sábado, 11 de junho de 2016

A COMUNHÃO COM DEUS

“E, vindo, evangelizou paz a vós outros que estáveis longe e paz também aos que estavam perto; porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um Espírito.” (Ef. 2:17-18)

O ponto mais alto que podemos alcançar nesta vida é a Comunhão com Deus.
Para manter comunhão com Deus necessitamos da ação do Senhor Jesus Cristo e do Espírito Santo em nós.
Uma das necessidades fundamentais do homem é a paz com Deus.
Tanto os judeus quanto os gentios necessitam desta paz.

O homem em pecado vive inquieto e miseravelmente infeliz.
O homem sem Jesus é como a maré brava que não pode aquietar.
É um perigo quando a maré está alta.
De igual modo, o homem sem Jesus, é bravo como o mar revoltado.
Por que isso? Porque tudo começou no Édem.
O homem foi feito por Deus e colocado no Paraíso.
Não havia movimento nenhum, não havia nenhuma inquietação no Paraíso, pois somente uma coisa atuava sobre o homem, a comunhão com Deus.
Deus fez o homem à Sua imagem e semelhança, o homem estava em correspondência com Seu Deus.
O homem mantinha comunhão com Deus, e a sua vida era uma vida de paz como o mar quando não está revoltado.
Não havia infelicidade, não havia problema, não havia dificuldade, não havia ansiedade.
Mas, infelizmente, o homem pecou e com a queda, o homem não tem paz e vive inquieto.
Como consequência de tudo isso é que o homem nunca está satisfeito.
O homem em pecado é isso aí, sem paz, sem sossego, sem tranquilidade.
Como as ondas revoltadas do mar, a sua vida espirra lama.
A paz é a necessidade de todos os homens, e não somente necessidade de alguns.
Por causa desta comum necessidade, quero apontar dois objetivos porque o homem precisa manter comunhão com Deus:

             I.        A salvação faz com que o homem tenha paz com o seu Deus
“E, vindo, evangelizou paz a vós outros que estáveis longe e paz também aos que estavam perto.” (Ef. 2:17)

Esta paz é oferecida tanto aos que estavam longe quanto aos que estavam pertos.
O que significa esta expressão longe e perto?
Para responder esta pergunta, vejamos alguns textos:
O Senhor Jesus envia os doze discípulos para pregarem o evangelho e uma das ordens que Ele dá é que eles não deviam pregar o evangelho aos gentios e nem aos samaritanos.
“A estes doze enviou Jesus, dando-lhes as seguintes instruções: Não tomeis rumo aos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos.” (Mt. 10:5)

Outro texto é o da mulher cananéia.
Aquela mulher cananéia veio pedir uma benção para a sua filha que estava horrivelmente endemoniada.
“Mas Jesus respondeu: Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel. Ela, porém, veio e o adorou, dizendo: Senhor, socorre-me!  Então, ele, respondendo, disse: Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos.  Ela, contudo, replicou: Sim, Senhor, porém os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos.” (Mt 15:24-27)
A razão de tudo isso é que os discípulos ainda não estavam preparados para saírem e pregarem o evangelho a todos os gentios, aqueles que estavam longe, mas Cristo fez isso por meio dos apóstolos, por meio dos Seus servos, pregou este evangelho de paz.
Olha o que a bíblia diz em outros textos.
O Evangelho de João fala dos gentios que viriam crer em Cristo e assim, com os judeus convertidos, formam um corpo espiritual.
“Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor.” (Jo. 10:16)
Os judeus estavam perto, os gentios estavam longe e em Cristo, ambos foram reconciliados.
“E reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade.” (Ef. 2:16)

Tanto judeus quanto gentios, ambos tinham idêntica necessidade.
Ambos tinham a necessidade de paz.
De igual modo não importa a pessoa, todos nós necessitamos de paz e esta paz só é encontrada em Cristo.
Meus irmãos, Cristo, e somente Cristo, oferece e é capaz de dar esta paz a todos os que necessitam dela.
Cristo nos dá paz com Deus, paz com os outros, paz interior.
Talvez você esteja atribulado com as suas lutas interpessoais.
Meu amigo, você pode ter esta paz agora.
É dádiva inteiramente gratuita de Deus, mediante Jesus Cristo, o nosso Senhor.
A paz que Jesus Cristo oferece pode ser sua agora e para todo sempre.

            II.        A salvação leva-nos a ter comunhão com Deus o nosso Pai
“porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um Espírito.” (Ef. 2:18)

O homem tem necessidade da salvação para que ele tenha paz com Deus.
E este acerto, esta comunhão, é restaurado somente na cruz.
Foi na cruz que a parede que separava o homem de Deus e o homem de outro homem foi derrubada uma vez por todas.
Na cruz, nem antes e nem depois, é que o véu do templo foi rasgado.

Como é que tudo isto aconteceu? Como é que tudo o que Cristo fez, chegou até nós?

a.     Por um só Espírito temos acesso ao Pai.

A palavra acesso pode ser traduzida pela palavra aproximação.
Ou seja, por meio de Jesus Cristo, todo aquele que crê em Cristo Jesus como seu Salvador é aproximado a Deus o Pai, por um mesmo Espírito.
Isso significa que o relacionamento com Deus é restabelecido, aquela relação amigável com Deus é estabelecida e o homem passa a ter certeza da vida eterna.
"E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." (Jo. 17:3)
Mediante Jesus Cristo, pelo Espírito Santo, nós temos acesso ao Pai.
Este é o grande fim e objetivo da salvação: que entremos na presença de Deus e tenhamos comunhão com o Pai.
Não estamos mais longe, fomos trazidos para perto, temos comunhão com Deus.
Por meio da cruz de Cristo, pelo Seu sangue, somos levados à presença de Deus Pai.
O propósito de Deus ao nos salvar é que desfrutemos d’Ele mesmo aqui na terra, conheçamo-lo como nosso Pai, e descansemos na sua presença.
Você mantém comunhão com Deus?

b.    A oração é a arma do cristão para manter o relacionamento com Deus.

Não é de admirar que o adversário das nossas almas preocupa-se particularmente em atacar-nos neste ponto.
Isso é uma coisa que todos nós aprendemos pela experiência.
Não há nada, em nenhum sentido, que seja tão difícil como orar.
Nós enfrentamos muitas dificuldades neste sentido.

Dificuldades como:

1.     O fato de enxergarmos a pessoa de Deus com os nossos olhos humanos.

Deus é Espírito, Deus é invisível.
Isso em si constitui logo uma dificuldade.
Estamos acostumados a ver pessoas, a ouvir vozes, quando temos amizade e comunhão com elas.
Mas Deus é invisível.
Deus nunca foi visto por alguém.
“Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou.” (Jo. 1:18)

2.     Temos o problema da falta de concentração.

Quantas vezes a falta de concentração, a falta de sobriedade atrapalha as nossas orações.
Se você está lendo um livro não é muito difícil concentrar-se.
Se você está falando com alguém, não há problemas de concentrar-se.
Todavia, quando nos propomos a orar, muitas vezes as nossas mentes vagam por todas as partes e direções.
A nossa imaginação viaja pelo mundo inteiro e embora estejamos de joelhos em pé ou prostrados com a intenção de falar com Deus, temos a tendência de pensar em problemas, pensar em algo que aconteceu ontem, em algo que vai acontecer amanhã. Você tem está tendência?

3.     Outra dificuldade para a oração é a desconfiança de que Deus não vai nos ouvir.

De fato, Deus não ouve a pecadores.
O Evangelho de João diz que: "Sabemos que Deus não atende a pecadores; mas, pelo contrário, se alguém teme a Deus e pratica a sua vontade, a este atende." (Jo. 9:31)
Este sentimento de que nós não temos o direito de nos aproximarmos de Deus, este cruel sentimento, este terrível sentimento de indignidade, ainda milita, luta contra nós.
As dúvidas se insinuam em nossa mente, e tudo isso porque a oração é a atividade suprema da alma humana, é o ponto mais alto que podemos alcançar nesta vida, a Comunhão com Deus.

Será que conhecemos a Deus como nosso Pai? As nossas orações são reais para nós? Gozamos liberdade na oração? Será que temos confiança nas nossas orações? Como estamos desfrutando dos benefícios de termos a Deus como nosso Pai?

c.     O mesmo Espírito de Deus torna real em nós o que Cristo fez por nós.

Pela oração, o Espírito Santo cria em nós uma mente espiritual.
Um desejo de desfrutar da vida com Deus.
O Espírito Santo nos dá alento, nos vivifica, nos inquieta, nos estimula, nos move, persuade as nossas mentes carnais a pensarem espiritualmente.
O Espírito Santo nos mostra a nossa necessidade e nos faz lembrar dos nossos pecados.
O Espírito faz você lembrar-se do seu pecado.
Ele convence você e mostra a você de maneira convicta, qual é a sua necessidade.
Ele produz no seu íntimo uma santa tristeza, um verdadeiro arrependimento.
O Espírito Santo cria em nós o desejo de conhecer a Deus e manter comunhão com Ele.
O cristão tem um real desejo de manter relacionamento com o Deus vivo, ele quer vivenciar a experiência de estar com Deus.
Com este relacionamento leal com Deus, o Espírito Santo nos leva a ter um entendimento das promessas de Deus.

Para manter comunhão com Deus, necessitamos apenas destas duas Pessoas:  O Senhor Jesus Cristo, e o Espírito Santo.
Não há mais nada a ser acrescentado nesta lista.
Tudo o que é necessário para mantermos comunhão com Deus é que nos aproximemos por meio do Senhor Jesus Cristo e por meio do Espírito Santo.
Quando o homem mantém comunhão com Deus, então ele tem a paz.

Você pode ter esta paz agora.
Será que você já possui esta paz? Você já recebeu esta paz? Você já se alegra com esta paz?
A paz que Cristo oferece pode ser sua agora e para todo sempre.
Seja você estando longe ou perto, seja você gentio ou judeu, branco, preto, amarelo.
Cristo, e somente Cristo, oferece e é capaz de dar esta paz a todos os que O buscam.
O ponto mais alto que podemos alcançar nesta vida é a comunhão com Deus.
Se você ainda não confessou Jesus como seu único e suficiente Salvador, confesse agora e você receberá a Paz que transcende todo entendimento.

Amém!!!

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