Pai
e mãe são tão importantes para Deus que Ele escreveu no quinto Mandamento:
“Honra teu pai e tua
mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te
dá.”
(Ex. 20:12)
A
paternidade é a vocação mais sublime que um homem pode exercer.
A
relação pai e filho é algo tão forte nas Escrituras que o último versículo do
Antigo Testamento fala que uma das funções básicas do Messias seria “converter o coração dos pais aos filhos e o
coração dos filhos aos pais.” (Ml. 4:6)
É
triste verificar que grandes homens de Deus foram brilhantes em diversas áreas
da vida, mas fracassaram como pais.
Davi
era um homem segundo o coração de Deus, mas um péssimo pai.
Eli
era um excelente sacerdote, mas não tinha autoridade dentro de sua casa.
Samuel
era um grande profeta, mas negligente como líder espiritual do seu lar.
Quero falar hoje do
pai Jó.
Ele
tornou-se um exemplo de perseverança e firmeza, mas em momento algum
negligenciou sua função como pai.
Esta
é uma das histórias familiares mais dramáticas já vividas na história da
humanidade.
O
nome deste homem é Jó.
Jó
é um dos poucos personagens bíblicos que conseguiu conciliar espiritualidade
com vida familiar.
Jó
era um homem extremamente rico, portador de uma reputação invejável.
Sua
família vivia os mais altos padrões da sua época.
Em
outras palavras, podemos afirmar que Jó tinha condições de dar aos seus filhos
tudo o que o dinheiro poderia comprar.
Diz
a Bíblia que:
“Havia um homem na
terra de Uz, cujo nome era Jó; homem íntegro e reto, temente a Deus e que se
desviava do mal. Nasceram-lhe sete filhos e três filhas. Possuía sete mil
ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas; era
também mui numeroso o pessoal ao seu serviço, de maneira que este homem era o
maior de todos os do Oriente. Seus filhos iam às casas uns dos outros e faziam
banquetes, cada um por sua vez, e mandavam convidar as suas três irmãs a
comerem e beberem com eles. Decorrido o turno de dias de seus banquetes,
chamava Jó a seus filhos e os santificava; levantava-se de madrugada e oferecia
holocaustos segundo o número de todos eles, pois dizia: Talvez tenham pecado os
meus filhos e blasfemado contra Deus em seu coração. Assim o fazia Jó
continuamente.”
(Jó 1:1-5)
I.
Um pai preocupado com
a vida espiritual de seus filhos
Primeiramente,
o texto registra que Jó “chamava seus
filhos e os santificava”.
Perceba
a diferença que faz a liderança espiritual do pai dentro de casa.
Isso
é um pai de verdade, no sentido estrito da palavra.
Jó
estava preocupado não apenas com educação de seus filhos; não apenas com a
provisão de seus filhos, mas, sobretudo, profundamente preocupado com a vida
espiritual de seus filhos.
Antes
de preocupar-se com a escola do seu filho, que faculdade ele vai fazer, em que
área ele vai trabalhar, preocupe-se em ter um filho santo.
Faça
como Jó: Chame o seu filho e o santifique.
Coloque
suas mãos sobre a cabeça dele e consagre-o ao Senhor.
II.
Um pai intercessor
Em
segundo lugar, diz o texto que Jó “levantava-se
de madrugada” com o propósito de colocar os seus filhos diante do altar.
Eis
aqui a figura de um pai intercessor.
Qual
foi a última vez que você orou por seus filhos de madrugada?
Jó,
além de ter um momento de oração com os filhos, tinha também um momento secreto
onde ele, sozinho, apresentava seus filhos a Deus.
O
texto ainda registra que “oferecia
holocaustos segundo o número de todos eles”, ou seja, não havia um filho
sequer que Jó deixasse de orar.
Não
havia predileções.
Jó
não ponderava se este filho dava mais trabalho do que aquele ou se aquele outro
era mais bonzinho e obediente que o primeiro.
Definitivamente,
não havia este espírito no coração de Jó.
Diz
o texto que ele apresentava seus filhos individualmente a Deus.
Sempre
haverá esperança para família onde houver e pai e uma mãe que ora.
Sempre
haverá esperança para a família onde houver um pai comprometido em interceder
por seus filhos.
Antes
de falar de Deus para nossos filhos, precisamos falar de nossos filhos para
Deus.
III.
Um pai perseverante
Em
terceiro lugar, podemos destacar a regularidade com que Jó fazia isso.
A
palavra empregada pelo autor sacro é “continuamente”,
dando a idéia de uma prática frequente e ininterrupta.
Jó
sempre apresentava seus filhos diante do altar do Senhor.
Não
desista nunca de orar para o seu filho.
Se
ele está no mundo ore por ele, se ele já é um servo do Senhor, continue orando
por ele.
Ore
sempre.
Os
seus filhos devem ser o primeiro item da sua lista de oração.
Nem
sempre é o pai rico que deixa a maior herança.
O
legado da fé é a maior herança que um pai pode deixar aos seus descendentes.
Jó
era um homem como todos os demais homens sérios, com responsabilidades diárias,
agenda lotada, mas extremamente zeloso em sua vida espiritual e familiar.
É
por isso que ele teve uma família feliz e saudável com filhos morando nas
proximidades de sua casa.
Jó
era um homem que, como todos os homens, vivendo num ambiente infectado com a
imundícia do pecado, mas se desviava do mal e ensinava seus filhos a fazer o mesmo.
Pais
aprovados por Deus desejam que seus filhos também sejam.
Jó
era um homem velho, com seus filhos crescidos, em suas próprias casas, mas
intercedia continuamente, com profunda sensibilidade espiritual, clamando pela
ação de Deus na vida deles.
Jó
foi um pai aprovado por Deus.
Pai
preocupe-se mais com o que você está legando a seus filhos.
Pai
valorize mais os seus filhos passando tempo com eles influenciando-os
positivamente.
Pais
orem mais, intercedam mais, clamem mais pela salvação e espiritualidade dos
filhos que Deus lhes deu.
Deus
vos abençoe!
Amém!!!
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