sábado, 24 de setembro de 2016

A VOZ DE DEUS

“Portanto, como diz o Espírito Santo, se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais o vosso coração, como na provocação, no dia da tentação no deserto, onde vossos pais me tentaram, me provaram e viram, por quarenta anos, as minhas obras.” (Hb. 3:7-9)

Diuturnamente ouvimos muitas espécies de vozes, vozes de alerta, vozes de júbilo, voz de desespero, voz sedenta, voz desesperada, voz de encantamento, voz de alivio, voz de aflição, voz de amargura, voz de vitoria.
Os gritos soam de todos os lados, mas você consegue discernir de onde saíram essas vozes quais foram os lábios que as pronunciaram?

A Voz de João Batista ressoava por onde ele passava.
“Arrepende-vos!”
Disse: “Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.” (Jo. 1:23)
Aqui esta uma voz diferenciada, uma voz que ganha destaque, não só pelo seu timbre, mas pela profundidade do seu conteúdo, a voz que soava da garganta de João Batista, expressava o clamor que havia na sua alma, esta era simplesmente, a voz de Jesus Cristo.
Quando ele disse; eu sou a voz do que clama, ele estava falando que, aquilo que ele estava dizendo, não era dele, ele apenas era, porta voz.
João Batista era tão somente o eco que dava acoite a voz de advertência de Deus para com a humanidade.
Então, de quem verdadeiramente era o grito que convocava ao arrependimento e denunciava o pecado?
Certamente, não era de João e nem de nenhum dos profetas, nem tão pouco dos outros mensageiros de Cristo.

Quem de fato ordena que venhamos nos arrepender dos nossos erros, é Deus.
João como todos os demais que anunciavam e anunciam as boas novas do evangelho, nada mais são do que repassadores da vontade de Deus.
Jesus é a única voz que tem poder para atravessar o deserto da alma humana.
Essa sim é que adentra o nosso Ser, fazendo separação entre as juntas e medulas.
“Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.” (Hb. 4:12)
Assim é a voz do Espírito de Deus.
O único suficientemente capaz, e, que pode nos conscientizar dos nossos pecados, e, nos convencer que é preciso uma verdadeira mudança.
“E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo: do pecado, porque não crêem em mim; da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais; e do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado.” (Jo. 16:8-11)

João, como tantos outros, estava tão convicto disto, que abandonou a sua própria vida em prol do reino de Deus.
Eles estavam cientes da voz que ordenará em seu interior os projetos da salvação eterna, isto os condicionava a pronunciarem com mais intrepidez e ousadia a voz forte da verdade que explodia dentro deles, originando assim a essência da vida eterna.

Estes homens conheciam os mistérios de Deus, como também conheciam os adventos das trevas, e, o quanto a humanidade vive erroneamente sob o domínio da escuridão, propensos a sucumbir à voz do mal.
É por isto, que eles tinham que gritar com mais rigor e intensidade para sobressair-se.
E dizendo: “O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho.” (Mc. 1:15)
João, simplesmente, sentia na alma os mesmos sintomas do profeta Isaias.
Este, que antecedeu a mais profunda voz que deveria existir entre toda a humanidade.
Gritava veementemente a Salvação do Senhor.
“A voz do Senhor faz tremer o deserto; o Senhor faz tremer o deserto de Cades.” (Sl. 29:8)

Isaias já conhecia a profundidade do amor de Deus para com o Ser humano, ele premeditava a tão gloriosa promessa de Deus para com os homens.
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” (Is. 9:6)
Tanto quanto João, ele também transportava a voz de Deus dentro dele, porém, quem conseguia ouvir este tão estrondeante som?
“A voz do Senhor é poderosa; a voz do Senhor é cheia de majestade.” (Sl. 29:4)
A voz de Deus em Isaias gritou por diversas vezes.
“Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do Senhor?” (Is. 53:1)

Hoje, como estes que foram usados por Deus, nós também somos a voz do que clama no deserto, no mais sedento deserto do ser humano, a alma, onde está localizada a necessidade em ouvir a voz de Deus, por isso, que nós, também gritamos sob essa voz que rasga a nossa alma nos impulsionando a continuar a dizer: Arrependei-vos, eis o momento da salvação.
“A apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes; a ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê ornamento por cinza, óleo de gozo por tristeza, veste de louvor por espírito angustiado, a fim de que se chamem árvores de justiça, plantação do Senhor, para que ele seja glorificado.” (Is. 61:2-3)

Enquanto houver fôlego em nós, precisamos apregoar libertação, cura e salvação.
“O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor.” (Lc. 4:18-19)
Porque sabemos que tão logo, só prevalecerá o som que vingará de uma única voz.
“A voz de gozo, e a voz de alegria, e a voz de noivo, e a voz de esposa, e a voz dos que dizem: Louvai ao Senhor dos Exércitos, porque bom é o Senhor, porque a sua benignidade é para sempre; e a voz dos que trazem louvor à Casa do Senhor; pois farei que torne o cativeiro da terra como no princípio, diz o Senhor.” (Jr. 33:11)
A voz de triunfo daqueles que voltarão a viver no paraíso, próximo ao Todo Poderoso.
A voz do Senhor está a falar ao nosso coração agora, arrependei e crede em mim, sou Eu o Senhor teu Deus quem falo contigo.


Amém!!!

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