“Não farás para ti
imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em
baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as
servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a
iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me
odeiam. E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os
meus mandamentos.”
(Ex. 20:4-6)
O
primeiro nos proíbe de termos outros deuses diante de Deus; o segundo proíbe a
feitura de imagens esculpidas.
Não
são ambas simples ordenanças a que não adoremos falsos deuses e, em vez disso,
adoremos apenas o Deus vivo e verdadeiro?
De
modo algum.
O
primeiro mandamento, de modo mais do que suficiente, lança fora qualquer forma
de adoração a qualquer outro além do Deus vivo.
Se
você faz isso por meio de imagens esculpidas não importa.
O
segundo mandamento explora uma questão diferente, ele proíbe a adoração ao Deus
verdadeiro pelo uso de imagens.
Como
protesto contra o culto a muitos deuses, o primeiro mandamento ressaltou o fato
de que há apenas um único Deus.
No
segundo mandamento, Deus põe ênfase em sua natureza espiritual.
“Não farás para ti
imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em
baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.” Ex. 20:4)
Deus
é espírito, portanto desaprova a idolatria e o materialismo.
Este
mandamento condena a reverencia, a adoração ou semi-adoração que as multidões
de muitos países rendem às imagens e pinturas religiosas.
Na
idolatria vemos que os ídolos são meramente o produto da habilidade humana e,
portanto, inferiores ao homem e submetidos a ele.
Portanto
o homem deve render o verdadeiro culto dirigindo seus pensamentos unicamente a
Aquele que é maior do que ele mesmo.
Este
mandamento não tem nada a ver com as representações artísticas, embora as
imagens esculpidas no mundo antigo fossem de fato, obras de arte.
A
proibição está mais relacionada ao uso das imagens e ao poder conferido a elas.
O
mandamento também proíbe que se façam imagens de qualquer coisa que exista no
céu, na terra e no mar.
Portanto,
do Senhor ou qualquer tipo de imagens, está bem claro.
Deus
procura adoradores que o adorem em espírito e em verdade.
I.
“Não te encurvarás a elas nem as servirás...” (Ex. 20:5a)
Deus
continua atacando aqui a honra externa dada às imagens no mundo antigo.
As
imagens não eram consideradas apenas como símbolos, mas como reais e
verdadeiras encarnações de seus deuses.
Muitos
acreditavam até que os deuses estabeleciam sua morada nessas imagens.
Contrariando
os princípios bíblicos, nos dias de hoje, muitas pessoas veneram e cultuam os
seres celestiais e, personagens humanos considerados santos e com capacidade de
interceder junto a Deus, em favor dos homens.
Estes
geralmente são representados através de imagens de esculturas, fotografias,
figuras, etc
II.
“...porque eu, o SENHOR teu Deus...” (Ex. 20:5b)
Deus
recusa dividir sua glória.
Deus
não aceita um culto ou serviço ofertado por um coração dividido.
III.
“...sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos
filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam.” (Ex. 20:5c)
Colocar
nossa afeição em deuses falsos de qualquer classe, colocar nossa confiança em
qualquer coisa que não seja o Senhor, é "aborrecê-lo".
Os
que fazem isso, inevitavelmente provocam dificuldades e sofrimentos não só
sobre eles mesmos, mas também sobre os que vêm depois deles.
O
uso da vigorosa palavra "aborrece", tipicamente oriental, serve para
expressar a mais profunda desaprovação.
Tudo
o que um homem precisa fazer para se classificar entre os que
"aborrecem" a Deus, é amar a Deus menos do que ama a outras pessoas
ou coisas.
IV.
“E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que
guardam os meus mandamentos.” (Ex. 20:6)
O
Senhor está dizendo: Eu sou bondoso com aqueles que me amam e obedecem aos meus
mandamentos e abençôo os seus descendentes por milhares de gerações.
O
verdadeiro amor a Deus se mostra mediante a obediência.
Deus
não deseja que o obedeçamos como uma obrigação, mas porque escolhemos
obedecê-lo.
Lembra-se
de quando Arão fez o bezerro de ouro?
Então
disseram: “Estes são teus deuses, ó
Israel, que te tiraram da terra do Egito.” (Êx. 32:4)
Ele
não disse ao povo: “Vocês sabem de Javé, o Deus com quem Moisés teve um
encontro, aquele que pensávamos ter nos libertado da escravidão e aberto o Mar
Vermelho? Acontece que não foi ele quem fez nada disso, antes, foi uma
divindade diferente, esta aqui”.
De
fato, no versículo seguinte, nós lemos que Arão na verdade disse: “Amanhã, será festa ao SENHOR.” (Ex.
32:5)
O
bezerro de ouro era menos uma violação do primeiro mandamento e mais uma
violação do segundo.
Nós
chegamos à mesma distinção ao considerarmos as nossas próprias inclinações.
Uma
vez que a maioria de nós ocidentais, crentes ou não, não somos dados a nos
inclinar perante estátuas, podemos ser tentados a pensar que a idolatria ficou
para trás.
Mas,
em nossos momentos mais honestos, nós reconhecemos que temos construído os
nossos próprios deuses das coisas que mais desejamos, para alguns, dinheiro,
para outros, reputação, e assim por diante.
Tudo
isso é verdade.
Mas,
de novo, isso é mais um problema do primeiro mandamento do que um problema do
segundo mandamento.
Considerando,
então, que não somos tão inclinados a nos curvar perante estátuas, incluindo
estátuas designadas para representar o Deus vivo e verdadeiro isso significa
que nós superamos o segundo mandamento?
De
modo algum.
Quebramos
o segundo mandamento quando buscamos adorar o verdadeiro Deus por meio de
imagens, incluindo imagens construídas em nossas próprias mentes.
Lembre-se
de que poucas pessoas, se é que algumas, de fato creram que o deus por elas
construído era um deus verdadeiro.
Mesmo
as sociedades mais primitivas viam estátuas e imagens como auxílios para a
adoração, ferramentas pelas quais um deus real recebia adoração, não como os
próprios deuses.
As
pessoas incrédulas, com frequência, são chocantemente honestas sobre sua
própria idolatria.
Com
efeito, a maioria delas deu um nome ao deus o qual creem existir e adora esse
deus por meio de uma imagem que construíram.
Eles
chamam o seu deus de “Deus para mim.”
Você
certamente já ouviu gente dizendo: “Bem, Deus para mim é como uma força amorosa
que me envolve” ou “Deus para mim deseja que eu faça o que achar melhor.”
Não
deveria nos surpreender que o molde de Deus para mim, a forma a qual buscamos
copiar ao construí-lo, somos nós mesmos.
De
fato, se nossos vizinhos incrédulos fossem apenas um pouco mais honestos, eles
confessariam que o nome do seu deus é “Deus sou eu.”
Os
Dez Mandamentos, embora sejam universalmente obrigatórios, foram dados
primariamente ao povo pactual de Deus.
E
Deus nunca desperdiça seu fôlego.
Se
o povo de Deus, então, precisava ser alertado contra a idolatria, pode apostar
que é porque nós idolatramos também.
Às
vezes, a nossa idolatria aparece em nossos debates teológicos.
Quantas
vezes você ouviu alguém dizer ou você mesmo o disse: “Eu jamais poderia adorar
um deus que…”?
Se
o que vem em seguida for algo que de fato descreva o Deus da Bíblia, então essa
é uma confissão de que eu jamais poderia adorar o verdadeiro Deus.
Quando
dizemos: “Eu prefiro enfatizar o Deus mais gentil do Novo Testamento”, estamos
cometendo idolatria e nos esquecendo de que Deus matou só um homem inocente uma
única vez, e foi no Novo Testamento.
Nós
temos “Deuses para mim” demais até mesmo na igreja evangélica.
O
segundo mandamento ordena que adoremos a Deus como Ele é e que o façamos como Ele
ordenou.
O
nosso dever é crer e pregar o que a Bíblia diz e não o que nós gostaríamos que
ela dissesse.
O
segundo mandamento nos diz que o nosso dever é crer, aprender, amar e adorar o
Deus que é não o deus que gostaríamos que ele fosse.
Amém!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário