quinta-feira, 2 de março de 2023

O PODER DA UNIDADE


“Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer. Pois a vosso respeito, meus irmãos, fui informado, pelos da casa de Cloe, de que há contendas entre vós. Refiro-me ao fato de cada um de vós dizer: Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo.”
(I Co. 1:10-12)

Acabamos de ler, que a Igreja de Corinto estava tendo um problema sério de divisão. A igreja se dividiu basicamente em 4 grupos: o grupo dos irmãos que só queriam ser liderados por Paulo, o grupo dos irmãos que só queriam ser liderados por Cefas (Cefas era Pedro), o grupo dos irmãos que só queriam ser liderados por Apolo e o grupo daqueles que não queriam ser liderados por ninguém, apenas por Cristo. Então, para resolver esse problema, Paulo escreve a carta e roga para que eles não tenham divisões; pelo contrário, que eles tenham uma mesma linguagem, um mesmo pensamento e um mesmo parecer. Em outras palavras, Paulo suplica com todas as suas forças para que os irmãos tenham unidade.

E, agora, eu te pergunto: por que Paulo queria tanto que os irmãos tivessem unidade? Por que a unidade é tão importante no meio da igreja?

             I.        A UNIDADE TEM O PODER DE NOS GUARDAR 

Esses dias, eu estava vendo um vídeo bem interessante que mostrava um bando de búfalos selvagens na África. No vídeo, enquanto os búfalos estavam andando pelo meio da mata, bebendo água no rio, apareceu um bando de leões famintos atacando para tudo quanto é lado. Só que o pior de tudo era que no meio desses búfalos tinha um filhotinho indefeso e os leões foram com tudo para cima dele. Sabe como ele é que ele conseguiu se salvar? Porque os demais búfalos do bando voltaram para defendê-lo. Eles vieram com tudo para cima e os leões que eram minoria saíram correndo de medo.

Você pode achar que isso é só um vídeo da natureza, mas isso tem tudo a ver com o que nós estamos falando, porque a unidade tem o poder de nos guardar. Você já parou para pensar o que aconteceria se um soldado resolvesse ir sozinho para a guerra? Com certeza ele iria morrer. E, é isso o que nós precisamos ter em mente: nós estamos envolvidos em muitas batalhas diárias. Todos os dias você tem desafios que precisam ser superados, todos os dias você tem lutas que estão sendo travadas, seja no trabalho, seja na família, seja em casa com os pais, com os filhos, em tudo quanto é lugar. E, se nós estivermos sozinhos nisso tudo, só existe um resultado que é a derrota.

É isso o que o diabo quer, ele quer ver você sozinho, ele quer afastar você da comunhão, ele quer quebrar a unidade porque assim você se torna uma presa muito mais fácil.

Além disso, Eclesiastes 4:9-12 que diz assim: “Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante. Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só, como se aquentará? E, se alguém prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa.” (Ec. 4:9-12)

Em outras palavras, o que ele está dizendo aqui é que se você vive a vida cristã sozinho, na hora em que você cair, não vai ter ninguém que vai te ajudar a levantar. Agora, se você anda sempre junto, em unidade, no momento em que você mais precisar, sempre vai ter alguém para te ajudar.

É por isso que nós fazemos tanta questão de caminharmos juntos. É por isso que nós fazemos tanta questão que você esteja envolvido num G100, caminhando junto com outros irmãos, lado a lado. Nós não queremos ver você sendo derrotado porque está caminhando sozinho. Juntos nós somos mais fortes.

Por que a unidade é tão importante no meio da igreja?

            II.        A UNIDADE TEM O PODER DE LIBERAR O SOBRENATURAL DE DEUS

“Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus. Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles.” (Mt. 18:18-20)

 Quando Deus me enviou para esta Comunidade, algo pulsou no meu coração: Eles estão como ovelha que não tem Pastor.

Os irmãos sabem que nós passamos um tempo muito difícil no último ano. O Pastor Paulo estava gravemente doente.

Nós tínhamos que encontrar uma solução para o milagre acontecer. E sabe quando o milagre começou a acontecer? Sabe quando as coisas começaram a mudar? No dia em que nós oramos em unidade, com um só coração, na igreja, reunião do G100, no lugar secreto, todos unânimes. Foi impressionante, porque depois que nós oramos juntos, as coisas começaram a mudar. E o milagre aconteceu.

É por isso que é importante você entender uma coisa: nós temos que entrar no nosso quarto e orar em secreto sim (Isso tem o seu valor), mas assim como Jesus nos mostrou, nós também temos que orar juntos como igreja, em unidade, porque isso tem o poder de liberar o sobrenatural de Deus no nosso meio.

Era isso o que o Senhor estava mostrando para nós aqui: “tudo o que ligardes na terra, terás sido ligado nos céus; se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem Deus irá fazer.”

Por que a unidade é tão importante no meio da igreja?

          III.        A UNIDADE TEM O PODER DE PREVALECER SOBRE O INIMIGO

“Indo Jesus para os lados de Cesareia de Filipe, perguntou a seus discípulos: Quem diz o povo ser o Filho do Homem? E eles responderam: Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou algum dos profetas. Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou? Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus. Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” (Mt. 16:13-18)

Só para os irmãos entenderem melhor o que está acontecendo aqui, Jesus estava junto com os Seus discípulos em uma cidade chamada Cesaréia de Filipe. Essa cidade era extremamente idólatra. Para os irmãos terem uma ideia, na entrada da cidade, havia uma estátua enorme do imperador César Augusto junto com um grupo de homens que eram os seus ministros (Esse grupo de homens era conhecido como Eclésia). Eclésia era esse grupo de ministros do Imperador, mas também era exatamente a mesma palavra grega usada por Jesus para se referir à Igreja.

No versículo 18, Jesus disse: “Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja.” [Em outras palavras, sobre esta pedra edificarei a minha Eclésia]”. NO ORIGINAL GREGO, A PALAVRA IGREJA AQUI É ECLÉSIA.

Então, aqui nessa passagem nós vemos duas coisas bem importantes. A primeira delas é que Jesus tinha um desejo no coração de ter também a Sua equipe de ministros, de ter a Sua Eclésia, a Sua Igreja.

Eu fico até imaginando a cena, Jesus apontando para a estátua do Imperador e dizendo para os discípulos d’Ele: “Está vendo o Imperador? Ele tem a sua Eclésia e Eu também quero edificar a Minha!” Essa é a primeira conclusão que nós tiramos desse versículo. Mas, depois, Jesus continua dizendo no versículo 18: “e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;”

Lembra que eu falei que essa cidade de Cesaréia de Filipe era muito idólatra? Pois, então: próximo de onde Jesus estava, também tinha uma caverna onde as pessoas da cidade ofereciam sacrifícios de animais, sacrifícios humanos e mantinham relações com as chamadas prostitutas cultuais. Tudo isso, como forma de adoração aos deuses deles. E, como era o nome dessa caverna? Portas do Inferno. O negócio era tão feio e tão assustador naquele lugar, que as pessoas o conheciam como portas do inferno. Elas acreditavam que os espíritos saiam do inferno e vinham para a terra a partir dali.

E, agora eu te pergunto: o que foi que Jesus disse em relação as portas do inferno? Ele disse que as portas do inferno não iriam prevalecer contra a Igreja. Ele disse que os demônios e tudo quanto é coisa ruim nesse mundo não iriam prevalecer contra a Igreja. E, aqui, nós precisamos nos atentar para algo: tem muita gente que acha que sozinho consegue prevalecer contra o inimigo. Existem coisas que você sozinho vai orar, vai repreender, vai resistir e você vai prevalecer. Todavia, para as coisas mais sérias e mais importantes, você sempre vai precisar da ajuda da Eclésia, da Igreja do Senhor. É por isso que nós precisamos andar juntos, é por isso que nós precisamos andar em unidade, precisamos ter um só coração, para podermos prevalecer contra o inimigo.

Por que a unidade é tão importante no meio da igreja?

         IV.        A UNIDADE TEM O PODER DE NOS LEVAR MAIS LONGE

Eu não sei quantos já perceberam como as gaivotas voam. Durante o inverno, a maioria das aves migram do norte para o sul procurando comida e procurando uma temperatura mais quente e agradável. Só que tem um detalhe: as gaivotas nunca voam sozinhas e elas sempre voam em formato de V. A gaivota que está na frente corta a resistência do ar, de maneira que as gaivotas que estão atrás não sentem tanto o efeito dessa resistência; quando a gaivota da frente está cansada, ela vai para o final do grupo descansar, onde a resistência é menor; além disso, as gaivotas que estão atrás emitem um som de motivação para as que estão na frente, para elas não pararem; e, como se não bastasse, quando uma gaivota tem algum problema, outras duas gaivotas deixam o bando e ficam com ela até que o problema seja resolvido. Segundo os especialistas, dessa forma, as gaivotas conseguem voar 70% mais do que se estivessem voando sozinhas.

E, eu te pergunto: essa atitude nos fala a respeito de que? DE UNIDADE.

A unidade tem o poder de nos levar mais longe. Nós temos como grande exemplo de igreja para nós a Igreja Primitiva de Atos. Foram tantas coisas preciosas, poderosas e maravilhosas que aconteceram no meio daquele povo. Um dos maiores avivamentos de toda a história da Igreja aconteceu naquela época. E, sabe por que? PORQUE ELES TINHAM UNIDADE.

“E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos. Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade. Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.” (At. 2:42-47)

O nosso Deus é um Deus grande, que tem grandes coisas para nós individualmente e como Igreja. Todavia, o que vai determinar até onde nós iremos chegar, o que vai determinar o nosso alcance é a nossa unidade.

Sozinho eu não posso chegar em lugar nenhum, mas estamos juntos, você pode ter certeza de uma coisa, nós temos o poder de mudar toda a nossa comunidade para honra e glória do Senhor.

CONCLUSÃO

Nós cristãos temos um Deus em comum, temos uma fé em comum, temos uma missão em comum e um inimigo em comum. Por isso precisamos notar que o que nos une é muito maior do que aquilo que nos diferencia uns dos outros. O objetivo da unidade cristã é “que todos sejam um para que o mundo creia” e se queremos que o mundo creia, precisamos ser um.

O povo de Deus vivencia um evangelho marcado pela cruz de Cristo, que é vertical e horizontal, então quando assumimos como válido para nossas vidas o sacrifício feito por Jesus nessa cruz, nos reconciliamos com Deus (vertical) e com o mundo (horizontal). Por isso o sacrifício de Jesus foi completo e determinante, pois nos ensina a “amar a Deus sobre todas as coisas (vertical) e ao próximo como a si mesmo (horizontal).”

Jesus disse que “bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.” (Mt. 5:9) Se você é um filho de Deus, então trabalhe para ajudar sua igreja estar unida e também que se una com outras comunidades de fé dentro ou fora de sua denominação.

Um só coração!!!

Amém!!!

O DESEJO DO CORAÇÃO DE JESUS


“Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim.”
(Jo. 17:20-23) 

Vivemos num mundo marcado por diferenças e divisões de todos os tipos, mas quando nos voltamos para Deus em Cristo, todas as diferenças são anuladas e todas as divisões são derrubadas, pois “para com Deus não há acepção de pessoas” (Rm. 2:11) e “o Senhor não vê como vê o homem.” (I Sm. 16:7)

Em sua oração por nós, Jesus pediu enfaticamente que fossemos unidos, pois sabia que separados estaríamos vulneráveis. Precisamos seguir o exemplo de Barnabé quando conheceu os irmãos de Antioquia “viu a graça de Deus e se alegrou.” (At. 11:23) A unidade cristã ensina a nos alegrar ao ver a graça de Deus em outros irmãos, como disse Paulo que “se alguém confia de si mesmo que é de Cristo, pense outra vez isto consigo, que, assim como ele é de Cristo, também nós o somos.” (II Co. 10:7) 

Jesus sempre foi a favor que houvesse união entre os irmãos, durante o tempo em que durou o seu ministério. Ele pregou aos seus discípulos a importância de estarem unidos, e isso seria contado a favor do Reino de Deus, e a plena certeza que Jesus foi verdadeiramente enviado por Deus.

A glória de Cristo tem origem na união d’Ele com o Pai “como tu, ó Pai, o és em mim...”

O capítulo 17 de João registra a chamada oração sacerdotal de Jesus. Nessa oração, Jesus pede pelos seus discípulos, pois o tempo de sua partida havia chegado. O grande clamor com o qual Jesus finaliza sua oração é pela unidade dos seus discípulos, na verdade a sua Igreja. Por três vezes, ele pede ao Pai que eles sejam um.

Só existe outra situação em que Jesus repetiu por três vezes a sua oração: foi quando agonizava no Getsêmani, pedindo que a vontade do Pai se cumprisse.

O fato de ter repetido por três vezes a mesma súplica sugere algo de vital importância e de significado extraordinário. 

O padrão de unidade estabelecido por Jesus para a Igreja foi: “assim como nós somos um.”

A nossa unidade tem que ser como a de Jesus e o Pai: santa e perfeita, expressando a perfeição de Deus.

A unidade é inerente à natureza divina e precisa ser enxertada na natureza da igreja.

O Princípio da Unidade diz que, embora sejamos diferentes, devemos compreender que fazemos parte do Corpo de Cristo, e precisamos aprender a conviver uns com os outros, respeitando o jeito de ser de cada um e que, na hora que precisar, devemos estar prontos a ajudar, socorrer e trabalhar juntos para o benefício de todos. 

Essa é uma das poucas áreas em que Jesus exige uma perfeição. No versículo 23, “aperfeiçoados na unidade” também pode ser entendida por “perfeitos em unidade”.

Sabemos que a perfeição é praticamente impossível em muitas situações e condições da vida humana. Porém, acerca da unidade, o padrão requerido por Jesus é a perfeição.

Assim sendo, moralmente falando, as motivações que norteiam nossos relacionamentos podem e devem estar cem por cento purificadas de todo ressentimento, malícia e egoísmo.

Jesus afirmou que uma casa dividida não subsistirá. “Todo reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá.” (Mt. 12:25)

Isso vale para qualquer instituição: famílias, empresas e igrejas. A unidade é fundamental para a igreja. Por isso, esta tem sido uma das áreas em que satanás mais trabalha; ele tenta trazer divisão e enfraquecer a Igreja do Senhor Jesus. 

Vamos considerar quais são as promessas de Deus para a igreja que caminha em unidade: 

Porque Satanás trabalha tanto para dividir a Igreja? Se buscarmos na palavra, o que acontece quando há unidade entre os irmãos fica muito claro. 

      I.                               A unidade traz orações respondidas

“Digo-lhes a verdade: Tudo o que vocês ligarem na terra terá sido ligado no céu, e tudo o que vocês desligarem na terra terá sido desligado no céu. Também lhes digo que se dois de vocês concordarem na terra em qualquer assunto sobre o qual pedirem, isso lhes será feito por meu Pai que está nos céus. Pois onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio deles.” (Mt. 18:18-20) 

Existe poder na oração em concordância. A oração em concordância dá a dimensão de unidade, de se ter um só coração e um só propósito.

Quando isso acontece, as orações são respondidas. A igreja recebe poder para ligar e desligar.

Quando oramos juntos, somos “contaminados” pela necessidade da oração; o amor pelos irmãos e a unidade são intensificados; a fé é fortalecida e o poder espiritual se multiplica.

Quando Jesus utiliza a expressão “digo-lhes a verdade”, ou em outra tradução “em verdade, em verdade vos digo”, Ele está usando a mesma força do amém. Amém não é apenas assim seja e sim uma expressão muito mais forte que significa que o que foi dito é firme e confiável.

Os princípios ensinados podem ser aplicados à nossa vida prática e às atividades do reino na terra, à igreja e aos membros do corpo. E como dissemos, somente é alcançado pela oração conjunta e requer total UNIDADE! 

A palavra concordar, no grego “symphoneo”, significa soar juntos, fazer sinfonia. É como em uma orquestra, cada um toca um instrumento, todos entram no momento exato e o som é perfeito. Quando concordamos em unidade estamos fazendo sinfonia e as nossas orações são respondidas e fazem o braço de Deus se mover. 

Vamos concordar que o Brasil é do Senhor Jesus e é uma nação missionária. Vamos concordar que ganharemos a cidade de Salvador para Jesus. Vamos concordar que atingiremos o nosso alvo. Vamos concordar que os nossos G100 são uma bênção, verdadeiras maternidades de novas criaturas. Vamos concordar em dar a Deus toda glória! A Ele seja a glória para todo sempre, amém!

    II.                               A unidade traz derramamento do Espírito

“Como é bom e agradável quando os irmãos convivem em união! É como óleo precioso derramado sobre a cabeça, que desce pela barba, a barba de Arão, até a gola das suas vestes. É como o orvalho do Hermom quando desce sobre os montes de Sião. Ali o SENHOR concede a bênção da vida para sempre.” (Sl. 133:1-3)

O salmista Davi usa duas lindas figuras para declarar a consequência de os irmãos viverem em união. 

A primeira delas é o ÓLEO sendo derramado sobre Arão, o sumo sacerdote.

A Palavra de Deus afirma que somos sacerdócio real, povo de propriedade exclusiva de Deus. (I Pe. 2:9)

Arão representa a igreja do Senhor, aqueles que fazem parte do corpo de Cristo. O óleo na Bíblia é símbolo do Espírito Santo. Quando Samuel apanhou o chifre cheio de óleo e ungiu a Davi na presença de seus irmãos, o Espírito do SENHOR apoderou-se dele, (1 Sm 16.12-13) 

A segunda figura, o ORVALHO, refere-se ao orvalho que desce do monte Hermom para os montes de Sião.

O monte Hermom, com 2.814 metros de altitude, está quase sempre coberto de neve, enquanto as terras ao redor queimam pelo sol de verão.

À noite, ele libera um orvalho que rega a terra aos seus pés, e os montes mais baixos da cadeia de Sião, proporcionando fertilidade contínua. Isaías profetizou sobre o derramamento do Espírito sobre a igreja usando uma figura semelhante: “Pois derramarei água na terra sedenta, e torrentes na terra seca; derramarei meu Espírito sobre sua prole, e minha bênção sobre seus descendentes.” (Is. 44:3) O Espírito de Deus faz-nos férteis, dando fruto para a glória de Deus.

Assim, as duas figuras apontam para o derramamento do Espírito sobre a Igreja; e a unidade entre os irmãos dispara o gatilho para que isso aconteça. 

   III.                              A unidade traz conversões a Cristo

“Para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. Dei-lhes a glória que me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos um: eu neles e tu em mim. Que eles sejam levados à plena unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente me amaste.” (Jo. 17:21-23) 

Como vimos anteriormente na introdução, Jesus clama para que haja unidade no meio do seu povo e declara que, quando formos um, quando andarmos em unidade, o mundo vai crer que o Pai O enviou. E não apenas isso, mas também crerão no amor de Deus.

Nessa oração, Jesus estabelece um princípio-chave do evangelismo: de que as pessoas creriam n’Ele quando fôssemos um, como Ele e o Pai são um. Em outras palavras, experimentaremos uma colheita abundante, com multidões se rendendo ao Senhor, quando andarmos em unidade. 

A maior parte da população mundial tem consideração por Jesus, acha importantes seus ensinamentos, mas não crê que Ele é o filho de Deus, enviado para salvar o mundo e também não crê no amor de Deus. Para se ter uma ideia do grande desafio que temos pela frente, só no Brasil, apenas 22% da população brasileira se declara convertida a Jesus. A unidade vai destrancar as portas fechadas para o avanço do evangelho. 

Quando congregarmos possuímos um grande valor espiritual, mas quando congregamos e andamos em unidade ninguém poderá nos resistir. 

  IV.                                 A unidade é a essência do próprio Deus

“Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito.” (I Co. 6:17) 

O real valor da unidade encontra-se no Senhor, que tudo formou e tudo sustenta através de Seu amor e compaixão, sendo um só Deus e manifestando-se através da Trindade: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.

Assim como Eles encontram-se um no outro, sendo unidos, nós n’Eles fomos constituídos também unidade, isso significa que o nosso esforço, trabalho, evangelização, e todos os nossos atos, deveriam expressar a nossa unidade, que foi constituída na Trindade.

O grande objetivo de Jesus Cristo é ter um corpo de pessoas, como Igreja, que não apenas se amem, mas que, por tanto se amarem, tornem-se um só corpo “tendo em si o mesmo sentimento”, como Paulo aconselha, pensando a mesma coisa e sendo permeados pela mesma consciência, uma vez que o Cabeça, o Cérebro, e a Consciência da Igreja é Cristo. 

    V.                               A unidade glorifica a Deus

“Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos.” (Jo. 17:22)    

Jesus declarou que transmitiu a Glória de Deus para que seus seguidores fossem um. Juntos deveriam visualizar somente a glória do Pai e nunca glorificar aos homens. (Jo. 12:43)

A união deve ser em prol de um objetivo comum e o principal é glorificar a Deus.

Muitos crentes idolatram sua denominação e com isso estão dando glória ao homem. Mas Deus não divide a sua glória com ninguém. (Is. 42:8)

A primeira barreira a ser transposta para que haja união verdadeira no corpo de Cristo é o preconceito, a ignorância e o desrespeito. Mas quando o povo de Deus se une, a glória é toda do Senhor Deus.

O Pentecostes fez com que milhares de pessoas de lugares, culturas, idiomas e pensamentos diferentes viessem a se entender e se compreender, unindo-se num só propósito: servir a Deus. Por isso só o Espírito Santo pode traduzir nossas “línguas” e fazer-nos entender em nossas diferenças, promovendo a unidade na diversidade.

A Igreja como corpo de Cristo não pode se “conformar com este mundo”, mas deve buscar a “renovação da nossa mente” (Rm. 12:2) e da mentalidade do povo de Deus que ainda tem visto a esposa de Cristo como dividida em si.

É bom seguirmos o exemplo de Daniel que quando o rei Nabucodonosor mandou chamar todos os sábios, magos e encantadores do reino, que certamente seriam de diversas religiões, Daniel atendeu o chamado e foi como representante da sua fé e do seu Deus e nem por isso se dobrou diante de outros deuses. 

Conclusão 

Nós cristãos temos um Deus em comum, temos uma fé em comum, temos uma missão em comum e um inimigo em comum. Por isso precisamos notar que o que nos une é muito maior do que aquilo que nos diferencia uns dos outros. O objetivo da unidade cristã é “que todos sejam um para que o mundo creia” e se queremos que o mundo creia, precisamos ser um.

O povo de Deus vivencia um evangelho marcado pela cruz de Cristo, que é vertical e horizontal, então quando assumimos como válido para nossas vidas o sacrifício feito por Jesus nessa cruz, nos reconciliamos com Deus (vertical) e com o mundo (horizontal). Por isso o sacrifício de Jesus foi completo e determinante, pois nos ensina a “amar a Deus sobre todas as coisas (vertical) e ao próximo como a si mesmo (horizontal)”.

Jesus disse que “bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus” (Mateus 5.9). Se você é um filho de Deus, então trabalhe para ajudar sua igreja estar unida e também que se uma com outras comunidades de fé dentro ou fora de sua denominação.

Queremos ser um povo só, falando uma só linguagem. Temos visto muitas coisas da parte de Deus, mas isso é só o começo daquilo que Deus fará através de nós, pois não haverá limites para aquilo que fizermos para o Senhor, pois onde há unidade, há a benção de Deus. Sempre que damos um passo em direção a unidade, Deus nos abençoa ilimitadamente.

A oração de Jesus pedindo ao Pai: “Que eles sejam levados à plena UNIDADE”, expressa não apenas um desejo do coração do Salvador, mas é também o maior segredo para que o mundo conheça o amor de Deus! É esse o nosso maior desejo como igreja.

Agora chegou a vês de nós nos unimos e nos amarmos incondicionalmente. Precisamos rompe a barreira da divisão, e declarar o amor que temos um pelo outro.

Se quisermos alcançar o coração não só dos nossos amigos, familiares, vizinhos, colegas de trabalho, mas de todos aqueles que o Senhor nos dá para cuidar; se quisermos receber todas as promessas de Deus para nós, precisamos buscar a UNIDADE.

Não há como expressar o amor de Cristo se nós, Sua igreja, não formos conhecidos como um único corpo.

Se as pessoas nos olharem e virem desunião e falta de amor, não conseguiremos atraí-las para Jesus. O amor entre nós é o maior testemunho que podemos dar ao mundo. A fé em Jesus, quando vivida com sinceridade, é semelhante a uma dinamite, pois explode montanhas e abre caminhos onde não existiam. Em Jesus, o Espírito Santo alarga nossos horizontes. 

Para você melhorar quem está ao seu lado, primeiramente você deve melhorar a si mesmo. Para que isso aconteça, seja uma pessoa generosa e com o coração aberto a Deus. Tenha um só coração em Cristo Jesus!

Amém!!!