“Atendei
por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu
bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu
próprio sangue. Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos
vorazes, que não pouparão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão
homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles. Portanto,
vigiai, lembrando-vos de que, por três anos, noite e dia, não cessei de
admoestar, com lágrimas, a cada um. Agora, pois, encomendo-vos ao Senhor e à
palavra da sua graça, que tem poder para vos edificar e dar herança entre todos
os que são santificados.” (At. 20:28-32)
Admoestar significa advertir.
Admoestar e advertir implica num sentido de
maior urgência do que exortação. Não concentramos mais no encorajamento e
consolação, mas no anúncio dum perigo que deve ser evitado.
A admoestação promove livramento das ovelhas
diante de situações ameaçadoras.
- A Admoestação e
o Perigo de Lobos Devoradores
“Eu sei que,
depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o
rebanho.” (At. 20:29)
Paulo havia recebido da parte de Deus a responsabilidade de advertir aos líderes da igreja quanto a possibilidade de perigo no meio do rebanho.
Falsos mestres, falsos pastores, falsos
líderes, falsas ovelhas, em breve estariam agindo no meio da igreja,
aproveitando-se da ausência do líder mais experiente, Paulo, para promover
divisão, confusão, dispersão e enfraquecimento dos irmãos. O apóstolo teve de
se utilizar da admoestação para advertir com seriedade acerca desse tema:
“Portanto,
vigiai, lembrando-vos de que, por três anos, noite e dia, não cessei de
admoestar, com lágrimas, a cada um.” (Atos 20:31)
Os “lobos devoradores” podem ser pessoas com más intenções que se infiltram para prejudicar as pessoas.
Alguns trabalham para dividir a igreja com
fofocas, maledicências, promovendo intrigas e suspeitas entre os irmãos. Outros
procuram introduzir sorrateiramente falsas doutrinas.
A admoestação nesses casos serve para
proteger as pessoas que estão se deixando influenciar pelo mal ou que podem vir
a ser.
Também serve para advertir as próprias
pessoas que estão promovendo o mal.
Muitos o fazem porque foram influenciados por
outros, mas podem se arrepender pela admoestação.
Identifique situações que não promovem edificação, como por exemplo, fofoca, maledicência, rebeldia, e outros.
Lute para conservar sempre pura a sua fé,
observando a admoestação do Senhor.
- O Propósito da
Admoestação
“Não vos escrevo
estas coisas para vos envergonhar; pelo contrário, para vos admoestar como a
filhos meus amados.” (I Co. 4:14)
A admoestação não tem por objetivo
envergonhar o irmão; pelo contrário, o propósito é edificar.
Como um pai ansiosamente deseja promover
segurança ao filho amado, assim devemos encarar a admoestação.
Para que seja assim é necessário que o
coração de quem admoesta seja maduro e verdadeiramente cristão.
“E
certo estou, meus irmãos, sim, eu mesmo, a vosso respeito, de que estais
possuídos de bondade, cheios de todo o conhecimento, aptos para vos
admoestardes uns aos outros.” (Rm. 15:14).
Paulo destaca a bondade e o conhecimento como
requisito indispensável para se exercer a admoestação.
Bondade para não julgar nem humilhar o
advertido, e conhecimento para entender bem as Escrituras e discernir o que não
é o verdadeiro evangelho de Cristo.
Alguém que não tenha a bondade de Cristo em seu coração não deve admoestar, por dois motivos:
ü
Não
o fará numa atitude de amor e respeito, visando a edificação.
ü
Não
aceitará de forma madura uma possível recusa da parte de quem está sendo
admoestado.
Devemos lembrar que nem todas as pessoas
aceitarão nossa admoestação, mesmo sendo exercida em amor.
Busque crescer na virtude da bondade e do conhecimento para que o propósito da admoestação possa sempre ser atingido em seu ministério.
- A Admoestação e
a Longanimidade
“Exortamo-vos,
também, irmãos, a que admoesteis os insubmissos, consoleis os desanimados,
ampareis os fracos e sejais longânimos para com todos.” (I Ts.
5:14)
Longanimidade significa ter longo ânimo, e disposição para manifestar paciência, tolerância, constância, firmeza, perseverança, clemência e lentidão em punir pecados.
Como a admoestação visa edificar e não
destruir, muitas vezes se requererá paciência para ver os frutos.
Os insubmissos devem ser admoestados,
conforme o texto acima, mas nem sempre os resultados da admoestação serão
observados imediatamente.
Precisamos da longanimidade para que deixemos
Deus agir de forma progressiva nos corações advertidos.
É importante que as pessoas tenham tempo
suficiente para assimilar o aprendizado para depois dar frutos de
arrependimento ou transformação.
“Se teu irmão pecar [contra ti], vai argüi-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano.” (Mt. 18:15-17)
Todas as oportunidades de arrependimento
foram dadas ao agressor, não se apressando a punir o pecador.
Isso se chama longanimidade.
Trabalhe em sua vida todo sintoma de impaciência no trato com as pessoas.
Busque a qualidade da longanimidade para que
seus discípulos sejam estimulados em amor a permanecer na fé cristã.
Para ajudar outra pessoa da maneira que Deus
quer, também precisamos ser “possuídos de bondade”.
Conhecimento da palavra é importante, mas não
é tudo.
Devemos aprender olhar para os outros, até
para aqueles que têm nos ofendido, com a mesma compaixão, amor e bondade que
Jesus demonstrou quando olhou para os pecadores.
Ele queria salvar todos.
Nosso desejo deve ser o mesmo.
Amém!!!
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