“O mesmo Deus da paz
vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados
íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.” (I Ts. 5:23)
“E não nos deixes
cair em tentação; mas livra-nos do mal [pois teu é o reino, o poder e a glória
para sempre.”
(Mt. 6:13)
Um
dos grandes desafios de um discípulo do Senhor Jesus é saber como vencer as
tentações que surgem na sua vida.
Ninguém
é tentado por algo que não atrai, que não provoque desejos, que não desperte a
atenção.
E
para vencermos a luta contra as tentações é preciso identificar as áreas da
nossa vida onde elas se manifestam.
Você
sabe como vencer as tentações?
Você
sabe qual é a área da sua vida que tem sido alvo das tentações?
Assim
que nos convertemos ao Evangelho, experimentamos toda a alegria de uma nova
vida, mas logo nos deparamos com uma realidade, a princípio, difícil de
entender, a luta pela santificação.
Em
pouco tempo, percebemos que há um preço a pagar, uma guerra a travar, um
círculo de tentações e provações que parecem nunca terminar.
E
no passar das fases, vem o cansaço, a desmotivação, e às vezes, até uma
sensação de que viver uma vida de santidade não vale a pena.
Você
pode até pensar que quando não tinha um relacionamento sério com Deus, as
coisas eram mais fáceis, não era tão pesado, não sofria tantos ataques no meu
corpo, alma ou espírito, não vivia o tempo todo em guerra.
Quero
lhe esclarecer o seguinte, que:
Em
guerra nós sempre estivemos, e continuaremos até que Jesus volte.
A
diferença é que antes de um relacionamento sério com Deus, estávamos em uma
guerra perdida, na condição de escravos, arrancados da nossa casa que é a presença
do Pai.
Éramos
obrigados a viver a imposição de pecado e não oferecíamos riscos ao nosso
opressor.
Naquele
tempo, não existia o confronto, a perseguição, o peso da tentação, porque já
estávamos dominados.
“Ele nos libertou do
império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual
temos a redenção, a remissão dos pecados.” (Cl. 1:13-14)
Ao
conhecer Jesus, isso se cumpre em nós.
Pois
ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu
Filho amado.
É
aqui que a realidade da guerra na nossa vida muda de sentido.
Deixamos
de ser escravos e nos tornamos combatentes, ou seja, a posição que deveríamos
estar.
Quando
Cristo nos resgata do cativeiro, ela não nos leva para um paraíso distante do
conflito, mas nos devolve de volta a guerra, ao combate, à posição de onde
fomos capturados.
Existe
uma diferença profunda aqui:
O
que luta, está em guerra justamente porque é livre.
Ao
escravo, não lhe resta nada além do que aceitar o que lhe é imposto, sua sorte
está entregue ao seu opressor.
Todos
nós desejamos a liberdade, mas o custo dela é a guerra.
Todas
as nações livres possuem exércitos que garantem a sua soberania, e para que
continuem livres estes exércitos estão em pleno exercício.
Quando
Jesus nos resgatou, nos devolveu o privilégio da liberdade, mas também a
responsabilidade de lutar por sua continuidade.
Então,
jamais poderemos sonhar em ter uma vida sem conflitos porque esta é a condição
de um escravo.
O
preço da liberdade é a guerra!
Que
nome poderemos dar a esta guerra?
Ela
pode ter vários campos de batalha, mas pode ser definida como TENTAÇÃO.
O
desfecho desta guerra é o que determinará o destino que teremos.
O
que é Tentação?
É
uma ação constante de tentativas!
O que são estas
tentativas e quem são os seus responsáveis?
·
Três inimigos na
tentação
a.
Carne:
O inimigo que nos enfraquece, nos destrói;
b.
Mundo:
O inimigo que nos cega, nos rouba;
c.
Diabo:
O inimigo que nos engana, nos mata.
·
Três áreas para a
tentação
a.
Corpo:
Quando as nossas necessidades perdem seus valores;
b.
Alma:
Quando os nossos anseios perdem seu alvo;
c.
Espírito:
Quando a nossa vida perde seu propósito.
·
Três iscas para a
tentação
a.
Poder:
Quando somos movidos pelo egoísmo;
b.
Honra:
Quando somos cegos pelo orgulho;
c.
Glória:
Quando somos dominados pela soberba.
·
Três fontes para a
tentação
a.
A
cobiça da carne: Quando a moral é perdida;
b.
A
cobiça dos olhos: Quando a integridade é manchada;
c.
A
soberba da Vida: Quando a justiça é corrompida.
“Não ameis o mundo
nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está
nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência
dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo.” (I Jo. 2:15-16)
Até
que aconteça a vinda de Jesus ou a nossa ida até Ele, estaremos em guerra.
Esta
ação constante de tentativas que se chama tentação, militará conosco muitas
vezes de forma extensa, cruel, injusta, covarde, sempre com o objetivo de nos
derrubar diante de nossos inimigos, a carne, o mundo e o diabo.
O
que devemos sempre ter em mente é que, enquanto estamos lutando é sinal que
ainda estamos de pé, enquanto se levantam inimigos é sinal que não fomos
derrotados, enquanto existe guerra é sinal que não fomos escravizados.
É
necessário que entendamos quem são nossos verdadeiros inimigos.
“Revesti-vos de toda
a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo;
porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os
principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra
as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.” (Ef. 6:12)
Quando
entendemos estas coisas, a nossa caminhada cristã se torna mais simples.
É
certo que as tentações vêm, mas temos um Deus pronto a nos estender a mão.
Nenhuma
de nós está imune à tentação.
Nunca
hesite em clamar a Deus quando for tentada.
A
tentação não é o pecado.
Pecar
ou não tem a ver com acolher a tentação ou nos voltar imediatamente para Deus.
Tome
posse das armas que podem vencer as tentações que têm surgido na sua vida, pois
se você for vigilante, orar diariamente e passar a depender exclusivamente do
Espírito Santo, o Senhor com certeza lhe honrará com a vitória.
Louvado
seja o Senhor!
Amém!!!
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