“Oh! Quão bom e quão
suave é que os irmãos vivam em união! É como o óleo precioso sobre a cabeça,
que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes. Como
o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião; porque ali o Senhor
ordena a bênção e a vida para sempre.” (Sl. 133:1-3)
Que
maravilha, quando o povo do Senhor se reúne para fortalecer a união!
Quando
o Povo de Deus se reunir para rever suas atitudes, Deus mostrará que também é
preciso rever atitudes nos relacionamentos interpessoais, para que estes sejam
fortalecidos.
Deus
aponta o caminho e dá os recursos para que seus filhos se relacionem
satisfatoriamente uns com os outros.
Davi,
o autor deste Salmo, viu sua casa ser arrebentada por falta de união.
Possivelmente,
por causa de seu escandaloso pecado, ele não se sentiu à vontade para exortar
seus filhos.
Amnon
violentou Tamar, sua meio-irmã, e Davi não o confrontou, nem confortou a filha.
Absalão
matou Amnon, seu irmão, e o rei não interferiu.
Absalão
conspirou e usurpou o trono do pai, e, depois de assumir o governo, matou o
irmão Adonias.
Ao
todo, foram três filhos assassinados e uma filha desonrada.
Na
casa de Davi, havia ódio, conspiração, estupro e assassinatos, não união.
Por
tanto sofrer com a falta dela, Davi aprendeu lições importantes sobre a união.
Vamos
estudá-las aqui.
I.
Para fortalecer a
união, devemos combater seus oponentes.
Mal
entendidos, fofocas, maldades, contendas, ciúmes, disputas são oponentes do
fortalecimento da união e podem facilmente romper relacionamentos.
Amigos
foram separados, quando afetados por adversidades relacionais.
Ninguém
está imune a este tipo de adversidade, especialmente o crente.
Nossos
inimigos, que são a carne, o mundo e o diabo, conspiram para arruinar
relacionamentos e destruir a união entre os filhos de Deus, razão pela qual é
preciso vigiar: “Vigiai, estai firmes na
fé, portai-vos varonilmente e fortalecei-vos.” (I Co. 16:13)
Nenhum
crente pode se dar ao luxo de baixar a guarda, quando se trata de união.
Adversidades
relacionais podem ser vistas como oportunidades para crescimento na união.
Muitos
relacionamentos foram abalados e até desfeitos por situações que poderiam
facilmente ser resolvidas, se houvesse a consciência de que nossos três grandes
inimigos atuam sem escrúpulos e sem clemência.
Quando
há descuido, a união fica fragilizada.
Ao
invés de sermos vencidos, vençamos com vigilância e sejamos como a “pipa” de
papel, pois a pipa só sobe contra o vento.
Quanto
mais fortes os ventos, mais unidos estejamos, para a glória de Deus.
II.
Para fortalecer a
união, devemos lutar por seu aperfeiçoamento.
Já
observou como é fácil fazer as coisas erradas e é difícil fazer o que é certo?
Paulo
tinha essa consciência.
“Porque não faço o
bem que quero, mas o mal que não quero, esse faço.” (Rm. 7:19)
Sabedor
de que, para manter a união, é preciso empenho, o apóstolo recomenda: “Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que
andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão,
com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando guardar a
unidade do Espírito pelo vínculo da paz.” (Ef. 4:1-3)
A
idéia apresentada no texto é a de que é necessário todo esforço possível para
que a unidade seja mantida.
O
que Paulo diz aqui não é algo impossível, mas também não é algo que vem sem
custo.
A
unidade é resultado de nosso esforço consciente e adequado.
Precisamos
lutar pela união.
A
unidade da igreja é um desejo do coração de Deus e Jesus orou para que ela seja
uma realidade.
À
medida que nos empenhamos por fortalecer a união, cumpre-se em nós a oração de
Jesus.
Ele
pediu que fôssemos aperfeiçoados na unidade.
O
desejo do coração de Cristo é que todos os seus filhos sejam aprimorados, que
as arestas sejam tiradas e que tenhamos um contínuo crescimento para fortalecer
o vínculo da paz.
Não
podemos fugir à responsabilidade de fazer o que nos compete em favor da
preservação e do aperfeiçoamento da união.
III.
Para fortalecer a
união, devemos incentivar a sua prática.
Quem
quer glorificar a Deus, incentivará a unidade entre os crentes.
Por
isso procuremos sempre as coisas que trazem a paz e que nos ajudam a fortalecer
uns aos outros na fé. “Sigamos, pois, as
coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros.”
(Rm. 14:19)
Ajudados
pelo Espírito Santo, devemos trabalhar humildemente para manter a unidade.
“Então peço que me
dêem a grande satisfação de viverem em harmonia, tendo um mesmo amor e sendo
unidos de alma e mente. Não façam nada por interesse pessoal ou por desejos
tolos de receber elogios.” (Fp. 2:2-3 NTLH)
Também
é preciso incentivar os que querem a desunião a abandonar esses pensamentos
mesquinhos.
Paulo
nos dá a fórmula prática: “Irmãos, peço,
pela autoridade do nosso Senhor Jesus Cristo, que vocês estejam de acordo no
que dizem e que não haja divisões entre vocês. Sejam completamente unidos num
só pensamento e numa só intenção.” (I Co. 1:10 NTLH)
Erroneamente,
muitos cedem às divisões e até incentivam sua prática.
Fazem
isso em nome da justiça.
Incitam
um irmão contra outro, sem considerar o que a Bíblia diz.
“Os maus provocam
divisões, e quem fala mal dos outros separa os maiores amigos.” (Pv. 16:28)
Ao
contrário destes, incentivemos a prática da união entre os irmãos.
Duas
imagens são apresentadas neste Salmo 133: o óleo e o orvalho, ambas ensinam que
a união do povo de Deus não é algo que se construa somente pela habilidade
humana, mas que Deus a envia do alto sobre o seu povo.
É
como óleo que desce, é como orvalho que desce.
A
verdadeira união, como todas as boas dádivas, vem de cima, é doada.
Por
outro lado, se há falta de união entre os crentes, não se deve entender que
Deus não a tenha enviado.
O
ensino é de que a união tem origem em Deus.
Ele
está agindo para manter a união, mas nós, crentes em Cristo, temos a
responsabilidade de responder favoravelmente a esta ação.
Quando
cada irmão fizer sua parte, a união acontecerá.
Amém.
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