“Dois homens subiram
ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, posto em pé, orava de si para si
mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens,
roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de
tudo quanto ganho. O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda
levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a
mim, pecador!”
(Lc. 18:10-13)
Jesus
na parábola do fariseu e o publicano aponta para dois tipos de pessoas homens.
Uma
que pensava ser justa devido aos seus próprios esforços, inconsciente de sua
natureza pecaminosa, de sua indignidade e da permanente necessidade da graça e
misericórdia de Deus. A essa Jesus se refere como “a alguns que confiavam em si
mesmos” e que fazia parte daqueles que “desprezavam os outros.” Era um fariseu,
que devido aos seus atos de compaixão e bondade exterior pensava não precisar
da graça do Senhor. Encontrava-se no templo, numa posição de destaque e “orava
de si para si”. Um homem que aos olhos dos outros se torna intolerável, pois o
que rege a sua vida é o seu “eu”.
"O fariseu,
posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou
porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem
ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo
quanto ganho.”
(Lc. 18:11-12)
A
esses, cheios de orgulho, O Filho de Deus não tem nenhum desejo de se
relacionar.
O
outro, um coletor de impostos, chega ao templo e permanece além do local
sagrado.
Diferente
do fariseu estava profundamente consciente do seu pecado e culpa, e
verdadeiramente arrependido volta-se para Deus suplicando perdão e
misericórdia.
Demonstrando
ser um verdadeiro filho de Deus suplica ao Eterno: “Ó Deus, sê propício a mim, pecador!” É como se dissesse: seja
favorável a mim Senhor, seja a minha expiação um sacrifício purificatório!
A
expiação é tão somente o sacrifício que Jesus Cristo originou na cruz e o único
aceito por um Deus Santo!
O
fariseu falou consigo mesmo e a respeito de si mesmo, porém o publicano orou a
Deus e foi ouvido.
O
fariseu enxergava o pecado dos outros, mas não os próprios pecados, enquanto o
publicano concentrava-se em suas necessidades e admitia-as abertamente. O
fariseu gabava-se, mas o publicano orava.
O
fariseu saiu um homem pior do que quando chegou; todavia, o publicano foi para
casa perdoado.
Nesse
texto enxergamos o que é o arrependimento.
O
publicano foi tomado por uma verdadeira tristeza por causa de seu pecado
cometido contra Deus e clamou a Ele por misericórdia. Ele fez isso porque
desejava por uma completa mudança em sua vida.
Arrependimento
para a vida é uma graça salvadora pela qual o pecador, tendo um verdadeiro
sentimento do seu pecado e percepção da misericórdia de Deus em Cristo, se
enche de tristeza e de horror pelos seus pecados, abandona-os e volta para
Deus, inteiramente resolvido a prestar-lhe nova obediência.
O
arrependimento em relação a salvação significa que a pessoa joga fora a
tentativa de se aproximar de Deus na base dos méritos pessoais, e para de lidar
com o pecado por si mesmo.
Ele
põe a sua fé única em Jesus Cristo, e busca o perdão de seus pecados n'Ele.
Essa
foi a atitude do publicano, e é o que Deus exige.
O
profeta Isaías diz: “Que o ímpio abandone
seu caminho, e o homem mau, os seus pensamentos. Volte-se ele para o Senhor,
que terá misericórdia dele; volte-se para o nosso Deus, pois ele perdoará de
bom grado.” (Is. 55:7)
O
Apóstolo Paulo nos ensina sobre o arrependimento ao dizer: “A tristeza segundo Deus produz um arrependimento que leva à salvação e
não ao remorso, mas a tristeza segundo o mundo produz a morte.” (II Co.
7:10)
Segundo
Paulo, o arrependimento tem uma composição emocional: a tristeza, ou seja, a
tristeza em relação ao pecado, não uma tristeza por não ter alcançado um certo
padrão, ou por não ter guardado um mandamento, ou por não ter sido melhor, ou
por ter falhado e decepcionado pessoas, mas antes e acima de tudo, uma tristeza
diante de Deus, por ter desagradado e desonrado a Ele somente.
O
arrependimento tem dois conceitos simples: primeiro, revela uma postura em
relação ao pecado; segundo, revela uma postura diante de Deus em relação ao
pecado.
O
arrependimento genuíno sempre vê o pecado com a ótica de Deus e suplica a Ele
por perdão e libertação do fardo, do medo e do julgamento que o pecado produz.
O
arrependimento não é simplesmente uma reforma ou “melhorada” no comportamento,
mas antes e acima de tudo envolve uma profunda mudança no coração, que
inevitavelmente resulta numa mudança na forma de falar, pensar, agir e reagir.
O
arrependimento envolve o reconhecimento do pecado diante de Deus; envolve o
reconhecimento da culpa do pecado; envolve uma profunda tristeza diante de Deus
em relação ao pecado, porque ele fere o coração do Santo Deus; envolve como
resultado final, uma decisão de se afastar do pecado com o fim de buscar o
perdão e purificação dele diante de Deus.
O
arrependimento sempre produzirá em você uma visão correta de como Deus vê o
pecado.
Isso
lhe trará tristeza e uma disposição em mudar de vida para agradá-Lo.
Isso
não significa que você não pecará mais, antes que você decidiu não desculpar
seus pecados, mas vê-lo como Deus o vê.
A
Parábola do Fariseu e o Publicano nos convida a fazer um importante autoexame.
Devemos olhar para nossas vidas e avaliar nossa conduta diante da Palavra de
Deus, afinal, fariseus e publicanos continuam espalhados por todos os lugares.
Que possamos apontar nossos olhos somente para Cristo, reconhecendo que apenas
por seus méritos somos justificados diante de Deus, e é n'Ele que encontramos
descanso para nossa alma.
Algumas
perguntas devem ser feitas: No dia de hoje, você se parece com o homem que foi
para casa justificado ou com aquele que não alcançou perdão? Quando você olha
para sua própria vida através do espelho das Escrituras quem você vê: o fariseu
ou o publicano? Há verdadeiro arrependimento hoje em sua vida?
A
depravação é uma verdade bíblica que afirma que todos os homens pecaram, e que
por causa disso foram destituídos da glória de Deus. Sem ter consciência de que
é pecador e réu de juízo eterno, o homem não pode admitir que precisa de um Salvador.
Deste modo, por causa da depravação, o homem depende integralmente da obra de
Deus para ser salvo. É necessário que o Espírito Santo o vivifique para que
este creia em Jesus Cristo e O confesse como único e suficiente Salvador e
Senhor.
Quando
estamos conscientes de nosso estado de perdição, valorizamos muito mais nossa
vida com Cristo.
Agradeça
a Ele todos os dias por tão gloriosa salvação! Quem se reconhece pecador pode
experimentar, pela fé em Cristo, a misericórdia divina e o seu maravilhoso
perdão!
Amém!!!
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