“O
Espírito do Senhor Jeová está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar
boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a
proclamar liberdade aos cativos e a abertura de prisão aos presos; a apregoar o
ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os
tristes; a ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê ornamento por
cinza, óleo de gozo por tristeza, veste de louvor por espírito angustiado, a
fim de que se chamem árvores de justiça, plantação do SENHOR, para que ele seja
glorificado.”
(Is. 61:1-3)
A festa mais popular
do Brasil, o carnaval, consiste em festas populares oriundas de ritos e
costumes pagãos. Caracteriza-se pela alegria desenfreada, pela eliminação da repressão
e da censura, pela libertinagem, pela liberdade de atitudes críticas e
eróticas.
Como espelho de uma
sociedade decadente e dominada pelo misticismo, é uma festa onde os sambas
enredo, em sua grande maioria, glorificam os deuses pagãos, entidades e Orixás.
Todo o desejo da carne se torna lícito toda repressão e censura deve
desaparecer.
É um tempo frutífero
para Satanás e suas hostes. Os estragos desses quatro dias em muitas vidas são
irreversíveis.
O que
será que Deus pensa sobre o carnaval?
Evidentemente, na
época bíblica não tínhamos ainda o carnaval, por isso, não temos na Bíblia nada
que fala especificamente dele. No entanto, temos alguns textos que podem nos
ajudar a enxergar que Deus detesta o carnaval e outras festas parecidas com
ele, festas essas que existiam já na antiguidade.
Vamos verificar se
esses são bons motivos para Deus detestá-lo e, consequêntemente, nós também?
Motivos que fazem
Deus detestar o carnaval
I.
Deus detesta o
carnaval porque o que acontece nele não é edificante
A grande mídia que
fatura alto com o carnaval faz questão de esconder o que realmente acontece
nesses quatro dias de festa.
O governo também
tenta minimizar a questão com algumas políticas de saúde pública para diminuir
o estrago, distribuição de camisinhas, por exemplo.
Mas uma pesquisa
rápida pela internet nos ajuda a verificar que o carnaval é uma das épocas onde
existem mais estupros, mais acidentes por embriaguez ao volante, mais mortes
nas estradas, mais assédios, mais gravidez indesejada, mais doenças sexualmente
transmissíveis, mais abusos de todo tipo concentrados em poucos dias, etc.
Tudo isso nos indica
claramente que o carnaval é a festa dos excessos e a festa onde Deus e Sua
vontade são colocados de lado.
Tudo isso, além de
custar caríssimo aos cofres públicos, também custa caríssimo à vida das
pessoas.
Como Deus pode amar
algo assim? Como Deus pode aprovar tal busca por uma alegria destruidora que
nem pode ser chamada de alegria?
Deus, na época do
profeta Isaías, chamou a atenção de seu povo por algo parecido com o carnaval e
que fazia parte da vida das pessoas: “Ai
dos que se levantam pela manhã e seguem a bebedice! E se demoram até à noite,
até que o vinho os esquenta! Harpas, e alaúdes, e tamboris e pífanos, e vinho
há nos seus banquetes; e não olham para a obra do SENHOR, nem consideram as
obras das suas mãos.” (Is. 5:11-12)
II.
Deus detesta o
carnaval porque nele as pessoas são mais amigas dos prazeres do que amigas de
Deus
Existem prazeres em
nossa vida que não são pecado.
Mas no carnaval o
grande foco é para os prazeres pecaminosos.
Dentre eles podemos
citar claramente a sexualidade aflorada e fora de controle, a lascívia, as
bebedeiras insanas, e a busca da alegria nos prazeres e não em Deus. Isso faz
Deus detestar o carnaval.
A palavra do Senhor
nos alerta que esse tipo de comportamento seria muito comum nos tempos do fim: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias
sobrevirão tempos trabalhosos; porque haverá homens amantes de si mesmos,
avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães,
ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores,
incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados,
orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus.” (II Tm. 3:1-4)
Isso demonstra
claramente o espírito do carnaval atual: amizade com o mundo e distância de
Deus e de Sua vontade.
III.
Deus detesta o
carnaval porque nele não existe espaço para Ele
A Bíblia nos mostra
que Deus não é um Deus carrancudo e que não gosta de festas.
Pelo contrário, nas
leis do Antigo Testamento existiam diversas festas obrigatórias e, algumas,
inclusive, que duravam até sete dias: “Fala aos filhos de Israel e dize-lhes:
As festas fixas do SENHOR, que proclamareis, serão santas convocações; são
estas as minhas festas” (Lv. 23:2)
A grande diferença é
que as festas de Deus têm foco na edificação do relacionamento de Deus com Seu
povo. Elas não têm foco no pecado e no erro. As festas do Senhor são festas de
alegria e gratidão focadas em Deus e não em coisas. Nelas havia culto ao
Senhor, Deus era o centro delas.
Já na festa do
carnaval Deus é “expulso” pelos homens, não há espaço para Ele. E se Deus não é
bem-vindo é porque a festa não é boa e não conduz à verdadeira alegria: “Nada há melhor para o homem do que comer,
beber e fazer que a sua alma goze o bem do seu trabalho. No entanto, vi também
que isto vem da mão de Deus, pois, separado deste, quem pode comer ou quem pode
alegrar-se?” (Ec. 2:24-25)
IV.
Deus detesta o
carnaval porque é um perigo para as pessoas
Mas é só uma festinha
comum, sem maldades, da nossa cultura!
Muitos argumentam
isso para participar do carnaval. Porém, a palavra do Senhor é bastante clara
sobre o risco de participar de coisas que têm potencial de nos causar males: “Será que você pode carregar fogo no colo
sem queimar a roupa?” (Pv. 6:27 NTLH)
Em outras palavras,
como alguém pode passar por dentro do esgoto sem que se suje? Por mais cuidados
que se possa tomar, o risco é muito grande.
Nossa natureza humana
pecaminosa é pendida para o erro, por isso, participar do carnaval, mesmo que
com boas intenções, representa um erro.
A Palavra nos ensina
claramente: “Quem anda com os sábios será
sábio, mas o companheiro dos insensatos se tornará mau.” (Pv. 13:20)
Certamente não temos
verdadeiros sábios desfrutando daquilo que o carnaval oferece. Os sábios estão
onde Deus está e não onde Deus não se agrada de estar.
V.
Deus detesta o
carnaval porque aquilo que se canta não O agrada
Carnaval sem música
não existe, não é verdade? E você já reparou naquilo que se canta no carnaval?
Já reparou nas letras das músicas que fazem os foliões se alegrarem durante os
dias da festa?
Em sua maioria
músicas que exaltam a sensualidade, promiscuidade, lascívia e outras coisas que
de forma alguma edificam, que de forma alguma exaltam a Deus e a vontade d’Ele
para as nossas vidas.
Como eu posso cantar
essas músicas, me alegrar com elas, fazer delas algo positivo em minha vida?
Impossível!
Aquilo que se canta
no carnaval, em sua maioria, violenta os desejos de Deus contidos em Sua
palavra, ignorando-os completamente ou até zombando deles, o que faz o Senhor
detestar o carnaval e suas músicas.
Será que é possível,
com as músicas típicas de carnaval, cumprir o que Deus deseja de nós neste
texto?
“E não
vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito,
falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com
hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai,
em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.” (Ef. 5:18-20)
Por tudo isso, você e
eu não podemos nos conformar com uma festa que é sinônimo de pecado e alegria
passageira, onde Deus fica de fora.
O Carnaval é uma
festa imprópria para todos, mas principalmente para o cristão.
Alguns vão com o
propósito de evangelizar e não podemos proibir o evangelismo, mas devemos
alertar que é um trabalho arriscado. Todo cuidado é pouco. Alguns jovens vão
com a desculpa de uma diversão inocente. Cuidado! É muito difícil alguém entrar
no "esgoto" e sair sem se sujar.
Nossa alegria não
depende de festas. Em Cristo está o nosso prazer e a nossa alegria, que não
termina na Quarta-Feira de Cinzas, mas continua para sempre!
Para o cristão, que
naturalmente se afasta disso tudo, ficam duas grandes lições dessa festa:
- Todo excesso e
pecado são feitos conscientemente porque, segundo muitos acreditam, o
ritual na quarta-feira de cinzas concederá o perdão e absolvição.
Exagera-se, confiando que esse momento de penitência será suficiente para
apagar tudo o que foi feito, mesmo que de caso pensado.
Temos, muitas vezes,
como cristãos nos utilizado de uma quarta-feira de cinzas à nossa moda.
“Se
confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados
e nos purificar de toda a injustiça.” (I Jo. 1:9)
Exageramos nas vezes
que pecamos e continuamos na prática dos mesmos pecados confiando que tantas
vezes quantas recitarmos esse versículo estaremos seguros, esquecendo-nos de
que o verso anterior nos alerta para o fato de que o cristão verdadeiro deve,
andar na luz; o pecado em sua vida deve ser um acidente de percurso e não uma
prática diária e consciente. Se agirmos assim pouca diferença haverá entre a
nossa prática e o ritual da quarta-feira de cinzas que tanto condenamos.
Essa palavra é uma
benção e deve tornar-se uma realidade na vida de todo cristão, mas como toda a
palavra de Deus, só tem valor se for corretamente utilizada.
- O carnaval é uma figura da vida do homem sem Deus: um ano inteiro de preparativos, muita cor, luz, entusiasmo, para terminar na quarta-feira de cinzas, retornando à triste realidade da falta de paz, de dinheiro, de amor, da miséria material e espiritual que domina grande parte do nosso povo.
Assim acontece nas
várias áreas de sua vida: casamento, sociedades, relacionamentos, amizades.
Tudo começa com o
fogo do entusiasmo, da alegria, mas por causa das paixões incontroláveis que há
no íntimo de cada um, a tendência é que as situações se deteriorem.
O caminho do cristão
é inverso: ao encontrar-se com Cristo o homem que realmente se converte ao
Senhor passa pela mesma experiência que o apóstolo Paulo passou por ocasião de
sua conversão no caminho de Damasco: cai por terra.
“Seguindo
ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu
brilhou ao seu redor, e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo,
Saulo, por que me persegues?” (At. 9:3-4)
Passa pela
experiência do arrependimento, experimenta o pó e as cinzas para então começar
a viver uma vida de alegria que não se resume a 4 dias.
Parte das cinzas e
vai em direção ao fogo da presença do Senhor.
Saia fora disso povo
meu e lembre-se:
“O
Espírito do Senhor Jeová está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar
boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a
proclamar liberdade aos cativos e a abertura de prisão aos presos; a apregoar o
ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os
tristes; a ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê ornamento por
cinza, óleo de gozo por tristeza, veste de louvor por espírito angustiado, a
fim de que se chamem árvores de justiça, plantação do SENHOR, para que ele seja
glorificado.”
(Is. 61:1-3)
Amém!!!
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