A
santidade é definida como “Separado para Deus”, uma separação que deveria
resultar em uma conduta apropriada àquele que é separado.
Santidade
é uma possessão individual, que é edificada pouco a pouco.
Não
pode ser dada ou tomada de outra pessoa.
Ageu
está se referindo que aquilo que é santo será contaminado por aquilo que é
imundo, mas ao contrário o imundo não consegue santificar aquilo que é santo.
É
algo ilógico ficar santo, porque aquilo que é santo se tocado ou tocar o imundo
ficará imundo igual aquele pelo qual tocou ou foi tocado.
O
Senhor estava querendo levar seu povo a uma profunda reflexão sobre o estilo de
vida em que estava vivendo.
Para
isso, Ele usa o profeta Ageu e faz duas perguntas aos sacerdotes:
I.
Um
elemento santo pode santificar pelo contato outros elementos? E a resposta foi:
Não!
II.
Segunda
questão: Um elemento imundo pode contaminar outros elementos pelo contato. E a
resposta foi: Sim!
O
que Deus estava querendo dizer? Qual a moral da história?
Sua
intenção era fazê-los entender o poder contaminador do pecado.
Baseado
em princípios contidos na Lei, o Senhor estava mostrando que santidade e pureza
não podem ser transferidas, mas imundícia sim.
A
saúde não pode ser transmitida, mas a doença muitas vezes pode, o pecado e a
carnalidade têm um poder terrível de contaminação, de irradiação.
Eles
prejudicam não apenas o elemento diretamente envolvido, mas comprometem tudo o
que está ao redor.
Esta
verdade está confirmada de várias maneiras na Bíblia.
Paulo,
tratando com a igreja de Corinto sobre o sério pecado sexual de um de seus
membros, ordena que eles sejam radicais e duros, pois um pouco de fermento
leveda toda a massa.
“Não é boa a vossa
jactância. Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda?" (I Co. 5:6)
Nos
tempos de Josué, o pecado de um homem chamado Acã trouxe derrota e vergonha
para todo o povo de Israel.
Esse
homem havia tomado para si e escondido em sua tenda objetos condenados.
Sabe
o que Deus disse?
“Israel
pecou!”
Ele
não disse somente: "Acã pecou!"
O
poder da impureza é muito mais terrível do que pensamos!
Estamos
vivendo dias muito peculiares em nossa história como Comunidade.
Uma
avalanche de gente tem se convertido, quase que do dia para a noite.
Isso
quer dizer que há centenas de pessoas chegando, vindo do mundo, trazendo
resquícios da velha vida e muitas delas ainda nem decidiram abandonar a velha
vida.
São
costumes carnais, palavreados torpes, roupas sensuais, enfim, elementos impuros
do ponto de vista de um Deus Santo como o nosso.
Temos
que ser zelosos.
No
Antigo Testamento, havia todo um processo minucioso de purificação para aquele
que se contaminasse com algo imundo.
Não
quero ressaltar os detalhes cerimoniais da Lei, que foram abolidos em Cristo,
mas seus princípios espirituais, que permanecem válidos para nós.
O que isso significa,
na prática?
a. Em primeiro lugar
Significa
que precisamos lutar por trazer as pessoas a Cristo, mas uma vez que elas
venham, temos que conduzi-las a uma purificação completa da velha vida, cheia
de impurezas.
Isso
começa na nossa proclamação.
Não
temos um evangelho barato para oferecer, como se estivéssemos à cata de
adeptos.
As
pessoas precisam saber que a salvação implica em arrependimento, sujeição ao
governo de Deus e mudança radical de vida.
Não
vamos baratear o preço para termos mais gente.
Não
vamos oferecer uma mensagem sem cruz, só para não assustar o “cliente”.
O
processo de consolidação dos novos também tem que ser encarado como uma
purificação.
Quem
não abandonou a prostituição, o namoro imoral, as práticas desonestas, a
mentira, o adultério, a rebelião, o vício, não pode ainda ser enxertado na
igreja.
Deve,
sim, ser bem recebido como alguém a ser ministrado, mas precisa ser levado a
entender que para fazer parte da família de Deus é preciso tomar uma decisão
pela santidade.
Portanto,
esse é um cuidado que os consolidadores precisam ter.
Mais
do que acrescentar números as nossas estatísticas, temos formar vidas segundo
Cristo.
b. Em segundo lugar
Nós,
os crentes maduros, precisamos nos guardar e guardar o tabernáculo.
O
sacerdote tinha que vigiar todo o tempo pela sua pureza e pela do ambiente.
Corremos
um risco nesses dias de tanto movimento.
À
medida que vamos vendo a multidão chegando, com posturas e hábitos às vezes
inadequados, podemos relaxar o nosso padrão e nos contaminar, e isto não
demora, e assim toda a massa pode estar levedada.
Obviamente,
temos que entender que cada uma dessas pessoas preciosas que estão chegando
precisam de tempo e estão vivendo um processo de conhecerem a Deus e sua
vontade.
Não
vamos exigir delas a postura de alguém já maduro e convicto da fé.
Mas
também não vamos deixá-las sem referência, achando que tudo é aceitável na casa
do Senhor.
Antes,
vamos ensiná-las com amor os princípios do reino e, acima de tudo, ser bons
modelos para elas.
O
nosso testemunho não pode ser transferido, mas pode servir de inspiração.
Se
cada um desses novos convertidos virem em nós a linguagem sadia, as vestimentas
decorosas, a forma pura de nos relacionarmos, a maneira como priorizamos nossa
família e a reverência com que cultuamos Deus, certamente serão motivados a
moldarem suas vidas nesse mesmo padrão, santo e comprometido com a Palavra
Eterna.
Deus
tem pressa em fazer algo sobrenatural em sua vida, acredite nisso, creia Deus é
fiel.
Amém!!!
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