“Portanto, como diz o
Espírito Santo, se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais o vosso coração,
como na provocação, no dia da tentação no deserto, onde vossos pais me
tentaram, me provaram e viram, por quarenta anos, as minhas obras.” (Hb. 3:7-9)
Diuturnamente
ouvimos muitas espécies de vozes, vozes de alerta, vozes de júbilo, voz de
desespero, voz sedenta, voz desesperada, voz de encantamento, voz de alivio,
voz de aflição, voz de amargura, voz de vitoria.
Os
gritos soam de todos os lados, mas você consegue discernir de onde saíram essas
vozes quais foram os lábios que as pronunciaram?
A
Voz de João Batista ressoava por onde ele passava.
“Arrepende-vos!”
Disse:
“Eu sou a voz do que clama no deserto:
Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.” (Jo. 1:23)
Aqui
esta uma voz diferenciada, uma voz que ganha destaque, não só pelo seu timbre,
mas pela profundidade do seu conteúdo, a voz que soava da garganta de João
Batista, expressava o clamor que havia na sua alma, esta era simplesmente, a
voz de Jesus Cristo.
Quando
ele disse; eu sou a voz do que clama, ele estava falando que, aquilo que ele
estava dizendo, não era dele, ele apenas era, porta voz.
João
Batista era tão somente o eco que dava acoite a voz de advertência de Deus para
com a humanidade.
Então,
de quem verdadeiramente era o grito que convocava ao arrependimento e
denunciava o pecado?
Certamente,
não era de João e nem de nenhum dos profetas, nem tão pouco dos outros
mensageiros de Cristo.
Quem
de fato ordena que venhamos nos arrepender dos nossos erros, é Deus.
João
como todos os demais que anunciavam e anunciam as boas novas do evangelho, nada
mais são do que repassadores da vontade de Deus.
Jesus
é a única voz que tem poder para atravessar o deserto da alma humana.
Essa
sim é que adentra o nosso Ser, fazendo separação entre as juntas e medulas.
“Porque a palavra de
Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes,
e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é
apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.” (Hb. 4:12)
Assim
é a voz do Espírito de Deus.
O
único suficientemente capaz, e, que pode nos conscientizar dos nossos pecados,
e, nos convencer que é preciso uma verdadeira mudança.
“E, quando ele vier,
convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo: do pecado, porque não crêem
em mim; da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais; e do juízo,
porque já o príncipe deste mundo está julgado.” (Jo. 16:8-11)
João,
como tantos outros, estava tão convicto disto, que abandonou a sua própria vida
em prol do reino de Deus.
Eles
estavam cientes da voz que ordenará em seu interior os projetos da salvação
eterna, isto os condicionava a pronunciarem com mais intrepidez e ousadia a voz
forte da verdade que explodia dentro deles, originando assim a essência da vida
eterna.
Estes
homens conheciam os mistérios de Deus, como também conheciam os adventos das
trevas, e, o quanto a humanidade vive erroneamente sob o domínio da escuridão,
propensos a sucumbir à voz do mal.
É
por isto, que eles tinham que gritar com mais rigor e intensidade para
sobressair-se.
E
dizendo: “O tempo está cumprido, e o
Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho.” (Mc.
1:15)
João,
simplesmente, sentia na alma os mesmos sintomas do profeta Isaías.
Este,
que antecedeu a mais profunda voz que deveria existir entre toda a humanidade.
Gritava
veementemente a Salvação do Senhor.
“A voz do Senhor faz
tremer o deserto; o Senhor faz tremer o deserto de Cades.” (Sl. 29:8)
Isaias
já conhecia a profundidade do amor de Deus para com o Ser humano, ele
premeditava a tão gloriosa promessa de Deus para com os homens.
“Porque um menino nos
nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu
nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da
Paz.”
(Is. 9:6)
Tanto
quanto João, ele também transportava a voz de Deus dentro dele, porém, quem
conseguia ouvir este tão estrondeante som?
“A voz do Senhor é
poderosa; a voz do Senhor é cheia de majestade.” (Sl. 29:4)
A
voz de Deus em Isaías gritou por diversas vezes.
“Quem deu crédito à
nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do Senhor?” (Is. 53:1)
Hoje,
como estes que foram usados por Deus, nós também somos a voz do que clama no
deserto, no mais sedento deserto do ser humano, a alma, onde está localizada a
necessidade em ouvir a voz de Deus, por isso, que nós, também gritamos sob essa
voz que rasga a nossa alma nos impulsionando a continuar a dizer:
Arrependei-vos, eis o momento da salvação.
“A apregoar o ano
aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os
tristes; a ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê ornamento por
cinza, óleo de gozo por tristeza, veste de louvor por espírito angustiado, a
fim de que se chamem árvores de justiça, plantação do Senhor, para que ele seja
glorificado.”
(Is. 61:2-3)
Enquanto
houver fôlego em nós, precisamos apregoar libertação, cura e salvação.
“O Espírito do Senhor
é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os
quebrantados do coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos
cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor.” (Lc. 4:18-19)
Porque
sabemos que tão logo, só prevalecerá o som que vingará de uma única voz.
“A voz de gozo, e a
voz de alegria, e a voz de noivo, e a voz de esposa, e a voz dos que dizem:
Louvai ao Senhor dos Exércitos, porque bom é o Senhor, porque a sua benignidade
é para sempre; e a voz dos que trazem louvor à Casa do Senhor; pois farei que
torne o cativeiro da terra como no princípio, diz o Senhor.” (Jr. 33:11)
A
voz de triunfo daqueles que voltarão a viver no paraíso, próximo ao Todo
Poderoso.
A
voz do Senhor está a falar ao nosso coração agora, arrependei e crede em mim,
sou Eu o Senhor teu Deus quem falo contigo.
Amém!!!
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