quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

ARREPENDIMENTO A PORTA DE ENTRADA PARA SALVAÇÃO E O REINO DE DEUS

"Ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, varões irmãos? E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar." (At. 2:37-39)         

Depois de fazer uma belíssima exposição da Palavra, levando o povo hebreu à compreender o que estava acontecendo naqueles dias de visitação da graça e do poder de Deus, e fazendo que eles entendessem quem era Jesus, a quem eles mataram, mas Deus o tinha ressuscitado ao terceiro dia, elevando-o a posição de Senhor absoluto e príncipe da salvação, diante de quem todos os viventes se prostrariam, reconhecendo a sua gloria e majestade, pois Ele, Jesus, é o Senhor e Cristo, o ungido de Deus, após essa narrativa, uma poderosa convicção invadiu o coração de milhares de pessoas, que esmagadas e constrangidas pelo peso da unção que estava sobre aquele lugar, perguntaram: QUE FAREMOS, VARÕES IRMÃOS?

Essa não é uma pergunta fácil de fazer, pois quem faz uma pergunta desta tem que estar pronto para a resposta que virá.
Esse tipo de pergunta exige de quem a faz um alto grau de humildade e prontidão, caso contrário a pergunta não terá nenhum sentido.
Essa é a típica pergunta que nos tira do foco, que demonstra a nossa incapacidade e impotência.
Essa pergunta demonstra a nossa necessidade de ajuda. Ela é um grito de desespero, pedindo socorro para não ser destruído.

Essa pergunta é elementar para quem quer e deseja saber que tipo de comportamento devemos ter diante de Deus e o que de fato precisamos fazer, para que sua poderosa graça opere em nossas vidas.
É certo que nós não sabemos o que fazer, quando se trata de ações que chame à atenção do Senhor e agrade a Ele. Nós nem mesmo sabemos orar como convém.
Então, é importantíssimo que façamos esta pergunta, caso queiramos mesmo saber que resposta o Senhor dará.

A resposta à esta pergunta se tornou a chave que abriu a mente e o entendimento do povo que se achava diante do cenáculo, naquele memorável dia de Pentecostes.
O que veio a acontecer depois da resposta à esta pergunta e da prontidão em colocá-la em prática, é algo de indescritível grandeza.

O povo judeu estava acostumado a fazer coisas ou ter ações externadas para demonstrar a sua atitude de comprometimento com a fé e as crenças recebidas por seus ancestrais, os patriarcas.
Assim eles se vestiam de pano de saco e se cobriam de cinzas para evidenciar sua humilhação; se banhavam com águas para indicar a disposição de purificar-se; construíam altares e sacrificavam animais sobre eles para demonstrar sua reverência, obediência e adoração a Jeová; traziam ouro, prata e outros tipos de ofertas para tornar conhecida a sua gratidão.
Mas, agora o Senhor requer algo diferente. Ele não quer coisas que estão fora de nós e sim, algo que está dentro de nós.

Os hebreus esperavam que a resposta à sua pergunta apontasse para uma dessas práticas. Mas, o que eles precisavam fazer não era nenhuma ação fora de si mesmo.
Eles precisavam experimentar algo dentro de si; algo que tratasse suas vidas por dentro.
Era hora de Deus colocá-los as avessas para expor e tratar o íntimo dos seus corações; para que eles tomassem consciência da maldade que havia em suas almas.
Por isso a resposta à pergunta foi: ARREPENDEI-VOS.

             I.        É muito fácil viver uma fé que se experimenta fazendo coisas extras.

Essa tem sido a prática religiosa dos nossos dias, onde as pessoas vivem e praticam a sua religiosidade sem necessariamente se envolver por inteiro com o Senhor.
Para muitos a religião não precisa passar por transformação do coração, basta fazer alguns gestos ou doações para achar que estão servindo a Deus.
Mas a resposta do apostolo Pedro não foi: tragam ofertas; adquiram este ou aquele carnê; façam uma viagem de peregrinação à terra santa; façam uma corrente de oração forte; participem de um congresso de libertação, ou outras coizitas mais.
A resposta foi: Arrependei-vos.

            II.        O caminho para ter o perdão de Deus começa com “Arrependimento.”

E arrependimento é uma palavra que significa mudança.
No Novo Testamento ela significa mudança de mente, mudança de conceitos, mudança de princípios e valores.
Nós pensamos diferentemente de Jesus Cristo. Nós pensamos diferentemente sobre nosso pecado, não o achamos tão maligno assim, não vemos o pecado como Jesus Cristo vê.
Arrependimento significa que nós nos voltamos para Jesus e, em essência, nós dizemos: “Entre em minha vida e me mude. Eu quero viver para Ti e não mais para o meu pecado.”

           III.        Vivenciar a manifestação do Espírito Santo.

Precisamos vivenciar uma manifestação do Espírito Santo, ao ponto dos pecadores nos perguntarem: O que faremos?
A pergunta não pode ser: como posso conseguir isso ou aquilo; como posso aumentar minhas posses?
Que tipo de pergunta as pessoas nos tem feito? E que tipo de resposta estamos dando a elas? Será que estamos procurando uma resposta mais palatável, que tenha uma melhor aceitação por parte do nosso público alvo?
Nossa resposta não pode ser aquela que conforta o pecador, pois o pecador não precisa ser confortado, senão ele continua no seu pecado, sem perceber a necessidade de mudança. O pecador tem que sentir desconforto, ele precisa ficar inquieto e perturbado, só assim ele irá abrir o coração para ser curado e perdoado por Deus. Esse perdão só é obtido mediante a graça de Deus e com verdadeiro arrependimento em nossos corações sobre os nossos pecados.

          IV.        O arrependimento é a porta de entrada para Salvação e o reino de Deus.

O arrependimento é um poderoso instrumento de transformação, sem ele não há regeneração nem encontro com Deus.
O arrependimento nos leva a considerar nosso real estado de pecador; abre-nos os olhos para o favor divino, que é a graça; e nos habilita a receber a promessa, que é o dom do Espírito Santo.

            V.        O sermão de Pedro

O que chama atenção no sermão de Pedro é como ele nitidamente se diferencia dos muitos chamados sermões na igreja de hoje.
Particularmente em nossas igrejas, há uma perigosa ênfase sobre o que “Deus pode fazer por você.” Essa é uma forma de pregação centrada no homem. Há uma ênfase alarmante sobre os benefícios que o reino de Deus pode proporcionar às pessoas, de tal maneira que obscurece o Evangelho em si.
Sei que o reino de Deus é lugar de benção e de conquistas, mas, antes de pensar em bênçãos e conquistas tenho que dizer ao pecador que ele precisa ser benção e ser conquistado por Cristo.
A pregação do evangelho não pode ser mensagens de autoajuda do tipo: “Como aumentar sua alegria” ou “Como melhorar seu pensamento, tornando-se um otimista; ou Como ser bem sucedido em seus negócios”.
O evangelho não pode ser autoajuda, a sua pregação pode gerar desconforto e inquietação. O nosso desconforto pode ser o ambiente apropriado para o agir de Deus.
O texto diz que eles ficaram compungidos em seus corações, isto é espremidos, conturbados ao ponto de querer saber o que fazer.
Foi neste momento que O Senhor inspirou Pedro a exortá-los ao arrependimento, indicando-lhes a porta de entrada para a salvação e o reino de Deus.

Quero terminar dizendo que todos quanto estão aqui.
Hoje vocês podem gozar desta mesma promessa do Espírito Santo e receber o dom gracioso da vida eterna e abundante.
O caminho é o mesmo: arrependimento sincero e genuíno.
A porta do reino está aberta esperando por você, que tal derramar o seu coração diante do Senhor e experimentar o alivio e refrigério da sua alma?


Amém!!!

Um comentário:

Unknown disse...

Amém Pastorzão !!!!!!






José