“Ah! Deus nosso,
porventura, não os julgarás? Porque em nós não há força perante esta grande
multidão que vem contra nós, e não sabemos nós o que faremos; porém os nossos
olhos estão postos em ti.” (II Cr. 20:12)
Esta
oração foi proferida por um rei da Judéia desesperado, mas confiante, chamado
Josafá.
Os
olhos de um mundo ansioso estão nessa crise de saúde global. Empresas e
escolas, no Brasil e no Mundo, estão atrasando suas atividades. As fronteiras
estão se fechando. E nos últimos dias, muitas companhias aéreas suspenderam
todas as viagens dentro e fora país.
Nossa
oração precisa ser: “Não sabemos nós o que fazer; porém os nossos olhos estão
postos em ti Senhor.”
Aquela
antiga perspectiva de Josafá é mais apropriada para hoje do que poderíamos
pensar.
Em
seu contexto, uma delegação perigosa de Edom estava se aproximando de Judá. Mas
sua fé era abrangente. Ele não estava confiando no Senhor apenas diante de uma
potencial derrota militar, mas para qualquer desastre que pudesse vir!
“Se
algum mal nos sobrevier, espada, juízo, peste ou fome, nós nos apresentaremos
diante desta casa e diante de ti; pois teu nome está nesta casa; e clamaremos a
ti na nossa angústia, e tu nos ouvirás e livrarás.” (II Cr. 20:9)
Josafá
tinha uma disposição à confiança, independentemente do perigo. Mesmo diante de
peste ou praga, ele clamava a Deus.
E,
dada a atual ameaça de pandemia, precisamos aprender a fazer o mesmo. Aqui
estão cinco aspectos, da confiança de Josafá em Deus, que podem nos ajudar hoje.
I.
Confie em
Deus com seus medos
“Então, Josafá temeu
e pôs-se a buscar o SENHOR; e apregoou jejum em todo o Judá.” (II Cr. 20:3)
Ele
não era sobre-humano; ele era normal. O passo inicial de quem confia na ajuda
de Deus, naqueles dias ou nos nossos, deve ser admitir fraqueza.
Pode
ser um bom remédio agora chegar diante do Senhor e dizer honestamente a Ele
como você está. Eu estou assustado. Estou frustrado. Estou com fome. Estou
solitário. Estou ferido. Estou exausto.
O
objetivo de expormos nossa dor não é apontar o dedo acusando Deus, mas o de
sermos sinceros, confiando n’Ele, mesmo em nossas preocupações mais profundas.
Josafá
escolhe confiar no Senhor, ao que também somos chamados. A confiança é sempre
uma escolha. E é isso que teremos que fazer repetidamente.
II.
Incentive
os outros a confiar em Deus
“Então, Josafá temeu e pôs-se a buscar o SENHOR; e
apregoou jejum em todo o Judá. E Judá se ajuntou, para pedir socorro ao SENHOR;
também de todas as cidades de Judá vieram para buscarem o SENHOR.” (II Cr. 20:3-4)
Depois
que Josafá busca a Deus, ele proclama um jejum nacional. O rei sabe de onde vem
a verdadeira ajuda e leva outros a irem até lá em busca de esperança.
Quando
todos, ao nosso redor, estão enlouquecendo e nossos vizinhos temem que o céu esteja
desabando, devemos lembrar uns aos outros que servimos a um Deus amoroso,
misericordioso e soberano, que não pode ser atingido pela pestilência ou pelo
vírus. “Nenhum mal te sucederá, nem praga
alguma chegará à tua tenda.” (Sl. 91:10)
Ao
levarmos nossas ansiedades ao Senhor em oração, podemos experimentar uma paz
que ultrapassa o entendimento. “Não
estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo
conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças. E a paz
de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os
vossos sentimentos em Cristo Jesus.” (Fp. 4:6-7)
E,
quando experimentamos tal paz, a esperança contra cultural, e muitas vezes contra
intuitiva, que temos em Cristo, é revelada. “E
não temais com medo deles, nem vos turbeis; antes, santificai a Cristo, como
Senhor, em vosso coração; e estai sempre preparados para responder com mansidão
e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós.” (I Pe.
3:14b-15)
Afinal,
nossa fé é pessoal, mas não privada.
III.
Clame a
Deus
“E pôs-se Josafá em pé na congregação de Judá e de
Jerusalém, na Casa do SENHOR, diante do pátio novo. E disse: Ah! SENHOR, Deus
de nossos pais, porventura, não és tu Deus nos céus? Pois tu és dominador sobre
todos os reinos das gentes, e na tua mão há força e poder, e não há quem te
possa resistir. Porventura, ó Deus nosso, não lançaste tu fora os moradores
desta terra, de diante do teu povo de Israel, e não a deste à semente de
Abraão, teu amigo, para sempre? E habitaram nela e edificaram nela um santuário
ao teu nome, dizendo: Se algum mal nos sobrevier, espada, juízo, peste ou fome,
nós nos apresentaremos diante desta casa e diante de ti; pois teu nome está
nesta casa; e clamaremos a ti na nossa angústia, e tu nos ouvirás e livrarás.
Agora, pois, eis que os filhos de Amom e de Moabe e os das montanhas de Seir,
pelos quais não permitiste que passasse Israel, quando vinham da terra do
Egito, mas deles se desviaram e não o destruíram, eis que nos dão o pago, vindo
para lançar-nos fora da herança que nos fizeste herdar. Ah! Deus nosso,
porventura, não os julgarás? Porque em nós não há força perante esta grande
multidão que vem contra nós, e não sabemos nós o que faremos; porém os nossos
olhos estão postos em ti.” (II Cr. 20:5-12)
Josafá
oferece um modelo de oração. Ele apela ao caráter de Deus, suas promessas e
suas ações no passado. A oração então culmina: “Porque em nós não há força perante esta grande multidão que vem contra
nós, e não sabemos nós o que faremos; porém os nossos olhos estão postos em
ti.” (II Cr. 20:12)
Talvez
você se sinta assim à luz do Corona vírus.
Talvez
você se sinta impotente contra um vírus ao qual possa ser exposto, mesmo quando
não houver sintomas visíveis.
Talvez
sua ansiedade aumente porque os especialistas ainda não têm certeza quanto a
todas as maneiras pelas quais esse vírus pode ser transmitido.
Você
pode se sentir desencorajado ao ver o número de infecções e mortes aumentar.
Nesse caso, junte-se a Josafá ao declarar que você está desamparado, mas sua
esperança está fixa no Deus Todo-Poderoso.
Quantas
de nossas orações devem terminar com uma frase como essa? Essa é a postura do
cristão. Apele ao caráter de Deus, confesse sua incapacidade e coloque seus
olhos no Senhor.
IV.
Lembre-se
da salvação de Deus
“Jaaziel disse: Dai ouvidos todo o Judá, e vós, moradores
de Jerusalém, e tu, ó rei Josafá. Assim o SENHOR vos diz: Não temais, nem vos
assusteis por causa desta grande multidão, pois a peleja não é vossa, senão de
Deus. Amanhã, descereis contra eles; eis que sobem pela ladeira de Ziz, e os
achareis no fim do vale, diante do deserto de Jeruel. Nesta peleja, não tereis
de pelejar; parai, estai em pé e vede a salvação do SENHOR para convosco, ó
Judá e Jerusalém; não temais, nem vos assusteis; amanhã, saí-lhes ao encontro,
porque o SENHOR será convosco.” (II Cr. 20:15)
Deus
responde enviando um profeta para lembrar a Judá que a batalha não lhes
pertence; isso pertence a Deus. Eles nem precisam lutar; eles podem
simplesmente sentar e assistir a salvação do Senhor em favor deles!
Este
é um pequeno exemplo, de uma batalha espiritual maior, para todos em todas as
épocas. Temos um problema letal sobre o qual não podemos fazer nada por conta
própria, embora tentemos. Temos que confiar em outro, porque essa batalha não é
para nós lutarmos. Ao confiarmos naquele que pode lutar em nosso nome, somos
convidados a sentar e assistir a salvação do Senhor.
O
Corona vírus pode se estabilizar na próxima semana. Ou pode piorar. Minha
família pode ser poupada dessa epidemia ou podemos nos tornar uma estatística.
Ainda olhamos para a salvação de Deus. Não porque Ele necessariamente prove seu
amor por mim protegendo-me de doenças, mas porque Ele já demonstrou seu amor
enviando Cristo para morrer por nós enquanto ainda éramos pecadores, para que
quem n’Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
“Mas Deus prova o seu
amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” (Rm. 5:8)
“Porque Deus amou o
mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele
crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo. 3:16)
Oro
para que esse vírus seja erradicado e para que minha família permaneça
saudável, mas Deus é bom, independentemente do que as próximas semanas
trouxerem.
Usamos
uma máscara ao ar livre e lavamos as mãos com frequência, mas nossa esperança
não está firmada nesses esforços.
Desejo
uma vida longa para mim e para você, para minha família e a sua, mas também sei
que o objetivo da vida não é escapar da morte física. Essa é uma tarefa tola. O
objetivo é estar preparado para quando a morte física inevitavelmente vier, estejamos
glorificando e desfrutando de Deus até aquele dia.
V.
Adoração
“E aconselhou-se com o povo e ordenou cantores para o
SENHOR, que louvassem a majestade santa, saindo diante dos armados e dizendo:
Louvai o SENHOR, porque a sua benignidade dura para sempre.” (II Cr. 20:21-22)
Josafá
confiou e guiou outros a confiarem em Deus. Mas observe o final: adoração. Antes
mesmo da vitória, o rei leva o povo a louvar: “E, ao tempo em que começaram com júbilo e louvor, o SENHOR pôs
emboscadas contra os filhos de Amom e de Moabe e os das montanhas de Seir, que
vieram contra Judá e foram desbaratados.” (II Cr. 20:22)
Essa
cena final faz parte da confiança em Deus. Porque se Deus é bom, e se sabemos
que podemos confiar n’Ele, podemos adorá-Lo mesmo em meio ao sofrimento.
Podemos louvá-Lo, mesmo sob a ameaça de perigo. Nós O glorificamos mesmo quando
os vírus se espalham.
Deus
não disse a Josafá para fazer isso. Ele não foi instruído por Deus a convocar
um culto.
Adorar
não é uma estratégia para fazer Deus agir. Adorar é uma resposta, porque
sabemos que Ele agiu e continuará a agir. É dessa maneira que devemos procurar
o Senhor.
Os
judeus saem no dia seguinte e a ameaça se foi. Não estou dizendo que Deus
milagrosamente resolverá todos os seus problemas se você começar a adorar. Mas
estou dizendo que seu maior problema, é o problema da descrença, e será
resolvido se você começar a adorar.
Diante
do Corona vírus, que os cristãos tenham uma confiança inabalável no Senhor,
mesmo quando não sabemos o que vem a seguir.
Mas
Deus está no controle de tudo.
Amém!!!
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