sexta-feira, 15 de julho de 2016

ALEGRIA DOS PACIFICADORES

“Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus.” (Mt. 5:9)

Ser cristão é ser pacificador, pois a ele é dado à tarefa de promover e estimular a paz.
Deus está á procura de homens e mulheres prontos a levantar a bandeira da paz em meio aos conflitos e guerras deste mundo.
A palavra grega traduzida como pacificador vem do adjetivo para paz e do verbo que comumente significava fazer.
O sentido mais correto da expressão pacificador refere-se à promoção de concordância entre duas ou mais pessoas que estão em contenda, em guerra, em litígio.

Os pacificadores não são os passivos que esperam que a paz aconteça.
Eles tomam iniciativa e se esforçam para que haja paz.
Aquele que busca fazer a paz procura a reconciliação onde há conflito; o entendimento mútuo onde há discórdia, e o perdão onde houve pecado.
Ele precisa buscar isso entre pessoas em conflito.

Vivemos num mundo de guerras.
Quer seja entre nações, no mercado de trabalho, entre gangs, ou mesmo debaixo do mesmo teto, a incapacidade de viver e conviver em paz reflete a natureza pecaminosa e egoísta da humanidade.
Assim como toda guerra tem uma raiz lá dentro dos corações, todo o processo de paz também só pode partir de uma grande mudança lá dentro de nossa vida, no âmago das motivações e desejos.
Jesus, o Príncipe da Paz, promoveu a paz em nós e nos chama para sermos pacificadores, como Ele.

A primeira atitude prática que um pacificador faz em um processo de reconciliação, é estabelecer uma situação de cessar fogo.
Não há condições de trazer paz em meio a um tiroteio.
É necessário que uma bandeira branca seja levantada para um recesso.
Pessoas envolvem-se tanto nos tiroteios dos conflitos que se tornam incapazes de baixar a guarda.
Aí entra o pacificador, oferecendo sua credibilidade e autoridade para essa pausa.
Na verdade, ele só consegue fazer isso se tiver a confiança de ambos os lados.
Não é fácil alcançar a paz e a sua conquista é resultante de empenho.

A partir da pausa, o pacificador deve trabalhar rapidamente para discernir causas e motivações, agindo de maneira imparcial e justa.
O trabalho de reconciliar exige a firme determinação de ouvir, fazendo perguntas certas, dentro sempre de um ambiente de amor, mas verdade e sinceridade.

Após entender bem o contexto, o pacificador deve aproximar-se incentivando a busca de entendimento.
Isso exigirá certamente a necessidade de pedir e liberar perdão.
Via de regra, ambos os lados têm sua mea-culpa.
Muitos conflitos acontecem pela grande intolerância presente nas relações humanas.
Assim, é fundamental a ministração da importância de suportarmos um ao outro.
Na Bíblia não faltam instruções insistentes nesta direção.

Uma vez entendido, perdoado, haverá pré-disposição para promover a reconciliação.
Neste ponto, o amor de Cristo deve ter brotado nos corações para que o ato não seja uma mera formalidade.
Normalmente, haverá certo constrangimento ao perceberem como foram tão intolerantes um com o outro.
Quando o pacificador chega neste ponto, ele já sente concretamente o fluir da paz de Cristo.

Se o homem não tem paz com o Deus que o criou, jamais poderá sentir-se em paz consigo mesmo.
É aqui que entra o trabalho solidário do pacificador, que após ter levado o homem a se reconciliar com Deus procura levá-lo a cultivar a auto-estima como filho de Deus que agora é.
“Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus...” (I Jo. 3:1a)
O texto afirma que os pacificadores serão chamados filhos de Deus.

É claro que não se trata de semelhança física, mas semelhança com o caráter de Cristo.
À medida que exercemos nosso papel de pacificadores, reconciliando pessoas com Deus e com seus semelhantes, nos tornamos parecidos com Jesus.
Apesar da importância de reconciliar o homem com Deus, consigo mesmo e com o seu semelhante, o pacificador tem o privilegio que excede a todos os demais, ele é chamado “Filho de Deus”.

Jesus nos conforta dizendo que aqueles que promovem a paz são genuínos filhos de Deus, pois a paz também é fruto do Espírito.
“Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, fé, mansidão, esperança. Contra estas coisas não há lei.” (Gl. 5:22-23)
Só naqueles em quem habita, o Espírito de Deus agirá, promovendo a verdadeira pacificação.
Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração.

Amém!!!



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