sábado, 9 de abril de 2016

CRISTO VIVE EM MIM

"Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou e se entregou a si mesmo por mim." (Gl. 2:20)

Em nossos dias o que predomina é um evangelho açucarado, feito algodão doce.
Algo que não custa caro e que atrai desde as criancinhas aos mais idosos.
Mas, este evangelho de algodão doce, não consegue satisfazer a justiça de Deus nem os desejos essenciais do espírito humano.
Uma vez apertado em uma das mãos, pouco resta, a não ser um punhadinho de açúcar.
O Evangelho de Cristo também é doce, mas é um Evangelho de carne e sangue.
É uma mensagem carregada de paixão e que decreta a morte do pecador.
O Evangelho deixa bem claro, que a única sentença para o pecador é a morte de cruz.
A essência de sua mensagem é que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou no terceiro dia, segundo as Escrituras.
“Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.” (I Co. 15:3-4)
Um Evangelho que afronta o pecador, pois denuncia a sua transgressão e pronuncia a sua sentença.
Também é a única mensagem de vida e poder.

             I.        Crucificação
"Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu...” (Gl. 2:20ª)

Nossa crucificação, assim como toda a morte, envolve uma separação.

a.     Do pecado.
"De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?" (Rm. 6:2)

b.    Das crenças do passado e ambições.
"Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra; porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus." (Cl. 3:1-3)

Nossa crucificação envolve um sepultamento.

c.     Sepultados no batismo.
"Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai,..." (Rm. 6:4a)
Crucificação simboliza o fim de uma vida.

            II.        Caracterização
"... não mais eu, mas Cristo vive em mim..." (Gl. 2:20b)

Cristo torna-se nosso propósito de vida.

d.    Quando nós somos sepultados no batismo, nos levantamos para caminhar em novidade de vida.
"...assim andemos nós também em novidade de vida." (Rm. 6:4b)

e.     Temos que deixar nossa luz brilhar para que outros possam ver nossas boas obras e glorifiquem a nosso Pai que está nos céus.
"Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus." (Mt. 5:14-16)

Cristo se torna o nosso padrão de vida.

f.     Nós como Cristo, devemos cuidar dos negócios de nosso Pai.
"Ele lhes respondeu: Por que me procuráveis? Não sabíeis que me cumpria estar na casa de meu Pai?" (Lc. 2:49)

g.    Nós, como Cristo, devemos sempre fazer as coisas que agradam nosso Pai.
"E aquele que me enviou está comigo, não me deixou só, porque eu faço sempre o que lhe agrada." (Jo. 8:29)

           III.        Consequência
“...e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou e se entregou a si mesmo por mim." (Gl. 2:20c)

Nós vivemos na carne.

h.     Nossos corpos físicos são descritos como "nossa casa terrestre deste tabernáculo."
"Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus." (II Co. 5:1)

As palavras de Paulo: "Eu agora vivo", lembram-nos o contraste entre a vida que agora vivemos e a nossa vida antes de se tornar um cristão.
Elas também servem para nos lembrar da brevidade da vida.
 "Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros. Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa. Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo." (Tg. 4:13-15)

Nós vivemos pela fé.

Paulo escreveu em outro lugar que nós andamos por fé e não por vista, uma referência à nossa fé pessoal.
“Temos, portanto, sempre bom ânimo, sabendo que, enquanto no corpo, estamos ausentes do Senhor; visto que andamos por fé e não pelo que vemos.” (II Co. 5:6-7)
Mas aqui Paulo fala de viver por fé, isto é, o sistema da fé.
"Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé." (II Tm. 4:7)
Para viver pela fé é preciso viver com Cristo dirigindo nossa vida.

Estar crucificado com Cristo é estar unido a Ele em sua morte por causa do pecado; meu passado pecador foi riscado.
Quando nos unimos a Cristo em sua morte nossa antiga vida acaba e não podemos de modo algum retornar a ela.
Além disso, ressuscitamos para uma nova vida.
Em um sentido humano, vivemos esta nova vida por meio da fé em Cristo Jesus.
Já num sentido espiritual, não somos nós que vivemos, mas é Cristo que vive em nós.
Vivendo em nós, Cristo nos dá novos desejos quanto à santidade, Deus e o céu.
Nós podemos pecar, mas não queremos pecar, pois o conteúdo de nossa vida mudou, nossa satisfação é outra.
Tudo se tornou diferente porque eu me tornei diferente.

Cristo morreu por mim, e eu morri com Ele, cumprindo as exigências da lei e pagando a justa penalidade do pecado.
Então Cristo ressurgiu e vive.
E eu vivo por meio dele, partilhando sua vida e ressurreição.
Como cristãos somos crucificados com Cristo.
Cristo vive em nós.
Nossas vidas são feitas novas por causa do amor de Deus por nós.

Amém!!!


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