“Depois disto, ouvi a
voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu:
eis-me aqui, envia-me a mim.” (Is. 6:8)
Nós
sempre queremos mudança; parece que nunca estamos satisfeitos com as coisas.
A
mudança talvez seja a indisposição causada pela vida rotineira.
Mas,
querer e estar insatisfeito não são suficientes para mudar, é preciso que o
indivíduo faça acontecer.
Tudo
é questão de atitude.
Deus
quer te usar para mudar o mundo.
Talvez
querer mudar seja apenas por conta da nossa insatisfação, que pode não ser real
no outro.
Encontramos
durante o processo de mudança pessoas que não querem que nada mude, e é preciso
respeitar.
Mas
não significa deixar as coisas como estão.
Não
podemos trocar a nossa insatisfação pela acomodação.
O
nosso exemplo maior é Deus.
Ele
estava insatisfeito com o mundo da época de Noé, e mandou que este fizesse a
arca e enviou o dilúvio.
Ele
estava insatisfeito com Sodoma e Gomorra, e as destruiu com fogo.
Ele
estava insatisfeito com o seu próprio povo, e permitiu que sofressem dois
cativeiros, o Assírio e o Babilônico.
Que
Ele não esteja insatisfeito conosco!
Não
somos otimistas em relação à mudança do mundo, mas somos otimistas em relação à
mudança que podemos promover em pessoas, que promovem em outras, e assim
sucessivamente.
I.
Isaías precisou ser
impactado pela visão correta
A
visão correta foi a que Deus quis que ele tivesse, não era a visão que Isaías
achava que devia ter.
O
problema de pouco, ou quase nada fazermos para Deus, é que não temos uma visão
clara sobre Deus.
Isaías
foi impactado porque viu o Senhor.
“No ano da morte do
rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de
suas vestes enchiam o templo.” (Is. 6:1)
Quem
vê o Senhor não consegue mais ser o que sempre foi.
A
visão coloca as pessoas em seus devidos lugares.
Deus
é o soberano, os Serafins exaltavam a o Soberano Senhor, e Isaías fica em
contemplação.
Isaías
não se perdeu em contemplação, o êxtase não o anestesiou a ponto de achar que
era o que não era, e então ele diz: “Ai
de mim! Estou perdido!”
A
visão fez que Isaías olhasse para si mesmo, e visse que a sua situação não era
nada boa.
Ele
era o pecador que viu o Deus santo.
“Então, disse eu: ai
de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um
povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos!” (Is. 6:5)
II.
Isaías precisou ser
mudado para mudar outros
Isaías
era inadequado para a missão de mudar outros.
Ele
mesmo disse ser um homem de lábios impuros.
Talvez
ele não fosse das pessoas que gostamos de ouvir.
Ele
precisou ser impactado pela presença do Senhor, ele precisou ter medo da morte,
ele precisou olhar para si mesmo.
Por
reconhecer que era pecador, sem condições de estar no templo, na presença do
Senhor, ele deu os passos para mudar.
Ele
precisa mudar as suas atitudes, de reprováveis que eram para atitudes
aceitáveis diante de Deus.
Mas
a mudança muitas vezes não acontece sem que seja traumática, incisiva, indolor:
“Então, um dos serafins voou para mim,
trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz.” (Is. 6:6)
Talvez
Isaías tenha pensado o pior com aquela cena, mas a tenaz não seria usada como
arma contra ele.
O
serafim voou até Isaías para colocá-lo em condições de ser usado por Deus.
“Com a brasa tocou a
minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniqüidade foi
tirada, e perdoado, o teu pecado.” (Is. 6:7)
O
serafim deu a notícia que Isaías precisava ouvir: “A tua iniqüidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado.”
III.
Isaías quis fazer a
diferença entre os indiferentes
É
fácil dizer que Deus quer te usar, mas é difícil perceber que eu posso ser
usado.
O
grande problema é que o chamado só serve para o outro e a renúncia é para o
outro.
O
profeta podia continuar indiferente se quisesse, pois a preocupação da corte
celestial não era um problema seu, mas, o novo Isaías não ficou indiferente da
preocupação divina, e ele diz: “Eis-me
aqui.”
Eis-me
aqui, significa que é possível ser envolvido também na tarefa.
Alguém
devia ser enviado a cumprir uma tarefa.
A
questão era: A quem enviarei?
Tudo
era uma questão de disponibilidade, talvez não fosse tanto de capacidade.
Podemos
ver em Isaías a disponibilidade e a qualificação.
A
qualificação de Isaías está aqui: “A tua
iniqüidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado.” (Is. 6:7b)
Hoje,
achamos que, por ter feito a faculdade de teologia, as pessoas já estão
qualificadas para o ministério.
Na
verdade, elas podem estar habilitadas, que não significa que estejam
qualificadas.
Deus
quer usar as pessoas para mudar outras.
Não
vamos mudar o mundo, mas devemos fazer a nossa parte.
Mas
a nossa parte no processo depende da nossa atitude.
Tem
gente que vai morrer vendo a banda passar.
A
obediência à ordem missionária depende a salvação de milhões e milhões que hoje
andam perdidos.
Vamos
todos acordar!
Que
tipo de pessoa é você?
Que
Deus nos abençoe.
Amém!!!