Texto Bíblico: Lucas 5:1-11
O
ministério de Jesus teve muitos aspectos e áreas de atuação.
Ele
curou enfermos, expulsou demônios, etc., mas uma de suas principais atividades
foi o ensino.
Por
isso, ele era chamado Rabi, Mestre.
O
Mar da Galiléia, situado no vale do Jordão, está magnificamente encravado entre
as montanhas que o circundam.
Logo
ao norte a paisagem é dominada pelo monte Hermom, com seu cume coroado de neves
eternas.
O
solo fértil da região, em torno de suas margens, a vegetação, as montanhas e o
azul anil de suas águas, fazem deste um local belíssimo, encantador que
cativava e logo fazia muitos apaixonados por viver na Galiléia.
Um
local muito importante na vida pública de Jesus.
I.
Os Pescadores do Mar
da Galiléia
Pescar
no Mar da Galiléia era de vital importância econômica para as nove cidades à
suas margens e para os discípulos de Jesus.
As
cidades da Galiléia refletiam a importância da pesca para a vida econômica da
época.
Tiberíades
enviava carregamentos de peixe para Jerusalém e exportava para Roma.
Em
Betsaida, casa da pesca, em hebraico, a maior parte das pessoas trabalhava com
a pesca.
Os
grandes cardumes, encontrados perto da costa, eram o paraíso dos pescadores.
No
tempo de Jesus, centenas de barcos jogavam suas redes.
O
pescado era sempre salgado, pois não havia outra forma de conservar o alimento.
As
condições de pesca mudavam muito, de acordo com as variações do lago.
Os
pescadores eram geralmente, pessoas simples e de pouca instrução.
Homens
fortes, queimados pelo sol e vento.
Viviam
para esse ofício, noites inteiras sem dormir, contínuo lançar de redes,
preparados para as repentinas tempestades, navegavam sobre as ondas.
Durante
a pesca, eles se alimentavam de pão, peixe e água, bebendo diretamente do lago.
As
redes usadas na pesca eram penduradas dentro d'água em um complexo de três
redes, lançadas em alto mar.
São
necessários quatro homens para que sejam jogadas ao mar.
Os
pescadores afastavam-se da rede e se reaproximavam um tempo depois, agitavam as
águas com os remos para tocar os peixes para dentro delas.
II.
Pedro, Tiago e João
no Barquinho
Os
pescadores penduravam as redes, agitavam os remos, suspendiam as redes e viam
que não haviam apanhado nada!
Voltam
a procurar em outros lugares, onde tiveram mais sorte anteriormente.
Novamente
lançavam as redes e, ao levantá-las, experimentavam a mesma decepção.
Somente
a paciência lhes dava a força necessária para aguentar noites inteiras de
insucesso.
Cansados,
abatidos no corpo e na alma, desciam na praia para limpar as redes e consertar
os rasgos.
O
dia de trabalho dos pescadores não terminava com o retorno à costa.
Os
homens ainda precisavam consertar e lavar as redes do lodo e galhos que nelas
se prendiam, salgar o peixe, fazer manutenção nos barcos e equipamentos e
negociar com os mercadores.
Uma
atividade que exigia muitas e cansativas horas.
"Aconteceu que,
ao apertá-lo a multidão para ouvir a palavra de Deus, estava ele junto ao lago
de Genesaré; e viu dois barcos junto à praia do lago; mas os pescadores,
havendo desembarcado, lavavam as redes." (Lc. 5:1-2)
E
quando Jesus estava caminhando pelas margens do Mar da Galiléia, foi rodeado
por uma grande multidão, ávida por voltar à escutá-lo.
Dois
barcos estavam amarrados na praia.
Os
pescadores lavavam e limpavam suas redes.
Os
donos eram Simão Pedro e Zebedeu, pai de Tiago e João.
O
Mestre observa aqueles desanimados pescadores, cansados de uma noite inteira de
trabalho.
Já
se fazia dia e eles ainda trabalhavam retirando ervas e lodo das malhas de suas
redes.
Jesus
pregando à multidão, não deixou de notar a dificuldade que seus discípulos
passavam.
O
sustento de suas famílias, o alimento que necessitavam, o pagamento dos
impostos à Roma.
Quanta
preocupação passava pela cabeça daqueles árduos trabalhadores.
“Entrando em um dos
barcos, que era o de Simão, pediu-lhe que o afastasse um pouco da praia; e,
assentando-se, ensinava do barco as multidões." (Lc. 5:3)
III.
A Pesca Maravilhosa
E
Jesus espremido pelo povo, ensinando, sobe no barco de Pedro e se distancia um
pouco da margem, senta-se e fala à multidão daquele púlpito improvisado, num
lindo cenário que balançava suavemente sobre as ondas.
Ao
término disse a Pedro: "Vai ao mar
alto e lançai as vossas redes à pescar."
Esta
ordem era literal e ao mesmo tempo alegórica, pois tinha também a finalidade de
ilustrar uma verdade espiritual que Pedro aprenderia em seguida.
"Quando acabou
de falar, disse a Simão: Faze-te ao largo, e lançai as vossas redes para
pescar."
(Lc. 5:4)
Pedro
declara que ele e seus companheiros não conseguiram nada apanhar durante a
noite, o melhor período para pesca.
Naquele
momento da ordem de Jesus, as circunstâncias não eram favoráveis para se
pescar.
E
Pedro, um pescador profissional, acostumado a seguir seus instintos de exímio
pescador, experimentado trabalhador do mar, em um esforço, deixa de lado a sua
percepção humana e passa a confiar somente na palavra de Jesus.
"Respondeu-lhe
Simão: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos, mas sob a tua
palavra lançarei as redes." (Lc. 5:5)
Pedro
inicia o seu aprendizado em crer e confiar na providência de Deus.
Ele
que sempre prometeu que nunca nos deixaria sós, mas sim que estaria conosco nas
horas mais difíceis de nossas vidas.
No
ponto desejado pela ciência divina de Jesus, foi lançada a rede.
Apanharam
tantos peixes que ao tentar retirar a rede da água, as malhas começaram a se
romper.
Pedro
e seus companheiros fizeram um sinal aos filhos de Zebedeu, que estavam num
outro barco próximo, para que viessem ajudá-los.
"Isto fazendo,
apanharam grande quantidade de peixes; e rompiam-se-lhes as redes. Então,
fizeram sinais aos companheiros do outro barco, para que fossem ajudá-los. E
foram e encheram ambos os barcos, a ponto de quase irem a pique." (Lc. 5:6-7)
As
duas embarcações se encheram de tal forma que o peso ameaçava naufragá-los.
Por
mais acostumados que estivessem com boas pescas, eles não hesitaram em
reconhecer a pesca milagrosa como um extraordinário e raro acontecimento.
Pedro
se lança aos pés do mestre, movido de temor diante daquele que se mostrava como
o filho do homem.
Pedro
reconheceu a obra de Deus por meio de Jesus, e na condição de pecador, confessa
a sua incapacidade de estar diante do mestre, pois Jesus era santo.
IV.
Te Farei Pescador de
Homens
É
lindo ver que Jesus não afasta o pecador que reconhece a sua condição e o seu
vazio espiritual.
O
Mestre aceita o pecador confesso e oferece a oportunidade de reconciliação.
Deus
manda o pecador perdoado a executar a sua obra.
Mais
do que isso, Jesus mostra a Pedro a vontade do Pai para a sua nova missão: Te farei pescador de homens.
Não
há profissão mais nobre do que esta.
Lançar
a palavra de um Pai amoroso, que muito anseia pela volta dos seus filhos
queridos.
Um
privilégio que até os anjos desejaram fazer.
Essa
é a vontade de Deus.
Jesus
nos chamou para crer e confiar na sua palavra.
Ele
tem cuidado de nós.
Ainda
que estejamos cansados, abatidos com o labor desta terra.
O
Pai nos chamou para sermos pescadores de homens.
Há
uma chamada, há uma convocação divina.
Muito
nos perguntamos, quando, como, com que tempo e onde?
E
fica a pergunta: Mas não vejo momento propício para lançar minha rede, não sei
onde, qual o local?
A
pesca milagrosa é onde você estiver!
Sob
a palavra de Jesus lance a sua rede!
Use
de estratégias, estude a palavra de Deus, se lance ao mar da vida e pesque
homens para Deus.
Lembre-se
do princípio principal para obter sucesso na pescaria, Jesus precisa tomar o
controle absoluto da sua embarcação, haverá momentos de noites escuras que não
existirá peixe, que vamos até nos desanimar, querer desistir, e lavar as redes,
mas se Cristo estiver no barco não faltará peixe pela manhã.
Confie,
creia que ele mesmo te dará a direção.
Amém!!!
3 comentários:
Muito bom este estudo me ajudou bastante
Muito bom
O que aprendemos com este estudo é que temos que perguntar a Deus onde e o que devemos fazer diante de nossos problemas, qual é nossa parte que devemos fazer depois Deus fará seu milagre
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