"Caminhando
junto ao mar da Galileia, viu os irmãos Simão e André, que lançavam a rede ao
mar, porque eram pescadores. Disse-lhes Jesus: Vinde após mim, e eu vos farei
pescadores de homens. Então, eles deixaram imediatamente as redes e o seguiram.
Pouco mais adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam
no barco consertando as redes. E logo os chamou. Deixando eles no barco a seu
pai Zebedeu com os empregados, seguiram após Jesus." (Mc. 1:16-20)
Jesus
havia começado seu ministério na Galileia, região humilde de Israel. Não bastasse
iniciar sua obra maravilhosa naquela região, Jesus ainda resolveu chamar
pescadores para serem seus discípulos.
Os
pescadores da Galileia, assim como em toda a história, são pessoas das mais
simples e humildes possíveis, sem nenhuma ou pouca instrução e que dependem do
oceano para garantirem seu sustento. Foram pessoas assim que Jesus escolheu.
É
muito interessante notar isso, pois Jesus poderia ter chamado fariseus,
conhecedores das escrituras, mas chamou pessoas normais para edificar Sua
Igreja. Pessoas como Pedro, que chegou a cortar a orelha de uma pessoa, quando
foram prender Jesus. O critério para Jesus escolher seus discípulos não é
baseado no conhecimento da pessoa, mas no seu amor a Ele.
Existe
nesta passagem algo de grande profundidade espiritual.
Nosso
Senhor Jesus faz um convite com um propósito especial para um grupo de homens.
Ele
tornaria estes homens, pescadores humildes em verdadeiros instrumentos nas mãos
do Pai Celestial. De fato, eles se tornariam “pescadores de almas”.
Jesus
está à procura de pessoas, mas muitas dessas pessoas estão ocupadas.
Jesus
está chamando os esotéricos, os bruxos, os idólatras, os prostitutos, os
religiosos para O seguirem e se tornarem seus discípulos. Basta que cada um
ouça a Sua voz e atenda o Seu chamado.
O
chamado para o Reino de Deus muda nosso estilo de vida e nos torna cidadãos do
Reino de Deus e discípulos de Jesus Cristo.
Não
se assuste se você faz parte de um desses grupos. Entretanto, Cristo tem um
“Convite e uma Missão” para você.
Jesus
chamou estes homens para um glorioso trabalho; serem pescadores de homens.
Ele
não os chamou para um trabalho burocrático ou apenas para uma posição de
liderança, mas, sobretudo para um trabalho de ganhar almas, de buscar os
perdidos, de arrancar pessoas da morte para a vida.
Vejamos
que exigências o nosso Senhor faz, meditando neste contexto, no qual encontramos pescadores comuns, que aceitaram
este convite e esta missão.
I.
O convite de Jesus
implica num relacionamento pessoal com Ele.
“Disse-lhes
Jesus: Vinde após mim...” (Mc. 1:17a)
A
expressão “vinde após mim” é o
principal termo para descrever o chamado para o discipulado no Evangelho de
Marcos.
Jesus
não os chamou para prioritariamente fazerem um trabalho, mas para um
relacionamento pessoal.
Seguir
a Cristo, estar com Cristo é uma exigência real, não podemos segui-Lo sem antes
conhecê-Lo.
A
vida com Cristo precede o trabalho para Cristo.
Primeiro
damos ao Senhor Jesus o nosso coração, depois consagramos a Ele tudo o que
temos. Inverter esta ordem é o mesmo que trocar o errado pelo certo.
A
palavra “Intimidade” no seio do cristianismo precisa ser resgatada urgentemente.
Ë
necessário vivermos esta verdade através da oração, meditação, jejum e
adoração.
II.
O convite de Jesus
implica no rompimento com o passado.
“Então, eles deixaram imediatamente as redes
e o seguiram.” (Mc. 1:18)
Fazer
parte do projeto de Deus exige renúncias, eles deixaram para trás o trabalho, a
profissão, a empresa e os sonhos financeiros. Eles abriram mão de tudo para
investir o tempo, o coração e a vida no Reino.
Não
há discipulado sem renúncia.
Primeiro,
é preciso desapegar para abraçar os projetos de Deus.
É
preciso cortar as pontes que nos prendem ao passado.
De
fato, o mundo; o diabo e a carne tem nos aprisionado em sistemas que somente
serão quebrados pela Verdade de Jesus. “Conhecereis
a verdade e a verdade vos libertará...”.
O
passado em nossa vida que se encontra atrelado ao pecado precisa deste
rompimento urgente, para que possamos avançar seguindo a voz de Jesus.
Este
rompimento pode ser visto de três maneiras:
- Negar-se
a si mesmo
Enquanto
formos preocupados conosco mesmos, com nossas dores e sofrimentos, com nossa
vontade, nossos desejos, nossas limitações, nossas fragilidades, etc., não
vamos conseguir seguir a Jesus. O primeiro nível de renúncia envolve a nós mesmos.
- Tomar
a cruz
É
um nível um pouco mais profundo porque envolve morte. Morte para o mundo, para
os desejos da carne, para o que as pessoas pensam. É renunciar nossa própria
reputação em favor de nosso chamado para o reino de Deus.
- Seguir
a Jesus
É
estar pronto para obedecer a vontade dEle. Ir aonde Ele for e fazer o que Ele
quer. Servi-lo com todo o coração, sem questionar. Seguir a Jesus envolve a
decisão mais séria que alguém pode tomar neste mundo, pois significa que vamos
renunciar tudo por amor a Ele.
III.
O convite de Jesus
implica na consagração do presente.
“...e eu vos farei pescadores de homens.”
(Mc. 1:17b)
Jesus
sabe que estes homens precisavam de um grande investimento espiritual, antes
que eles fossem enviados.
É
Jesus quem os faz pescadores de homens.
Nesta
caminhada de consagração Jesus andou com os discípulos, comeu com eles,
socorreu-os nas suas aflições, exortou-os nas suas dúvidas, encorajou-os em
suas fraquezas.
Jesus
não apenas os consagrou com palavras, mas, sobretudo, com exemplo.
Trabalhar
no Reino de Deus exige consagração todos os dias.
Chamar
os pecadores ao arrependimento e oferecer a eles o dom da vida eterna é a mais
sublime missão que podemos ocupar na vida.
O
desejo de Jesus ao salvar estes pescadores era claro: fazer deles pescadores de
homens.
O
objetivo de Deus ao nos salvar nunca foi nos salvar apenas, mas fazer de nós
obreiros e cooperadores em sua obras.
Devemos
entender que fomos chamados para trabalhar nesta obra maravilhosa que é a
Igreja do Senhor.
Devemos
nos dispor, de coração inteiro, para que o Espírito Santo realize todas as
coisas através de nós, os pescadores de homens.
Dedicação
total neste projeto deve ser a maior aspiração da nossa vida.
Precisamos
então investir mais do nosso tempo, da nossa agenda, do nosso propósito, do nosso
estilo de vida no Reino de Deus.
Você
tem respondido ao convite de Jesus para ir após ele e cumprir sua missão?
É
hora de deixarmos as justificativas de lado, e como André agiu, levando pessoas
a Cristo, em meio a uma dificuldade, apresentar soluções.
Este
estilo de vida consagrada precisa ser o nosso cotidiano.
Amém!!!
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