sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

OFERTA DA VIÙVA POBRE

“Estando Jesus a observar, viu os ricos lançarem suas ofertas no gazofilácio. Viu também certa viúva pobre lançar ali duas pequenas moedas; e disse: Verdadeiramente, vos digo que esta viúva pobre deu mais do que todos. Porque todos estes deram como oferta daquilo que lhes sobrava; esta, porém, da sua pobreza deu tudo o que possuía, todo o seu sustento.” (Lc. 21.1-4)

Parado à porta do Templo, Jesus observava o comportamento das pessoas que chegavam para participarem do culto.
Perto de Jesus estava uma caixa para a coleta das ofertas que serviriam para a manutenção do Templo e, para socorrer os que estivessem necessitados.
Ali, cada um colocava a sua contribuição livremente, de acordo com a sua vontade.
Percebeu então Jesus, que muitos ricos depositaram boas quantias e que os pobres também contribuíam.
E, uma viúva pobre, por fim, aproxima-se do cofre e deposita duas únicas moedinhas que tinha em sua bolsa.
Jesus, após o culto, chama os seus apóstolos e lhes diz : “Verdadeiramente, vos digo que esta viúva pobre deu mais do que todos. Porque todos estes deram como oferta daquilo que lhes sobrava; esta, porém, da sua pobreza deu tudo o que possuía, todo o seu sustento.” (Lc. 21:3-4)

O ser humano sempre está voltado para as coisas apreciáveis, aquelas que causam impressão pelo seu volume ou tamanho, mediante isso o indivíduo tem um sentimento que somente as coisas volumosas surtem efeitos, entretanto elas podem não trazer efeito algum, mas impressiona pela forma como ela é apresentada.
Isso é muito natural nos nossos dias, às vezes as pequenas e simples são mais importantes, enquanto as de maior valor nem sempre representa o que é real, e devido a isso as coisas consideráveis pequenas são desprezadas.

·         Não desprezeis as coisas pequenas

As coisas pequenas muitas vezes nos surpreendem, e em certas ocasiões subestimamos porque ela não tem aquela aparência que chame atenção.
Podemos ver essa realidade em vitrines de algumas lojas, ficamos impressionamos pelo marketing dos produtos, mas finalmente o conteúdo deixa a desejar.
Não devemos avaliar e valorizar tudo pela aparência, cuidado!
Porque as coisas simples nos surpreendem.
Os pequenos investimentos podem se tornarem em grandes empreendimentos.

·         Reconstrução do Templo

Um fato que nos chama atenção é a respeito da reconstrução do novo templo no lugar do que fora construído por Salomão.
Na quinta visão do profeta Zacarias, o anjo lhe mostra o valor das coisas pequenas, só havia escombros do antigo templo, Zorobabel foi encorajado para reconstruí-lo.
A nova construção do templo seria menor que o construído por Salomão, mas que ninguém deveria ficar desanimado, mas que era da vontade de Deus e ninguém deveria desprezar.
“Pois quem despreza o dia dos humildes começos, esse alegrar-se-á vendo o prumo na mão de Zorobabel. Aqueles sete olhos são os olhos do SENHOR, que percorrem toda a terra.” (Zc. 4:10)
Para o Senhor o importante não seria o tamanho do novo templo.
O profeta Ageu lembra o passado triste da destruição do grande templo e mostrava que a glória da segunda casa seria maior que a da primeira.
Não devemos ficar impressionado com as coisas grandes e apreciáveis, como que somente elas fossem importantes.
Atualmente muitos têm essa mesma visão.

·         Os discípulos de Jesus

Alguns discípulos de Jesus Cristo tinham a impressão que seria mais importante os lugares de destaque, ser o maioral entre eles e posição no céu, no entanto Jesus mostrou-lhes que nada daquilo seria tão importante.
“Então, se chegou a ele a mulher de Zebedeu, com seus filhos, e, adorando-o, pediu-lhe um favor. Perguntou-lhe ele: Que queres? Ela respondeu: Manda que, no teu reino, estes meus dois filhos se assentem, um à tua direita, e o outro à tua esquerda. Mas Jesus respondeu: Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu estou para beber? Responderam-lhe: Podemos. Então, lhes disse: Bebereis o meu cálice; mas o assentar-se à minha direita e à minha esquerda não me compete concedê-lo; é, porém, para aqueles a quem está preparado por meu Pai.” (Mt. 20:20-23)

Na visão de Paulo não devemos ambicionar as coisas vultosas, mas atentar também para as humildes.
“Tende o mesmo sentimento uns para com os outros; em lugar de serdes orgulhosos, condescendei com o que é humilde; não sejais sábios aos vossos próprios olhos.” (Rm. 12:16)
A ambição pelas coisas leva o individuo a depreciar os pequenos começos.

·         Oferta dos ricos

Muitas pessoas talvez pudessem ficar impressionadas com a atitude daqueles ricos que depositavam as suas volumosas ofertas no gazofilácio fazendo questão que os olhares se voltassem para o barulho ou tinindo das pratinhas umas as outras chamando a atenção de todos, eles davam o que lhes sobravam, outros davam grandes quantias mostrando que eram os maiores ofertantes capazes de impressionar os seus líderes espirituais.
Jesus nunca se impressionou com essas atitudes, nem mesmo com a bela oração do fariseu.
Ele Julgou importante a oferta daquela pobre viúva não pela quantia que ela havia depositado, mas pelo que lhe havia restado, ou seja, nada, ela deu tudo quanto tinha, e nesse desprendimento deu mais que todos.
Porquanto ela teve uma atitude de voluntariedade, caridade, amor e comprometimento com Deus.
Aquela viúva certamente entendia que Deus cuidaria do seu sustento.
Muitas vezes damos pouco e ruim pensando que estamos dando muito e bom, esperando receber muito mais do que damos.
Deus não se engana com esse tipo de oferta.
Quando abrimos o nosso coração para ofertar ao Senhor, lhe entregamos de coração, e aquilo que fazemos de coração não há reservas, mesmo que não tenha tanto para dar, o mínimo sendo de coração é tudo para Ele.

·         O desprendimento

A falta de desprendimento, não permite que se dêem ao Senhor aquilo que Ele merece.
A nossa visão está mais focada em receber do que dá.
Os discípulos de Jesus demonstraram essa preocupação mais em receber do que dá, pensavam apenas no que haviam de receber, comer, vestir e calçar, no entanto o Mestre deu-lhes uma grande lição, mostrando-lhes que não deviam estar preocupados com essas coisas.
Os desprendimentos das coisas materiais nos levam a servir melhor a Deus. (Mt. 6:25-34)
Jesus sabia que eles necessitavam de tudo aquilo, mas que eles não deviam achar que fosse o tudo.

O nosso dinheiro não é a garantia de sermos aprovados por Deus, o que fazemos para impressionar as pessoas e até pensando em impressionar a Deus estamos enganados, Ele está atento aos mínimos detalhes daquilo que fazemos.
As nossas ações e atitudes são observadas e recompensadas da maneira d’Ele e quando vir em nós humildade de coração.
Jamais toque alarido para chamar a atenção das pessoas para aquilo que você oferta para a obra de Deus, isso não será importante para Deus.

Que triste alguém que vem à casa do Senhor e tem a sua oferta rejeitada, porque com Deus não se pode barganhar, ou se oferece a oferta, a adoração de coração, com a vida ligada a Ele ou então melhor que nem ofereça.
O que essas pessoas não entendem é que Deus nunca precisou e nem precisa de recursos puramente humanos para levar a sua palavra, para levar a sua Igreja por esta terra em nossa era, mas o que Ele sempre procurou e procura ainda hoje, são os verdadeiros adoradores que o adorem em espírito e em verdade, Ele sempre procurou corações abertos que não se rendam às coisas desse mundo, mais que se dediquem a Ele em todos os momentos de sua vida.
O Senhor nunca se preocupou com a quantidade da oferta, mas sim com a qualidade dessa.
Era só aquilo que a viúva tinha, e foi para essa oferta que Deus atentou.
O que é que nós temos para oferecer ao Senhor?
Ofereçamos de todo o coração, para que possa chegar a nossa oferta em odor suave diante do nosso Deus!

Amém!!!


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