“Estando Jesus a
observar, viu os ricos lançarem suas ofertas no gazofilácio. Viu também certa
viúva pobre lançar ali duas pequenas moedas; e disse: Verdadeiramente, vos digo
que esta viúva pobre deu mais do que todos. Porque todos estes deram como
oferta daquilo que lhes sobrava; esta, porém, da sua pobreza deu tudo o que
possuía, todo o seu sustento.” (Lc. 21.1-4)
Parado
à porta do Templo, Jesus observava o comportamento das pessoas que chegavam
para participarem do culto.
Perto
de Jesus estava uma caixa para a coleta das ofertas que serviriam para a
manutenção do Templo e, para socorrer os que estivessem necessitados.
Ali,
cada um colocava a sua contribuição livremente, de acordo com a sua vontade.
Percebeu
então Jesus, que muitos ricos depositaram boas quantias e que os pobres também
contribuíam.
E,
uma viúva pobre, por fim, aproxima-se do cofre e deposita duas únicas moedinhas
que tinha em sua bolsa.
Jesus,
após o culto, chama os seus apóstolos e lhes diz : “Verdadeiramente, vos digo que esta viúva pobre deu mais do que todos.
Porque todos estes deram como oferta daquilo que lhes sobrava; esta, porém, da
sua pobreza deu tudo o que possuía, todo o seu sustento.” (Lc. 21:3-4)
O
ser humano sempre está voltado para as coisas apreciáveis, aquelas que causam
impressão pelo seu volume ou tamanho, mediante isso o indivíduo tem um
sentimento que somente as coisas volumosas surtem efeitos, entretanto elas
podem não trazer efeito algum, mas impressiona pela forma como ela é
apresentada.
Isso
é muito natural nos nossos dias, às vezes as pequenas e simples são mais
importantes, enquanto as de maior valor nem sempre representa o que é real, e
devido a isso as coisas consideráveis pequenas são desprezadas.
·
Não desprezeis as coisas
pequenas
As
coisas pequenas muitas vezes nos surpreendem, e em certas ocasiões subestimamos
porque ela não tem aquela aparência que chame atenção.
Podemos
ver essa realidade em vitrines de algumas lojas, ficamos impressionamos pelo
marketing dos produtos, mas finalmente o conteúdo deixa a desejar.
Não
devemos avaliar e valorizar tudo pela aparência, cuidado!
Porque
as coisas simples nos surpreendem.
Os
pequenos investimentos podem se tornarem em grandes empreendimentos.
·
Reconstrução do
Templo
Um
fato que nos chama atenção é a respeito da reconstrução do novo templo no lugar
do que fora construído por Salomão.
Na
quinta visão do profeta Zacarias, o anjo lhe mostra o valor das coisas
pequenas, só havia escombros do antigo templo, Zorobabel foi encorajado para
reconstruí-lo.
A
nova construção do templo seria menor que o construído por Salomão, mas que
ninguém deveria ficar desanimado, mas que era da vontade de Deus e ninguém
deveria desprezar.
“Pois quem despreza o
dia dos humildes começos, esse alegrar-se-á vendo o prumo na mão de Zorobabel.
Aqueles sete olhos são os olhos do SENHOR, que percorrem toda a terra.” (Zc. 4:10)
Para
o Senhor o importante não seria o tamanho do novo templo.
O
profeta Ageu lembra o passado triste da destruição do grande templo e mostrava
que a glória da segunda casa seria maior que a da primeira.
Não
devemos ficar impressionado com as coisas grandes e apreciáveis, como que
somente elas fossem importantes.
Atualmente
muitos têm essa mesma visão.
·
Os discípulos de
Jesus
Alguns
discípulos de Jesus Cristo tinham a impressão que seria mais importante os
lugares de destaque, ser o maioral entre eles e posição no céu, no entanto
Jesus mostrou-lhes que nada daquilo seria tão importante.
“Então, se chegou a
ele a mulher de Zebedeu, com seus filhos, e, adorando-o, pediu-lhe um favor.
Perguntou-lhe ele: Que queres? Ela respondeu: Manda que, no teu reino, estes
meus dois filhos se assentem, um à tua direita, e o outro à tua esquerda. Mas
Jesus respondeu: Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu estou
para beber? Responderam-lhe: Podemos. Então, lhes disse: Bebereis o meu cálice;
mas o assentar-se à minha direita e à minha esquerda não me compete concedê-lo;
é, porém, para aqueles a quem está preparado por meu Pai.” (Mt. 20:20-23)
Na
visão de Paulo não devemos ambicionar as coisas vultosas, mas atentar também
para as humildes.
“Tende o mesmo
sentimento uns para com os outros; em lugar de serdes orgulhosos, condescendei
com o que é humilde; não sejais sábios aos vossos próprios olhos.” (Rm. 12:16)
A
ambição pelas coisas leva o individuo a depreciar os pequenos começos.
·
Oferta dos ricos
Muitas
pessoas talvez pudessem ficar impressionadas com a atitude daqueles ricos que
depositavam as suas volumosas ofertas no gazofilácio fazendo questão que os
olhares se voltassem para o barulho ou tinindo das pratinhas umas as outras
chamando a atenção de todos, eles davam o que lhes sobravam, outros davam
grandes quantias mostrando que eram os maiores ofertantes capazes de impressionar
os seus líderes espirituais.
Jesus
nunca se impressionou com essas atitudes, nem mesmo com a bela oração do
fariseu.
Ele
Julgou importante a oferta daquela pobre viúva não pela quantia que ela havia
depositado, mas pelo que lhe havia restado, ou seja, nada, ela deu tudo quanto
tinha, e nesse desprendimento deu mais que todos.
Porquanto
ela teve uma atitude de voluntariedade, caridade, amor e comprometimento com
Deus.
Aquela
viúva certamente entendia que Deus cuidaria do seu sustento.
Muitas
vezes damos pouco e ruim pensando que estamos dando muito e bom, esperando
receber muito mais do que damos.
Deus
não se engana com esse tipo de oferta.
Quando
abrimos o nosso coração para ofertar ao Senhor, lhe entregamos de coração, e
aquilo que fazemos de coração não há reservas, mesmo que não tenha tanto para
dar, o mínimo sendo de coração é tudo para Ele.
·
O desprendimento
A
falta de desprendimento, não permite que se dêem ao Senhor aquilo que Ele
merece.
A
nossa visão está mais focada em receber do que dá.
Os
discípulos de Jesus demonstraram essa preocupação mais em receber do que dá,
pensavam apenas no que haviam de receber, comer, vestir e calçar, no entanto o
Mestre deu-lhes uma grande lição, mostrando-lhes que não deviam estar
preocupados com essas coisas.
Os
desprendimentos das coisas materiais nos levam a servir melhor a Deus. (Mt. 6:25-34)
Jesus
sabia que eles necessitavam de tudo aquilo, mas que eles não deviam achar que
fosse o tudo.
O
nosso dinheiro não é a garantia de sermos aprovados por Deus, o que fazemos
para impressionar as pessoas e até pensando em impressionar a Deus estamos
enganados, Ele está atento aos mínimos detalhes daquilo que fazemos.
As
nossas ações e atitudes são observadas e recompensadas da maneira d’Ele e
quando vir em nós humildade de coração.
Jamais
toque alarido para chamar a atenção das pessoas para aquilo que você oferta
para a obra de Deus, isso não será importante para Deus.
Que
triste alguém que vem à casa do Senhor e tem a sua oferta rejeitada, porque com
Deus não se pode barganhar, ou se oferece a oferta, a adoração de coração, com
a vida ligada a Ele ou então melhor que nem ofereça.
O
que essas pessoas não entendem é que Deus nunca precisou e nem precisa de
recursos puramente humanos para levar a sua palavra, para levar a sua Igreja
por esta terra em nossa era, mas o que Ele sempre procurou e procura ainda
hoje, são os verdadeiros adoradores que o adorem em espírito e em verdade, Ele
sempre procurou corações abertos que não se rendam às coisas desse mundo, mais
que se dediquem a Ele em todos os momentos de sua vida.
O
Senhor nunca se preocupou com a quantidade da oferta, mas sim com a qualidade
dessa.
Era
só aquilo que a viúva tinha, e foi para essa oferta que Deus atentou.
O
que é que nós temos para oferecer ao Senhor?
Ofereçamos
de todo o coração, para que possa chegar a nossa oferta em odor suave diante do
nosso Deus!
Amém!!!
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