quinta-feira, 29 de setembro de 2016

FORTALECENDO A UNIÃO

“Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união! É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes. Como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião; porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre.” (Sl. 133:1-3)

Que maravilha, quando o povo do Senhor se reúne para fortalecer a união!
Quando o Povo de Deus se reunir para rever suas atitudes, Deus mostrará que também é preciso rever atitudes nos relacionamentos interpessoais, para que estes sejam fortalecidos.
Deus aponta o caminho e dá os recursos para que seus filhos se relacionem satisfatoriamente uns com os outros.

Davi, o autor deste Salmo, viu sua casa ser arrebentada por falta de união.
Possivelmente, por causa de seu escandaloso pecado, ele não se sentiu à vontade para exortar seus filhos.
Amnon violentou Tamar, sua meio-irmã, e Davi não o confrontou, nem confortou a filha.
Absalão matou Amnon, seu irmão, e o rei não interferiu.
Absalão conspirou e usurpou o trono do pai, e, depois de assumir o governo, matou o irmão Adonias.
Ao todo, foram três filhos assassinados e uma filha desonrada.
Na casa de Davi, havia ódio, conspiração, estupro e assassinatos, não união.
Por tanto sofrer com a falta dela, Davi aprendeu lições importantes sobre a união.
Vamos estudá-las aqui.

             I.        Para fortalecer a união, devemos combater seus oponentes.

Mal entendidos, fofocas, maldades, contendas, ciúmes, disputas são oponentes do fortalecimento da união e podem facilmente romper relacionamentos.
Amigos foram separados, quando afetados por adversidades relacionais.
Ninguém está imune a este tipo de adversidade, especialmente o crente.
Nossos inimigos, que são a carne, o mundo e o diabo, conspiram para arruinar relacionamentos e destruir a união entre os filhos de Deus, razão pela qual é preciso vigiar: “Vigiai, estai firmes na fé, portai-vos varonilmente e fortalecei-vos.” (I Co. 16:13)
Nenhum crente pode se dar ao luxo de baixar a guarda, quando se trata de união.
Adversidades relacionais podem ser vistas como oportunidades para crescimento na união.
Muitos relacionamentos foram abalados e até desfeitos por situações que poderiam facilmente ser resolvidas, se houvesse a consciência de que nossos três grandes inimigos atuam sem escrúpulos e sem clemência.
Quando há descuido, a união fica fragilizada.
Ao invés de sermos vencidos, vençamos com vigilância e sejamos como a “pipa” de papel, pois a pipa só sobe contra o vento.
Quanto mais fortes os ventos, mais unidos estejamos, para a glória de Deus.

            II.        Para fortalecer a união, devemos lutar por seu aperfeiçoamento.

Já observou como é fácil fazer as coisas erradas e é difícil fazer o que é certo?
Paulo tinha essa consciência.
“Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse faço.” (Rm. 7:19)
Sabedor de que, para manter a união, é preciso empenho, o apóstolo recomenda: “Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz.” (Ef. 4:1-3)
A idéia apresentada no texto é a de que é necessário todo esforço possível para que a unidade seja mantida.
O que Paulo diz aqui não é algo impossível, mas também não é algo que vem sem custo.
A unidade é resultado de nosso esforço consciente e adequado.
Precisamos lutar pela união.
A unidade da igreja é um desejo do coração de Deus e Jesus orou para que ela seja uma realidade.
À medida que nos empenhamos por fortalecer a união, cumpre-se em nós a oração de Jesus.
Ele pediu que fôssemos aperfeiçoados na unidade.
O desejo do coração de Cristo é que todos os seus filhos sejam aprimorados, que as arestas sejam tiradas e que tenhamos um contínuo crescimento para fortalecer o vínculo da paz.
Não podemos fugir à responsabilidade de fazer o que nos compete em favor da preservação e do aperfeiçoamento da união.

           III.        Para fortalecer a união, devemos incentivar a sua prática.

Quem quer glorificar a Deus, incentivará a unidade entre os crentes.
Por isso procuremos sempre as coisas que trazem a paz e que nos ajudam a fortalecer uns aos outros na fé. “Sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros.” (Rm. 14:19)
Ajudados pelo Espírito Santo, devemos trabalhar humildemente para manter a unidade.
“Então peço que me dêem a grande satisfação de viverem em harmonia, tendo um mesmo amor e sendo unidos de alma e mente. Não façam nada por interesse pessoal ou por desejos tolos de receber elogios.” (Fp. 2:2-3 NTLH)
Também é preciso incentivar os que querem a desunião a abandonar esses pensamentos mesquinhos.
Paulo nos dá a fórmula prática: “Irmãos, peço, pela autoridade do nosso Senhor Jesus Cristo, que vocês estejam de acordo no que dizem e que não haja divisões entre vocês. Sejam completamente unidos num só pensamento e numa só intenção.” (I Co. 1:10 NTLH)
Erroneamente, muitos cedem às divisões e até incentivam sua prática.
Fazem isso em nome da justiça.
Incitam um irmão contra outro, sem considerar o que a Bíblia diz.
“Os maus provocam divisões, e quem fala mal dos outros separa os maiores amigos.” (Pv. 16:28)
Ao contrário destes, incentivemos a prática da união entre os irmãos.

Duas imagens são apresentadas neste Salmo 133: o óleo e o orvalho, ambas ensinam que a união do povo de Deus não é algo que se construa somente pela habilidade humana, mas que Deus a envia do alto sobre o seu povo.
É como óleo que desce, é como orvalho que desce.
A verdadeira união, como todas as boas dádivas, vem de cima, é doada.
Por outro lado, se há falta de união entre os crentes, não se deve entender que Deus não a tenha enviado.
O ensino é de que a união tem origem em Deus.
Ele está agindo para manter a união, mas nós, crentes em Cristo, temos a responsabilidade de responder favoravelmente a esta ação.
Quando cada irmão fizer sua parte, a união acontecerá.


Amém.

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