terça-feira, 12 de novembro de 2019

UM PAI APROVADO


Pai e mãe são tão importantes para Deus que Ele escreveu no quinto Mandamento:
“Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá.” (Ex. 20:12)

A paternidade é a vocação mais sublime que um homem pode exercer.
A relação pai e filho é algo tão forte nas Escrituras que o último versículo do Antigo Testamento fala que uma das funções básicas do Messias seria “converter o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos aos pais.” (Ml. 4:6)

É triste verificar que grandes homens de Deus foram brilhantes em diversas áreas da vida, mas fracassaram como pais.
Davi era um homem segundo o coração de Deus, mas um péssimo pai.
Eli era um excelente sacerdote, mas não tinha autoridade dentro de sua casa.
Samuel era um grande profeta, mas negligente como líder espiritual do seu lar.

Quero falar hoje do pai Jó.

Ele tornou-se um exemplo de perseverança e firmeza, mas em momento algum negligenciou sua função como pai.
Esta é uma das histórias familiares mais dramáticas já vividas na história da humanidade.

O nome deste homem é Jó.
Jó é um dos poucos personagens bíblicos que conseguiu conciliar espiritualidade com vida familiar.
Jó era um homem extremamente rico, portador de uma reputação invejável.
Sua família vivia os mais altos padrões da sua época.
Em outras palavras, podemos afirmar que Jó tinha condições de dar aos seus filhos tudo o que o dinheiro poderia comprar.

Diz a Bíblia que:
“Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal. Nasceram-lhe sete filhos e três filhas. Possuía sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas; era também mui numeroso o pessoal ao seu serviço, de maneira que este homem era o maior de todos os do Oriente. Seus filhos iam às casas uns dos outros e faziam banquetes, cada um por sua vez, e mandavam convidar as suas três irmãs a comerem e beberem com eles. Decorrido o turno de dias de seus banquetes, chamava Jó a seus filhos e os santificava; levantava-se de madrugada e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles, pois dizia: Talvez tenham pecado os meus filhos e blasfemado contra Deus em seu coração. Assim o fazia Jó continuamente.” (Jó 1:1-5)

                             I.        Um pai preocupado com a vida espiritual de seus filhos

Primeiramente, o texto registra que Jó “chamava seus filhos e os santificava”.
Perceba a diferença que faz a liderança espiritual do pai dentro de casa.
Isso é um pai de verdade, no sentido estrito da palavra.
Jó estava preocupado não apenas com educação de seus filhos; não apenas com a provisão de seus filhos, mas, sobretudo, profundamente preocupado com a vida espiritual de seus filhos.

Antes de preocupar-se com a escola do seu filho, que faculdade ele vai fazer, em que área ele vai trabalhar, preocupe-se em ter um filho santo.
Faça como Jó: Chame o seu filho e o santifique.
Coloque suas mãos sobre a cabeça dele e consagre-o ao Senhor.

                            II.        Um pai intercessor

Em segundo lugar, diz o texto que Jó “levantava-se de madrugada” com o propósito de colocar os seus filhos diante do altar.
Eis aqui a figura de um pai intercessor.

Qual foi a última vez que você orou por seus filhos de madrugada?

Jó, além de ter um momento de oração com os filhos, tinha também um momento secreto onde ele, sozinho, apresentava seus filhos a Deus.
O texto ainda registra que “oferecia holocaustos segundo o número de todos eles”, ou seja, não havia um filho sequer que Jó deixasse de orar.
Não havia predileções.
Jó não ponderava se este filho dava mais trabalho do que aquele ou se aquele outro era mais bonzinho e obediente que o primeiro.
Definitivamente, não havia este espírito no coração de Jó.
Diz o texto que ele apresentava seus filhos individualmente a Deus.

Sempre haverá esperança para família onde houver e pai e uma mãe que ora.
Sempre haverá esperança para a família onde houver um pai comprometido em interceder por seus filhos.
Antes de falar de Deus para nossos filhos, precisamos falar de nossos filhos para Deus.
                           III.        Um pai perseverante

Em terceiro lugar, podemos destacar a regularidade com que Jó fazia isso.
A palavra empregada pelo autor sacro é “continuamente”, dando a idéia de uma prática frequente e ininterrupta.
Jó sempre apresentava seus filhos diante do altar do Senhor.

Não desista nunca de orar para o seu filho.
Se ele está no mundo ore por ele, se ele já é um servo do Senhor, continue orando por ele.
Ore sempre.
Os seus filhos devem ser o primeiro item da sua lista de oração.
Nem sempre é o pai rico que deixa a maior herança.
O legado da fé é a maior herança que um pai pode deixar aos seus descendentes.

Jó era um homem como todos os demais homens sérios, com responsabilidades diárias, agenda lotada, mas extremamente zeloso em sua vida espiritual e familiar.
É por isso que ele teve uma família feliz e saudável com filhos morando nas proximidades de sua casa.
Jó era um homem que, como todos os homens, vivendo num ambiente infectado com a imundícia do pecado, mas se desviava do mal e ensinava seus filhos a fazer o mesmo.
Pais aprovados por Deus desejam que seus filhos também sejam.
Jó era um homem velho, com seus filhos crescidos, em suas próprias casas, mas intercedia continuamente, com profunda sensibilidade espiritual, clamando pela ação de Deus na vida deles.

Jó foi um pai aprovado por Deus.

Pai preocupe-se mais com o que você está legando a seus filhos.
Pai valorize mais os seus filhos passando tempo com eles influenciando-os positivamente.
Pais orem mais, intercedam mais, clamem mais pela salvação e espiritualidade dos filhos que Deus lhes deu.
Deus vos abençoe!

Amém!!!

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