O
dia do papai nos convida a refletir sobre este maravilhoso dom de sermos
cooperador na procriação da raça humana.
Que
responsabilidade!
Queremos
relembrar também a fonte de onde nos provém a força e o consolo para o
cumprimento de nossa missão.
Pois
ser pai é um título eterno e de alto significado.
Importa
olharmos para o nosso Pai celestial, de quem recebemos do dom da paternidade,
para exercê-lo conforme sua vontade e na força que ele concede.
Qual é a
responsabilidade de pai?
O
apóstolo Paulo escreve: “Quero,
entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem, e o homem, o cabeça
da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo.” (I Co. 11:3)
Aqui
começa a verdadeira paternidade, “ser Cristo o cabeça de todo o homem.”
Ter
Cristo no coração, ser sacerdote do lar.
Ao
pai, como cabeça da família, cabe a responsabilidade de dirigir a família.
I.
Ele é a cabeça do
lar.
“Porque o marido é o cabeça
da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo o salvador
do corpo.”
(Ef. 5:23)
A
expressão cabeça indica a responsabilidade de dirigir, de dar direção à
família, liderar.
Sua
primeira responsabilidade é guiar a família na comunhão com Deus pois ele é o
sacerdote do lar.
Isto
requer dele que ele próprio esteja em diária comunhão com Deus.
Que
seja uma pessoa disposta a ouvir a Deus, tanto pelo ler a Bíblia como ouvir a
Deus nos cultos, que seja um homem de oração.
A
vida em comunhão com Deus requer que o véu, que nos separa de Deus, o pecado,
seja diariamente removido por contrição e arrependimento, pelo apego à graça de
Cristo, pela luta contra as tentações da carne, do mundo e as ciladas de
Satanás.
Pois
os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e
concupiscências.
E
aqui cabe que cada um se examine.
Somos
nós queridos filhos de Deus?
Vivemos
em comunhão com Deus, pela fé na graça de Cristo, ouvindo-o e fazendo sua
vontade?
II.
Ao pai cabe exerce
disciplina no lar, isto é, a tarefa de educar.
O
salmo afirma: “Não porei coisa injusta
diante dos meus olhos; aborreço o proceder dos que se desviam;
nada disto se me
pegará.”
(Sl. 101:3)
Quão
séria é está admoestando em nossos dias com a TV e a internet em casa.
Guiar
a família a desejarem ardentemente o genuíno leite espiritual, para que por ela
nos seja dado crescimento para salvação!
"Desejai
ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para
que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação." (I Pe. 2:2)
Revestir
à família com toda a armadura de Deus, para poderem ficar firmes contra as
ciladas do diabo.
"Revesti-vos de
toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo." (Ef. 6:11)
Mas,
em nosso contexto, educar os filhos na disciplina de Deus é difícil.
As
ciladas são muitas e a desorientação é grande.
Precisamos
da sabedoria do alto para esta tarefa.
Ensinar: "Estas palavras que, hoje, te ordeno
estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás
assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao
levantar-te. Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal
entre os olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas
portas." (Dt. 6:6-9)
Treinar: "Ensina a criança no caminho em que
deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele." (Pv. 22:6)
Não provocar à ira: "E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na
disciplina e na admoestação do Senhor." (Ef. 6:4)
Governar bem: "O diácono seja marido de uma só mulher
e governe bem seus filhos e a própria casa." (I Tm. 3:12);
Disciplinar: "O que retém a vara aborrece a seu filho,
mas o que o ama, cedo, o disciplina." (Pv. 13:24)
Não irritar os filhos: "Pais, não irriteis os vossos filhos, para que não fiquem
desanimados." (Cl. 3:21)
III.
Ele provê o sustento
para a família.
Cumpre
ao pai a tarefa de sustentar sua família, no que sempre foi apoiado pela
esposa, que fazia as lidas do lar e auxiliava nas atividades profissionais.
Hoje,
muitas vezes em profissões diferentes.
Ele
busca o melhor para sua família e não receia sacrifícios.
IV.
Tentações.
Na
luta pela manutenção da família surgem inúmeras tentações, tais como a
ganância, a vaidade profissional e a busca por diversões.
Vejamos:
a) Trabalho.
Precisamos
sustentar a família, mas cuidado, isto pode tornar-se em cilada.
A
verdadeira razão para o trabalho são a ordem de Deus e o bem estar da família e
do próximo.
Muitas
vezes, no entanto, a ganância, o desejo de enriquecer, impulsiona o trabalho em
detrimento dos verdadeiros valores do servir a família e ao próximo.
b) Profissão.
Hoje,
mais do que nunca, há a necessidade do preparo profissional, o estudo, o
aperfeiçoamento.
Mas,
a exagerada busca do sucesso profissional leva muitas vezes a negligenciar a
família, a igreja e o próximo.
c) Lazer.
No
trabalho temos também o direito ao descanso e ao lazer.
Oportunidades
para isto não faltam.
Mas
há o perigo de buscamos alegrias pecaminosas, deixando-nos seduzir pelas
atrações de divertimentos pecaminosos, sexo ilícito, que degrada a Deus, a
dignidade humana e a família, atmosfera na qual o verdadeiro amor não pode
crescer. Em si nada de novo.
Já
no Antigo Testamento temos relatos a esse respeito, como o adultério do rei
Davi que, num momento de lazer foi tentado e caiu.
Mas
a intensidade com que estes pecados se manifestam hoje são prenúncios do juízo
final.
Ninguém
de nós está isento de tais tentações que nos rodeiam e assediam neste mundo
pervertido. Cumpre-nos lutar.
V.
Importa vigiar e
orar.
Como
faremos isto?
Mantendo
íntima comunhão com a cabeça, que é Cristo, pelo ler e ouvir de sua Palavra,
para sermos fortalecidos na fé e pela oração, para podermos desvendar as
ciladas de Satanás, fugir das tentações e buscar ocupação sadia.
Determinados
a fazer com toda nossa família a vontade de Deus.
A
responsabilidade é grande.
Teremos
que prestar contas a Deus por nossa família.
Muitas
vezes sentimo-nos fracos, desanimados, incapazes e diante dos problemas.
Especialmente
quando nossos filhos estão na adolescência.
Nesta
idade precisam de muito amor, paciência e ao mesmo tempo firmeza ao admoestar,
aconselhar e animar.
Jesus
prometeu estar ao nosso lado, para nos amparar e fortalecer na tarefa de
sustentar, educar e guiar nossa família.
Podemos
recorrer a Ele em oração.
Deus
prometeu atender e nos guiar por seu Espírito.
É
o Espírito Santo, que conduz em toda a verdade, que consola, que ampara a
fortalece.
Ele
nos orienta na condução do lar, na educação dos filhos.
A
Ele podemos expor nossas ansiedades, nossos problemas, nossas dificuldades espirituais
e materiais.
Ele
não nos abandonará. Ele há de nos amparar.
Nada
educa melhor do que criar em nossa família o hábito de ler a palavra de Deus e
orar, em conjunto e cada um individualmente.
Assim
queremos celebrar o dia do pai, com louvor e gratidão, suplicando perdão por
nossos muitos erros, pedindo que nos conceda rica medida do seu Espírito para o
cumprimento de nossos deveres como verdadeiros sacerdotes do lar, espelhando a
face de nosso Pai celestial.
Que
Ele nos assista, para que nossas famílias sejam firmadas na fé e ricas em obras
do amor cristão, como sal e luz na sociedade.
Amém!!!
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