quarta-feira, 22 de junho de 2016

JESUS NÃO VEIO PARA OS SÃOS

“Passadas estas coisas, saindo, viu um publicano, chamado Levi, assentado na coletoria, e disse-lhe: Segue-me! Ele se levantou e, deixando tudo, o seguiu. Então, lhe ofereceu Levi um grande banquete em sua casa; e numerosos publicanos e outros estavam com eles à mesa. Os fariseus e seus escribas murmuravam contra os discípulos de Jesus, perguntando: Por que comeis e bebeis com os publicanos e pecadores? Respondeu-lhes Jesus: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes. Não vim chamar justos, e sim pecadores, ao arrependimento.” (Lc. 5:27-32)

Hoje em dia, há uma dificuldade muito grande dos homens (masculino) irem ao médico.
Até propaganda, neste sentido, o pessoal da saúde anda fazendo.
As mulheres vão ao médico em muito maior número e muito mais vezes e, por causa disto, estão se prevenindo de doenças e vivendo mais.
Os homens só vão quando a crise aperta e a dor fica insuportável.
Procura o médico quem se vê doente ou com possibilidades reais de ficar doente.
Aprendemos que as pessoas que se achegam a Jesus Cristo são aquelas que se acham ruins, não aquelas que se acham boas. Isto é estranho, não é?

Jesus foi à coletoria de impostos de Cafarnaum e ali viu um publicano, coletor de impostos, fiscal.
“Passadas estas coisas, saindo, viu um publicano, chamado Levi, assentado na coletoria, e disse-lhe: Segue-me!” (Lc. 5:27)
Os publicanos eram pessoas odiadas pelos israelitas e havia motivo para isto, pois naquela época, Israel era dominado pelo Império Romano.
Para o povo de Israel, isto era uma vergonha e humilhação sem fim, pois eles se julgavam o povo escolhido por Deus.
Esses romanos cobravam pesados impostos de pessoas pobres.
Quem arrecadava estes impostos eram os publicanos.
Publicanos eram israelitas que firmavam um contrato com o Império Romano.
A grande maioria deles era desonesta, pois, além de arrecadar o que o Império determinava para si, eles cobravam a mais e este excedente ia para o bolso deles.
Eles eram odiados porque, sendo israelitas, cooperavam com os opressores e ainda por cima eram ladrões de seu próprio povo.
Jesus viu um publicano trabalhando e disse a ele: “siga-me”.
Estranho este Jesus.
Ao invés de Jesus procurar gente boa para o seu discipulado, Ele procura um homem desse tipo, mal falado, com fama de ladrão, traíra!
Seria semelhante a você chamar um adolescente que faz pequenos furtos a frequentar sua casa.
Você faria isto?

Outra reação interessante foi a do Levi.
Levantou-se, deixou tudo e começou a segui-lo.
“Ele se levantou e, deixando tudo, o seguiu.” (Lc. 5:28)
Levi tomou uma decisão difícil, pois ele abandonou uma vida financeira muito boa e toda a sua riqueza.
Se seguir a Jesus não desse certo, ele não conseguiria voltar para a coletoria.
Por isso o texto bíblico diz que ele deixou tudo.
É assim que qualquer pessoa torna-se discípulo de Jesus, em seu coração, ele precisa abrir mão de tudo, mesmo que, na prática, não haja necessidade de abandonar estas coisas.

Este homem, odiado e tratado pelos outros como um pária, sentiu-se tão honrado pelo chamado de Jesus que deu uma grande festa em sua casa.
“Então, lhe ofereceu Levi um grande banquete em sua casa; e numerosos publicanos e outros estavam com eles à mesa.” (Lc. 5:29)
Jesus agora fazia parte de sua vida, de sua intimidade.
Ele fazia questão de mostrar a todos que era um discípulo de Jesus.
Quantas vezes, como discípulos de Jesus, nós ficamos com vergonha de falar isto numa sala de aula, no trabalho, com um chefe ou na nossa roda de amigos.
Quem estava na festa do publicano Levi?
Só gente ruim como ele, outros publicanos, prostitutas, pessoas desse nível e os demais discípulos de Jesus que, óbvio, estavam sentindo-se incomodados com aquela companhia.
E Jesus tranquilamente permanecia ali.

Os fariseus e os mestres da Lei, do lado de fora da casa, perguntaram aos discípulos de Jesus por que eles comiam e bebiam com publicanos e pecadores.
“Os fariseus e seus escribas murmuravam contra os discípulos de Jesus, perguntando: Por que comeis e bebeis com os publicanos e pecadores?” (Lc. 5:30)
Mais uma vez, Jesus desapontava-os.
Primeiro esse negócio de perdoar pecados.
Agora, essa atitude de entrar e comer com gente pecadora.
Isto era demais para os fariseus.
O corajoso Jesus responde-lhes dizendo que os sãos não precisam de médico e sim os doentes.
“Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes.” (Lc. 5:31)
Só aqueles que se veem doentes procuram ajuda.
Quem se vê bom, por que precisaria de ajuda?

Jesus então diz uma frase espetacular: “Não vim chamar justos, e sim pecadores, ao arrependimento.” (Lc. 5:32)
Vamos analisar esta frase.

·         Primeiro: a missão de Jesus não é chamar justos.

Aqui há uma ironia da parte de Jesus.
Ele sabia que não há justo, nem um sequer aos olhos de Deus.
“Não há justo, nem um sequer.” (Rm. 3:10)
O que há são pessoas que se julgam justas.
Enquanto uma pessoa se julgar boa e meritória, nunca, jamais, em tempo algum, se encontrará com Jesus!

·         Segundo: Jesus veio chamar pecadores.

Ele veio chamar para a salvação pessoas que se consideram más, frustradas consigo próprias, pecadoras, erradas e fracas.
Só os que se veem assim, terão condições de se encontrar com Jesus e ser salvas.

·         Terceiro: chamar pecadores ao arrependimento.

Jesus não veio passar a mão na cabeça de ninguém e dizer: “coitadinho de você, vou te dar uma mãozinha”. Não! Jesus veio para fazer mudança radical de vida, como fez com Levi.
Esta mudança começa com o arrependimento, ou seja, eu largo a velha vida marcada por pecados, vícios, autocomiseração, ganância, orgulho, egoísmo e passo, pelo perdão de Jesus, a viver uma nova vida baseada no amor, no autodomínio, nos valores de Deus.
Isto é a cura para a vida e o que todos nós procuramos.

Hoje, Jesus chama você ao arrependimento.
A se ver como mau, indigno e pecador mas a tomar uma posição e se entregar ao Senhor, deixando tudo e seguindo todos os seus mandamentos.
Ele veio para transformar pecadores em justificados diante de Deus.
Essa é a cura. Essa é a vida.


Amém!!!

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