domingo, 14 de agosto de 2016

O DOM DE SER PAI

O dia do papai nos convida a refletir sobre este maravilhoso dom de sermos cooperador na procriação da raça humana.
Que responsabilidade!
Queremos relembrar também a fonte de onde nos provém a força e o consolo para o cumprimento de nossa missão.
Pois ser pai é um título eterno e de alto significado.
Importa olharmos para o nosso Pai celestial, de quem recebemos do dom da paternidade, para exercê-lo conforme sua vontade e na força que ele concede.

Qual é a responsabilidade de pai?

O apóstolo Paulo escreve: “Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem, e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo.” (I Co. 11:3)
Aqui começa a verdadeira paternidade, “ser Cristo o cabeça de todo o homem.”
Ter Cristo no coração, ser sacerdote do lar.
Ao pai, como cabeça da família, cabe a responsabilidade de dirigir a família.

                      I.        Ele é a cabeça do lar.

“Porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo.” (Ef. 5:23)
A expressão cabeça indica a responsabilidade de dirigir, de dar direção à família, liderar.
Sua primeira responsabilidade é guiar a família na comunhão com Deus pois ele é o sacerdote do lar.
Isto requer dele que ele próprio esteja em diária comunhão com Deus.
Que seja uma pessoa disposta a ouvir a Deus, tanto pelo ler a Bíblia como ouvir a Deus nos cultos, que seja um homem de oração.
A vida em comunhão com Deus requer que o véu, que nos separa de Deus, o pecado, seja diariamente removido por contrição e arrependimento, pelo apego à graça de Cristo, pela luta contra as tentações da carne, do mundo e as ciladas de Satanás.
Pois os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências.
E aqui cabe que cada um se examine.
Somos nós queridos filhos de Deus?
Vivemos em comunhão com Deus, pela fé na graça de Cristo, ouvindo-o e fazendo sua vontade?

                     II.        Ao pai cabe exerce disciplina no lar, isto é, a tarefa de educar.

O salmo afirma: “Não porei coisa injusta diante dos meus olhos; aborreço o proceder dos que se desviam;
nada disto se me pegará.” (Sl. 101:3)
Quão séria é está admoestando em nossos dias com a TV e a internet em casa.
Guiar a família a desejarem ardentemente o genuíno leite espiritual, para que por ela nos seja dado crescimento para salvação!
"Desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação." (I Pe. 2:2)
Revestir à família com toda a armadura de Deus, para poderem ficar firmes contra as ciladas do diabo.
"Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo." (Ef. 6:11)
Mas, em nosso contexto, educar os filhos na disciplina de Deus é difícil.
As ciladas são muitas e a desorientação é grande. 
Precisamos da sabedoria do alto para esta tarefa.

Ensinar: "Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te. Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas." (Dt. 6:6-9)

Treinar: "Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele." (Pv. 22:6)

Não provocar à ira: "E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor." (Ef. 6:4)

Governar bem: "O diácono seja marido de uma só mulher e governe bem seus filhos e a própria casa." (I Tm. 3:12);

Disciplinar: "O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo, o disciplina." (Pv. 13:24)

Não irritar os filhos: "Pais, não irriteis os vossos filhos, para que não fiquem desanimados." (Cl. 3:21)

                    III.        Ele provê o sustento para a família.

Cumpre ao pai a tarefa de sustentar sua família, no que sempre foi apoiado pela esposa, que fazia as lidas do lar e auxiliava nas atividades profissionais.
Hoje, muitas vezes em profissões diferentes.
Ele busca o melhor para sua família e não receia sacrifícios.

                   IV.        Tentações.

Na luta pela manutenção da família surgem inúmeras tentações, tais como a ganância, a vaidade profissional e a busca por diversões.
Vejamos:

a) Trabalho.
Precisamos sustentar a família, mas cuidado, isto pode tornar-se em cilada.
A verdadeira razão para o trabalho são a ordem de Deus e o bem estar da família e do próximo.
Muitas vezes, no entanto, a ganância, o desejo de enriquecer, impulsiona o trabalho em detrimento dos verdadeiros valores do servir a família e ao próximo.

b) Profissão.
Hoje, mais do que nunca, há a necessidade do preparo profissional, o estudo, o aperfeiçoamento.
Mas, a exagerada busca do sucesso profissional leva muitas vezes a negligenciar a família, a igreja e o próximo.

c) Lazer.
No trabalho temos também o direito ao descanso e ao lazer.
Oportunidades para isto não faltam.
Mas há o perigo de buscamos alegrias pecaminosas, deixando-nos seduzir pelas atrações de divertimentos pecaminosos, sexo ilícito, que degrada a Deus, a dignidade humana e a família, atmosfera na qual o verdadeiro amor não pode crescer. Em si nada de novo.
Já no Antigo Testamento temos relatos a esse respeito, como o adultério do rei Davi que, num momento de lazer foi tentado e caiu.
Mas a intensidade com que estes pecados se manifestam hoje são prenúncios do juízo final.
Ninguém de nós está isento de tais tentações que nos rodeiam e assediam neste mundo pervertido. Cumpre-nos lutar.

                    V.        Importa vigiar e orar.

Como faremos isto?
Mantendo íntima comunhão com a cabeça, que é Cristo, pelo ler e ouvir de sua Palavra, para sermos fortalecidos na fé e pela oração, para podermos desvendar as ciladas de Satanás, fugir das tentações e buscar ocupação sadia.
Determinados a fazer com toda nossa família a vontade de Deus.
A responsabilidade é grande.
Teremos que prestar contas a Deus por nossa família.
Muitas vezes sentimo-nos fracos, desanimados, incapazes e diante dos problemas.
Especialmente quando nossos filhos estão na adolescência.
Nesta idade precisam de muito amor, paciência e ao mesmo tempo firmeza ao admoestar, aconselhar e animar.
Jesus prometeu estar ao nosso lado, para nos amparar e fortalecer na tarefa de sustentar, educar e guiar nossa família.
Podemos recorrer a Ele em oração.
Deus prometeu atender e nos guiar por seu Espírito.
É o Espírito Santo, que conduz em toda a verdade, que consola, que ampara a fortalece.
Ele nos orienta na condução do lar, na educação dos filhos.
A Ele podemos expor nossas ansiedades, nossos problemas, nossas dificuldades espirituais e materiais.
Ele não nos abandonará. Ele há de nos amparar.
Nada educa melhor do que criar em nossa família o hábito de ler a palavra de Deus e orar, em conjunto e cada um individualmente.
Assim queremos celebrar o dia do pai, com louvor e gratidão, suplicando perdão por nossos muitos erros, pedindo que nos conceda rica medida do seu Espírito para o cumprimento de nossos deveres como verdadeiros sacerdotes do lar, espelhando a face de nosso Pai celestial.
Que Ele nos assista, para que nossas famílias sejam firmadas na fé e ricas em obras do amor cristão, como sal e luz na sociedade.


Amém!!!

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