sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

VERDADEIRO ARREPENDIMENTO

“Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano.  O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano;  jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador!” (Lc. 18:10-13)

Jesus na parábola do fariseu e o publicano aponta para dois tipos de pessoas homens.
Uma que pensava ser justa devido aos seus próprios esforços, inconsciente de sua natureza pecaminosa, de sua indignidade e da permanente necessidade da graça e misericórdia de Deus. A essa Jesus se refere como “a alguns que confiavam em si mesmos” e que fazia parte daqueles que “desprezavam os outros.” Era um fariseu, que devido aos seus atos de compaixão e bondade exterior pensava não precisar da graça do Senhor. Encontrava-se no templo, numa posição de destaque e “orava de si para si”. Um homem que aos olhos dos outros se torna intolerável, pois o que rege a sua vida é o seu “eu”.
"O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho.” (Lc. 18:11-12)
A esses, cheios de orgulho, O Filho de Deus não tem nenhum desejo de se relacionar.

O outro, um coletor de impostos, chega ao templo e permanece além do local sagrado.
Diferente do fariseu estava profundamente consciente do seu pecado e culpa, e verdadeiramente arrependido volta-se para Deus suplicando perdão e misericórdia.
Demonstrando ser um verdadeiro filho de Deus suplica ao Eterno: “Ó Deus, sê propício a mim, pecador!” É como se dissesse: seja favorável a mim Senhor, seja a minha expiação um sacrifício purificatório! 
A expiação é tão somente o sacrifício que Jesus Cristo originou na cruz e o único aceito por um Deus Santo!

O fariseu falou consigo mesmo e a respeito de si mesmo, porém o publicano orou a Deus e foi ouvido.
O fariseu enxergava o pecado dos outros, mas não os próprios pecados, enquanto o publicano concentrava-se em suas necessidades e admitia-as abertamente. O fariseu gabava-se, mas o publicano orava.
O fariseu saiu um homem pior do que quando chegou; todavia, o publicano foi para casa perdoado.
Nesse texto enxergamos o que é o arrependimento.
O publicano foi tomado por uma verdadeira tristeza por causa de seu pecado cometido contra Deus e clamou a Ele por misericórdia. Ele fez isso porque desejava por uma completa mudança em sua vida.

Arrependimento para a vida é uma graça salvadora pela qual o pecador, tendo um verdadeiro sentimento do seu pecado e percepção da misericórdia de Deus em Cristo, se enche de tristeza e de horror pelos seus pecados, abandona-os e volta para Deus, inteiramente resolvido a prestar-lhe nova obediência.

O arrependimento em relação a salvação significa que a pessoa joga fora a tentativa de se aproximar de Deus na base dos méritos pessoais, e para de lidar com o pecado por si mesmo.
Ele põe a sua fé única em Jesus Cristo, e busca o perdão de seus pecados n'Ele.
Essa foi a atitude do publicano, e é o que Deus exige.
O profeta Isaías diz: “Que o ímpio abandone seu caminho, e o homem mau, os seus pensamentos. Volte-se ele para o Senhor, que terá misericórdia dele; volte-se para o nosso Deus, pois ele perdoará de bom grado.” (Is. 55:7)

O Apóstolo Paulo nos ensina sobre o arrependimento ao dizer: “A tristeza segundo Deus produz um arrependimento que leva à salvação e não ao remorso, mas a tristeza segundo o mundo produz a morte.” (II Co. 7:10)
Segundo Paulo, o arrependimento tem uma composição emocional: a tristeza, ou seja, a tristeza em relação ao pecado, não uma tristeza por não ter alcançado um certo padrão, ou por não ter guardado um mandamento, ou por não ter sido melhor, ou por ter falhado e decepcionado pessoas, mas antes e acima de tudo, uma tristeza diante de Deus, por ter desagradado e desonrado a Ele somente.

O arrependimento tem dois conceitos simples: primeiro, revela uma postura em relação ao pecado; segundo, revela uma postura diante de Deus em relação ao pecado.
O arrependimento genuíno sempre vê o pecado com a ótica de Deus e suplica a Ele por perdão e libertação do fardo, do medo e do julgamento que o pecado produz.

O arrependimento não é simplesmente uma reforma ou “melhorada” no comportamento, mas antes e acima de tudo envolve uma profunda mudança no coração, que inevitavelmente resulta numa mudança na forma de falar, pensar, agir e reagir.

O arrependimento envolve o reconhecimento do pecado diante de Deus; envolve o reconhecimento da culpa do pecado; envolve uma profunda tristeza diante de Deus em relação ao pecado, porque ele fere o coração do Santo Deus; envolve como resultado final, uma decisão de se afastar do pecado com o fim de buscar o perdão e purificação dele diante de Deus.

O arrependimento sempre produzirá em você uma visão correta de como Deus vê o pecado.
Isso lhe trará tristeza e uma disposição em mudar de vida para agradá-Lo.
Isso não significa que você não pecará mais, antes que você decidiu não desculpar seus pecados, mas vê-lo como Deus o vê.

A Parábola do Fariseu e o Publicano nos convida a fazer um importante autoexame. Devemos olhar para nossas vidas e avaliar nossa conduta diante da Palavra de Deus, afinal, fariseus e publicanos continuam espalhados por todos os lugares. Que possamos apontar nossos olhos somente para Cristo, reconhecendo que apenas por seus méritos somos justificados diante de Deus, e é n'Ele que encontramos descanso para nossa alma.

Algumas perguntas devem ser feitas: No dia de hoje, você se parece com o homem que foi para casa justificado ou com aquele que não alcançou perdão? Quando você olha para sua própria vida através do espelho das Escrituras quem você vê: o fariseu ou o publicano? Há verdadeiro arrependimento hoje em sua vida?

A depravação é uma verdade bíblica que afirma que todos os homens pecaram, e que por causa disso foram destituídos da glória de Deus. Sem ter consciência de que é pecador e réu de juízo eterno, o homem não pode admitir que precisa de um Salvador. Deste modo, por causa da depravação, o homem depende integralmente da obra de Deus para ser salvo. É necessário que o Espírito Santo o vivifique para que este creia em Jesus Cristo e O confesse como único e suficiente Salvador e Senhor.
Quando estamos conscientes de nosso estado de perdição, valorizamos muito mais nossa vida com Cristo.
Agradeça a Ele todos os dias por tão gloriosa salvação! Quem se reconhece pecador pode experimentar, pela fé em Cristo, a misericórdia divina e o seu maravilhoso perdão!

Amém!!!


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