Texto Bíblico:
Filemon
Nessa
carta vemos a trama da vida de um escravo, Onésimo, que fugiu do seu senhor
Filemon, e caiu numa prisão junto com o apóstolo Paulo, deflagrando um encontro
com Cristo.
“Pois bem, ainda que
eu sinta plena liberdade em Cristo para te ordenar o que convém, prefiro,
todavia, solicitar em nome do amor, sendo o que sou, Paulo, o velho e, agora,
até prisioneiro de Cristo Jesus; sim, solicito-te em favor de meu filho
Onésimo, que gerei entre algemas.” (Fl. 1:8-10)
Dessa
história, ressaltamos as seguintes lições, por intermédio da vida do apóstolo
Paulo:
I.
A humildade
engrandece enquanto a soberba diminui
“Paulo, prisioneiro de Cristo Jesus, e o irmão Timóteo,
ao amado Filemom, também nosso colaborador.” (Fl. 1:1)
Paulo
não se apresenta como apóstolo, mas como prisioneiro de Cristo, ao interceder
por um escravo, se colocando no mesmo nível dele.
“Antes da ruína,
gaba-se o coração do homem, e diante da honra vai a humildade.” (Pv. 18:12)
Jesus
prezou por essa característica, a humildade, pois esta, tanto revelava sua
personalidade, quanto o conteúdo do seu ensino.
“Tomai sobre vós o
meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis
descanso para a vossa alma.” (Mt. 11:29)
II.
Não se deve
desperdiçar a oportunidade de elogiar sinceramente as pessoas
“Dou graças ao meu Deus, lembrando-me, sempre, de ti nas
minhas orações, estando ciente do teu amor e da fé que tens para com o Senhor
Jesus e todos os santos.” (Fl. 1:4-5)
Paulo
agradece Deus e engrandece a Filemon em oração pelo relacionamento deste com
Jesus e com os irmãos.
“Pois, irmão, tive
grande alegria e conforto no teu amor, porquanto o coração dos santos tem sido
reanimado por teu intermédio.” (Fl. 1:7)
Somos
muito rápidos em criticar.
“Alguém há cuja
tagarelice é como pontas de espada, mas a língua dos sábios é medicina.” (Pv. 12:18)
O
caminho da depreciação parece ser bem mais fácil para as pessoas, devido à
natureza caída e predisposição interior ao mal que todos têm.
Difícil
é ser encorajador tendo como ponto de vista as qualidades e não os defeitos.
“Palavras agradáveis
são como favo de mel: doces para a alma e medicina para o corpo.” (Pv. 16:24)
III.
Somos embaixadores da
paz, logo, chamados para pacificar
“Pois acredito que ele veio a ser afastado de ti
temporariamente, a fim de que o recebas para sempre, não como escravo; antes,
muito acima de escravo, como irmão caríssimo, especialmente de mim e, com maior
razão, de ti, quer na carne, quer no Senhor. Se, portanto, me consideras
companheiro, recebe-o, como se fosse a mim mesmo.” (Fl. 1:15-17)
Paulo
foi um intercessor, mediador e pacificador entre o escravo e seu senhor.
“Se possível, quanto
depender de vós, tende paz com todos os homens.” (Rm. 12:18)
Construiu
pontes ao invés de muralhas ou abismos.
“A resposta branda
desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.” (Pv. 15:1)
Seu
argumento foi em defesa do recém-convertido, classificando-o não mais como
escravo, inimigo ou inútil, mas como irmão, amigo e útil.
“Ele, antes, te foi
inútil; atualmente, porém, é útil, a ti e a mim.” (Fl. 1:11)
Ou
seja, anulou a barreira utilitarista e trabalhista, escravo-senhor, e teceu a
trama familiar, irmãos espirituais.
IV.
Nosso Altruísmo com o
próximo é oriundo da experiência e identificação de Cristo conosco
“E, se algum dano te
fez ou se te deve alguma coisa, lança tudo em minha conta. Eu, Paulo, de próprio
punho, o escrevo: Eu pagarei, para não te alegar que também tu me deves até a
ti mesmo.”
(Fl. 1:18-19)
Paulo
foi tão empático com Onésimo que redimiu sua dívida, pagou a conta, justificou
seu pecado, dignificou-o reconciliando-se com um desqualificado escravo
marginalizado por um estigma de traidor, libertou-o da condição hereditária do
pecado, por intermédio de Cristo, ministrou o perdão de Deus, incluiu-o
novamente no convívio dos seus, nivelou-o à ética do Reino por meio de seu
exemplo, demonstrou profunda compaixão com atitudes práticas.
Em
síntese, explicitou Jesus por meio da experiência de regeneração contida no
Evangelho.
Percebe-se
que as ações de Paulo são iguais às de Cristo por nós.
Esse
é um cristianismo atuante de um cristão que faz identificação com os que ainda
não conhecem a Deus.
“Procedi, para com os
judeus, como judeu, a fim de ganhar os judeus; para os que vivem sob o regime
da lei, como se eu mesmo assim vivesse, para ganhar os que vivem debaixo da
lei, embora não esteja eu debaixo da lei. Aos sem lei, como se eu mesmo o
fosse, não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo, para
ganhar os que vivem fora do regime da lei. Fiz-me fraco para com os fracos, com
o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos
os modos, salvar alguns. Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me
tornar cooperador com ele.” (I Co. 9:20-23)
Foi
exatamente por isso que Jesus se manifestou ao mundo: para nos revelar o Pai
por meio de suas palavras, pensamentos e ações, fazendo-Se o caminho de acesso
até Ele.
“Eu sou o caminho, e
a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” (Jo. 14:6)
Tudo
isso só foi possível pela transformação de Jesus no coração de Onésimo, e
consequentemente, no de Filemon em relação ao ex-escravo.
Um
relacionamento só pode ser renovado neste nível se Cristo reinar nos corações.
“Bem-aventurados os
limpos de coração, porque verão a Deus.” (Mt. 5:8)
Isso
se dá por causa do poder da palavra de Deus e pelo convencimento do Espírito
Santo.
“Hoje, se ouvirdes a
sua voz, não endureçais o vosso coração, como foi na provocação.” (Hb. 3:15)
Vivamos,
então, em conversões constantes dos corações daqueles que nos cercam com a
finalidade de atraí-los para uma comunhão legítima e sincera.
“Se há, pois, alguma
exortação em Cristo, alguma consolação de amor, alguma comunhão do Espírito, se
há entranhados afetos e misericórdias, completai a minha alegria, de modo que
penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o
mesmo sentimento.”
(Fp. 2:1-2)
Somos
chamados à união de espírito e propósito depois de receber todas essas bênçãos
de estar em Cristo!
Somos
encorajados pela união com Cristo.
Somos
confortados pelo amor d’Ele.
Compartilhamos
a comunhão com o Espírito Santo.
Recebemos
ternura e compaixão.
Então,
devemos compartilhar essas coisas com a nossa família cristã e achar uma
maneira de estar juntos no Reino d’Ele em harmonia.
Amém!!!
5 comentários:
Amém! Este estudo me ajudou a abrir o entendimento! Glória a Deus! Continue sendo um canal de benção na vida das pessoas, Pr. Alcir Marinho. Jesus te abençoe abundantemente, irmão.
O apostol Pablo . Nois mostra que nao e so pregar e tbem actuar . Ele pon seu dinheiro e pagar uma deuda de quem se convertia a Cristo . Ese ejemplo e o maxima expresao de paixao como a de Cristo Jesus .
foi de um grande aprendizado amém
Aprendi muito nessa lição que belo ensino Paulo nos dar de amor ao proximo
Que Deus o continue o abençoando PR. Que Benção 🙌
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