“Porventura, ó nosso
Deus, não lançaste fora os moradores desta terra de diante do teu povo de
Israel e não a deste para sempre à posteridade de Abraão, teu amigo?” (II Cr. 20:7)
Quantos
amigos você tem? Eu tenho poucos. A maioria são colegas ou conhecidos. Amigos
mesmo posso contar nos dedos!
Então
imagine agora se você pudesse ser amigo do Criador do universo, do Rei dos
Reis, o Senhor dos Senhores!
Será
que isto é impossível? Não é o que diz a palavra de Deus!
Em
três livros das Escrituras estão descritas frases contundentes e muito
impactantes que dizem ser Abraão amigo de Deus:
Crônicas: “Porventura, ó nosso Deus, não lançaste fora
os moradores desta terra de diante do teu povo de Israel e não a deste para
sempre à posteridade de Abraão, teu amigo?” (II Cr. 20:7)
Tiago: “E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso
imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus.” (Tg. 2:23)
Isaías: É em Isaías que o
próprio Deus declara de forma eloquente e maravilhosa sobre a intima relação de
amizade que tinha com Abraão: “Mas tu, ó
Israel, servo meu, tu, Jacó, a quem elegi, descendente de Abraão, meu amigo.”
(Is. 41:8)
·
Amigo de Deus!
Muitas
pessoas já se acham importantes quando tem amizade recíproca com presidentes,
governadores, juízes, reis, e várias outras autoridades destacáveis
socialmente, o que se falar da importância de se ser considerado amigo do
Soberano Deus, Reis dos reis e Senhor dos Senhores.
É
muito bom e demonstra status dizer-se amigo de autoridades proeminentes na
sociedade.
Mas
é bem mais importante quando a própria autoridade declara que determinada
pessoa é seu amigo e que pode contar com ela para usufruir as benesses de seu
legado.
O
que diremos então se Deus declarasse para todos, sermos nós, seus amigos?
Que
honra e privilégio maravilhoso ser amigo do Soberano Rei do Universo.
Abraão
é assim destacado, em toda a Escritura: amigo de Deus.
Mas
o que Abraão fez para ser considerado como amigo de Deus?
Ou
quais os méritos de Abraão para galgar tão alta posição?
E
o que farei para também ser considerado amigo de Deus?
Primeiro
vamos entender em que está estabelecido os princípios basilares que regem uma
relação de amizade.
São
seis os fundamentos de uma amizade profunda e duradoura: Confiança, Sinceridade,
Fidelidade, Amor, Reciprocidade que quer dizer comunhão e Entrega total.
Esses
seis pilares bem solidificados, bem estabelecidos, fortificam uma boa relação
levando a um profundo entrelaçamento de comunhão e despojamento total.
Quando
olhamos para a vida de Abraão, vemos destacados esses fundamentos em sua
relação com Deus.
Ele
se torna uma referência, um paradigma, um modelo para todos os que querem ser amigo
de Deus.
Em
todas as suas atitudes Abraão nutre um profundo amor para com seu Deus. Ele é
radical.
Quem
ama é radical, não abre mão do amado, se possível dá até a própria vida para
vê-lo feliz.
A. Confiança
Quando
chamado por Deus para sair de Ur dos Caldeus, para uma terra distante, longe da
idolatria de seus pais, ele obedece, e sem duvidar, crê que Deus lhe dará a
terra prometida.
“Ora, o Senhor disse
a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a
terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e
engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te
abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas
as famílias da terra.” (Gn 12:1-3)
B. Sinceridade
Na
caminhada até a terra prometida Abraão rega sua relação com Deus levantando
altares de oração, adoração e louvores, oferecendo sacrifícios agradáveis a
Ele.
“Apareceu o Senhor a
Abrão e disse: À tua semente darei esta terra. E edificou ali um altar ao
Senhor, que lhe aparecera.” (Gn. 12:7)
C. Fidelidade
Quando
nutrimos uma relação de comunhão diária com Deus passamos a conhecer as suas profundezas
e Ele passa a se relevar para nós através de sonhos, visões e profecias, como
fez com Abraão.
Depois
de uma vitória alcançada Abraão demonstra todo seu coração grato a Deus e lhe
oferece o dízimo de suas conquistas a Melquisedeque, o sacerdote do
Senhor.
“E Melquisedeque, rei
de Salém, trouxe pão e vinho; e este era sacerdote do Deus Altíssimo. E
abençoou-o e disse: Bendito seja Abrão do Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus
e da terra; e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas
tuas mãos. E deu-lhe o dízimo de tudo.” (Gn. 14:18-20)
D. Amor
Ao
verdadeiro amigo não se oculta nada, nem mesmo quando o juízo está
estabelecido.
Deus
ia destruir Sodoma e Gomorra, perto de onde Abraão morava, mas primeiro Ele
revela o que vai fazer ao seu amigo.
“E disse o Senhor:
Ocultarei eu a Abraão o que faço, visto que Abraão certamente virá a ser uma
grande e poderosa nação, e nele serão benditas todas as nações da terra?” (Gn. 18:17)
E. Reciprocidade
Deus
fala ao seu amigo Abraão o segredo da vitória e da conquista.
“Depois destas coisas
veio a palavra do Senhor a Abrão em visão, dizendo: Não temas, Abrão, eu sou o
teu escudo, o teu grandíssimo galardão.” (Gn. 15:1)
“Sendo, pois, Abrão
da idade de noventa e nove anos, apareceu o Senhor a Abrão e disse-lhe: Eu sou
o Deus Todo-Poderoso; anda em minha presença e sê perfeito. E porei o meu
concerto entre mim e ti e te multiplicarei grandissimamente.” (Gn. 17:1-2)
F. Entrega Total
Quando
Deus pede a maior riqueza de Abraão para que lhe fosse sacrificado, que
era seu filho, Isaque, ele obedece
prontamente e leva-o ao lugar de sacrifício, demonstrando que seu amor por Deus
era maior que bens e criaturas na terra.
A
verdadeira amizade é entrega total.
“E aconteceu, depois
destas coisas, que tentou Deus a Abraão e disse-lhe: Abraão! E ele disse:
Eis-me aqui. E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem
amas, e vai-te à terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto sobre uma das
montanhas, que eu te direi. Então, se levantou Abraão pela manhã, de madrugada,
e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços e Isaque, seu
filho; e fendeu lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao lugar que Deus
lhe dissera.”
(Gn. 22:1-3)
Deus
provou Abraão e ele foi aprovado.
Mais
importante que ser usado por Deus é ser aprovado por Ele.
·
Quais os benefícios
obtidos em sermos amigos de Deus?
São
muitos, citarei seis para nossa edificação:
I.
Vida vitoriosa de
conquistas.
“Porventura, ó nosso
Deus, não lançaste fora os moradores desta terra de diante do teu povo de
Israel e não a deste para sempre à posteridade de Abraão, teu amigo?” (II Cr. 20:7)
II.
Não temer os
violentos.
“E digo-vos, amigos meus: não temais os que matam o corpo
e depois não têm mais o que fazer. Mas eu vos mostrarei a quem deveis temer:
temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos
digo, a esse temei.”
(Lc. 12:4-5)
III.
Serão protegidos de
acusações.
“E disse: Ouvi agora as minhas palavras; se entre vós
houver profeta, eu, o Senhor, em visão a ele me farei conhecer ou em sonhos
falarei com ele. Não é assim com o meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha
casa. Boca a boca falo com ele, e de vista, e não por figuras; pois, ele vê a
semelhança do Senhor; por que, pois, não tivestes temor de falar contra o meu
servo, contra Moisés?” (Nm. 12:6-8)
IV.
Intimidade permanente.
“E falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer
fala com o seu amigo; depois, tornava ao arraial; mas o moço Josué, filho de
Num, seu servidor, nunca se apartava do meio da tenda.” (Êx. 33:11)
“E nunca mais se levantou em Israel profeta algum como
Moisés, a quem o Senhor conhecera face a face.” (Dt. 34:10)
V.
Serão lembrados como
verdadeiros heróis da fé, que venceram grandes obstáculos para testemunhar que
o seu Deus é o maior de todos os deuses da terra.
“Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um
lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia. Pela
fé, habitou na terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabanas com
Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa. Porque esperava a cidade
que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus.” (Hb. 11:8-9)
VI.
Serão ressuscitados
para a glória.
“Assim falou e, depois, disse-lhes: Lázaro, o nosso
amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono.” (Jo. 11:11)
“Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira
ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte, mas serão sacerdotes
de Deus e de Cristo e reinarão com ele mil anos.” (Ap. 20:6)
Abraão,
o amigo de Deus, morreu, mas sua história continua viva nos escritos sagrados,
como aquele que em vida construiu uma relação profunda de comunhão com seu Criador,
e hoje é uma referência para todos nós.
Deus
continua a procura de amigos nesse mundo, para nutrir uma relação de profundo
amor e revelar seus segredos.
Você
tem procurado ser amigo de Deus ou do mundo?
Deus
não está à procura de amigos de conveniências, falsos e hipócritas, Ele procura
pessoas verdadeiras e confiáveis, para além serem como Abraão.
Para
alcançarmos as bênçãos de Abraão, precisamos nos tornar Seu amigo, e para se
tornar amigo de Deus, necessitamos de renunciarmos.
Quando
renunciamos para Deus, nos tornamos Seus amigos.
Abraão
se tornou amigo de Deus e também receptor da totalidade das bênçãos do Senhor.
Amém!!!
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