“Neste encontro, não
tereis de pelejar; tomai posição, ficai parados e vede o salvamento que o
SENHOR vos dará, ó Judá e Jerusalém. Não temais, nem vos assusteis; amanhã,
saí-lhes ao encontro, porque o SENHOR é convosco.” (II Cr. 20:17)
Este
é um momento na vida dos filhos Israel no Velho Testamento, em que uma luta
estava travada entre Judá e os Moabitas e Amonitas quando, Josafá, rei de Judá,
buscou ao Senhor, e Deus lhe respondeu.
Os
Moabitas e Amonitas, descendentes de Ló, além dos povos que habitavam a região
das montanhas de Seir, descendentes de Esaú, formaram uma verdadeira
confederação de povos para virem de encontro aos moradores de Judá a fim de
destruí-los.
Josafá,
rei de Judá, pediu ao Senhor o livramento contra o ataque dos inimigos, pois
eram tão numerosos que em Judá não havia força contra todos eles.
Todavia
quem na verdade lutou por Judá foi o próprio Senhor, provocando no arraial de
seus inimigos uma contenda entre eles e pondo-lhes emboscadas.
A
partir daí começaram a se digladiar entre si até se destruírem totalmente.
Quanto
aos Seus filhos, o Senhor requereu deles somente estarem na posição para a
peleja que era: levantar-se de madrugada, irem até à ladeira de Ziz e depois
contemplar o grande livramento do Senhor.
“Amanhã, descereis
contra eles; eis que sobem pela ladeira de Ziz; encontrá-los-eis no fim do
vale, defronte do deserto de Jeruel.” (II Cr. 20:16)
E
enquanto os cantores e os instrumentistas saiam adiante do exército louvando ao
Senhor, o restante do povo apenas contemplava os inimigos sendo desbaratados.
“Tendo eles começado
a cantar e a dar louvores, pôs o SENHOR emboscadas contra os filhos de Amom e
de Moabe e os do monte Seir que vieram contra Judá, e foram desbaratados.” (II Cr. 20:22)
Muitas
vezes olhamos para diante de nós e vemos verdadeiras lutas travadas onde os
muitos adversários se reúnem e se levantam contra nós para nos destruir.
Forças
que se agrupam de tal maneira que, diante delas nos colocamos, às vezes, como
incapazes de enfrentá-las e vencê-las.
Ainda
que as nossas expectativas sejam as mais assustadoras e sombrias quanto ao
futuro, todavia temos um Deus que peleja por nós quando n’Ele depositamos toda
a nossa confiança como na expressão do rei Josafá.
“Ah! Nosso Deus,
acaso, não executarás tu o teu julgamento contra eles? Porque em nós não há
força para resistirmos a essa grande multidão que vem contra nós, e não sabemos
nós o que fazer; porém os nossos olhos estão postos em ti.” (II Cr. 20:12)
A
igreja vive numa luta constante travada contra toda sorte de inimigos, mas tem
vivido na dependência do Senhor como Josafá viveu. Nesta condição o Senhor nos
tem confortado e nos tem orientado em tudo.
A
voz do profeta traduz o conselho de Deus para que os Seus filhos obtenham uma
vitória completa em todas as suas batalhas.
I.
O primeiro conselho
de Deus:
a. Dai ouvidos
“Dai ouvidos, todo o Judá e vós, moradores de Jerusalém,
e tu, ó rei Josafá, ao que vos diz o SENHOR. Não temais, nem vos assusteis por
causa desta grande multidão, pois a peleja não é vossa, mas de Deus.” (II Cr. 20:15)
Dar
ouvidos à voz do Senhor é a certeza da vitória, pois isso nos traz ânimo na
caminhada e certeza de prevalecer em todas as nossas batalhas.
É
a voz do Senhor que anima o Seu povo a confiar n’Ele e estar na posição de
vencedor, pois a nossa luta pertence ao Senhor.
Crer
no que Deus fala é segurança e prosperidade, como na expressão do rei Josafá.
“...Crede no SENHOR,
vosso Deus, e estareis seguros; crede nos seus profetas e prosperareis.” (II Cr. 20:20b)
II.
O segundo conselho de
Deus:
b. Parai, estai em pé
“Neste encontro, não tereis de pelejar; tomai posição,
ficai parados e vede o salvamento que o SENHOR vos dará, ó Judá e Jerusalém...” (II Cr. 20:17a)
Quando
deixamos Deus pelejar por nós nas lutas que enfrentamos, nada mais precisamos
fazer senão parar para contemplarmos o grande livramento, a grande salvação do
Senhor para conosco.
Estar
em pé nessa contemplação, é para que o os nossos olhos vejam a extensão do
campo de batalha e nele todos os nossos inimigos derrotados, pois o Senhor
vence por nós todos os nossos inimigos.
Estar
em pé é, também, para que vejamos a grandeza da vitória que Deus tem para nós.
III.
O terceiro conselho
de Deus:
c. Amanhã, saí-lhes ao encontro
“...Não temais, nem vos assusteis; amanhã, saí-lhes ao
encontro, porque o SENHOR é convosco.” (II Cr. 20:17b)
As
vitórias que Deus tem para aqueles que n’Ele confiam estão sempre relacionadas
ao amanhã, pois o futuro é desconhecido para o homem, mas não está encoberto
aos olhos de Deus.
A
certeza de um amanhã sem medo e sem susto é o fato de que o Senhor será sempre
conosco.
Sair
ao encontro das adversidades com a certeza de que elas serão superadas é o que
Deus nos garante hoje através desse conselho: “…Não temais, nem vos assusteis…”
O
medo e o susto são próprios do dia de hoje, mas a presença do Senhor conosco é
a garantia de que serão substituídos pelo amanhã vitorioso.
IV.
O Quarto conselho de
Deus:
d. O Louvor que canta a vitória
“Aconselhou-se com o povo e ordenou cantores para o SENHOR,
que, vestidos de ornamentos sagrados e marchando à frente do exército,
louvassem a Deus, dizendo: Rendei graças ao SENHOR, porque a sua misericórdia
dura para sempre.”
(II Cr. 20:21)
Nenhum
exército sai para a batalha colocando os cantores na linha de frente, porém o
exército ali era de anjos de Deus que tinham sido enviados para pelejar pelo
Seu povo.
Os
cantores postos em ordem pelo rei Josafá após aconselhar-se com o povo, eram
para entoar louvores para o Senhor, pois a vitória viria d’Ele.
O
motivo daquele louvor era porque a benignidade do Senhor dura para sempre e não
duraria somente naquele momento.
Esse
é o mesmo motivo do nosso louvor hoje, pois somos alvo de uma benignidade de
Deus que dura para sempre representada na salvação eterna de nossas vidas.
O
louvor é o cântico da vitória e ele vai à frente, porque nas batalhas que o
Senhor peleja por nós Ele nos garante a vitória por antecipação.
Cantamos
esse louvor mesmo nas horas das lutas pela certeza que temos da vitória que o
Senhor nos garante.
Podemos
ter já garantida a vitória em todas as batalhas do nosso amanhã, confiando
plenamente no poder de Deus.
A
maior de todas as lutas é aquela que enfrentamos contra a morte eterna e contra
ela não temos que pelejar, pois alguém já a venceu por nós e esse alguém é o
nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, pois venceu a morte e deu-nos a vitória
sobre ela, ao ressuscitar no terceiro dia dando-nos vida eterna.
Amém!!!
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