sexta-feira, 1 de novembro de 2019

PAI O LÍDER ESPIRITUAL DA FAMÍLIA

“O que ouvimos e aprendemos, o que nos contaram nossos pais, não o encobriremos a seus filhos; contaremos à vindoura geração os louvores do SENHOR, e o seu poder, e as maravilhas que fez.” (Sl. 78:3-4)

Quero saudar a todos os pais e reconhecer perante Deus o esforço de todos os pais que realmente têm se dedicado a cuidar bem dos seus filhos.
Cada filho tem boas ou más lembranças de seu pai.
Alguns pais foram bons e amorosos. Outros foram violentos, abusivos ou rudes.

Existem aqueles filhos que não conheceram seu pai ou, se o conheceram, foi pouca a convivência.
Hoje me lembrei de um jovem que disse em certa ocasião que mal conheceu seu pai. Ele dizia que só lembrava-se de seu pai em duas ocasiões. E estas duas ocasiões lhe deixaram lembranças ruins.  Assim, o dia dos pais, é um dia de lembranças, que podem ser boas ou ruins.

Para outros filhos, o dia dos pais, ao invés de ser um dia de comemoração e alegria, pode significar um momento de saudade, pois apesar destas pessoas terem  tido um pai que foi bom e muito amado, ele já partiu para a eternidade.

Mas, preciso dizer àqueles que sentem saudades, ou tristeza por que não têm boas memórias dos seus pais, que mesmo assim há um sentido especial neste dia dos Pais para cada um de nós.
Este é um momento para você lembrar que tem um pai que sempre lhe amou.
Apesar das experiências que teve nesta vida, você tem um pai que nunca lhe abandonou.
Você tem um pai que tem trabalhado e operado a seu favor mesmo antes do seu nascimento.
Este pai é o nosso Deus.

João falou sobre esta realidade com as seguintes palavras: “Aquele que é a Palavra veio para o seu próprio país, mas o seu povo não o recebeu. Porém alguns creram nele e o receberam, e a estes ele deu o direito de se tornarem filhos de Deus. Eles não se tornaram filhos de Deus pelos meios naturais, isto é, não nasceram como nascem os filhos de um pai humano; o próprio Deus é que foi o Pai deles.” (Jo. 1:11-13)

Nesta ocasião é também importante dizer a cada pai que nós estamos deixando  marcas e construindo lembranças em nossos filhos.

Tenho filhos de sangue e filhos de coração, e amo a todos e sei que quando eu partir desta Terra terão muitas lembranças dos momentos importantes de suas vidas.   E como será que meus filhos se lembrarão de mim? Que tipo de lembranças terão da convivência que tiveram comigo?
Tenho consciência que só os meus filhos é que poderão responder a estas perguntas daqui a alguns anos.
Porém, sei que posso me esforçar como pai, para produzir boas lembranças na vida de meus filhos.

Para que sejamos lembrados por nossos filhos como bons pais precisamos ter cuidado com algumas atitudes:

             I.        Como pais, devemos resistir à tentação de dar coisas ou presentes como uma forma de compensar a nossa ausência e envolvimento pessoal com a vida dos nossos filhos. 

Às vezes, um pai deseja tentar compensar as longas horas que ele passa ausente com coisas materiais, ao invés de estar presente quando os filhos mais precisam dele.

É importante que um pai compreenda, que a sua presença é insubstituível como pai, em reuniões da escola, em ajudar no dever de casa, quando há necessidade e não simplesmente estar por perto, quando um filho está jogando bola ou dando seus primeiros passos.

O Apóstolo Paulo diz a Timóteo, seu filho na fé: “Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente.” (I Tm. 5:8)
Ser um pai provedor para a família é uma obrigação bíblica conforme diz o apostolo, mas a tentação à qual estou me referindo vai além das necessidades básicas materiais.
Filhos tem necessidade da presença da participação de seus pais em suas vidas.

Jesus deu o exemplo, veio aqui nos mostrar o amor de Deus pelos seus filhos. 
O que foi que Jesus deu aos seus discípulos? Roupas? Bens? Dinheiro? Não!!!
O que Jesus mais deu a seus discípulos foi seu tempo.
“...E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.” (Mt. 28:20b)

Observem meus amados irmãos, que Jesus tratou seus discípulos como nós pais devemos tratar nossos filhos.

            II.        Devemos evitar como pais dar o melhor no trabalho e apenas o que sobrar em casa.

Todos nós temos limites de energia, entusiasmo, idéias, humor, e paixão pela vida.
Alguns pais usam toda a sua energia no trabalho, deixando quase nada para o final do dia.
O resultado é que a esposa e os filhos recebem só os restos.
Pais, nossas famílias merecem mais!
Se você não reservar parte da sua energia e força para sua família, você chega lá no final do dia cansado, irritado e sem disposição para mais nada!

Vamos ser homens que pensam primeiro no bem estar de nossas famílias.
Vamos conservar nossas famílias como a prioridade nas nossas vidas.
Vamos preservar o melhor que temos para nossas famílias.

Jesus ensinou muitas pessoas, às vezes milhares. 
Ele teve que enfrentar inimigos decididos a matá-lo. Mas, Jesus sempre guardou o melhor d'Ele mesmo para seu tempo com seus discípulos.

A passagem mais famosa nos ensinamentos de Jesus, o “Sermão do Monte” é direcionada não às multidões, mas aos discípulos.
"Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte, e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos; e ele passou a ensiná-los." (Mt. 5:1-2)
Quando Jesus viu o tamanho da tarefa diante d'Ele, quando Ele tinha muito trabalho a fazer, Ele se dedicou a ensinar aqueles poucos que Deus tinha dado especialmente a Ele.

 Jesus tinha um apego especial para com esses discípulos.
“Manifestei o teu nome aos homens que me deste do mundo. Eram teus, tu mos confiaste, e eles têm guardado a tua palavra. Agora, eles reconhecem que todas as coisas que me tens dado provêm de ti; porque eu lhes tenho transmitido as palavras que me deste, e eles as receberam, e verdadeiramente conheceram que saí de ti, e creram que tu me enviaste. É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus.” (Jo. 17:6-9)

“Quando eu estava com eles, guardava-os no teu nome, que me deste, e protegi-os, e nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura.” (Jo. 17:12)

Jesus olhou para seus discípulos como uma dádiva preciosa de Deus.
E nós ainda mais, devemos olhar nossos filhos assim!
Jesus se esforçou para guardar, para preservar e para não perder nenhum.
Vemos o carinho, a afeto que Jesus tinha para com seus discípulos.
É assim também, que Deus quer que nós pais sintamos para com nossos filhos.

           III.        Devemos ter como pais o cuidado de ser um bom exemplo para os nossos filhos os escutando e ensinando-os,  ao invés viver dando “sermões” sobre tudo que precisa mudar em suas vidas.

Quando as coisas fogem do controle em casa, temos a tendência natural de inverter a ordem do que Tiago disse.
“Sabeis estas coisas, meus amados irmãos. Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar.” (Tg. 1:19)

Primeiro, ficamos com raiva. Daí gritamos, sempre a mesma coisa, por exemplo: ”Quantas vezes eu tenho que lhe dizer para não mexer com a antena da televisão quando estou vendo o jogo…!!!)
Quando isso acontece, nós perdemos o mais importante. Nossos filhos podem parar. Pode ser que eles olhem para nós.  Mas eles não estão ouvindo. Eles se calam. Eles param.
Eles nos temem, mas, eles não nos respeitam. 
Nossa casa não é uma extensão do nosso escritório ou sala de trabalho.
Sua esposa e filhos não são seus empregados.

Talvez consigamos respeito automaticamente onde trabalhamos, mas em casa precisamos ganhá-lo à moda antiga, ou seja, através de nosso exemplo.
O difícil não é dominá-los, mas dominar a nós mesmos, e ganhar a luta contra nosso próprio temperamento.

Jesus viu os discípulos discutindo quem era maior. E Jesus nos dá o seu próprio exemplo, a nos ensinar que o servo sempre deve ser aquele que tem maiores responsabilidades.
"Levantou-se entre eles uma discussão sobre qual deles seria o maior. Mas Jesus, sabendo o que se lhes passava no coração, tomou uma criança, colocou-a junto a si e lhes disse: Quem receber esta criança em meu nome a mim me recebe; e quem receber a mim recebe aquele que me enviou; porque aquele que entre vós for o menor de todos, esse é que é grande." (Lc. 9:46-48)

Como pais, não podemos ter exemplo melhor do que Jesus.
Vamos tratar nossos filhos com a mesma paciência com a qual Jesus tratou seus discípulos.
E, quem sabe, eles acabam um dia sendo semelhantes aos discípulos de Jesus.

Como pais devemos assumir o nosso papel de líder espiritual em nossa família.
Sua esposa e filhos desejam que nós que somos pais os guiemos espiritualmente.
Os filhos ficam realizados em saber que seu pai ama a Deus, anda com Deus e fala sobre Deus. 
Nunca esqueça seu valor como líder espiritual da família.
O Senhor diz aos pais: “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te.” (Dt. 6:6-7)

Você está disposto para um desafio?
Então comece a passar tempo com Deus, torne-se num homem de oração, ajude sua família a saber o quanto você ama a Cristo e deseja honrá-lo.

Por que não começar hoje? 
Esse é um dos maiores presentes que um homem pode dar a sua família. 
E, não há dia melhor para começar do que no dia dos pais.

Que Deus abençoe a todos os pais, e nos faça ser vencedores na tarefa de conduzir espiritualmente nossas famílias.

Amém!!!

Nenhum comentário: