"Já estou
crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida
que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou e se
entregou a si mesmo por mim." (Gl. 2:20)
Em
nossos dias o que predomina é um evangelho açucarado, feito algodão doce.
Algo
que não custa caro e que atrai desde as criancinhas aos mais idosos.
Mas,
este evangelho de algodão doce, não consegue satisfazer a justiça de Deus nem
os desejos essenciais do espírito humano.
Uma
vez apertado em uma das mãos, pouco resta, a não ser um punhadinho de açúcar.
O
Evangelho de Cristo também é doce, mas é um Evangelho de carne e sangue.
É
uma mensagem carregada de paixão e que decreta a morte do pecador.
O
Evangelho deixa bem claro, que a única sentença para o pecador é a morte de
cruz.
A
essência de sua mensagem é que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as
Escrituras, foi sepultado e ressuscitou no terceiro dia, segundo as Escrituras.
“Antes de tudo, vos
entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo
as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as
Escrituras.”
(I Co. 15:3-4)
Um
Evangelho que afronta o pecador, pois denuncia a sua transgressão e pronuncia a
sua sentença.
Também
é a única mensagem de vida e poder.
I.
Crucificação
"Já estou
crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu...” (Gl. 2:20ª)
Nossa crucificação,
assim como toda a morte, envolve uma separação.
a.
Do
pecado.
"De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós
os que para ele morremos?" (Rm. 6:2)
b.
Das
crenças do passado e ambições.
"Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com
Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de
Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra; porque
morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus." (Cl. 3:1-3)
Nossa crucificação
envolve um sepultamento.
c.
Sepultados
no batismo.
"Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo
batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do
Pai,..."
(Rm. 6:4a)
Crucificação
simboliza o fim de uma vida.
II.
Caracterização
"... não mais
eu, mas Cristo vive em mim..." (Gl. 2:20b)
Cristo torna-se nosso
propósito de vida.
d.
Quando
nós somos sepultados no batismo, nos levantamos para caminhar em novidade de
vida.
"...assim andemos nós também em novidade de vida." (Rm. 6:4b)
e.
Temos
que deixar nossa luz brilhar para que outros possam ver nossas boas obras e
glorifiquem a nosso Pai que está nos céus.
"Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a
cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la
debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na
casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as
vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus." (Mt. 5:14-16)
Cristo se torna o
nosso padrão de vida.
f.
Nós
como Cristo, devemos cuidar dos negócios de nosso Pai.
"Ele lhes respondeu: Por que me procuráveis? Não
sabíeis que me cumpria estar na casa de meu Pai?" (Lc. 2:49)
g.
Nós,
como Cristo, devemos sempre fazer as coisas que agradam nosso Pai.
"E aquele que me enviou está comigo, não me deixou
só, porque eu faço sempre o que lhe agrada." (Jo. 8:29)
III.
Consequência
“...e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do
Filho de Deus, que me amou e se entregou a si mesmo por mim." (Gl. 2:20c)
Nós vivemos na carne.
h.
Nossos
corpos físicos são descritos como "nossa casa terrestre deste
tabernáculo."
"Sabemos que, se
a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um
edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus." (II Co. 5:1)
As
palavras de Paulo: "Eu agora vivo", lembram-nos o contraste entre a
vida que agora vivemos e a nossa vida antes de se tornar um cristão.
Elas
também servem para nos lembrar da brevidade da vida.
"Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou
amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e
teremos lucros. Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois,
apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa. Em vez disso,
devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto
ou aquilo."
(Tg. 4:13-15)
Nós vivemos pela fé.
Paulo
escreveu em outro lugar que nós andamos por fé e não por vista, uma referência
à nossa fé pessoal.
“Temos, portanto,
sempre bom ânimo, sabendo que, enquanto no corpo, estamos ausentes do Senhor;
visto que andamos por fé e não pelo que vemos.” (II Co. 5:6-7)
Mas
aqui Paulo fala de viver por fé, isto é, o sistema da fé.
"Combati o bom
combate, completei a carreira, guardei a fé." (II Tm. 4:7)
Para
viver pela fé é preciso viver com Cristo dirigindo nossa vida.
Estar
crucificado com Cristo é estar unido a Ele em sua morte por causa do pecado;
meu passado pecador foi riscado.
Quando
nos unimos a Cristo em sua morte nossa antiga vida acaba e não podemos de modo
algum retornar a ela.
Além
disso, ressuscitamos para uma nova vida.
Em
um sentido humano, vivemos esta nova vida por meio da fé em Cristo Jesus.
Já
num sentido espiritual, não somos nós que vivemos, mas é Cristo que vive em
nós.
Vivendo
em nós, Cristo nos dá novos desejos quanto à santidade, Deus e o céu.
Nós
podemos pecar, mas não queremos pecar, pois o conteúdo de nossa vida mudou,
nossa satisfação é outra.
Tudo
se tornou diferente porque eu me tornei diferente.
Cristo
morreu por mim, e eu morri com Ele, cumprindo as exigências da lei e pagando a
justa penalidade do pecado.
Então
Cristo ressurgiu e vive.
E
eu vivo por meio dele, partilhando sua vida e ressurreição.
Como
cristãos somos crucificados com Cristo.
Cristo
vive em nós.
Nossas
vidas são feitas novas por causa do amor de Deus por nós.
Amém!!!
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