"Ouvindo
eles isto, compungiram-se em seu coração e perguntaram a Pedro e aos demais
apóstolos: Que faremos, varões irmãos? E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e
cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e
recebereis o dom do Espírito Santo. Porque a promessa vos diz respeito a vós, a
vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso
Senhor, chamar." (At. 2:37-39)
Depois de fazer uma
belíssima exposição da Palavra, levando o povo hebreu à compreender o que
estava acontecendo naqueles dias de visitação da graça e do poder de Deus, e
fazendo que eles entendessem quem era Jesus, a quem eles mataram, mas Deus o
tinha ressuscitado ao terceiro dia, elevando-o a posição de Senhor absoluto e
príncipe da salvação, diante de quem todos os viventes se prostrariam,
reconhecendo a sua gloria e majestade, pois Ele, Jesus, é o Senhor e Cristo, o
ungido de Deus, após essa narrativa, uma poderosa convicção invadiu o coração
de milhares de pessoas, que esmagadas e constrangidas pelo peso da unção que
estava sobre aquele lugar, perguntaram: QUE
FAREMOS, VARÕES IRMÃOS?
Essa não é uma pergunta
fácil de fazer, pois quem faz uma pergunta desta tem que estar pronto para a
resposta que virá.
Esse tipo de pergunta exige
de quem a faz um alto grau de humildade e prontidão, caso contrário a pergunta
não terá nenhum sentido.
Essa é a típica pergunta que
nos tira do foco, que demonstra a nossa incapacidade e impotência.
Essa pergunta demonstra a
nossa necessidade de ajuda. Ela é um grito de desespero, pedindo socorro para
não ser destruído.
Essa pergunta é elementar
para quem quer e deseja saber que tipo de comportamento devemos ter diante de
Deus e o que de fato precisamos fazer, para que sua poderosa graça opere em
nossas vidas.
É certo que nós não sabemos
o que fazer, quando se trata de ações que chame à atenção do Senhor e agrade a
Ele. Nós nem mesmo sabemos orar como convém.
Então, é importantíssimo que
façamos esta pergunta, caso queiramos mesmo saber que resposta o Senhor dará.
A resposta à esta pergunta
se tornou a chave que abriu a mente e o entendimento do povo que se achava
diante do cenáculo, naquele memorável dia de Pentecostes.
O que veio a acontecer
depois da resposta à esta pergunta e da prontidão em colocá-la em prática, é
algo de indescritível grandeza.
O povo judeu estava
acostumado a fazer coisas ou ter ações externadas para demonstrar a sua atitude
de comprometimento com a fé e as crenças recebidas por seus ancestrais, os
patriarcas.
Assim eles se vestiam de
pano de saco e se cobriam de cinzas para evidenciar sua humilhação; se banhavam
com águas para indicar a disposição de purificar-se; construíam altares e
sacrificavam animais sobre eles para demonstrar sua reverência, obediência e
adoração a Jeová; traziam ouro, prata e outros tipos de ofertas para tornar
conhecida a sua gratidão.
Mas, agora o Senhor requer
algo diferente. Ele não quer coisas que estão fora de nós e sim, algo que está
dentro de nós.
Os hebreus esperavam que a
resposta à sua pergunta apontasse para uma dessas práticas. Mas, o que eles
precisavam fazer não era nenhuma ação fora de si mesmo.
Eles precisavam experimentar
algo dentro de si; algo que tratasse suas vidas por dentro.
Era hora de Deus colocá-los
as avessas para expor e tratar o íntimo dos seus corações; para que eles
tomassem consciência da maldade que havia em suas almas.
Por isso a resposta à
pergunta foi: ARREPENDEI-VOS.
I.
É
muito fácil viver uma fé que se experimenta fazendo coisas extras.
Essa tem sido a prática
religiosa dos nossos dias, onde as pessoas vivem e praticam a sua religiosidade
sem necessariamente se envolver por inteiro com o Senhor.
Para muitos a religião não
precisa passar por transformação do coração, basta fazer alguns gestos ou
doações para achar que estão servindo a Deus.
Mas a resposta do apostolo
Pedro não foi: tragam ofertas; adquiram este ou aquele carnê; façam uma viagem
de peregrinação à terra santa; façam uma corrente de oração forte; participem
de um congresso de libertação, ou outras coizitas mais.
A resposta foi: Arrependei-vos.
II.
O
caminho para ter o perdão de Deus começa com “Arrependimento.”
E arrependimento é uma
palavra que significa mudança.
No Novo Testamento ela significa
mudança de mente, mudança de conceitos, mudança de princípios e valores.
Nós pensamos diferentemente
de Jesus Cristo. Nós pensamos diferentemente sobre nosso pecado, não o achamos
tão maligno assim, não vemos o pecado como Jesus Cristo vê.
Arrependimento significa que
nós nos voltamos para Jesus e, em essência, nós dizemos: “Entre em minha vida e
me mude. Eu quero viver para Ti e não mais para o meu pecado.”
III.
Vivenciar
a manifestação do Espírito Santo.
Precisamos vivenciar uma
manifestação do Espírito Santo, ao ponto dos pecadores nos perguntarem: O que
faremos?
A pergunta não pode ser:
como posso conseguir isso ou aquilo; como posso aumentar minhas posses?
Que tipo de pergunta as
pessoas nos tem feito? E que tipo de resposta estamos dando a elas? Será que
estamos procurando uma resposta mais palatável, que tenha uma melhor aceitação
por parte do nosso público alvo?
Nossa resposta não pode ser
aquela que conforta o pecador, pois o pecador não precisa ser confortado, senão
ele continua no seu pecado, sem perceber a necessidade de mudança. O pecador
tem que sentir desconforto, ele precisa ficar inquieto e perturbado, só assim
ele irá abrir o coração para ser curado e perdoado por Deus. Esse perdão só é
obtido mediante a graça de Deus e com verdadeiro arrependimento em nossos
corações sobre os nossos pecados.
IV.
O
arrependimento é a porta de entrada para Salvação e o reino de Deus.
O arrependimento é um
poderoso instrumento de transformação, sem ele não há regeneração nem encontro
com Deus.
O arrependimento nos leva a
considerar nosso real estado de pecador; abre-nos os olhos para o favor divino,
que é a graça; e nos habilita a
receber a promessa, que é o dom do Espírito
Santo.
V.
O
sermão de Pedro
O que chama atenção no
sermão de Pedro é como ele nitidamente se diferencia dos muitos chamados
sermões na igreja de hoje.
Particularmente em nossas
igrejas, há uma perigosa ênfase sobre o que “Deus pode fazer por você.” Essa é
uma forma de pregação centrada no homem. Há uma ênfase alarmante sobre os benefícios
que o reino de Deus pode proporcionar às pessoas, de tal maneira que obscurece
o Evangelho em si.
Sei que o reino de Deus é
lugar de benção e de conquistas, mas, antes de pensar em bênçãos e conquistas
tenho que dizer ao pecador que ele precisa ser benção e ser conquistado por
Cristo.
A pregação do evangelho não
pode ser mensagens de autoajuda do tipo: “Como aumentar sua alegria” ou “Como
melhorar seu pensamento, tornando-se um otimista; ou Como ser bem sucedido em
seus negócios”.
O evangelho não pode ser
autoajuda, a sua pregação pode gerar desconforto e inquietação. O nosso
desconforto pode ser o ambiente apropriado para o agir de Deus.
O texto diz que eles ficaram
compungidos
em seus corações, isto é espremidos, conturbados ao ponto de querer
saber o que fazer.
Foi neste momento que O
Senhor inspirou Pedro a exortá-los ao arrependimento, indicando-lhes a porta de
entrada para a salvação e o reino de Deus.
Quero terminar dizendo que
todos quanto estão aqui.
Hoje vocês podem gozar desta
mesma promessa do Espírito Santo e receber o dom gracioso da vida eterna e
abundante.
O caminho é o mesmo:
arrependimento sincero e genuíno.
A porta do reino está aberta
esperando por você, que tal derramar o seu coração diante do Senhor e
experimentar o alivio e refrigério da sua alma?
Amém!!!
Um comentário:
Amém Pastorzão !!!!!!
José
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