“Porque,
como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim
também, por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos. Sobreveio a
lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a
graça, a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a
graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor.” (Rm. 5:19-21)
Assim como, pela desobediência de Adão à
ordem de Deus, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da
obediência de Cristo no Pai, os que crerem n’Ele são declarados justos.
O primeiro Adão representa a velha
humanidade, e o último Adão, Cristo, representa a nova humanidade.
O primeiro Adão foi tornado representante de
todos por causa do pacto das obras; o último Adão, Cristo, foi tornado
representante por causa do pacto da graça. O primeiro desobedeceu o pacto, o
segundo obedeceu todas as prescrições estabelecidas pelo primeiro pacto.
Cristo cumpriu todas as exigências do pacto
de obras, obedecendo em nosso lugar. E a obediência d'Ele é considerada por
Deus como nossa obediência, assim como a desobediência de Adão também é
considerada nossa desobediência.
Nós recebemos todas as coisas gratuitamente
por meio de Jesus Cristo, por isso é chamado de pacto da graça, mas para Jesus
Cristo foi um pacto de obras, porque Ele, como último Adão, teve que fazer
todas as cousas por seu povo, que o primeiro Adão não fez. Logo, como a culpa
de Um é atribuída a todos, assim a justiça de Um também atribuída a todos.
A graça está acima do
pecado e com maior poder de ação.
Podemos até pensar
que o pecado está dominando o mundo, mas o que vai ser evidente nos últimos
dias será a graça divina.
O que é graça?
É receber a bênção
que não se merece. É favor imerecido.
Graça é concessão de
bondade a alguém que não tinha direito, favor imerecido. Nós não tínhamos
direito à vida eterna, mas Deus deu seu filho Jesus, nos concedeu.
Deus ama o homem de
tal maneira que mesmo com erros deseja abençoá-lo.
Porém, esta benção só
virá mediante o arrependimento dos pecados.
Uma vez que o homem
reconhece em Cristo Jesus
a mediação entre si e Deus, ele recebe de Deus mais que o merecido.
Que bênçãos são
estas?
· Salvação
“Porque pela graça sois salvos,
mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;” (Ef. 2:8)
O homem precisa ser salvo porque o pecado já o condenou.
Deus não condena
ninguém, Ele salva da condenação.
“Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que
julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não é
julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito
Filho de Deus.”
(Jo. 3:17-18).
Muitos pensam que
Deus manda as pessoas para o inferno.
O que manda para o
inferno são os pecados cometidos pelo homem.
Deus só manda para o
céu.
O homem precisa ser
salvo da morte, inferno e do diabo.
Qual pecador merece o
céu?
Nenhum, mas ele é
alcançado pela graça a fim de ser salvo. A graça não é resultado das obras do
homem, mas da bondade de Deus.
Assim, libertos da
escravidão do pecado, pela graça especial concedida por Deus, não teremos mais,
sobre nós, o poder do pecado; ou seja, o pecado não nos dominará.
"Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois
não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça." (Rm. 6:14)
Essa graça nos fez
agradáveis a Deus no Amado Jesus.
"Para louvor e glória da sua graça, pela qual nos
fez agradáveis a si no Amado." (Ef. 1:6)
Ou seja, não nos
tornamos agradáveis a Deus por nossos méritos, mas pela graça de Jesus, o nosso
Amado Salvador. Por tal motivo, não existem diferentes graduações do amor de
Deus pelos homens.
O Senhor nos ama
igual, profunda e extraordinariamente, por causa de Cristo. O mais fraco dos
discípulos é tão agradável a Deus como aquele que é o mais espiritual. A graça
não faz acepção de pessoas.
"E, abrindo Pedro a boca, disse: Reconheço, por
verdade, que Deus não faz acepção de pessoas." (At. 10:34)
·
Graça
e Justificação
“Pois todos
pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua
graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus,” (Rm. 3:23-24)
Paulo começa sua
exposição sobre a justificação referindo-se à graça de Deus como um presente.
Ser declarado justo
diante de Deus em virtude da nossa aceitação em Cristo é algo que depende
completamente da compaixão espontânea de Deus.
As bases da nossa
justificação são declaradas de modo variado. (vide: Rm. 5:9,18,19 e I Co. 6:11)
Embora justificação
seja baseada na obra mediadora objetiva de Cristo em favor da humanidade, o
canal pelo qual este ato salvador toma-se eficaz na experiência humana é a
“fé”.
Fé é a causa
instrumental, não a formal: e tem o significado de uma viva confiança pessoal
em uma redenção perfeita e em um Salvador presente. O esquema resumido da
salvação é, então, “pela graça… por meio da fé”.
"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e
isso não vem de vós; é dom de Deus." (Ef. 2:8)
A graça aponta para a
fonte suprema do ato de Deus de justificar o pecador mediante sua absoluta boa
vontade e misericórdia. A fé, como resposta do homem ao ato de Deus em Cristo,
é uma obra divina em nós, e ela mesma é um presente gracioso e gratuito de Deus.
Do início até o final
a justificação do pecador é uma questão da graça: “Mas, se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça
já não é graça.” (Rm. 11:6)
E a graça reina
através da justiça para a vida eterna por meio de Cristo nosso Senhor.
Isso não permite
qualquer idéia de “graça barata”.
Paulo insiste, antes,
que a graça de Deus, que apareceu para a salvação de todos os homens, os
instrui a renunciar as paixões pecaminosas e a esperar “a bendita esperança e a
manifestação da glória do nosso grande Deus e nosso Salvador Cristo Jesus.” "Porque a graça de Deus se há
manifestado, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos que,
renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente
século sóbria, justa e piamente, aguardando a bem-aventurada esperança e o
aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo, 14 o qual se
deu a si mesmo por nós, para nos remir de toda iniquidade e purificar para si
um povo seu especial, zeloso de boas obras." (Tt. 2:11-14)
Em vez de pecar para
que a graça abunde, o crente é chamado a crescer na graça.
A experiência de
Paulo tinha lhe ensinado que Deus dá e perdoa. Ele estava certo de que tudo é
da graça e aqui está a soberania da graça. Essa era a lógica do seu próprio
sentido de ser dominado pela misericórdia de Deus.
O Evangelho que ele
recebeu e pregava, o ensinava que a fé não era algo restringido a seu próprio
povo segundo a carne; e fé era, ele sabia, a resposta do homem mediante a ação
da graça à iniciativa de Deus. Se a fé não estava limitada a Israel nem graça o
poderia estar.
Dessa forma, ele
estava seguro de que a “graça é para todos” e aqui está a amplitude da graça.
Em nenhum lugar Paulo
afirma que graça é dada a todos os homens que creem.
A graça e a salvação
é oferecida a todos os homens que creem. Em nenhuma passagem bíblica é
declarado que todos os homens são salvos.
Uma vez que o homem se arrepende e confessa Jesus como Salvador de sua vida, acontece algo extraordinário.
Ele é declarado justo
diante de Deus.
O Juiz Eterno, Deus
Santo e Criador, olha para o diabo, e diz: “Este pecador é perdoado pelo seu
pecado. Você não pode mais acusá-lo. Ele é livre!”
A justificação é um
ato declarativo de Deus em nos chamar de justos e de nos livrar da culpa do
pecado.
·
Paz
“Justificados, pois, mediante a
fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo;” (Rm. 5:1)
O que mais se fala nestes dias é sobre a paz.
É o desejo supremo de
todo ser humano.
Ele a busca de todas
as maneiras, mas nem sempre a encontra porque a paz só se acha em Deus.
Muitos promovem a paz
entre nações e não entendem que a paz entre os homens só virá se estes homens
primeiramente encontrarem a paz com Deus.
Mediante o ato de
Deus nos declarar justos, descobrimos a paz com Ele que excede todo
entendimento.
Ainda que o mundo
esteja em um caos, é possível viver em paz.
Jesus é a nossa paz.
Os erros cometidos
podem ser muitos, mas se acertar unicamente na fé em Jesus Cristo , os
pecados serão perdoados e a paz dominará os corações.
Independente de
qualquer fraqueza, a graça divina está disponível e ela lhe dará poder para
vencer as acusações do inimigo e conhecer a salvação.
“Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o
poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas
fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo.” (II Co. 12:9)
Ainda que não
mereçamos estas coisas, Deus nos abençoa, porque sua graça é abundante.
Essas bênçãos foram
concedidas somente mediante a obra redentora de Jesus Cristo, nosso Senhor.
A graça põe a
criatura tão perto de Deus que a alma, quando em estado de graça, não pode se
separar de Deus por nenhuma barreira de culpa.
A humanidade, pela sua rebeldia, deveria, com
base no rigor da lei de Deus, ser punida com o extermínio, isto é, deixar de
existir. Deus, porém, nos perdoou, graciosamente, por nosso pecado
indesculpável. Mesmo assim muito ainda preferem o caminho mais fácil.
Essa noção deve permear todo o nosso
relacionamento com o Criador. Jesus disse a Paulo que a graça era tudo que ele
precisava.
"A
minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa
vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o
poder de Cristo." (II Co. 12:9)
Que presente extraordinário!
Em gratidão a Deus, por tão grande amor,
devemos usar o dom da vida para servi-lo.
Amém!!!
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