sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

A BUSCA PELA SANTIDADE

“Levantou-se, pois, Josué de madrugada, e, tendo ele e todos os filhos de Israel partido de Sitim, vieram até ao Jordão e pousaram ali antes que passassem. Sucedeu, ao fim de três dias, que os oficiais passaram pelo meio do arraial e ordenaram ao povo, dizendo: Quando virdes a arca da Aliança do Senhor, vosso Deus, e que os levitas sacerdotes a levam, partireis vós também do vosso lugar e a seguireis. Contudo, haja a distância de cerca de dois mil côvados entre vós e ela. Não vos chegueis a ela, para que conheçais o caminho pelo qual haveis de ir, visto que, por tal caminho, nunca passastes antes. Disse Josué ao povo: Santificai-vos, porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós.” (Js. 3:1-5) 

Um dos maiores desafios ao cristão nos dias atuais é buscar a santificação. Contudo ela é imprescindível. Não é opcional. Devemos nos santificar, pois esta é a única forma de nos prepararmos para encontrar com Deus.

A santificação é um processo que começa na conversão e só termina na glorificação. No entanto, nesse processo de busca pela santidade a nossa participação é importante. A decisão de crescer e buscar diariamente uma vida de santidade precisa ser nossa. 

Veja o que a Bíblia diz sobre essa verdade:

“Desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação.” (I Pe. 2:2)

“Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.” (Hb. 12:14)

“Antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno.” (II Pe. 3:18) 

Note que essas passagens mostram coisas e escolhas que fazemos, ações que realizamos. Na verdade, Deus de maneira intencional nos dá à oportunidade de participar do nosso processo de crescimento rumo à santificação da nossa vida.

No verso que lemos de Josué 3:1-5, encontramos algumas verdades que podem nos abençoar no processo da busca pela santidade.

O povo de Israel estava no limiar da conquista da terra prometida.

Porém, havia algo que precisava ser buscado para que o povo pudesse conquistar. Antes de conquistar a terra prometida o povo precisava se preparar para tomar posse dela. E a condição primeira era buscar a santidade.

Desta forma, o que podemos aplicar desse verso da palavra de Deus na busca da nossa santidade? O que Deus quer no ensinar hoje?

Destacamos à luz desse verso algumas verdades importantes: 

Buscar a santidade...


1.   É uma ORDEM clara de Deus.            

    “Santificai-vos”. 

Essa ordem divina era para os sacerdotes, para os levitas, para os homens, mulheres e crianças. Todos precisavam se santificar. Com isso aprendemos que todo o povo de Deus deve buscar a santidade.

Santidade não tem idade. Ser santo não é uma opção de vida apenas; é uma ordem clara de Deus que todos devem obedecer sem questionar.

“Santificação é o preço que Deus exige para o nosso crescimento”. Ninguém cresce sem santificação. Sem santificação não existe comunhão com o Pai. Sem santificação nosso relacionamento com Deus fica bloqueado.

Por mais que seja difícil busque viver esse alto padrão de estilo de vida, não desista! Persista e conte sempre com a ajuda de Deus.

Nunca esqueça: “O mesmo Deus que trabalhou por nós na redenção, trabalha em nós na santificação”. 


2.   É uma CONDIÇÃO para EXPERIMENTAR as maravilhas de Deus.

       Santificai-vos, porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós”. 

Com essa palavra Josué acreditava que no outro dia receberiam a vitória do Senhor.

Por isso buscou a santificação antes.

Sem a santificação não acontecem milagres.

Tudo fica difícil quando estamos distantes de Deus. Quanto mais perto estamos do Senhor, mais possibilidades teremos de experimentar o Seu agir.

Homens e mulheres santificados são canais por onde flui o poder sobrenatural de Deus.

A vitória de Israel sobre seus inimigos não seria resultado de seus esforços humanos, mas da intervenção divina. As maravilhas divinas deveriam ser precedidas pela santificação do seu povo. É a santidade que abre o caminho para se viver as maravilhas de Deus. “A santificação da nossa vida precede os milagres que vamos viver”.

Quando o povo de Deus se santifica, Deus opera maravilhas. Pela santificação você verá o que nunca viu e viverá o que nunca viveu. 


3.   É uma EXIGÊNCIA para ser observada HOJE.

    “Santificai-vos, porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós”. 

Se Deus vai fazer maravilhas amanhã e se a condição indispensável para essas maravilhas é a santificação do povo, então, devemos nos santificar hoje. Não podemos adiar essa ordenança divina.

A santificação é para hoje e não apenas para a eternidade. Na eternidade seremos glorificados. Mas, é aqui que começa o processo da santificação. Agora é o tempo de colocarmos tudo sobre o altar e voltarmo-nos para o Senhor de todo o nosso coração.

O melhor momento para começar a fazer uma limpeza geral em nosso coração é hoje! A santificação é o que falta para que milagres aconteçam em sua vida. 

CONCLUSÃO: 

Para santificar-se é preciso aprender uma nova conduta!

Podemos comparar a busca pela santidade com uma estrada em direção a um caminho muito distante. Enquanto você estiver na estrada, então estará no caminho certo e só Deus sabe quando chegará ao destino. Assim, é a santificação, pois devemos ir nesta direção, mas não podemos dizer que já chegamos.

“Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Todos, pois, que somos perfeitos, tenhamos este sentimento; e, se, porventura, pensais doutro modo, também isto Deus vos esclarecerá.” (Fp. 3:13-15) 

Mas o importante é estar no caminho certo e o Caminho é Jesus. “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” (Jo. 14:6)

Para isso precisamos pedir e buscar ajuda de Deus. “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á.” (Mt. 7:7-8) 

A santificação deve ser buscada! 

Como filhos amados do Pai, devemos buscar viver uma vida de santidade. A ordem imperativa de Deus para seus filhos é: “sejam santos”. O propósito é que tenhamos o caráter de Deus: “porque Eu sou santo”.

Quero concluir dizendo, para você que já foi salvo por Jesus: a santificação é a sua resposta em obedecer e viver em conformidade com essa nova posição que você conquistou, ou seja, a sua nova vida em Cristo Jesus. Como você tem vivido sua vida cristã? Nesta noite, Jesus quer ajudá-lo a sepultar de uma vez por todas o velho homem que está vivo em você.  Ele quer fazer você experimentar os milagres de uma vida de santidade.

Para reflexão: O que você tem feito para viver uma vida de santidade? Quais são os desafios para viver a santidade em sua vida?

Para oração: Oremos para que o Espírito Santo nos ajude a crescer em santidade.

Para aplicação: Decida romper com aquilo que impede você de viver uma vida de santidade. 

Busque a santificação!


VIVENDO UM NOVO TEMPO

“No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. As bases do limiar se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça. Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos! Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniquidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado. Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim.” (Is. 6:1-8) 

Deus tem um novo tempo para cada um de nós.

Quando olhamos para nosso presente e vemos as dificuldades que enfrentamos achamos que a fase difícil parece não passar. Mas tudo passa. O tempo de Deus é permanente e eterno. O tempo humano é passageiro.

O profeta Isaías era admirador do rei Uzias, também conhecido como Azarias. No vigésimo sétimo ano de Jeroboão, rei de Israel, começou a reinar Azarias, filho de Amazias, rei de Judá.” (II Rs. 15:1)

Foi ungido rei aos 16 anos de idade. “Todo o povo de Judá tomou a Uzias, que era de dezesseis anos, e o constituiu rei em lugar de Amazias, seu pai.” (II Rs. 14.21)

Mas ele se exaltou em sua prosperidade e desobedeceu a Deus quando queimou, algo que não lhe era permitido fazer, pois era restrito aos sacerdotes. “Mas, havendo-se já fortificado, exaltou-se o seu coração para a sua própria ruína, e cometeu transgressões contra o SENHOR, seu Deus, porque entrou no templo do SENHOR para queimar incenso no altar do incenso.” (II Cr. 26:16) 

A consequência foi uma lepra e a morte do rei, trazendo um tempo de decadência para o povo.

O ano da morte do rei Uzias foi um tempo muito difícil, mas quando Isaías entrou no templo, viu a glória de Deus, foi transformado e enviado para cumprir seu chamado profético.

Como viver o novo tempo de Deus?

Vamos refletir como o profeta Isaías descobriu o novo tempo que Deus preparou para ele:

 

             I.        Tempo de ver a Glória de Deus:

“No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. As bases do limiar se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça.” (Is. 6:1-4) 

O Profeta Isaías descobriu que aquele tempo difícil, na verdade seria o momento para que a glória de Deus se manifestasse.


a)    Entrar no templo:

“No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo.” (Is. 6:1) 

A primeira atitude de Isaías ao ver o caos social, foi buscar a presença do Senhor no templo. Ali seria o lugar certo para recomeçar tudo. Hoje o santuário de Deus somos nós e devemos buscar a Deus de todo o coração. “Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (I Co. 3:16) 


b)    Adorar a Deus:

“Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.” (Is. 6:2-3) 

O ambiente que Isaías presenciou foi de louvor e adoração dos anjos cantando ao Senhor. O louvor liberta e alegra. Quando adoramos em Espírito, Deus se faz presente em nossas vidas e muda todas as coisas. (Jo. 4:24) 


c)    Ver o Agir de Deus:

“As bases do limiar se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça.” (Is. 6:4) 

Quando o profeta entrou na casa de Deus, foi surpreendido pela glória do Senhor enchendo o templo. Não conseguiu fazer nada mais do que apenas contemplar o poder de Deus.

Quando confiamos no Senhor aprendemos a viver na dependência do Senhor vendo o seu poder se manifestar. “Não temais; aquietai-vos e vede o livramento do SENHOR que, hoje, vos fará; porque os egípcios, que hoje vedes, nunca mais os tornareis a ver.” (Êx. 14:13) 

Aquele tempo caótico se tornou o momento em que Isaías viu a glória de Deus.

Do mesmo modo em nossas crises podemos entrar no templo na presença do Senhor em adoração e contemplar o agir de Deus com sua poderosa mão sobre nós. “Ainda antes que houvesse dia, eu era; e nenhum há que possa livrar alguém das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá?” (Is. 43:13)

Este é o tempo de ver a glória de Deus! 

            II.        Tempo de Transformação:

“Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos! Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniquidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado.” (Is. 6:5-7) 

O profeta Isaías, após ser impactado pela glória de Deus passou a olhar para si mesmo e por isso entendeu que precisava de uma transformação em sua vida. 


a.    Arrependimento:

“Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos!” (Is. 6:5) 

Após entender a santidade de Deus entoada no louvor dos anjos, o profeta Isaías sente que é pecador e se arrepende de seus erros, confessando ao Senhor. Quando passamos por tempos difíceis, temos a tendência de culpar os outros, mas precisamos reconhecer nossas próprias faltas e nos corrigir com Deus. 


b.    Fogo do Espírito:

Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz.” (Is. 6:6) 

Quando Isaías confessou o pecado, um dos serafins pegou uma brasa de fogo no altar para queimar os lábios dele. Este fogo representa o poder do Espírito Santo em sua vida para lhe purificar e capacitar para o chamado profético que Deus lhe deu. 


c.    Perdão:

Com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniquidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado.” (Is. 6:7) 

O anjo declarou para Isaías que estava perdoado de seus pecados e agora estava livre para servir ao Senhor. A culpa prende e impede de prosseguir, mas o perdão traz liberdade e paz. 

Os tempos de provações são oportunidades para mudar nossas vidas. Somos moldados e levados ao fogo para ser preparados para receber sua bênção. Antes de Deus mudar as coisas ao nosso redor, primeiro quer mudar nossas vidas, o nosso interior.

Este é um tempo de transformação!

           III.        Tempo do Chamado de Deus:

“Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim.” (Is. 6:8) 

Após descobrir que aquele era o tempo de ver a glória de Deus e de ser transformado pelo Senhor, agora Isaías recebe um chamado profético. 


A.   Ouvir a voz do Senhor: 

A primeira coisa que acontece na vida de um profeta é ouvir a voz de Deus. Não pode falar de algo que não ouviu, mas torna-se responsável por transmitir o que ouve. Isaías ouviu a voz Divina e foi impactado pela mensagem espiritual que seria incumbido. “Então, disse ele: Vai e dize a este povo: Ouvi, ouvi e não entendais; vede, vede, mas não percebais. Torna insensível o coração deste povo, endurece-lhe os ouvidos e fecha-lhe os olhos, para que não venha ele a ver com os olhos, a ouvir com os ouvidos e a entender com o coração, e se converta, e seja salvo. Então, disse eu: até quando, Senhor? Ele respondeu: Até que sejam desoladas as cidades e fiquem sem habitantes, as casas fiquem sem moradores, e a terra seja de todo assolada.” (Is. 6:9-11) 

Se você está vivendo um tempo difícil, apenas se coloque diante de Deus para ouvir a sua voz em seu coração. 


B.   Ser conduzido por Deus: 

A partir daquele encontro com Deus, a vida do profeta Isaías seria conduzida pela direção do Senhor para sua vida. Deveria ir onde o Senhor o guiasse por mais difícil que pudesse ser. Deixe Deus conduzir a sua vida através do sopro do Espírito Santo. “O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito.” (Jo. 3:8) 


C.   Obedecer à vontade de Deus: 

Isaías descobriu que Deus está acima de tudo e que sua vontade é soberana, passando a aceitar o que Deus tinha para ele, tornando-se obediente a tudo o que Deus lhe falasse. Se Deus te deu um chamado, obedeça ao propósito de Deus para sua vida e seja feliz na presença do Senhor.

“E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Rm. 12:2) 

O tempo mais difícil da vida de Isaías se tornou o seu chamado para o ministério profético. A partir dele foi anunciado o plano de Deus para o seu povo. Em momentos difíceis de nossas vidas Deus proporciona oportunidades novas para nos usar e mostrar seu poder.

Este é um tempo do chamado de Deus para sua vida!

Deus tem um novo tempo para você! 

A partir daquele dia Isaías passou a proclamar o novo tempo de Deus para o povo, como ano aceitável, entendendo que cada crise é uma oportunidade para o agir sobrenatural de Deus.

“O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados; a apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os que choram.” (Is. 61:1-2) 

Deus tem um novo tempo para sua vida, mas será necessário parar de olhar problemas e contemplar a glória de Deus, aceitar ser transformado para que você também seja renovado e então receber o chamado do Senhor para cumprir a Sua vontade.

Aceite o tempo de Deus para sua vida! 

Amém!!!

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

CARNAVAL: CULTO A SATANÁS


“Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito. Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.” (Rm. 8:5-8) 

É com tristeza e pesar que vejo a nossa nação parar todos os anos a fim de se dedicar às práticas carnavalescas. Digo com tristeza, porque sei que estes dias não são apenas de festa, mas de culto a Satanás. O Brasil oferta ao inferno um profundo louvor nestes dias de feriado dedicados a toda espécie de paixão carnal. 

Não estou exagerando. O carnaval não é apenas uma festa. Suas origens são satanistas. Seus elementos, sem exceção, ofendem a santidade e o Nome do Senhor. Todavia, muitos não sabem que estão cultuando, homenageando o Príncipe das Trevas durante estes feriados malditos. Propaga-se que esta é uma festa da alegria. E, o raciocínio do mundo é: “o que tem de mau buscar momentos de alegria e descontração?” O problema é que a fonte dessa alegria não é Deus, mas as paixões carnais.

Apesar de toda a propaganda que é feita nessa época no sentido de que o carnaval é uma festa de amor, alegria e paz, a verdade é que nas comemorações do carnaval há muita briga, agressões e mortes. O saldo de violência só não é pior porque o poder público desloca milhares e milhares de policiais para os circuitos do carnaval, a fim de conter a violência. Ora, uma festa de amor, paz e alegria não deveria precisar da polícia para conter os ânimos dos carnavalescos. 

Segundo os historiadores, o carnaval teve suas origens no Antigo Egito, como uma celebração à deusa Isis. Os gregos adicionaram às comemorações o sexo e a bebedeira em louvor ao deus Dionísio. Os romanos rechearam toda essa podridão infernal com as bacanais e toda espécie de luxúria carnal que marcavam tais ‘festas’. 

Não preciso dizer que o cristianismo não tem qualquer parte nisso. As práticas pecaminosas e idólatras dessas comemorações são e sempre serão contrárias à Santidade do nosso Deus. No entanto, a fim de trazer tais cultos rituais à sociedade ‘cristianizada’, (mas que de Cristo não tem nada), da Idade Média e Moderna, Satanás cuidou de lhes retirar o caráter místico, introduzindo-os na cultura dita cristã como uma festa, um festejo, um momento de alegria. Como? Coube ao Papa Paulo II, no século XV) adicionar nas comemorações as festas de máscaras, com um tom de inocência e brincadeira, bastante disfarçado, como, aliás, é típico do dono e senhor desta festa, o enganador da humanidade: Lúcifer. 

Os elementos do carnaval que se comemora hoje, em pleno século XXI, são os mesmos do passado: música, bebedeira, sexo livre e toda sorte de imoralidade. Apenas o seu aspecto de culto foi obscurecido da maioria, que não enxerga que está em pleno ritual de adoração a Satanás. Nas cidades brasileiras onde o carnaval é comemorado em peso, há toda uma preparação ritualista relacionada com o ocultismo, com invocação de entidades espirituais das trevas. 

É lastimável ver o nosso país parar a fim de prestar esse culto a satanás e à carne. Como Igreja do Senhor nos entristecemos por tantos que oferecem os seus corpos, com mais avidez, a toda sorte de pecados. É uma festa de desonra à santidade de Deus. E a cada ano vemos nos noticiários que ela tem se tornado pior, mais agressiva ao Senhor, mais blasfema, mais carnal. 

O carnaval é uma figura da vida do homem sem Deus: um ano inteiro de preparativos, muita cor, luz, entusiasmo, para terminar na quarta-feira de cinzas, retornando à triste realidade da falta de paz, de dinheiro, de amor, da miséria material e espiritual que domina grande parte do nosso povo. 

Jesus é digno de toda adoração. Satanás busca usurpar esta adoração. Sempre foi assim. É lamentável o carnaval. É lamentável esses feriados. É lamentável que as chaves das principais cidades deste país são simbolicamente entregues ao Inimigo de Deus. Crianças, jovens e velhos: todos são envolvidos nesse culto. Há espaço para todos, ricos, pobres, todos, todos mesmos são conclamados a prestar o seu louvor. 

Como Igreja do Senhor Jesus queremos proclamar que nosso louvor pertence a Jesus. Nossos corpos são o templo do Seu Espírito. Nossos lábios são instrumentos com os quais louvamos e bendizemos o Seu Nome. Um dia, todo o joelho se dobrará diante de Jesus e toda língua confessará que Ele é o Senhor. (Fp. 2:9-11) Hoje, a Igreja é o testemunho do Senhor na Terra e desde já vive para confessar o senhorio de Cristo e engrandecer o Seu Nome. 

Clamamos ao Senhor que liberte os nossos compatriotas do domínio de Satanás e que muitos venham a receber a grande Salvação que há em Cristo Jesus, pois, “onde abundou o pecado, superabundou a graça.” (Rm. 5:20) 

Irmãos em Cristo Jesus não caiam neste engodo!

Deus detesta o carnaval. 

Pr. Alcir Marinho

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

A HISTÓRIA DAS TRÊS CRUZES

“Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra ele, dizendo: Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós também. Respondendo-lhe, porém, o outro, repreendeu-o, dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença? Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez. E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.” (lC. 23:39-43) 

Haviam dois caminhos que saíam de Jerusalém. Um deles descia para Jericó e o outro subia em direção ao Gólgota. Ao longo do primeiro, os marginais viviam sua vida corrupta roubando, violentando e aterrorizando inocentes viajantes.

Ao longo do segundo, esses mesmos marginais pagavam o preço de sua vida errada, carregando uma cruz para serem mortos no topo da montanha. O lugar era chamado o “Monte da Caveira” por que era ali que os delinquentes eram executados.

Naquele tempo não existia maneira mais cruel e humilhante de se punir uma pessoa. Nem a moderna cadeira elétrica, a guilhotina ou a forca podem ser comparadas com a desgraça e o miserável sofrimento que suportava o marginal lá pendurado.

Eram minutos e horas, morrendo lentamente na cruz. De dia o sol queimava sem piedade suas carnes; à noite então, o vento gelado da montanha castigava o corpo enfraquecido do moribundo. 

A morte na cruz era símbolo da morte do pecador que vai morrendo lentamente, atormentado pelo sol da culpabilidade ou pelo frio gelado da consciência, sempre afligindo e gritando interiormente: “Você não presta. Você nunca conseguirá sair daqui. Tudo o que você merece é a morte”.

Havia momentos em que o condenado implorava a morte. Era preferível morrer a viver morrendo.

Você já se sentiu assim alguma vez? Esmagado, achando que não vale nada. Três cruzes levantaram-se lá no topo da montanha, e três transgressores estavam ali prontos a morrer. 

Os ladrões tinham quebrado a lei Romana. Jesus, a lei de Jerusalém. Eles tinham quebrado a lei de Deus. Jesus tinha apenas quebrado a tradição. O legalismo nunca percebera a diferença.

No meio daquelas cruzes pendia Jesus, suportando o pior dos três.

Você já pensou no significado daquela morte? A missão de Jesus tinha sido sempre a de salvar os pecadores. Viveu com eles, procurou-os onde estavam e achou-os, amou-os, perdoou-os, transformou-os e agora morria entre eles.

Ele passou as últimas horas da sua vida na companhia dos pecadores, não com os cidadãos que se julgavam bons e direitos, mas com ladrões, assassinos, marginais tão cruéis que tinham sido amarrados na cruz para morrer como bestas do deserto, exterminados como animais selvagens porque o mundo tinha perdido a esperança de reformá-los. 

Temos que lembrar sempre que o nosso Mestre, o Senhor Jesus, viveu e morreu entre os pecadores para poder salvá-los. Pode haver um momento na vida em que, cansados de escorregar vez após vez, olhamo-nos no espelho da vida e clamamos desapontados: “Não adianta, eu nunca conseguirei.”

Pode ser que por algumas circunstâncias , estejamos a ponto de perder a consciência em nós mesmos. O mundo não acredita mais em você. A família não acredita, nem a igreja, nem as pessoas mais próximas e nem você mesmo; mas por favor, olhe para o topo da montanha e veja seu amigo Jesus morrendo e gritando: “Filho, eu acredito em você, para Mim você não é um caso perdido, porque você acha que Eu estou aqui pendurado entre ladrões?” A crucifixão revelou o que há de pior no coração humano, concentrando toda a sua vileza e ódio na pessoa de Jesus. 

Lá na montanha do calvário, três homens olhavam um para o outro, no momento da morte. Parte da tortura era contemplar a agonia do homem ao lado. De repente, um deles olhou para Jesus e disse: “Senhor, se Tu és o Cristo, salva-te a Ti mesmo e a nós também”. 

Ele mantinha o seu orgulho e justificação própria até o final. Ele disse: “se”, palavra ridicularizante de dúvida e acusação que os homens continuam usando até hoje. Na realidade, ele estava dizendo: “você não é melhor do que eu. Você precisa tanto de ajuda quanto eu e ainda mais porque você está no meio.

Você diz que é o Filho de Deus, o Rei de Israel. Quero ver se consegue fazer alguma coisa agora.” Você já percebeu que enquanto Cristo acreditava nos homens, estes sempre duvidaram d’Ele?

O ladrão disse: “Se Tu és o Cristo, salva-te.” Os sacerdotes disseram: “Se Tu és o Rei desce.” Satanás disse: “Se Tu és o Filho de Deus, lança-Te.”

Mentes arrasadas pela dúvida reclamaram sempre uma demonstração de poder, como se o poder fosse capaz de fazer o que não fizera o amor. O anelo supremo do ser humano sempre foi o de se ver livre do sofrimento. “Salva-Te a Ti mesmo e a nós também”, pedimos. 

Nós escaparíamos da crucifixão se pudéssemos, mas aliás, buscamos mais a Deus quando estamos com problemas. Jesus sofreu sozinho pelo povo que amava, por que aqueles que d’Ele escarneciam com o terrível “Se...” Jesus não castigou aquela falta de fé. 

Apenas pediu perdão para aqueles que zombavam d’Ele. E esta atitude ascendeu a esperança em um dos ladrões. “Claro” – pensou ele – “se o perdão é para os que O estão crucificando, ele pode ser para mim também.” Algum tempo atrás ele havia visto Jesus amando e curando as pessoas.

Naquela ocasião tinha se sentido impelido a abandonar sua vida de crimes, mas rejeitou o convite divino, continuou sua vida errada, e agora estava sofrendo a terrível consequência de sua decisão. Perceba que suas primeiras palavras não são um pedido de perdão, mas de defesa para Jesus. 

Olhando para o outro ladrão disse: “Você não tem medo de Deus, estando na mesma situação? Nós juntamente pagamos o preço de nossos erros, mas este homem não fez nada errado.” Era verdade, Ele não tinha feito nada de errado. Se algum erro podia se Lhes atribuir seria apenas o fato de amar o ser humano com um amor sem limite.

Mas ali estava Ele, pendurado entre o passado e o futuro, entre a vida e a morte, entre o presente a eternidade. Ali estava Ele pendurado na cruz. O arrependido ladrão reconheceu sua culpa: “Nós com justiça sofremos”. Ele admitiu que era um pecador que precisava de ajuda, e estava disposto a procurá-la, mesmo que fosse na última hora de sua vida. E eu e você, o que faremos com a nossa vida cheia de falhas? 

O primeiro ladrão acusou a Jesus de ser tão culpado quanto ele. O segundo rejeitou o orgulho e a justiça de seu colega, declarando: “Este não fez nada de errado.” E arrependido, agora suplicou: “Senhor, lembraTe de mim quando entrares no Teu reino.” 

Veja o homem agonizante falando para o Deus homem em agonia. Veja como o ladrão arrependido dá a Jesus outra oportunidade de realizar aquilo pelo qual o Senhor deixara o céu – salvar pecadores da eterna perdição. Não importa como você está amigo, você pode falar com Deus, pedindo-Lhe ajuda. O que Jesus mais quer é uma oportunidade para atuar em sua vida. 

O ex-ladrão não pediu liberação do sofrimento ou vingança contra os seus carrascos. Ele disse: “Lembra-Te de mim.”

O que havia em seu passado que valesse a pena lembrar? Crimes, desonestidade, rejeição de oportunidades de endireitar sua vida? Realmente, não havia nada que valesse a pena relembrar, contudo ele disse: “Lembra-Te de mim”, porque embora não tivesse um bom passado, ele tinha um presente, e nesse presente ele aceitou por fé aquele Deus homem que estava morrendo ao seu lado.

Ele creu, percebeu a miséria de seu passado e arrependeu-se. Foi o único homem que teve fé no agonizante Salvador nessa hora terrível e, apesar de estar envolto pelas sombras da morte, olhou para Jesus e pensou: “Senhor, Tu és a minha vida!”

Quando tudo parecia perdido, quando até os discípulos de Jesus tinham perdido a fé, este estranho na cruz creu. Este é o maior testemunho de fé em toda a Bíblia. Esta é a mais incrível história de conversão. 

Muitos creram no Cristo dos milagres, dos alimentos multiplicados e dos atos extraordinários, mas só o ladrão acreditou que a vida poderia vir d’aquEle ser agonizante e enfraquecido. Você entende amigo, mesmo que seu passado tenha sido negro, no presente, Jesus quer mudar sua vida.

A fé desse homem animou Jesus naquela hora tenebrosa e encorajou-O a continuar Sua missão. Luzes saíram da escuridão e iluminaram o cenário. E a paz repousou no rosto de ambos na cruz. Até aquele momento três homens estiveram morrendo sozinhos.

Depois disto, só um deles ficou sozinho, os outros dois morreram juntos. Simplesmente, creia neste que morreu para nos salvar. Embora todas as posses tivessem sido tiradas dos condenados, ninguém podia tirar do ex-ladrão o poder da fé, e ninguém seria capaz de tirar de Jesus o poder do perdão. 

Agora veja como a fé do homem arrependido alcançou outros em meio à multidão. Através de sua conversão, o centurião encarregado da crucifixão também se converteu. Aqui está a essência do plano da salvação: Jesus ofereceu perdão, um ladrão o aceitou, e seu testemunho leva um centurião a aceitar também a Jesus. Quantos mais terão aceito a Jesus naquela ocasião?

Só Deus e a eternidade o dirão. Agora, da cruz, símbolo de ofensa e vergonha, vem a certeza da salvação. “Hoje”, disse Jesus, “apesar de meu aparente fracasso, Eu te prometo que estarás comigo no paraíso.” Que contraste entre o início e o fim daquele dia na vida do ladrão! 

Ao nascer o dia ele estava condenado, culpado, esperando com medo a hora da morte, o último sofrimento, a mais terrível punição, a suprema humilhação. Mas ao entardecer, o mesmo 6 homem tornou-se uma pessoa salva, perdoada, sem culpa, limpo de todo o pecado passado, porque alguém morreu ao seu lado e pagou o preço. 

É assim que opera o evangelho na vida das pessoas. O primeiro ladrão pediu pra ser liberado do castigo que seus erros mereciam e morreu em seus pecados. O segundo aceitou o castigo terreno mas achou libertação da morte eterna. Alguns podem tomar o ex-ladrão como exemplo e dizer: “Peço agora e me arrependo depois”.

Mas este seria um caminho perigoso. A história Bíblica nos diz que um se arrependeu e o outro não. O Senhor perdoará, mas o preço da aceitação adiada é muito mais alto. Nós o pagamos com a nossa vida consumida, e, além do mais, corremos o perigo de não aceitá-Lo no momento final. 

Nunca é tarde para Deus, mas pode ser tarde para nós, se adiarmos a decisão. Quem pensa: “Peco agora e me arrependo depois”, não conhece os devastadores efeitos do pecado na vida. Deus está esperando minha decisão, antes que o pecado arruíne minha vida ao ponto de Ele não poder mais livrar-me do sofrimento físico em consequência de meus atos. 

CONCLUINDO: 

Dois caminhos saíam de Jerusalém. Um para Jericó, outro para o calvário. No caminho para Jericó, certo dia um homem arriscou sua vida para cuidar da vítima de um ladrão, e pagou por ele o preço de seu tratamento.

No caminho que sobe ao calvário, outro homem, voluntariamente e por amor; tornou-se a vítima e pagou com Sua própria vida a cura da culpabilidade do ladrão. Não gostaria você de olhar para o calvário e exclamar também: “Senhor, Tu és a minha vida?”

Assim como Jesus tornou-se a solução para a vida daquele ladrão, Ele deseja ser a solução para a nossa vida. Olhemos para o calvário e aceitemo-Lo como nosso Salvador. 

Amém!!!

 

A AMARGURA E A FALTA DE PERDÃO

“Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem.” (Hb. 12:14-15) 

Na nossa caminhada cotidiana, costumamos carregar bagagens emocionais. Muitas vezes andamos pesados em função de medos, ansiedades, preocupações, culpas, mágoas, etc. Precisamos estar bem atentos a um dos pesos que mais atrapalha a nossa caminhada e que tem poder para destruir toda a nossa vida. Trata-se da raiz de amargura e da falta de perdão. 

O perdão traz cura onde a mágoa gerou doença. O perdão traz reconciliação onde a mágoa gerou afastamento. O perdão traz alegria, onde a mágoa produziu tristeza e dor. O perdão restitui aquilo que a magoa saqueou. O perdão é a faxina da mente, a limpeza dos porões do coração. De fato, perdão é uma das colunas do cristianismo, é impossível desenvolvermos um relacionamento com Deus, falhando no perdão e amor com as pessoas. 

Desentendimentos, brigas, separações e mágoas acontecem todos os dias pela falta de perdão. O perdão só existe porque todos nós podemos cometer erros, e sem ele, seria impossível mantermos relacionamentos saudáveis com as pessoas.

Perdão é uma decisão baseado no amor. Perdão não é apenas uma confissão de lábios vazios, mas sim uma atitude de coração. Quando realmente perdoamos uma pessoa, nosso relacionamento com ela passa a ser como antes da ofensa. 

O problema da amargura 

O texto fala em santidade. Em sua opinião, o que é santidade?

Santidade tem a ver com ser puro, ser diferente, e evitar o mal. Mas ser santo também significa tornar-se parecido com Deus. E ser parecido com Deus, segundo a Bíblia, deve alcançar todas as expressões do nosso caráter, incluindo a capacidade de sempre perdoar. No texto que lemos, a santidade está relacionada com viver em paz com todos, ou seja, ter um bom relacionamento com todos.

Você pode dizer que tem um bom relacionamento com todos?

O que significa para você estar em paz com todos? Você acredita que hoje está vivendo em paz com todos?

Estar em paz com todos significa não ter problemas no nível relacional, estar bem com todos e não guardar rancor e mágoas contra ninguém. E isso é tão sério que o autor afirma que guardar ofensas e amargura no coração nos impedirá de sermos perdoados de nossos pecados, já que escolher não perdoar nos exclui da graça de Deus. Foi o que Jesus revelou na oração do Pai Nosso: “Perdoa as nossas dívidas assim como perdoamos aos nossos devedores.” (Mt. 6:12) 

O inimigo sempre almeja nos afastar de Deus e do nosso destino em Cristo, ele insiste em tentar plantar sementes de ofensa em nossa mente e coração para gerar uma raiz de amargura. Pode ser através de algo simples, como sentir-se ignorado, ou através de coisas bem sérias, como descobrir que maldisseram de você, mentiram ou enganaram você, traíram você, etc. São sementes de ofensa que gradualmente vão se transformando em raízes de amargura, porque quando ofendidos, decidimos não perdoar de imediato a quem ofendeu. Essa recusa em perdoar estanca o fluir da graça de Deus. 

A verdade é que quando deixamos de oferecer perdão àqueles que nos ofenderam, somos os primeiros e os grandes prejudicados. É certo que não podemos controlar o que as pessoas pensam ou falam a nosso respeito, nem o que fazem contra nós. Mas a boa notícia é que, com a ajuda de Deus e através do Seu poder, podemos controlar como reagimos a tudo isso. 

A passagem bíblica que lemos nos alerta sobre a raiz de amargura por duas razões principais:

                             I.        A amargura tem uma raiz muito perigosa

                        Cuidem… Que nenhuma raiz de amargura brote e cause perturbação.” (Hb. 12:15) 

Como toda raiz, a amargura é perigosa porque ela cresce abaixo da superfície, invisível à princípio, e ninguém percebe a raiz crescendo mais e mais profundamente.

Podemos ter sido machucados ou ofendidos e nem saber que aquela ofensa agora gerou uma pequena raiz de amargura em nosso coração, e que ela está crescendo com o tempo.

As pessoas à nossa volta não percebem que estamos magoados, mas à medida que alimentamos o ressentimento, que não perdoamos, aumentamos a amargura ao invés de eliminá-la logo no começo. Chega um momento em que ela brotará e aquela raiz até então oculta, escondida, agora vem à luz, e o problema já não é apenas nosso. Ele se torna dos outros, e contamina muita gente.

Quanto mais tempo permitirmos que a raiz de amargura se aloje dentro de nós, mais ela se aprofundará, se espalhará e mais difícil será removê-la. Por isso é que a raiz de amargura é tão perigosa.

                           II.        Amargura produz um fruto venenoso.

                    “Cuidem… Que nenhuma raiz de amargura brote e cause perturbação, contaminando a muitos.” (Hb 12.15) 

Amargura não é apenas uma raiz; é uma raiz que produz frutos ruins. Ela contamina você, mas contamina os outros à sua volta também. Uma ofensa pode contaminar muita gente. Sem saber, podemos estar envenenando pessoas próximas de nós, porque amargura é venenosa.

Podemos ver isso no dia-a-dia: Uma pessoa magoada pode dividir toda uma família, pode acabar com um GCEM, ou pode estragar todo o ambiente de trabalho, só para citar alguns exemplos. E se nós não tomarmos muito cuidado, nós podemos estar na igreja celebrando o amor de Deus, mas, ao mesmo tempo odiando alguém em nosso coração. Ou podemos estar recebendo a graça de Deus, mas sem conseguir oferecer graça alguma àqueles que estão à nossa volta, porque amargura nos exclui da graça de Deus. 

Honestamente, você tem guardado rancor em seu coração? Carrega uma ferida escondida ou está nutrindo uma ofensa antiga?

Você percebe a existência de raiz de amargura em seu coração? Consegue avaliar as consequências deste sentimento ruim no coração? 

Como eliminar a raiz de amargura? 

Vamos ler o que Apóstolo Paulo nos ensinou:

“Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade. Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus perdoou vocês em Cristo.” (Ef. 4:31-32) 

Segundo esta passagem bíblica, como nos livramos da amargura? 

Nós podemos nos livrar da raiz de amargura sendo bondosos e compassivos. Isso mesmo, nós matamos a amargura com compaixão. Precisamos entender que, em geral, o Reino de Deus opera de maneira exatamente oposta à natureza humana.

Jesus disse que se você deseja ser grande, então sirva aos outros. O oposto!

Alguém bate em seu rosto, ofereça a outra face. O oposto!

Você quer se livrar da raiz de amargura, então ame; tenha compaixão!

Na epístola aos Romanos, o Apóstolo Paulo ensina algo bem parecido: “Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem.” (Rm. 12:21)

Só há uma maneira de vencer o mal: é fazer exatamente o oposto do que a natureza humana faria. Lembre-se: você não pode controlar o que o outro faz, mas pode controlar como você responde ao que fazem contra você.

Jesus ensinou sobre isso de uma forma inacreditável e desafiadora. Ele disse: “Mas eu digo a vocês que estão me ouvindo: Amem os seus inimigos, façam o bem aos que os odeiam, abençoem os que os amaldiçoam, orem por aqueles que os maltratam.” (Lc. 6:27-28) 

Ou seja, uma das melhores maneiras de mostrar compaixão por alguém, e uma das melhores maneiras de esquecer a ofensa, é orar por aquele que fez mal a você. Sua oração pelos outros pode não mudar o comportamento deles, mas quando ora, você sempre irá mudar. Nós matamos a amargura com compaixão.

Nós também matamos a raiz de amargura com o perdão.

Como faço para perdoar algo que parece imperdoável?

O Apóstolo Paulo nos responde no mesmo texto de Efésios 4.32: “Antes, sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.”

Observe bem: Deus não está pedindo para você produzir nada. Ele sabe que você não conseguiria produzir tal amor e compaixão, e oferecer tamanho perdão. Ele apenas pede que você passe o que você já tem recebido d’Ele. E isso é totalmente diferente. 

Como você faz para perdoar toda ofensa contra você? Você perdoa exatamente como Jesus perdoou você? E como foi que Jesus lhe perdoou?

Ele o perdoou incondicionalmente, imediatamente, generosamente, absolutamente, completamente. Ele foi para a cruz não para pagar pelos erros d’Ele; Ele subiu e morreu ali para pagar os seus pecados.

Temos que olhar para o que Ele fez por nós, ao morrer para nos perdoar de tantos pecados. E assim como Ele fez, assim como Ele nos perdoou, nós também devemos e podemos perdoar. 

Não permita que uma raiz de amargura cresça e perturbe, machuque, trave e roube sua alegria de viver e sua benção, trazendo ressentimentos sem fim. Não permita isso. Não faça isso com você mesmo. 

DOENÇAS PODEM SEREM CAUSADAS PELA FALTA DE PERDÃO 

São doenças que iniciam na mente e afloram no corpo com reações estranhas, que, em muitos casos a própria medicina desconhece. É a mente sendo levada cativa por uma força maior do que ela. Quando feridos por alguém, frustrados por uma situação e não conseguimos superá-los, somos atropelados por danos psicológicos, as chamadas doenças da alma. 

Nós somos uma sociedade que está adoecendo. O número de pessoas que têm procurado ajuda psicológica e psiquiátrica nunca foi tão alto e isso está em todos os jornais, revistas, programas de TV. Mas há outro lado que precisa ser enxergado: o resultado da nossa vida estressada, corrida, ferida emocionalmente, não está apenas nas doenças da mente, mas também nas doenças do corpo. 

As nossas emoções adoecem o nosso corpo físico. A raiva, a mágoa, o ressentimento, a culpa, que se materializam na falta de perdão, causam, comprovadamente, uma série de males à nossa saúde física como o infarto e até mesmo, segundo alguns indícios, o câncer. 

Quando falo sobre perdão e o que a falta de perdão causa em nós, muita gente ainda não acredita que eu esteja falando sobre ciência. Então quero te contar que existe no Brasil um grupo de médicos que há vários anos pesquisam o efeito do perdão, e da falta de perdão, no nosso corpo, um campo que eles chamam de medicina e espiritualidade, mas não é uma espiritualidade ligada à religião, mas à crenças, valores e princípios. 

As enfermidades da alma controlam tanto a vida das pessoas, que acabam prendendo várias outras juntas, numa espécie de corrente maligna. Vejamos aqui as mais conhecidas: 

Ansiedade – (inquietação, medo descontrolado do que ainda não existe, falta de confiança);

Distimia – (falta de motivação, auto-estima baixo, preguiça);

Angústia – (vazio da alma, desespero interior profundo, solidão);

Depressão – (vontade promíscua, maus pensamentos, inclinações ao pessimismo, desejos nocivos); 

Opressão – (falta de reação, prisão, visão vedada, escravidão, obsessão);

Paranóia – (mania de grandeza, mania de perseguição, egoísmo e egocentrismo); 

Síndrome do pânico – (mente ocupada pelo medo de encontrar com o medo, correr dos monstros criados pela própria mente, insegurança);

Esquizofrenia – (ouvir e ver os sentimentos feridos, conversar com as fantasias e sentir os traumas);

Toc – (transtorno obsessivo compulsivo) – Escravidão total da mente por meio de repetições exageradas e pensamentos absolutamente destruidores das funções normais da mente; 

Loucura – (descontrole total das atividades: da Mente ativa, razão, memória, raciocínio sem sincronismo, pensamentos sem nexo); Suicídio – (fatalidade que ocorre com aqueles que não buscam ajuda em Deus). 

Geralmente estas doenças têm como causa a falta de perdão a uma ofensa. Porque os traumas, feridas, desenvolvem dentro de cada indivíduo, sensações estranhas e desconhecidas que não são facilmente descobertas. Essas doenças desenvolvem com maior intensidade em pessoas que são presas a si mesmas. Ou seja, não tem uma comunicação clara e saudável para o mundo externo, de suas emoções. 

A falta de perdão a uma ofensa pode levar o indivíduo a ter uma dupla personalidade. Perdoar é decidir viver acima do rancor. Imagine alguém morando dentro de você! Sem que você queira que ele esteja aí? 

Quando o indivíduo não supera uma ofensa, ele acaba convidando o ofensor a morar dentro dele.

Algumas doenças psicossomáticas levam a dupla personalidade, isso é porque o ofendido com sua ferida passa a viver em torno de um problema e de uma ou mais pessoas, em todas as suas decisões. 

Se as pessoas soubessem que o perdão é terapêutico, evitariam dores e doenças psicossomáticas. Provavelmente, perdoariam muito mais ou não se sabotariam. Muitas pessoas preferem carregar a dor a ter que perdoar. Usam o não perdão como um castigo para o outro e mal sabem que a falta de perdão não prejudica o outro, mas a si mesmo.

Raiva e ressentimento se voltam contra aqueles que as sentem. Quem vive ressentido, com raiva, sofre muito, ainda que não saiba. Seu inconsciente transforma a falta de perdão em dor física e, muitas vezes, em doenças graves, podendo até desencadear ou provocar alguns tipos de câncer.

É provado cientificamente que o perdão alivia a alma, cura alguns tipos de transtornos psíquicos, e aumenta o sistema imunológico. Já a dificuldade de perdoar aumenta as dores emocionais, causa doenças e pode ser um grande fator para agravar a depressão, por exemplo. 

A mágoa contínua durante muito tempo é extremamente nociva para o corpo, a alma e o espírito. Afinal, quem não perdoa, limita as suas possibilidades de amar, e se paralisa, não produz para a vida. Pessoas que não conseguem perdoar, geralmente, são imaturas emocionalmente, têm muitos problemas de saúde física e emocional. 

Como podemos estar próximos de Deus, se não conseguimos colocar em prática seu maior mandamento que é o amor e o perdão? Como podemos estar tranquilos com nossa mente em paz, se sempre estamos remoendo a raiva de alguém que nos magoou, é verdade, mas, que deve estar vivendo sua vida, enquanto estamos remoendo a mágoa? 

O perdão é uma oportunidade para se libertar de amarras negativas do passado e seguir adiante. Sendo assim, perdoar é uma ação libertadora que simboliza a inteligência e permite o amadurecimento de uma pessoa. Não perdoar impede a chance de viver novas possibilidades e ter mais satisfação na vida pessoal.

A mágoa contínua durante muito tempo é extremamente nociva para o corpo, a alma e o espírito

Há um outro estudo realizado na Universidade da Califórnia, em que 332 pessoas foram acompanhadas por cinco semanas. Foi detectado que o nível de estresse era diretamente proporcional à quantidade de ressentimento e raiva, e diminuía quando as pessoas perdoavam. Ou seja, a capacidade de perdão está intimamente ligada a capacidade de perdoar. O perdão é, sim, capaz de apagar o impacto negativo do estresse e da angústia gerados pelas piores situações que já vivemos. 

Ex: Alguém que foi ferido por outro com infidelidade, e a todo o momento da sua vida, em que, precisa confiar em alguém, diz que, não confia em ninguém, por ter sido traído no passado. Significa que esta pessoa está presa à outra que a ofendeu. 

DEPRESSÃO 

A depressão já é conhecida como a doença do século causando problemas difíceis de resolver deteriorando sua saúde mental. 

Todo dia temos que lidar com o estresse no trabalho, nas contas a pagar e em outros problemas cotidianos. Passamos da calma para a raiva em segundos e em meio a esse descontrole alimentamos vícios que não passam de fugas da realidade. Tudo isso torna simples o aparecimento da depressão. 

O que é a depressão? 

Não há nada mais natural do que sentir-se deprimido de vez em quando, seja por uma perda, ou por uma derrota. O normal é superar esse momento e para isso cada um tem seu ritmo e isso deve ser respeitado.

Porém, quando essa tristeza insiste em permanecer e tornar-se ainda mais intenso, e muitas pessoas chegam até a praticar a automutilação, então isto já é um bom sinal para procurar ajuda com um especialista ou algum outro tipo de ajuda. A depressão é uma doença tratável e se controlada não irá atrapalhar sua vida. 

Como o perdão ajuda no combate a depressão?

A depressão pode surgir por nós não sabermos lidar com a forma como os outras se comportam com relação a gente. Lidar com as expectativas, frustrações, falta de educação dos outros não é fácil e geralmente é imprevisível.

Mas o que pode ser controlado é a maneira como você reage a essas pessoas permitindo-se perdoar essas atitudes. Também não ache que é somente os outros que deve perdoar, pois muitas vezes é importante perdoar a si mesmo. Isso não é para tornar você mais passivo, mas sim para que veja as situações de uma forma mais positiva. Haverá energia de sobra para enfrentar seus problemas e melhorar a própria situação.

Essa atitude cria uma camada de proteção contra a depressão e seus sintomas contornado suave e tranquilamente situações muito tensas.

O perdão irá te libertar!

Ao liberar o perdão logo você se sentirá livre da pressão diminuindo a ansiedade, o estresse e longos períodos de tristeza que são os grandes causadores da depressão. Perdoando você estará disponível para ver a vida de uma forma mais claro e com energia de sobra para enfrentar os problemas e superar os próprios limites. 

Combata a depressão com o poder do perdão. 

Se você tem uma amargura em seu coração, entenda como isso é perigoso e prejudicial; não permita que este sentimento domine o seu coração nem mais um minuto.

A grande dificuldade é que só consegue perdoar quem já foi perdoado. Daí a importância da conversão genuína: só um coração novo, só uma pessoa que nasceu de novo consegue perdoar, porque pode entender quão grande e impagável era a sua dívida para com Deus, mas que mesmo assim o perdoou.

Perdão é algo que recebemos, mas tem que ser algo que também passamos para aqueles que nos ofenderam. Quem não perdoa torna-se prisioneiro da ofensa, das lembranças e de cadeias de amargura e ressentimento.

O perdão traz cura onde a mágoa gerou doença. O perdão traz reconciliação onde a mágoa gerou afastamento. O perdão traz alegria, onde a mágoa produziu tristeza e dor. O perdão restitui aquilo que a magoa saqueou. O perdão é a faxina da mente, a limpeza dos porões do coração. De fato, perdão é uma das colunas do cristianismo, é impossível desenvolvermos um relacionamento com Deus, falhando no perdão e amor com as pessoas. 

Desentendimentos, brigas, separações e mágoas acontecem todos os dias pela falta de perdão. O perdão só existe porque todos nós podemos cometer erros, e sem ele, seria impossível mantermos relacionamentos saudáveis com as pessoas.

Perdão é uma decisão baseado no amor. Perdão não é apenas uma confissão de lábios vazios, mas sim uma atitude de coração. Quando realmente perdoamos uma pessoa, nosso relacionamento com ela passa a ser como antes da ofensa. 

Amém!!!