"Enquanto
comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos,
dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. A seguir, tomou um cálice e, tendo
dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o
meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para
remissão de pecados. E digo-vos que, desta hora em diante, não beberei deste
fruto da videira, até aquele dia em que o hei de beber, novo, convosco no reino
de meu Pai. E, tendo cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras." (Mt. 26:26-30)
A
Ceia é a segunda ordenança que o Senhor deu à sua Igreja. A primeira ordenança
foi o "Batismo".
A
Santa Ceia for ordenada por Jesus para que acontecesse por toda a posteridade
como uma lembrança viva de Sua morte e sacrifício na cruz pelos nossos pecados.
Por
isso, até hoje a realizamos como um memorial, lembrando-se da obra de amor de
Jesus por nós.
Além
de ser um memorial, a Ceia é um momento de comunhão da igreja e fortalecimento
espiritual de cada membro do corpo de Cristo.
Um
momento único e especial.
Jesus
foi para o local que previamente estabeleceu para comemorar a páscoa com seus
discípulos.
Ali,
Ele revelou que um deles o trairia, e Judas acabou sendo desmascarado.
Logo
após, Jesus se voltou para seus reais discípulos para enfim celebrar a páscoa.
Ele
usou os mesmos elementos utilizados pelos hebreus quando foi instituída a
páscoa, que comemorava a libertação da escravidão no Egito.
Neste
momento Jesus estava instituindo a sua própria páscoa, ou seja, a libertação de
seu povo, seus seguidores da escravidão do pecado.
A
nova aliança de Deus com os homens estava chegando.
Ele
usou os mesmos símbolos da páscoa dos hebreus, porém, deu novo significado para
eles.
O
pão sem fermento, agora simbolizaria seu corpo e o suco da videira simbolizaria
seu sangue.
Esta
era a primeira e última ceia de Jesus com seus discípulos antes do
estabelecimento de seu reino aqui na terra.
Seu
reino, a igreja gloriosa, seria estabelecido noutra festa judaica, pentecostes,
após a sua ressurreição.
Determinado
no que ia fazer, Jesus louvou ao Pai e partiu para o local onde seria entregue
nas mãos dos pecadores.
Jesus
estava numa comunhão íntima com seus discípulos.
Enquanto
saboreavam uma refeição, Ele chamou a atenção para si fazendo uma importante
declaração: o pão da páscoa, agora iria simbolizar o seu corpo.
Então
Ele partiu este pão, o seu corpo e deu a seus discípulos para comer.
Duas
coisas importantes aqui:
I.
A
comunhão íntima com o Senhor é privilégio de discípulos. Quem não tem
compromisso com Jesus está fora de sua comunhão. Jesus partiu o pão e deu aos
seus discípulos; Ele não deu a qualquer pessoa, mas aqueles que queriam ter
comunhão com Ele.
II.
A
partir daquele momento, seu corpo seria o alimento para seus discípulos. Quem
não se alimenta de Jesus, não pode ter vida em si mesmo, pois Ele é o caminho,
e a verdade, e a vida; e ninguém vai ao Pai senão por Ele.
Jesus,
após dar novo significado ao pão da páscoa hebraica, se volta ao outro
elemento: o suco da videira.
Nesta
nova aliança de Deus com os homens, o suco da videira simbolizaria o sangue de
Cristo; o sangue que Ele derramaria na cruz pouco depois desta última reunião
com seus discípulos.
Da
mesma forma que o pão, Jesus partilhou o suco da videira, o seu sangue com seus
discípulos, os que assumem compromisso com Ele.
O
sangue de Jesus, simbolizado pelo suco da videira, tem papel fundamental na
vida do discípulo: a remissão de seus pecados.
Se
deixarmos a comunhão íntima com Jesus, deixamos de nos alimentar daquele que
nos dá vida, e deixamos de ser purificados dos nossos pecados.
A
comunhão do corpo e sangue de Cristo é contínua e não esporádica, como alguns
pensam.
Carecemos
e necessitamos continuamente da comunhão com Cristo para permanecermos vivos e
remissos diante de Deus.
Não
deixemos a comunhão de Jesus!
A
presença de Jesus neste mundo estava chegando ao fim, mas mesmo em meio à
angústia de saber o que lhe esperava, deu boas notícias aos seus discípulos: a
comunhão plena no reino de seu Pai também estava chegando.
Aquela
era a primeira e última ceia com seus discípulos antes de seu sofrimento nas
mãos dos pecadores: os açoites, a crucificação e a morte na cruz.
Porém,
em seu reino, Ele voltaria a partilhar desta comunhão com seus discípulos.
Na
igreja, seu reino aqui na terra, Ele se faz presente na comunhão do pão e do
suco todo o primeiro dia da semana com seus discípulos.
Fazemos
isto para lembrar o que Ele fez por nós e nunca esquecermos.
“...fazei isto em
memória de mim.”
(Lc. 22:19b)
A
promessa de beber do suco da videira, novo, com seus discípulos foi cumprida.
Glórias
a Deus por isso.
Jesus
estava prestes a receber a traição de Judas.
Após
revelar dádivas espirituais aos seus discípulos como à nova aliança em seu
sangue, Ele cantou um hino para louvar ao Pai.
Em
meio à agonia que se seguiria nos dias seguintes, o Senhor encontrou razões
para cantar.
No
monte das oliveiras, Judas, o traidor, levaria os pecadores para prender Jesus
e o levar para um interrogatório forjado, uma condenação preparada e uma morte
dolorosa.
Na
verdade, Jesus tinha de passar por isso, pois do contrário estávamos todos
condenados por causa do pecado.
Qual
a razão de Jesus cantar louvores no momento que antecedia seu sofrimento?
Uma
delas talvez fosse por saber estar dentro da vontade do Pai.
O
sofrimento do Cordeiro fazia parte do plano de Deus para a redenção do homem.
Se
Jesus não tivesse feito isto, nós é que precisaríamos fazer e nenhum ser humano
foi ou é capaz de fazer, ou seja, dar a vida pelos inimigos.
“Porque Cristo,
quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. Dificilmente,
alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a
morrer. Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo
morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo
justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. Porque, se nós,
quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho,
muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida; e não
apenas isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo,
por intermédio de quem recebemos, agora, a reconciliação.” (Rm. 5:6-11)
A
bondade de Deus não tem limites.
Ela
não se limitou em poupar Jesus de seu sofrimento aqui na terra.
Pela
sua bondade, Ele deixou registrado em sua Palavra o que Cristo fez por nós,
dando a sua vida em nosso favor.
Mais
ainda, Jesus nos deixou a ceia, onde podemos comer do pão e tomar do suco, seu
corpo e seu sangue respectivamente.
Jesus
estabeleceu, Paulo recebeu do Senhor e passou para nós através de suas cartas
como deveríamos proceder para jamais esquecer a dádiva de ter sido salvo pela
morte e ressurreição de Cristo.
“Porque eu recebi do
Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi
traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu
corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Por semelhante modo,
depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova
aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de
mim. Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice,
anunciais a morte do Senhor, até que ele venha.” (I Co. 11:23-26)
A
ceia não é um ritual repetitivo, ela é o memorial de Jesus para a comemoração
da nossa libertação do pecado, assim como a páscoa era a comemoração dos
hebreus pela libertação da escravidão no Egito.
Glórias
a Deus e ao nosso Senhor Jesus Cristo por esta dádiva!
Amém!!!
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