"Porque a carne
milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos
entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer." (Gl. 5:17)
Nós encontramos que dentro do crente existem
dois poderes contrários.
O Espírito de Deus habitando em todos os
crentes os conduz no caminho da retidão.
A carne, a velha natureza, está claramente em
oposição ao Espírito Santo e a nova natureza.
Isto produz uma batalha constante na vida de todos os cristãos, e os faz almejar a
liberação da carne.
O
Espírito e a carne são duas forças conflitantes, são dois reinos opostos e de
origens distintas.
O
cristão se vê dividido entre essas duas tendências, pois ele possui em si
mesmo, as duas naturezas que correspondem a essa luta, ou seja, o “velho homem”
e o “novo homem”.
Se
tentarmos agradar um e outro ao mesmo tempo, acabamos sendo derrotados pela
carne, e passamos a viver uma vida de angústia e sentimento de culpa, que o
pecado causa na vida do homem carnal.
Porém,
todo aquele que quiser, pode experimentar a vida vitoriosa e frutífera no
Espírito Santo de Deus.
Paulo
ensina que ambos os poderes produzirão certas características e obras na vida
de um indivíduo que se submete a eles.
“Ora, as obras da carne são conhecidas e são:
prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias,
ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias
e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já,
outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas
praticam. Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade,
benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas
coisas não há lei.” (Gl. 5:19-23)
Mesmo
que o trabalho da carne e o fruto do Espírito possam ser produzidos pela vida
do crente, Paulo frisou claramente que os crentes são caracterizados pelo fruto
do Espírito.
A carne
de um cristão não está morta, mas foi crucificada.
“E os que são de Cristo Jesus crucificaram a
carne, com as suas paixões e concupiscências.” (Gl. 5:24)
A
crucificação e a mortificação são usadas na Bíblia para descrever a morte lenta
e debilitada do poder da carne na vida de um cristão.
Aqueles
cujas vidas são exibições constantes de trabalhos da carne não entrarão no
reino de Deus.
Quando
estamos no Espírito, pensamos como Deus pensa, vivemos como Deus vive, mas
somente se vivermos no Espírito.
Vivemos
em uma grande luta.
A luta
da carne contra o Espírito, a luta do Espírito contra a carne, mas se andarmos
no Espírito, não cumpriremos a vontade da carne.
·
A FONTE DOS FRUTOS DO
CRISTÃO
Os
crentes, às vezes, se perguntam o porquê eles permanecem lutando contra a carne
nesta vida.
Não
é Deus quem nos ensina que todos os bens espirituais são d’Ele?
Nossa
velha natureza não produz nada além de espinhos e roseiras bravas.
Tudo
o que agrada a Deus em um cristão deve ser chamado de fruto do Espírito.
O
cristão pode produzir bons frutos somente em submissão ao Espírito Santo.
Enquanto
nós nos rendemos a Ele estas características são produzidas em nossa vida.
Esta
verdade é ilustrada pelo Salvador, pois Ele fala de Sua Pessoa como a videira e
a dos cristãos como as varas.
“Vós já estais limpos
pela palavra que vos tenho falado; permanecei em mim, e eu permanecerei em vós.
Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira,
assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira,
vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque
sem mim nada podeis fazer.” (Jo. 15:3-5)
Sem
uma união espiritual com Cristo através do Espírito não haveria fluxo de vida
para os filhos de Deus.
·
A IMPORTÂNCIA DO
FRUTO DO ESPÍRITO
A
importância do fruto do Espírito na vida de um cristão pode ser vista
comparando-o aos dons do Espírito.
Ambos
são produzidos por Deus, contudo está claro que o fruto do Espírito é muito
mais importante, como prova da verdadeira espiritualidade.
Os
dons do Espírito não oferecem nenhuma prova da salvação, porque em algumas
ocasiões eles foram praticados até mesmo pelos não salvos, Balaão, Judas.
O
fruto do Espírito, porém, pode ser produzido apenas pelas vidas daqueles que
são guiados pelo Espírito Santo.
Os
dons do Espírito podem ser usados como meio de glorificação pessoal ao invés de
edificação.
A
natureza do Fruto do Espírito previne-se de abusos de fins egoístas.
Os
dons do Espírito são soberanamente dispensados por Deus, enquanto que todo cristão
pode produzir o fruto do Espírito.
Às
vezes dons espirituais são colocados em vidas de orgulhosos e egoístas,
enquanto que o fruto espiritual somente pode ser produzido por consagração cristã
e submissão.
O
Amor, fruto do Espírito, é claramente visto como superior aos dons do Espírito.
“Agora, pois,
permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o
amor.”
(I Co. 13:13)
Os
dons do Espírito devem ser regulados pelo amor, ou eles não atingirão a sua
finalidade determinada, que é edificar o povo de Deus.
Não
deve ser interpretado que estamos desprezando os dons espirituais.
Eles
têm um propósito determinado por Deus.
O
ponto a ser lembrado é que o fruto do Espírito revela nossa relação com Deus e
forma nosso caráter cristão.
Sem
a produção do Espírito de Cristo em nós pela submissão a Deus, tudo o demais
tornar-se-ia em vão e nosso testemunho seria inútil.
A
proximidade de nossa relação com o Espírito Santo é facilmente julgada pela
manifestação do fruto do Espírito em nossas vidas.
Ou
a carne ou o Espírito está formando a base de nosso caráter no nosso dia-a-dia.
Somos
libertos da escravidão do pecado e levados à liberdade, mas não para agirmos em
vontade própria e levianamente.
Pense
no que custou ao Senhor Jesus para nos dar essa nova vida!
O
viver no Espírito é nosso poder para evitar que façamos nossa própria vontade.
Todas
as coisas são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas são
lícitas, mas nem todas as coisas edificam.
Amém!!!
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