quarta-feira, 14 de março de 2018

A MARAVILHOSA GRAÇA DIVINA


“Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos. Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça, a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor.” (Rm. 5:19-21)

Assim como, pela desobediência de Adão à ordem de Deus, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de Cristo no Pai, os que crerem n’Ele são declarados justos.

O primeiro Adão representa a velha humanidade, e o último Adão, Cristo, representa a nova humanidade.
O primeiro Adão foi tornado representante de todos por causa do pacto das obras; o último Adão, Cristo, foi tornado representante por causa do pacto da graça. O primeiro desobedeceu o pacto, o segundo obedeceu todas as prescrições estabelecidas pelo primeiro pacto.
Cristo cumpriu todas as exigências do pacto de obras, obedecendo em nosso lugar. E a obediência d'Ele é considerada por Deus como nossa obediência, assim como a desobediência de Adão também é considerada nossa desobediência.
Nós recebemos todas as coisas gratuitamente por meio de Jesus Cristo, por isso é chamado de pacto da graça, mas para Jesus Cristo foi um pacto de obras, porque Ele, como último Adão, teve que fazer todas as cousas por seu povo, que o primeiro Adão não fez. Logo, como a culpa de Um é atribuída a todos, assim a justiça de Um também atribuída a todos.

A graça está acima do pecado e com maior poder de ação.
Podemos até pensar que o pecado está dominando o mundo, mas o que vai ser evidente nos últimos dias será a graça divina.

O que é graça?
É receber a bênção que não se merece. É favor imerecido.
Graça é concessão de bondade a alguém que não tinha direito, favor imerecido. Nós não tínhamos direito à vida eterna, mas Deus deu seu filho Jesus, nos concedeu.
Deus ama o homem de tal maneira que mesmo com erros deseja abençoá-lo.
Porém, esta benção só virá mediante o arrependimento dos pecados.
Uma vez que o homem reconhece em Cristo Jesus a mediação entre si e Deus, ele recebe de Deus mais que o merecido.

Que bênçãos são estas?

·        Salvação
“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;” (Ef. 2:8)

O homem precisa ser salvo porque o pecado já o condenou.
Deus não condena ninguém, Ele salva da condenação.
“Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” (Jo. 3:17-18).
Muitos pensam que Deus manda as pessoas para o inferno.
O que manda para o inferno são os pecados cometidos pelo homem.
Deus só manda para o céu.
O homem precisa ser salvo da morte, inferno e do diabo.
Qual pecador merece o céu?
Nenhum, mas ele é alcançado pela graça a fim de ser salvo. A graça não é resultado das obras do homem, mas da bondade de Deus.
Assim, libertos da escravidão do pecado, pela graça especial concedida por Deus, não teremos mais, sobre nós, o poder do pecado; ou seja, o pecado não nos dominará.
"Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça." (Rm. 6:14)
Essa graça nos fez agradáveis a Deus no Amado Jesus.
"Para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado." (Ef. 1:6)

Ou seja, não nos tornamos agradáveis a Deus por nossos méritos, mas pela graça de Jesus, o nosso Amado Salvador. Por tal motivo, não existem diferentes graduações do amor de Deus pelos homens.
O Senhor nos ama igual, profunda e extraordinariamente, por causa de Cristo. O mais fraco dos discípulos é tão agradável a Deus como aquele que é o mais espiritual. A graça não faz acepção de pessoas.
"E, abrindo Pedro a boca, disse: Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas." (At. 10:34)

·         Graça e Justificação
“Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus,” (Rm. 3:23-24)

Paulo começa sua exposição sobre a justificação referindo-se à graça de Deus como um presente.
Ser declarado justo diante de Deus em virtude da nossa aceitação em Cristo é algo que depende completamente da compaixão espontânea de Deus.

As bases da nossa justificação são declaradas de modo variado. (vide: Rm. 5:9,18,19 e I Co. 6:11)
Embora justificação seja baseada na obra mediadora objetiva de Cristo em favor da humanidade, o canal pelo qual este ato salvador toma-se eficaz na experiência humana é a “fé”.

Fé é a causa instrumental, não a formal: e tem o significado de uma viva confiança pessoal em uma redenção perfeita e em um Salvador presente. O esquema resumido da salvação é, então, “pela graça… por meio da fé”.
"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus." (Ef. 2:8)

A graça aponta para a fonte suprema do ato de Deus de justificar o pecador mediante sua absoluta boa vontade e misericórdia. A fé, como resposta do homem ao ato de Deus em Cristo, é uma obra divina em nós, e ela mesma é um presente gracioso e gratuito de Deus.

Do início até o final a justificação do pecador é uma questão da graça: “Mas, se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça.” (Rm. 11:6)

E a graça reina através da justiça para a vida eterna por meio de Cristo nosso Senhor.
Isso não permite qualquer idéia de “graça barata”.

Paulo insiste, antes, que a graça de Deus, que apareceu para a salvação de todos os homens, os instrui a renunciar as paixões pecaminosas e a esperar “a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e nosso Salvador Cristo Jesus.” "Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, justa e piamente, aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo, 14 o qual se deu a si mesmo por nós, para nos remir de toda iniquidade e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras." (Tt. 2:11-14)
Em vez de pecar para que a graça abunde, o crente é chamado a crescer na graça.

A experiência de Paulo tinha lhe ensinado que Deus dá e perdoa. Ele estava certo de que tudo é da graça e aqui está a soberania da graça. Essa era a lógica do seu próprio sentido de ser dominado pela misericórdia de Deus.

O Evangelho que ele recebeu e pregava, o ensinava que a fé não era algo restringido a seu próprio povo segundo a carne; e fé era, ele sabia, a resposta do homem mediante a ação da graça à iniciativa de Deus. Se a fé não estava limitada a Israel nem graça o poderia estar.

Dessa forma, ele estava seguro de que a “graça é para todos” e aqui está a amplitude da graça.
Em nenhum lugar Paulo afirma que graça é dada a todos os homens que creem.

A graça e a salvação é oferecida a todos os homens que creem. Em nenhuma passagem bíblica é declarado que todos os homens são salvos.

Uma vez que o homem se arrepende e confessa Jesus como Salvador de sua vida, acontece algo extraordinário.
Ele é declarado justo diante de Deus.
O Juiz Eterno, Deus Santo e Criador, olha para o diabo, e diz: “Este pecador é perdoado pelo seu pecado. Você não pode mais acusá-lo. Ele é livre!”
A justificação é um ato declarativo de Deus em nos chamar de justos e de nos livrar da culpa do pecado.

·         Paz
“Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo;” (Rm. 5:1)

O que mais se fala nestes dias é sobre a paz.
É o desejo supremo de todo ser humano.
Ele a busca de todas as maneiras, mas nem sempre a encontra porque a paz só se acha em Deus.
Muitos promovem a paz entre nações e não entendem que a paz entre os homens só virá se estes homens primeiramente encontrarem a paz com Deus.
Mediante o ato de Deus nos declarar justos, descobrimos a paz com Ele que excede todo entendimento.
Ainda que o mundo esteja em um caos, é possível viver em paz.
Jesus é a nossa paz.
Os erros cometidos podem ser muitos, mas se acertar unicamente na fé em Jesus Cristo, os pecados serão perdoados e a paz dominará os corações.

Independente de qualquer fraqueza, a graça divina está disponível e ela lhe dará poder para vencer as acusações do inimigo e conhecer a salvação.
“Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo.” (II Co. 12:9)
Ainda que não mereçamos estas coisas, Deus nos abençoa, porque sua graça é abundante.
Essas bênçãos foram concedidas somente mediante a obra redentora de Jesus Cristo, nosso Senhor.
A graça põe a criatura tão perto de Deus que a alma, quando em estado de graça, não pode se separar de Deus por nenhuma barreira de culpa.
A humanidade, pela sua rebeldia, deveria, com base no rigor da lei de Deus, ser punida com o extermínio, isto é, deixar de existir. Deus, porém, nos perdoou, graciosamente, por nosso pecado indesculpável. Mesmo assim muito ainda preferem o caminho mais fácil.
Essa noção deve permear todo o nosso relacionamento com o Criador. Jesus disse a Paulo que a graça era tudo que ele precisava.
"A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo." (II Co. 12:9)
Que presente extraordinário!
Em gratidão a Deus, por tão grande amor, devemos usar o dom da vida para servi-lo.

Amém!!!

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