos digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna.” (Jo. 6:47)
VI.
Quando o viram,
maravilharam-se.
“E, quando o viram, maravilharam-se, e disse-lhe sua mãe:
Filho, por que fizeste assim para conosco? Eis que teu pai e eu, ansiosos, te
procurávamos.”
(Lc. 2:48)
Seus
pais queriam que Jesus os seguisse.
Como
Igreja que somos, muitas vezes queremos que Jesus nos siga e não que nós o
sigamos.
“E, depois disso,
saiu, e viu um publicano, chamado Levi, assentado na recebedoria, e disse-lhe:
Segue-me.”
(Lc. 5:27)
Queremos
condicionar Jesus aos nossos programas, nossas festas, nossos prazos!
Como
ficamos em relação à palavra: “Vinde após mim e eu vos farei pescadores de
homens”
VII.
Por que é que me
procuráveis?
“E ele lhes disse: Por que é que me procuráveis? Não
sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?” (Lc. 2:49)
Ele
estava dizendo: Minha família deve saber onde eu estou.
Ele
estava dizendo: Muitas pessoas me procuram não como Deus, mas como Criado.
Esta
pergunta Ele faz à Igreja: Porque me procuras?
VIII.
E eles não
compreenderam as palavras que lhes dizia.
“E eles não
compreenderam as palavras que lhes dizia.” (Lc. 2:50)
A
Igreja que perde Jesus não compreende o que ele diz.
Quando
uma Igreja perde Jesus, ela não entende a missão de Jesus, assim como seus pais
não entendiam. Não conseguimos entender a visão do Reino, os princípios, os
porquês.
Quando
uma Igreja perde Jesus, ela perde o foco.
Jesus
passa a ser apenas o filho do José e da Maria.
“E desceu com eles, e
foi para Nazaré, e era-lhes sujeito. E sua mãe guardava no coração todas essas
coisas.”
(Lc. 2:51)
Guarde
tudo isto em seu coração.
Ele
era o filho de Deus, mas era submisso.
Estamos
num tempo de filhos insubmissos, filhos de Deus insubmissos, filhos insubmissos
a pais e mães, discípulos insubmissos ao discipulador, à liderança.
Tudo
isto está nos afastando do Senhor.
Talvez
estejamos nestas situações perante o Senhor, não sabendo o seu tempo, sua
maneira de falar e principalmente não temos mais sua comunhão.
Ele
está aqui, onde a igreja se reúne.
Procure
desesperadamente por Ele, para encontrá-Lo, para entendê-Lo.
Amém!!!
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