quinta-feira, 23 de junho de 2016

LIÇÕES NA CARTA A FILEMON

Texto Bíblico: Filemon
           
Nessa carta vemos a trama da vida de um escravo, Onésimo, que fugiu do seu senhor Filemon, e caiu numa prisão junto com o apóstolo Paulo, deflagrando um encontro com Cristo.
“Pois bem, ainda que eu sinta plena liberdade em Cristo para te ordenar o que convém, prefiro, todavia, solicitar em nome do amor, sendo o que sou, Paulo, o velho e, agora, até prisioneiro de Cristo Jesus; sim, solicito-te em favor de meu filho Onésimo, que gerei entre algemas.” (Fl. 1:8-10)

Dessa história, ressaltamos as seguintes lições, por intermédio da vida do apóstolo Paulo:

             I.        A humildade engrandece enquanto a soberba diminui
“Paulo, prisioneiro de Cristo Jesus, e o irmão Timóteo, ao amado Filemom, também nosso colaborador.” (Fl. 1:1)

Paulo não se apresenta como apóstolo, mas como prisioneiro de Cristo, ao interceder por um escravo, se colocando no mesmo nível dele.
“Antes da ruína, gaba-se o coração do homem, e diante da honra vai a humildade.” (Pv. 18:12)
Jesus prezou por essa característica, a humildade, pois esta, tanto revelava sua personalidade, quanto o conteúdo do seu ensino.
“Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma.” (Mt. 11:29)

            II.        Não se deve desperdiçar a oportunidade de elogiar sinceramente as pessoas
“Dou graças ao meu Deus, lembrando-me, sempre, de ti nas minhas orações, estando ciente do teu amor e da fé que tens para com o Senhor Jesus e todos os santos.” (Fl. 1:4-5)

Paulo agradece Deus e engrandece a Filemon em oração pelo relacionamento deste com Jesus e com os irmãos.
“Pois, irmão, tive grande alegria e conforto no teu amor, porquanto o coração dos santos tem sido reanimado por teu intermédio.” (Fl. 1:7)
Somos muito rápidos em criticar.
“Alguém há cuja tagarelice é como pontas de espada, mas a língua dos sábios é medicina.” (Pv. 12:18)
O caminho da depreciação parece ser bem mais fácil para as pessoas, devido à natureza caída e predisposição interior ao mal que todos têm.
Difícil é ser encorajador tendo como ponto de vista as qualidades e não os defeitos.
“Palavras agradáveis são como favo de mel: doces para a alma e medicina para o corpo.” (Pv. 16:24)

           III.        Somos embaixadores da paz, logo, chamados para pacificar
“Pois acredito que ele veio a ser afastado de ti temporariamente, a fim de que o recebas para sempre, não como escravo; antes, muito acima de escravo, como irmão caríssimo, especialmente de mim e, com maior razão, de ti, quer na carne, quer no Senhor. Se, portanto, me consideras companheiro, recebe-o, como se fosse a mim mesmo.” (Fl. 1:15-17)

Paulo foi um intercessor, mediador e pacificador entre o escravo e seu senhor.
“Se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens.” (Rm. 12:18)
Construiu pontes ao invés de muralhas ou abismos.
“A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.” (Pv. 15:1)
Seu argumento foi em defesa do recém-convertido, classificando-o não mais como escravo, inimigo ou inútil, mas como irmão, amigo e útil.
“Ele, antes, te foi inútil; atualmente, porém, é útil, a ti e a mim.” (Fl. 1:11)
Ou seja, anulou a barreira utilitarista e trabalhista, escravo-senhor, e teceu a trama familiar, irmãos espirituais.

          IV.        Nosso Altruísmo com o próximo é oriundo da experiência e identificação de Cristo conosco
“E, se algum dano te fez ou se te deve alguma coisa, lança tudo em minha conta. Eu, Paulo, de próprio punho, o escrevo: Eu pagarei, para não te alegar que também tu me deves até a ti mesmo.” (Fl. 1:18-19)

Paulo foi tão empático com Onésimo que redimiu sua dívida, pagou a conta, justificou seu pecado, dignificou-o reconciliando-se com um desqualificado escravo marginalizado por um estigma de traidor, libertou-o da condição hereditária do pecado, por intermédio de Cristo, ministrou o perdão de Deus, incluiu-o novamente no convívio dos seus, nivelou-o à ética do Reino por meio de seu exemplo, demonstrou profunda compaixão com atitudes práticas.
Em síntese, explicitou Jesus por meio da experiência de regeneração contida no Evangelho.
Percebe-se que as ações de Paulo são iguais às de Cristo por nós.
Esse é um cristianismo atuante de um cristão que faz identificação com os que ainda não conhecem a Deus.
“Procedi, para com os judeus, como judeu, a fim de ganhar os judeus; para os que vivem sob o regime da lei, como se eu mesmo assim vivesse, para ganhar os que vivem debaixo da lei, embora não esteja eu debaixo da lei. Aos sem lei, como se eu mesmo o fosse, não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo, para ganhar os que vivem fora do regime da lei. Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns. Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele.” (I Co. 9:20-23)
Foi exatamente por isso que Jesus se manifestou ao mundo: para nos revelar o Pai por meio de suas palavras, pensamentos e ações, fazendo-Se o caminho de acesso até Ele.
“Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” (Jo. 14:6)

Tudo isso só foi possível pela transformação de Jesus no coração de Onésimo, e consequentemente, no de Filemon em relação ao ex-escravo.
Um relacionamento só pode ser renovado neste nível se Cristo reinar nos corações.
“Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus.” (Mt. 5:8)
Isso se dá por causa do poder da palavra de Deus e pelo convencimento do Espírito Santo.
“Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração, como foi na provocação.” (Hb. 3:15)

Vivamos, então, em conversões constantes dos corações daqueles que nos cercam com a finalidade de atraí-los para uma comunhão legítima e sincera.
“Se há, pois, alguma exortação em Cristo, alguma consolação de amor, alguma comunhão do Espírito, se há entranhados afetos e misericórdias, completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento.” (Fp. 2:1-2)

Somos chamados à união de espírito e propósito depois de receber todas essas bênçãos de estar em Cristo!
Somos encorajados pela união com Cristo.
Somos confortados pelo amor d’Ele.
Compartilhamos a comunhão com o Espírito Santo.
Recebemos ternura e compaixão.
Então, devemos compartilhar essas coisas com a nossa família cristã e achar uma maneira de estar juntos no Reino d’Ele em harmonia.


Amém!!!

5 comentários:

Unknown disse...

Amém! Este estudo me ajudou a abrir o entendimento! Glória a Deus! Continue sendo um canal de benção na vida das pessoas, Pr. Alcir Marinho. Jesus te abençoe abundantemente, irmão.

Unknown disse...

O apostol Pablo . Nois mostra que nao e so pregar e tbem actuar . Ele pon seu dinheiro e pagar uma deuda de quem se convertia a Cristo . Ese ejemplo e o maxima expresao de paixao como a de Cristo Jesus .

Unknown disse...

foi de um grande aprendizado amém

Unknown disse...

Aprendi muito nessa lição que belo ensino Paulo nos dar de amor ao proximo

Anônimo disse...

Que Deus o continue o abençoando PR. Que Benção 🙌