segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

A FÉ OPERANTE

“Dias depois, entrou Jesus de novo em Cafarnaum, e logo correu que ele estava em casa. Muitos afluíram para ali, tantos que nem mesmo junto à porta eles achavam lugar; e anunciava-lhes a palavra.  Alguns foram ter com ele, conduzindo um paralítico, levado por quatro homens. E, não podendo aproximar-se dele, por causa da multidão, descobriram o eirado no ponto correspondente ao em que ele estava e, fazendo uma abertura, baixaram o leito em que jazia o doente. Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Filho, os teus pecados estão perdoados.” (Mc. 2:1-5)

Quando Jesus entrou em Cafarnaum, muitos afluíram ao redor da casa onde Ele estava.
A notícia correu e as pessoas ansiosas se amontoavam para ver e conhecer Jesus, o operador de milagres em ação, que lhes anunciava a palavra.
Quando Deus age com poder, as pessoas são atraídas.
Neste ambiente aparecem algumas pessoas carregando um paralítico. Paralíticos eram muito comuns nos tempos bíblicos. Não havia apoio médico disponível para pessoas com deficiência e sua única esperança era a intervenção divina.
Imagino que eles tenham tentado entrar pela porta, que estava abarrotada de pessoas. Ao verem a possibilidade de se aproximar de Jesus, não hesitaram em usar o telhado. A fé é engenhosa.
Pode parecer uma atitude simples, mas não é.
Se queremos encontrar o Senhor Jesus não podemos medir esforços.
Não podemos usar nosso padrão de educação, etiqueta ou cultura para encontrá-Lo. Se fizermos isso corremos o perigo de ficar sempre à porta e nunca entraremos, de fato, onde Jesus se encontra.

A atitude de quatro homens mudou a vida de um paralítico. O que fizeram para viabilizar um acontecimento milagroso?
Quando você reconhece as necessidades de alguém, o que costuma fazer?
Você age pela fé?
Muitas pessoas têm necessidades físicas e espirituais que você pode ajudar a suprir, sozinho ou com a ajuda de outros que também se mostrem preocupados.

Vamos refletir sobre o poder da fé operante no exemplo dos amigos do paralítico:

                      I.        Tiveram Uma Visão de Fé

Os quatro amigos do paralítico agiram em seu favor por causa de uma visão de fé.
Eles se negaram a aceitar a realidade da paralisia no corpo do companheiro, e, em seus corações, começaram a vê-lo são e totalmente livre de qualquer deficiência.
A cura aconteceu, primeiro, no coração dos amigos, para depois ser uma realidade no corpo do paralítico.
É assim que as coisas funcionam no reino espiritual.
O que desejamos que aconteça, primeiro, tem de nascer em nossos corações, para que depois se materializem.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem. Porque, por ela, os antigos alcançaram testemunho. Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente." (Hb. 11:1-3)
Os homens creram que Jesus podia fazer algo pelo doente, e por isso, envidaram seus esforços na concretização daquele ideal.

                    II.        Transformaram a Fé Em Obras

Os amigos do paralítico realmente creram que Jesus podia fazer algo por ele.
Eles provaram tal fé quando a demonstraram por meio de atitudes concretas, sem as quais nada aconteceria. Sim, eles revelaram o quanto acreditavam num milagre, por meio do que fizeram de real.
Cada um pegou numa ponta da maca, juntos ergueram o doente, caminharam, por entre a multidão, subiram em cima da casa, tiraram a telha e o desceram.
Essa era a parte que lhes cabia, e a fizeram muito bem. Por esse motivo a Bíblia disse: “Vendo-lhes a fé...” (Mc. 2.5a)
Como Jesus pôde ver algo invisível como a fé? Por meio das obras! É como se a fé fosse o espírito, e a obra, o corpo. O espírito não se pode ver, mas o corpo sim. É disso que nos fala Tiago 2.14-26, de cujo texto queremos extrair algumas frases, que consideramos mais relevantes.
“Meus irmãos, que adianta alguém dizer que tem fé se não dá provas disso? Será que essa fé pode salvá-lo? ...Portanto a fé é assim: se não vier acompanhada de ação, é coisa morta em si mesmo. Mas alguém poderá dizer: você tem fé, e eu tenho boas ações. E eu respondo: então me mostre como é possível ter fé sem ter boas ações. Eu vou lhe mostrar a minha fé por meio das minhas ações”.

                   III.        Mantiveram a Atitude de Vencedores

É interessante perceber como aqueles homens mantiveram a atitude de vencedores, a despeito das dificuldades apresentadas.
Notemos que a oposição surgida, não foi apenas a da multidão à porta da casa, impedindo a passagem da maca.
Outras maiores tiveram de ser superadas.

A primeira, talvez, tenha sido a da incredulidade.
É possível que eles tenham pensado em desistir, diante do grande desafio. Quem sabe, não tenham chegado a pensar que não valia a pena tanto esforço para uma eventual frustração.

A segunda barreira vencida foi a da indisposição. Até que ponto eles estariam realmente dispostos a levar aquilo até o fim?
A terceira, como já citamos, a da multidão à porta da casa. Poderiam ter pensado que o Messias não teria tempo ou interesse de ajudar seu amigo, estando ocupado demais com as necessidades dos outros.
Mas eles não pensaram assim. Glória a Deus!

A última barreira vencida foi a do telhado removido para a passagem da maca.
Enfim, apesar dos muitos obstáculos, eles não se deixaram intimidar por nenhum deles.
Em todo o tempo mantiveram uma atitude de vencedores.
"Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor!" (Rm. 8:37-39)
Cremos ser esta a atitude de qualquer um que se propõe a ver cumprido um sonho de Deus plantado no coração.

Esse esforço, essa vontade, essa gana; isso é fé.
A fé não se baseia naquilo que entendemos como padrão para definir nosso caminho, mas ela está firme na rocha da confiança em Cristo Jesus em todos os aspectos da nossa esperança. É crer naquilo que Jesus pode operar por nós, ainda que Jesus perdoe nossos pecados ao invés de nos curar.
Certamente aquele homem queria ser curado, e quantos de nós não queremos? Mas na maior parte das vezes o que precisamos não é da cura do corpo, mas do perdão. O pecado gera a morte, e essa morte é a morte espiritual, mas também é a morte física, a morte do corpo.
A fé daqueles homens comoveu o Senhor. E por isso Jesus disse que os seus pecados estavam perdoados.
A fé que eles tinham em Jesus era tamanha que gerou graça aos olhos do Senhor, que perdoou seus pecados. Jesus poderia ter dito: “Filho, seja curado”, e ele certamente seria. Mas preferiu dizer: “Filho, estão perdoados seus pecados”. Ele sabia da real necessidade daquele homem, assim como Ele sabe da nossa real necessidade.
Necessitamos ser perdoados por Deus, cada de um nós, a cada dia. Não importa se somos crentes frequentadores de igreja. A verdade é que nas igrejas existem muitos paralíticos, coxos, leprosos... Precisamos da fé verdadeira para que alcancemos o perdão do Senhor. Assim seremos limpos e curados de verdade.

Aqueles quatro homens, amigos do paralítico, demonstraram a verdadeira fé que se manifesta por intermédio de obras. Enfrentaram todos os obstáculos do caminho, e voltaram para suas casas satisfeitos pela vitória obtida: a cura e a salvação de um amigo especial.
Você pode colocar a sua fé em prática, agora mesmo?
Procure lembrar-se de alguma situação que necessite de mudança em sua vida ou na de outros.
Não fique apenas na oração.
Este é o momento de você dar um passo a frente com fé.

            1. Eu fiz a minha parte pregando a palavra de Deus.
            2. Deus já cumpriu a parte d'Ele, Ele já te perdoou.
            3. É hora de você dar um passo de fé em obediência.

Quanto aos que trazem pessoas à Jesus.
Você que tem orado, pedido a Deus pelo seu filho, por seu marido, por sua esposa ou quem sabe alguém que você conheça. Você que pede a Deus pela salvação ou libertação de uma pessoa.
Mesmo que isso pareça depender de um milagre. Lembre-se de que Jesus curou aquele homem, vendo a fé daqueles que baixaram o paralítico de Cafarnaum pelo telhado.
Portanto não desista! Continue firme em sua fé, pois todo esforço será recompensado!
Descubra o que você pode fazer de concreto para mudar a circunstância, e mãos à obra!
Dependa de Jesus em tudo!


Amém!!!

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