“Tendo Jesus entrado
em Cafarnaum, apresentou-se-lhe um centurião, implorando: Senhor, o meu criado jaz
em casa, de cama, paralítico, sofrendo horrivelmente. Jesus lhe disse: Eu irei
curá-lo. Mas o centurião respondeu: Senhor, não sou digno de que entres em
minha casa; mas apenas manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado.” (Mt. 8:5-8)
A
história do centurião de Cafarnaum é bastante conhecida, não apenas no meio
evangélico, mas em todo o mundo, cristão ou não.
Por
uma boa razão: é um exemplo prático de fé e como ela deve ser praticada.
A
história nos desafia a exercer um tipo de fé que, até aquela data, ainda não
tinha parâmetro de comparação, visto que Jesus mesmo disse que ainda não havia
visto fé como aquela.
O
centurião era gentio, oficial romano, comandante de cem homens, possuía
autoridade entre seus homens e na sociedade, mas ao chegar à presença do Senhor
Jesus, ele nada impôs, apenas clamou ao Senhor por ajuda, reconhecendo assim a
sua pequenez.
A
história do centurião romano que provocou a admiração de Jesus encontra-se nos
Evangelhos de Mateus e de Lucas.
Os
evangelistas registram que Jesus ficou impressionado com a postura do romano.
Jesus
se admirou e disse às pessoas que O seguiam: “Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel achei fé como esta.”
(Mt. 8:10)
Lucas
também registra que Jesus admirou-se e que enalteceu a fé do centurião como a
maior que encontrara em Israel.
“Afirmo-vos que nem
mesmo em Israel achei fé como esta.” (Lc. 7:9)
Afinal,
o que aquele centurião tinha de tão especial?
Destacamos
quatro características que quando encontradas nas vidas de pessoas as tornam
admiráveis pelos Céus.
I.
Uma fé admirável que
leva a pessoa a buscar ajuda em Jesus.
Mateus
conta que o centurião aguardava pelo retorno de Jesus a Cafarnaum, cidade sede
do seu ministério.
Assim
que Jesus pisou em Cafarnaum, lá estavam os emissários do centurião.
Ele
estava determinado a buscar o socorro de Jesus.
Confiava
em Jesus.
Se
você quer despertar a admiração de Jesus é preciso decidir confiar de todo o
seu coração n’Ele.
II.
Uma fé admirável que
leva a pessoa a ser exemplar, esforçada, dedicada e ainda assim sentir-se
indigna.
Lucas
registrou que alguns líderes da sinagoga foram a Jesus, representando o
centurião.
E
que estes líderes disseram o seguinte a Jesus: “Ele é digno de que lhe faças isto; porque é amigo do nosso povo, e ele
mesmo nos edificou a sinagoga.” (Lc. 7:4-5)
Os
judeus achavam que ele merecia.
Porém,
o próprio centurião mandou dizer para Jesus: “Senhor, não te incomodes, porque não sou digno de que entres em minha
casa.” (Lc. 7:6)
O
centurião causou tanta admiração em Jesus em face da sua consciência de que não
merecia nada.
Ele
julgava-se indigno até de receber Jesus.
Indigno
até de falar pessoalmente com Jesus.
Não
obstante os judeus acharem que ele era muito boa gente!!!
Aquele
centurião tinha uma qualidade que poucos chegam a desenvolver.
A
qualidade que o servo fiel precisa ter, conforme Jesus ensinou.
“Assim também vós,
depois de haverdes feito quanto vos foi ordenado, dizei: Somos servos inúteis,
porque fizemos apenas o que devíamos fazer.” (Lc. 17:10)
Tudo
o que o Senhor fizer por mim não é por merecimento, é por Graça.
III.
Uma fé admirável e um
discernimento acerca da autoridade Jesus.
O
centurião disse a Jesus confiar que apenas uma palavra de ordem que saísse da
boca do Senhor bastaria para que seu servo vivesse.
“Senhor, não sou
digno de que entres em minha casa; mas apenas manda com uma palavra, e o meu
rapaz será curado.”
(Mt. 8:8)
No
verso seguinte, ele explicou: “Pois
também eu sou homem sujeito à autoridade, tenho soldados às minhas ordens e
digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu servo: faze
isto, e ele o faz.” (Mt. 8:9)
Ou
seja, ele reconhecia o nível de autoridade que Jesus tinha.
Uma
ordem de Jesus nunca deixará de ser obedecida.
Ele
tem toda autoridade sobre doenças, vidas, situações, natureza, anjos e
demônios...
Ele
é o Senhor!
IV.
Uma fé admirável que
o fez mover-se em prol de socorrer alguém que sofria.
Todo
o esforço do centurião em encontrar Jesus tinha a finalidade de socorrer um
servo que estava terrivelmente enfermo.
Assim
como Jesus moveu-se do Céu até a Terra em prol de nos salvar, libertar e curar,
Ele espera que nossa fé nos leve a nos importarmos com o sofrimento das
pessoas.
Existe
um grande potencial em nós para sermos canais de Deus para atenuarmos o
sofrimento de pessoas aflitas.
Importe-se
e deixe-se usar por Deus.
A
fé é tão forte quanto aquilo em que a depositamos.
O
centurião de Cafarnaum, um homem de boa índole, bem sucedido e apreciado até
por seus inimigos não ousou confiar em si mesmo.
Sua
fé nasceu livre da acepção de pessoas, cresceu longe do autoritarismo e
tornou-se forte a ser depositada aos pés de Jesus, o filho de Deus.
Você
deseja desenvolver tal fé como a do centurião?
Então,
disponha-se a entender o poder do Filho de Deus.
Que
o Senhor encontre em você o mesmo tipo de fé que encontrou naquele romano.
Amém!!!
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