“Procura vir ter
comigo depressa. Porque Demas me desamparou, amando o presente século, e foi
para Tessalônica; Crescente, para a Galácia, Tito, para a Dalmácia. Só Lucas
está comigo. Toma Marcos e traze-o contigo, porque me é muito útil para o
ministério.”
(II Tm. 4:9-11)
Todos
que exercem o ministério na Igreja de Cristo precisam lidar com certas
dificuldades que, muitas vezes, provocam feridas profundas.
Um
ministro de alma ferida é uma temeridade!
O
Apóstolo Paulo soube lidar muito bem com grandes dificuldades e a reflexão nos
ensinos deste texto sagrado deve se constituir num bálsamo para nós.
I.
Paulo nos ensina como
lidar com a desistência de um discípulo.
“Porque Demas me desamparou, amando o presente século, e
foi para Tessalônica; Crescente, para a Galácia, Tito, para a Dalmácia. Só
Lucas está comigo.” (II
Tm. 4:10)
Demas
fez parte da Equipe missionária de Paulo, foi ministrado pelos ensinos do
apóstolo e viveu com ele muitas experiências.
Entretanto,
apesar de estar ao lado de uma das pessoas mais admiráveis, ainda assim,
preferiu amar o mundo e desistir do Chamado.
Tamanha
decepção não foi capaz de ferir o apóstolo nem de tirá-lo do foco do seu
ministério.
Infelizmente,
até o Senhor Deus precisou lidar com a desistência de pessoas.
E,
bendito seja o Senhor por isso, Deus nunca se abalou nem pensou em desistir de
nós.
II.
Paulo nos ensina a
lidar com rebeldia e infidelidade.
“Alexandre, o latoeiro, causou-me muitos males; o Senhor
lhe pague segundo as suas obras.” (II Tm. 4:14)
Paulo
registra o imenso dissabor em relação a Alexandre, o latoeiro: causou-me muitos
males porque se opôs fortemente às nossas palavras.
“E entre esses foram
Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para que aprendam a não
blasfemar.”
(I Tm. 1:20)
Outro
registro sobre este Alexandre, onde Paulo o reputa como um blasfemo.
O
apóstolo não se deixou ferir ou enfermar na alma por conta dos desaforos de
Alexandre, Himeneu e de quem mais os acompanhasse na rebeldia.
Afinal,
Paulo sabia em quem cria e tinha convicção do seu chamado.
Ao
invés de ressentir-se, sua atitude foi de esperar em Deus: “o
Senhor lhe pague segundo as suas obras.” (II Tm. 4:14b)
III.
Paulo nos ensina a
lidar com a falta de apoio nos momentos difíceis.
“Ninguém me assistiu na minha primeira defesa; antes,
todos me desampararam. Que isto lhes não seja imputado.” (II Tm. 4:16)
Sabemos
que alguns discípulos de Paulo estavam em Missão.
Porém,
outros bem poderiam ter estado ao lado dele quando enfrentou o tribunal em Roma
e esteve muito perto de ser condenado à morte.
Por
receio de também serem incriminados, irmãos em Cristo preferiram deixar Paulo
sozinho.
Lembramos
que a grande maioria dos apóstolos também abandonou Jesus quando de sua prisão.
Mas
o apóstolo Paulo não se deixou abater por isso.
Testemunhou:
Cristo esteve ao meu lado.
IV.
Paulo nos ensina a
estarmos prontos a oferecer uma nova oportunidade.
“Toma Marcos e
traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério.” (II Tm. 4:11)
O
apóstolo chama João Marcos, o sobrinho de Barnabé, que fora estopim para o
atrito que culminou com a separação de Paulo e de Barnabé quando da segunda
viagem missionária.
Paulo
registrou que queria Marcos junto de si e que o mesmo lhe era muito útil.
Infelizmente,
faz parte do ministério, o lidar com quedas, fraquezas e erros.
Mas
também lidamos com arrependimento, restauração e restituição.
João
Marcos é um exemplo de que nunca devemos desistir de um discípulo que
fraquejou.
Que
o Senhor Deus nos abençoe e nos ajude a lidar com os infortúnios.
Lembre-se
que no Senhor temos muitíssimos mais motivos para nos alegrarmos.
E
que na dificuldade, sempre, podemos contar com Ele.
Ame
os discípulos, ensine-os, dê o melhor exemplo, perdoe e conceda sempre nova
oportunidade, para os discípulos como João Marcos e Demas.
Com
relação aos do tipo de Himeneu e Alexandre, Paulo recomendou que é muito bom
manter distância deles.
“Tu, guarda-te também
dele, porque resistiu muito às nossas palavras.” (II Tm. 4:15)
Pelo
menos até Deus lidar com eles.
Amém!!!
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