"Venha o teu
reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu." (Mt. 6:10)
Muitos
acreditam que a expressão “venha o teu reino” esteja se referindo ao reino
milenar de Cristo neste mundo, mas não é assim.
O
que costumamos chamar de milênio, ou reino de mil anos de Jesus, é um estado
intermediário e não o final da história. É o reino do Filho do Homem, não o
reino do Pai do qual Jesus fala na oração ao dizer “o teu reino.”
Falaremos
sobre mais um forma de oração descrita na oração modelo de Jesus. Essa é a
segunda parte da oração e revela muito sobre o Reino de Deus e sobre o
cumprimento da vontade de Deus sobre a terra. Nesta sentença vemos,
basicamente, dois termos: o Reino de Deus e a Vontade de Deus.
I.
O Reino de Deus
O
Reino de Deus é o lugar onde o nosso Senhor Jeová, o Deus todo-poderoso, possui
o seu governo e sua habitação.
O
trono de Deus está armado no Céus, onde também é o lugar da sua morada:
"Depois destas
coisas, olhei, e eis não somente uma porta aberta no céu, como também a
primeira voz que ouvi, como de trombeta ao falar comigo, dizendo: Sobe para
aqui, e te mostrarei o que deve acontecer depois destas coisas. Imediatamente,
eu me achei em espírito, e eis armado no céu um trono, e, no trono, alguém
sentado; e esse que se acha assentado é semelhante, no aspecto, a pedra de
jaspe e de sardônio, e, ao redor do trono, há um arco-íris semelhante, no
aspecto, a esmeralda." (Ap. 4:1-3)
Quando
Jesus veio em carne, morreu e ressuscitou.
Ele
expandiu o Reino de Deus dos Céus para a terra através da Igreja.
Jesus
trouxe o Reino de Deus à terra fazendo de nós participantes deste Reino
maravilhoso.
Por
isso a Igreja, além de ser o corpo de Cristo sobre a Terra, é também o Reino de
Deus sendo estabelecido e, portanto, o local onde Deus pode governar e reinar
neste mundo.
II.
A vontade de Deus
No
Céus, onde Deus habita, o Seu Reino e a Sua vontade são absolutos.
Entretanto,
tanto o Reino de Deus quanto a Sua vontade ainda não são absolutos sobre a
terra.
Não
é a toa que Jesus nos incita a orar desta forma.
Isso
acontece pois ainda existem muitas irmãos que não submetem suas vidas a vontade
de Deus.
Estes
tais são rebeldes e preferem dar ouvidos a espíritos imundos para se
satisfazerem em prazeres e concupiscências ou viverem de qualquer outra
maneira.
Não
tenho medo de dizer que o príncipe destas pessoas é o diabo.
"Já não falarei
muito convosco, porque aí vem o príncipe do mundo; e ele nada tem em mim."
(Jo.
14:30)
Acerca
deles também profetizou Judas, irmão do nosso Senhor, dizendo: "Estes, porém, quanto a tudo o que não
entendem, difamam; e, quanto a tudo o que compreendem por instinto natural, como
brutos sem razão, até nessas coisas se corrompem." (Jd. 10)
Mas,
em detrimento a este mundanismo cristão existe a Igreja Gloriosa de Deus onde
Ele governa e onde Sua vontade é soberana.
A
Igreja é gloriosa por que ela não é aquilo que vemos com nossos olhos naturais.
Apenas
é Igreja aquilo que provem, verdadeiramente da Videira Verdadeira.
Tudo
que não provém desta videira são abrolhos e espinhos.
Nós,
como cristãos, devemos buscar tão somente a vontade de Deus como se fosse a
maior necessidade de nossas vidas.
Nós
erramos muito por não dar ouvidos a vontade de Deus e assim caímos
constantemente no engano.
Porém,
quando ouvirmos a voz de Deus e a obedecermos, viveremos grandes avivamentos e
grandes maravilhas como podemos verificar durante toda a história da Igreja
sobre a Terra.
O
Reino de Deus não é um Reino físico, mas sim dinâmico, porque o Reino de Deus
está dentro de nós.
Para
acessar esse Reino é preciso ter uma cidadania coerente, que é instituída
mediante arrependimento e fé.
O
convite do Rei é para todos, para que, esforçando-nos sempre no cuidado da
nossa resposta para com Ele, possamos render todos os dias o governo de nossa
vida a Ele.
III.
A oração do Reino e
da vontade de Deus
Quando
oramos: "Senhor, venha sobre nós o teu reino; seja feita a tua
vontade!", nós estamos orando para que Deus cumpra em nós, a Igreja, a
completude do seu Reino conforme é nos Céus, ou seja, que o seu Reino perfeito
e maravilhoso seja trazido aqui para a Terra com todo poder e glória conforme é
nos Céus.
Nós,
que somos o corpo de Cristo, devemos realizar unicamente a vontade de Deus para
que o seu reino seja estabelecido sobre a terra dessa forma.
Este
é, na verdade, o objetivo maior do evangelho.
Ao
fim de Apocalipse vemos uma cidade que desce do Céu, a Nova Jerusalém, vinda da
parte de Deus e ela mesmo tem a glória de Deus.
A
Nova Jerusalém é o cumprimento final desta oração.
Ela
é o fim da obra de Deus e o Reino de Deus e do seu Cristo sobre a Terra.
Entretanto,
podemos também orar para que Deus reine sobre nós em nossa vida hoje.
Orar
assim significa que aceitamos o Governo de Deus sobre a nossa própria vida e
existência, entendendo que a minha vontade não importa.
Se
assim fazemos o Senhor pode nos recompensar com grandes visitações do Espírito
Santo, que são, na verdade, um vislumbre do Reino de Deus em sua plenitude.
Essa
é uma oração poderosa.
Entender
que devemos realizar apenas a vontade de Deus para que seu Reino seja
estabelecido muda muito a forma como vivemos a nossa vida cristã.
Devemos
clamar a Deus para que Seu Reino seja estabelecido nos nossos dias.
Quem
sabe Ele não nos dá um vislumbre do seu Reino.
Amém!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário