segunda-feira, 14 de março de 2016

PERSEVERANDO NO MINISTÉRIO

“Procura vir ter comigo depressa. Porque Demas me desamparou, amando o presente século, e foi para Tessalônica; Crescente, para a Galácia, Tito, para a Dalmácia. Só Lucas está comigo. Toma Marcos e traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério.” (II Tm. 4:9-11)

Todos que exercem o ministério na Igreja de Cristo precisam lidar com certas dificuldades que, muitas vezes, provocam feridas profundas.
Um ministro de alma ferida é uma temeridade!
O Apóstolo Paulo soube lidar muito bem com grandes dificuldades e a reflexão nos ensinos deste texto sagrado deve se constituir num bálsamo para nós.

             I.        Paulo nos ensina como lidar com a desistência de um discípulo.
“Porque Demas me desamparou, amando o presente século, e foi para Tessalônica; Crescente, para a Galácia, Tito, para a Dalmácia. Só Lucas está comigo.” (II Tm. 4:10)

Demas fez parte da Equipe missionária de Paulo, foi ministrado pelos ensinos do apóstolo e viveu com ele muitas experiências.
Entretanto, apesar de estar ao lado de uma das pessoas mais admiráveis, ainda assim, preferiu amar o mundo e desistir do Chamado.
Tamanha decepção não foi capaz de ferir o apóstolo nem de tirá-lo do foco do seu ministério.
Infelizmente, até o Senhor Deus precisou lidar com a desistência de pessoas.
E, bendito seja o Senhor por isso, Deus nunca se abalou nem pensou em desistir de nós.

            II.        Paulo nos ensina a lidar com rebeldia e infidelidade.
“Alexandre, o latoeiro, causou-me muitos males; o Senhor lhe pague segundo as suas obras.” (II Tm. 4:14)

Paulo registra o imenso dissabor em relação a Alexandre, o latoeiro: causou-me muitos males porque se opôs fortemente às nossas palavras.
“E entre esses foram Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para que aprendam a não blasfemar.” (I Tm. 1:20)
Outro registro sobre este Alexandre, onde Paulo o reputa como um blasfemo.
O apóstolo não se deixou ferir ou enfermar na alma por conta dos desaforos de Alexandre, Himeneu e de quem mais os acompanhasse na rebeldia.
Afinal, Paulo sabia em quem cria e tinha convicção do seu chamado.
Ao invés de ressentir-se, sua atitude foi de esperar em Deus:  “o Senhor lhe pague segundo as suas obras.” (II Tm. 4:14b)

           III.        Paulo nos ensina a lidar com a falta de apoio nos momentos difíceis.
“Ninguém me assistiu na minha primeira defesa; antes, todos me desampararam. Que isto lhes não seja imputado.” (II Tm. 4:16)

Sabemos que alguns discípulos de Paulo estavam em Missão.
Porém, outros bem poderiam ter estado ao lado dele quando enfrentou o tribunal em Roma e esteve muito perto de ser condenado à morte.
Por receio de também serem incriminados, irmãos em Cristo preferiram deixar Paulo sozinho.
Lembramos que a grande maioria dos apóstolos também abandonou Jesus quando de sua prisão.
Mas o apóstolo Paulo não se deixou abater por isso.
Testemunhou: Cristo esteve ao meu lado.

          IV.        Paulo nos ensina a estarmos prontos a oferecer uma nova oportunidade.
“Toma Marcos e traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério.” (II Tm. 4:11)

O apóstolo chama João Marcos, o sobrinho de Barnabé, que fora estopim para o atrito que culminou com a separação de Paulo e de Barnabé quando da segunda viagem missionária.
Paulo registrou que queria Marcos junto de si e que o mesmo lhe era muito útil.
Infelizmente, faz parte do ministério, o lidar com quedas, fraquezas e erros.
Mas também lidamos com arrependimento, restauração e restituição.
João Marcos é um exemplo de que nunca devemos desistir de um discípulo que fraquejou.

Que o Senhor Deus nos abençoe e nos ajude a lidar com os infortúnios.
Lembre-se que no Senhor temos muitíssimos mais motivos para nos alegrarmos.
E que na dificuldade, sempre, podemos contar com Ele.
Ame os discípulos, ensine-os, dê o melhor exemplo, perdoe e conceda sempre nova oportunidade, para os discípulos como João Marcos e Demas.
Com relação aos do tipo de Himeneu e Alexandre, Paulo recomendou que é muito bom manter distância deles.
“Tu, guarda-te também dele, porque resistiu muito às nossas palavras.” (II Tm. 4:15)
Pelo menos até Deus lidar com eles.


Amém!!!

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