“Não temas as coisas
que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre
vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à
morte, e dar-te-ei a coroa da vida.” (Ap. 2:10)
Ser
fiel a Jesus gera tribulações, mas trás a confiança, a vida eterna e comunhão
com Deus.
A
cidade de Esmirna foi fundada em cerca de 3 a.C. por Alexandre Magno.
A
cidade era considerada o centro comercial da Ásia menor e se situava como ponto
estratégico da rota direta de todo comércio que fluía entre Roma, Pérsia e
Índia.
Portanto,
a cidade era considerada muito rica na época em que sua igreja é citada no
livro de Apocalipse.
Em
Esmirna havia um templo dedicado a Tibério, e o imperador Domiciano exigia
adoração.
Uma
vez por ano queimavam incenso e diante do altar adoravam o imperador como
Senhor.
Os
cristãos se recusavam, pois seria infidelidade a Jesus.
A
cidade era entregue a idolatria.
Comparando
a igreja de Esmirna com os períodos históricos pelos quais passou a igreja de
Jesus Cristo, ela corresponde ao período de 100 a 312 d.C., quando sofreu
intensa perseguição dos imperadores romanos que tinham o objetivo de banir o
Cristianismo da face da terra.
Foi
talvez a maior perseguição sofrida pela Igreja de Jesus Cristo até os dias de
hoje.
Atribui-se,
então, à igreja de Esmirna o título de igreja perseguida.
Revela-se
aqui, a primeira estratégia de Satanás para freiar e destruir o Cristianismo: a
perseguição.
No
período de 30 d.C. a 100 d.C., vimos através da igreja apostólica, representada
pela igreja de Éfeso, que ela era eficiente: pregou o evangelho por toda a
Ásia, era fiel a Cristo.
Os
membros amavam mais a Cristo do que suas próprias vidas.
Uma
lição para a igreja atual!
Porém,
Satanás aprendeu que quanto mais perseguia a igreja, mais ela crescia!
Portanto,
a estratégia da perseguição falhou.
Tamanha
era a perseguição sofrida no período representado pela igreja de Esmirna que a
Igreja de Jesus Cristo sofreu oito dos dez períodos de perseguição por parte
dos imperadores romanos.
Do
ponto de vista humano não se podia esperar uma igreja forte e fiel em Esmirna,
pois havia perigo de vida. A fé era tentada
a sucumbir.
Não
havia problema dentro a igreja, pois ela não é censurada.
O
problema estava fora da igreja.
O
desafio de dizer não ao culto pagão e a blasfêmia do povo.
“Conheço a tua
tribulação, a tua pobreza (mas tu és rico) e a blasfêmia dos que a si mesmos se
declaram judeus e não são, sendo, antes, sinagoga de Satanás.” (Ap. 2:9)
A fidelidade trás
três recompensas:
·
A recompensa da
confiança
“Não temas as coisas
que tens de sofrer.” (Ap.
2:10a)
A
fidelidade não é fácil.
O
crente sofre discriminação, provações e tentações.
A
prova vem com a finalidade de fortalecer o caráter cristão.
“Estas coisas vos
tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas
tende bom ânimo; eu venci o mundo.” (Jo. 16:33)
Jesus
tem o máximo interesse em que entendamos a razão dos sofrimentos em nossas
vidas.
As
tribulações são oportunidades para crescimento espiritual e não amargar em
derrotas.
Paulo
diz: ”... através de muitas tribulações,
nos importa entrar no reino de Deus.” (At. 14:22b)
A
fidelidade traz confiança.
A
confiança nos torna crentes firmes para enfrentar qualquer situação.
·
A recompensa da vida
eterna
“Sê fiel até à morte,
e dar-te-ei a coroa da vida.” (Ap. 2:10c)
A
vida eterna nós já conquistamos pela fé em Cristo.
O
desafio aqui é ser fiel até a morte para receber a coroa da vida.
Coroa
da vida é sinônimo de vida eterna.
Isso
quer dizer que devemos ser fiéis até o ponto de precisar morrer pela fé em
Cristo Jesus.
A
morte não era uma suposição.
Era
possibilidade real para os crentes de Esmirna.
A
fidelidade a Deus estava acima de tudo.
“O
pastor Policarpo, da igreja de Esmirna, em 155 d.C., foi martirizado na
fogueira. Quando lhe perguntaram se queria voltar atrás na sua fé e adorar o
imperador, ele respondeu: “Tenho 86 anos servindo a Cristo e Ele nunca falhou,
não irei negá-Lo agora.”
Pagou
a sua fidelidade com a morte, mas recebeu vida.
Ser
fiel é ser estável.
Deus
mesmo é fiel.
“Saberás, pois, que o
SENHOR, teu Deus, é Deus, o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia
até mil gerações aos que o amam e cumprem os seus mandamentos.” (Dt. 7:9)
·
A recompensa da
comunhão com Deus
“Sê fiel até à morte,
e dar-te-ei a coroa da vida.” (Ap. 2:10c)
Os
que suportam as tribulações terão comunhão com Deus.
O
fiel receberá a coroa da vida.
A
imagem da coroa é tirada das olimpíadas.
O
vencedor recebia uma coroa de louros.
O
vencedor na fé recebe uma coroa incorruptível.
“Todo atleta em tudo
se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a
incorruptível.”
(I Co. 9:25)
A
fidelidade não está condicionada ao ambiente.
Esmirna
estava sob a pressão do Maligno, mas foi fiel.
Também
estamos sob pressão.
Temos
que ser fieis firmes.
Nossa
mensagem é bastante poderosa para enfrentar qualquer situação.
O
crente tem a garantia, pelo exemplo de Jesus, de que vale a pena ser fiel.
Jesus
é o modelo.
Fidelidade
é fruto do Espírito Santo.
A
fidelidade é algo central na experiência cristã.
Fidelidade
é a base para ter Confiança, Vida e Comunhão com Deus.
Amém!!!